A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


sexta-feira, 7 de abril de 2023

Eu não fiz nada

 Um rico comerciante comprou um maravilhoso candelabro, feito de puro cristal e cravejado de pedras preciosas.

O candelabro virou o grande orgulho da família, pois todos os convidados se admiravam com o seu esplendor.

Como o candelabro era muito pesado, a única forma encontrada para prendê-lo foi amarrá-lo com uma corda e fazer um furo no forro da casa, para que a corda passasse pelo furo e a outra ponta pudesse ser fixada em uma roldana na parede do sótão.

Certo dia um homem muito pobre bateu na porta do rico comerciante.

Suas roupas estavam imundas e completamente rasgadas.

O dono da casa teve misericórdia daquele pobre homem, recebeu-o docemente e levou-o para o sótão, onde estavam guardadas muitas roupas em bom estado mas que não estavam sendo mais usadas.

Deixou o homem à vontade para escolher o que quisesse, e saiu do sótão.

O pedinte escolheu algumas roupas e colocou-as em uma sacola.

A sacola ficou muito cheia e o pobre procurou um pedaço de corda para fechá-la, mas não encontrou em nenhum lugar.

Foi quando levantou os olhos e viu a corda que estava presa na roldana. Quis pedir permissão do dono da casa para pegar um pedaço, mas pensou "Que mal pode fazer se eu pegar apenas um pedacinho desta imensa corda?".

Tirou do bolso seu canivete e cortou um pedaço da corda.

De repente, ecoou em toda a casa um terrível estrondo, e toda a família correu para o sótão.

Quando viram o homem com um pedaço de corda na mão, logo entenderam o que havia acontecido.

Ele havia soltado a corda que segurava o candelabro, e este havia se espatifado no chão.

O dono da casa, que antes havia sido muito receptivo, gritou com o pedinte:
- Você viu o que você fez, seu ignorante?
- Mas eu não fiz nada! – gritou o pedinte, ofendido – Todo este escândalo só por causa de 10 centímetros de corda? Se for este o problema, eu devolvo!
Vendo que o mendigo realmente era tão ignorante que nem mesmo havia entendido o que aconteceu, o homem se acalmou e explicou:
- Sim, a única coisa que você fez foi pegar um pequeno pedaço de corda. Mas o que você não sabia é que um valiosíssimo candelabro de pedras preciosas, no valor de alguns milhares de dólares, estava justamente sendo sustentado pela corda que você cortou. O problema não são os 10 centímetros de corda, e sim o candelabro que, graças ao seu "pequeno" ato de cortar a corda, está agora espatifado no chão da sala, sem nenhuma chance de ser consertado.


Frequentemente cometemos enganos na vida, e muitas vezes consideramos serem apenas "pequenas" falhas, mas que na verdade podem estar causando catástrofes espirituais.

Como ensina o Pirkei Avót (Ética dos Patriarcas):

"Uma Mitzvá [conexão] traz outra Mitzvá, mas uma má ação traz outra má ação", isto é, cada ato que fazemos na vida, por menor que seja, pode causar reações em cadeia. Qualquer ato, por mais insignificante que possa parecer, pode estar criando ou destruindo mundos espirituais.

 

Por: Rav Efraim Birbojm

sábado, 21 de março de 2020

Um segredo da reencarnação

A porção de Mishpatim começa com o Criador dizendo a Moisés: "Estas são as leis, as regras que você deve colocar na frente deles".  No Zohar, Rav Shimon bar Yochai explica que aqui o Criador estava realmente pedindo a Moisés para explicar as regras da reencarnação, e nos diz que ele desperta os amigos, alunos e até nós, dizendo: "Agora é a hora de revelar os segredos ocultos da reencarnação".  Depois, discute-se que o Criador esclarece a Moisés que a Revelação no Sinai não pode ser entendida sem uma profunda compreensão da reencarnação e que ele precisa ensinar os israelitas sobre ela.  Assim sendo, o Shabat Mishpatim é o Shabat quando os segredos da reencarnação podem ser revelados.
Rav Shimon bar Yochai chama todas as almas dos Mundos Superiores para revelar esses segredos, e Moisés quer fazer parte dessa revelação, dizendo que toda pessoa corrigida está destinada a ter o controle dos Mundos Superiores e dos Mundos Inferiores.  Infelizmente, porém, esse não é o nosso caso, porque quando uma pessoa já está coberta de klipot, camadas negativas, por meio de suas próprias ações do Desejo de Receber Somente para Si Mesma, toda ação que ela faz de egoísmo se transforma em outra camada em torno dela.
Nós, através de ações constantes do Desejo de Receber Somente para Si Mesmo, construímos camadas cada vez mais pesadas de klipot ao nosso redor, o que nos derruba: elas  são a razão pela qual não temos entusiasmo ou inspiração o tempo todo, são a razão pela qual não entendemos tudo o que ocorre ao nosso redor, física e espiritualmente.
E aqui está a revelação: está escrito no Zohar que o segredo não é apenas que temos as camadas da encarnação atual, mas também carregamos as camadas de encarnações anteriores. Isso significa que, se nos sentimos sem inspiração, tristes ou vazios, é porque as klipot estão literalmente nos segurando espiritualmente... mas essas camadas não são apenas desta encarnação:  elas também são de encarnações anteriores.  Portanto, se nos esforçarmos para compartilhar, podemos corrigir não apenas as klipot desta encarnação, mas também das anteriores – este é um entendimento muito poderoso!
Há momentos em que estamos prestes a fazer algo que sabemos que não devemos, mas desejamos de qualquer maneira;  esse desejo vem das camadas desta encarnação e, possivelmente, de uma anterior.  Portanto, se cairmos, não apenas nos prejudicaremos de novo, mas também sentiremos falta de corrigir as últimas, ou muitas, encarnações.  Por quê?  Porque o Criador prepara situações para nós todos os dias com a oportunidade de fazer uma correção de que precisamos – e não necessariamente apenas para esta encarnação, mas também para as outras.  Isso, portanto, nos ajuda a começar a perceber a responsabilidade que temos em relação à nossa alma em todas as ações que fazemos, o tempo todo.
Parte do segredo que Moisés nos revela no Shabat Mishpatim é que essas camadas que nos separam e nos puxam para baixo não são apenas desta encarnação:  isso nos dá uma verdadeira visão e entendimento sobre nossas vidas hoje, pois elas se relacionam com tudo o que aconteceu com nossa alma até agora.  Entendemos que, com todas as ações positivas que fazemos e todas as ações negativas que deixamos de fazer, corrigimos não apenas esta encarnação, mas também as anteriores.
É uma maneira poderosa de começar a ver nosso trabalho espiritual, nosso trabalho físico e nossos relacionamentos.  E, se pedirmos por isso no Shabat Mishpatim, podemos receber a força e a Luz para aproveitar as oportunidades todos os dias para corrigir o que precisamos: à medida que elevamos essas camadas pesadas, começamos a ganhar uma conexão nova e direta com a Luz do Criador.

Michael Berg

sexta-feira, 20 de março de 2020

O poder do riso

O riso cura. Porque aquilo do qual pudermos rir, não mais nos machucará.
A atriz e autora Carrie Fisher, que Deus dê descanso a sua alma, disse certa vez: “Se minha vida não fosse divertida, seria verdade - e isto é completamente inaceitável”. Isto veio de uma mulher cujo pai a deixou quando ela tinha dois anos de idade. Uma mulher que sofreu toda a vida por vício em drogas, diagnosticada como bipolar e que foi internada numa instituição de tratamento mental, onde ficou por seis dias sem dormir.

Independentemente das estilingadas e flechas que a vida atirou na senhora Fisher, há uma coisa que ela nunca perdeu: seu senso de humor sobre si mesma. Ela foi uma escritora e comediante loucamente engraçada, com uma sagacidade que rivalizava com a de Dorothy Parker e Oscar Wilde. Ela encontrou caminhos para transformar suas doenças em comédias, zombando de sua vida e de si mesma em tudo, desde uma série de livros a seu show de stand-up na Broadway. Para Carrie Fisher, a perspectiva engraçada era a única válida a ter.
Menciono isto porque acredito que a porção desta semana nos convida a não nos levarmos tão a sério - uma tarefa difícil, até para os mais espiritualizados de nós. A história de Bo contém as três pragas finais pelas quais o Faraó passou, porque ele não libertava os israelitas. A tradução literal tem sido objeto de debate entre os estudiosos da Bíblia por séculos, ao inferir que o Criador estava fazendo uma espécie de travessura com o Faraó… Uma travessura? Uma travessura onde gafanhotos,  sapos, insetos e granizo causam estragos a uma nação inteira? Como tais desastres poderiam ser referidos como uma travessura? Felizmente, o Zohar joga alguma luz sobre o tema, revelando que o Faraó é uma palavra-código para nosso Ego, o Desejo de Receber para Si Mesmo.

O Criador “fazendo uma travessura” com o Faraó é uma indicação para nós de que não devemos levar nosso ego tão a sério.
O Ego aparece de diferentes maneiras. Às vezes, nosso ego nos diz que somos a melhor pessoa do mundo, e às vezes que somos a pior. De um modo ou de outro, são dois lados da mesma moeda; pois nos dois casos acreditamos que a voz está nos dizendo a verdade. O Ego nos mantém presos em nossas mentes, pensando que sempre estamos certos. Raiva, tristeza, frustração, arrogância, orgulho e culpa são todos os tons variados da mesma cor: estar profundamente envolvidos em nós mesmos.

São nestes momentos em que estas emoções movidas pelo ego vêm rapidamente é que o riso pode nos salvar mais. Rir pode liberar a prisão do ego em nossos pensamentos, abrindo espaço para vermos além da visão limitada que pensamos ser a verdade. Rir pode nos tirar de um surto de tristeza, lembrando-nos como a vida pode ser engraçada e bela. O riso pode nos salvar do nosso ego. Ele pode nos salvar de nós mesmos.
Vamos fazer um pacto de não deixar nada roubar nosso senso de humor pelos próximos sete dias. Quando errarmos, em vez de ficarmos abatidos ou perturbados, vamos tentar rir de nós mesmos. É apenas um erro, e é por isso que Deus colocou borrachas nos lápis - porque somos inclinados a errar! Quando nos sentirmos aborrecidos por alguma coisa ou por alguém, e se tomarmos um momento para perceber quão pequena é a situação, ou como estamos sendo tolos, o cenário pode evoluir de frustrante para divertido.
A habilidade de rir de si mesmo pode não ter curado Carrie Fisher da bipolaridade, mas o que realmente fez foi dar a ela uma forma de trazer alegria para a vida de muitas pessoas. Ambas, Carrie Fisher e sua mãe, Debbie Reynolds, tinham suas batalhas próprias, e ainda assim usaram sua dor como o alicerce para deixar alguma coisa positiva no mundo.
Nesta semana, quando o sol brilhar no nosso dia, vamos rir, e quando a escuridão vier, iremos rir ainda mais alto. Que esse riso possa criar alguma coisa para o mundo que o torne um pouco mais brilhante porque estamos nele.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Não conte suas bênçãos

O começo da porção que Ki Tisa trata da contagem de israelitas, e, curiosamente, o Zohar diz que para garantir que as bênçãos não apenas venham até nós, mas também sejam mantidas, precisamos ter cuidado para não contar os israelitas. Mas isso não parece fazer sentido. Contar nossas bênçãos é uma coisa positiva, certo? Queremos contar nossas bênçãos e saber quanta bondade recebemos da Luz do Criador, não é?
No Zohar está escrito que não, que nem as bênçãos nem a Luz podem permanecer naquilo que é contado. Porque quando contamos uma bênção, nós damos um fim a ela. Mas o que isso realmente significa?
Para começar esse entendimento, os kabalistas usam um exemplo: digamos que estamos diante de um rei e ele está nos dando um presente em dinheiro. Seria certo começarmos a contar as moedas naquele momento para ver quanto ele está nos dando? Não. Quando o rei está nos dando um presente, não olhamos para as moedas e as contamos: olhamos para o rosto do rei. Se continuarmos olhando para o rosto do rei enquanto nossa mão estiver estendida e ele estiver nos dando moedas, ele continuará nos dando moedas. Mas no segundo em que começamos a contá-las, o rei não apenas para de nos dar as moedas, mas também remove o olhar.
Quando começamos a contar os presentes que recebemos, em um nível mais profundo, os kabalistas nos dizem que também paramos de receber. Portanto, para realmente ter um fluxo constante de bênçãos, quando estamos recebendo um presente, temos que olhar não para o que estamos recebendo, mas para a face da Luz. E se fizermos isso, os presentes e bênçãos continuarão chegando, e a Luz nunca cessará de dar.
Então, como podemos garantir que as bênçãos que recebemos sejam realmente infinitas?
Há uma seção do Zohar, em Ekev, em que está escrito que o segredo das bênçãos é atraí-las de cima para baixo. Por exemplo, se temos uma semente e queremos que ela se torne algo maior como uma árvore, no momento em que a colocamos no chão, nosso pedido não é que a Luz do Criador abençoe a semente, mas sim que a bênção que começa na semente continue a se multiplicar cada vez mais, a crescer em uma árvore frutífera, o que é, portanto, uma verdadeira bênção. Uma bênção real é aquela que continua a se multiplicar para sempre, e todas as bênçãos que recebemos devem realmente se multiplicar para sempre.
Assim, para garantir que as bênçãos que temos para sempre se multipliquem, precisamos primeiro saber que uma bênção real é algo que se multiplica para sempre. Se ela para de se multiplicar, se para de nos trazer mais bênçãos, é porque fizemos algo para interromper seu fluxo. No entanto, enquanto o indivíduo continuar olhando para o Criador sabendo que tudo o que está acontecendo é apenas da mão do Criador, a Luz nunca deixará de aumentar essa bênção. Mas se uma pessoa permite que seu ego atrapalhe, mesmo que por um momento, e diga que todas as bênçãos vêm dele, então o Criador para de olhar para a pessoa, e nenhuma bênção adicional pode residir ali.
A única maneira de uma bênção se tornar o que realmente deveria ser – que é um fluxo em constante multiplicação – é quando nem sequer temos 1% do nosso ego envolvido; quando olhamos para nossos filhos, nossa saúde, nossos negócios ou qualquer coisa, realmente, e pensamos “isso é meu”, isso indica contagem. E quando começamos a fazer dessas bênçãos "minhas", fazemos com que a Luz do Criador não possa mais olhar para nós, e o fluxo dessa bênção se interrompe.
Como podemos garantir que as dádivas sempre sejam dadas? Nunca as tornando "minhas". Garantimos que a Luz continue a fluir, tendo uma apreciação crescente e avassaladora pelo que temos. Quando um indivíduo para de apreciar – o que, é claro, é a natureza humana – e não continua se esforçando para apreciar ainda mais a Luz do Criador que é infundida nas bênçãos que ele tem com ele, interrompe o fluxo da Luz para dentro dessa benção, e ela não pode mais crescer. Pode levar cinco, dez ou cinquenta anos para que se extinga, mas ele ou ela, com essa consciência,  fez com que a Luz do Criador fosse  separada desse presente.
A razão pela qual perdemos o apreço por uma bênção é porque a tornamos "minha". Isso acontece muito com os relacionamentos: normalmente, quando as pessoas estão namorando, elas estão tentando fazer com que o homem ou a mulher gostem delas, e há apreço, porque a benção ainda não é delas. Mas uma vez que se torna “delas”, a apreciação diminui ou cessa completamente... e uma vez que se torna "delas", não há fluxo da Luz do Criador. Para permitir que o fluxo da Luz continue sendo infundido em nossas bênçãos, portanto, precisamos nos esforçar constantemente para obter uma apreciação avassaladora pelos dons que já temos, nunca tornando-os "meus". Porque, como aprendemos, se não houver o fluxo da Luz, a bênção não pode crescer. Infelizmente, é isso que a maioria de nós faz com a maioria das bênçãos na vida. No entanto, como entendemos a partir da porção Ki Tisa, se pararmos de contar nossas bênçãos, podemos garantir que o fluxo ilimitado da Luz do Criador não apenas continue, mas se torne cada vez maior.

Michael Berg

Mostrar amor a outro ser humano é mostrar a ele a face do Divino.

Somos feitos de Amor. Esta é a verdadeira qualidade do Criador, e portanto, também é a essência de nossas almas.
Tenho que ser sincera. Muitos anos atrás, quando eu li pela primeira vez Vayakhel-Pekudei, eu achei estes capítulos os menos interessantes de toda a Bíblia. No entanto, com a ajuda do Zohar e dos comentários dos grandes kabalistas, eu vim a apreciar melhor estas histórias e seus significados. Em consequência, a lição desta semana talvez tenha se tornado inquestionavelmente uma das minhas favoritas.
Deus instrui Moisés, “Construam para mim um Tabernáculo, para que possa habitar em vocês.” Vayakhel e Pekudei, ambos discutem muitos detalhes que entraram na construção do Tabernáculo, e tudo o que era necessário para esta construção ser um lugar onde a Luz do Criador pudesse habitar. Há muitas mensagens em código em meio às instruções que Deus dá a Moisés, as dimensões do Tabernáculo, e como isto deve ser manifestado. Mas, o mais interessante é que há 13 diferentes materiais usados para criar este lugar.
Aprendemos no estudo da Kabbalah que o número 13 tem grande significado, porque tem o valor numérico da palavra ‘Amor’.
Claro que não temos hoje um Tabernáculo físico, e portanto depende de cada um de nós estabelecer um lugar onde o Criador possa habitar dentro de cada um. Como podemos gerar tal espaço? A numerologia nos oferece a resposta. O Tabernáculo agora, assim como no passado, deve ser criado com amor.
Compartilhar um ato de amor com o outro não exige que seja romântico. Podemos demonstrar atos de amor aos amigos, colegas  de trabalho, familiares, até mesmo a pessoas totalmente estranhas. Quando procuramos o que é bom em alguém, ao invés do que é ruim, este é um ato de amor. Quando damos a mão a um estranho em situação de necessidade, isto também é amor manifesto. Todo momento que usarmos nosso livre arbítrio para estender nossa mão a outro ser humano será, realmente, um momento constituído desse sentimento. É nessas expressões divinas que criamos dentro de nós um espaço para o Criador habitar.
Note que o Criador não diz “Construam para mim um Tabernáculo, para que possa habitar entre vocês”, mas sim “para que eu possa habitar em vocês”. A intenção do Criador sempre foi habitar dentro de cada um de nós. Quando escolhemos amor em suas muitas formas, imitamos as formas do Criador, portanto construindo nosso próprio Tabernáculo interno.
Uma das coisas que eu acho mais interessante sobre o amor é que existe uma fonte infinita dele dentro de cada um de nós, e, mesmo mesmo, uma falta tão grande de amor em nosso mundo. Nesta semana, preenchamos o mundo com amor, demonstrando-o em toda oportunidade. Há inúmeras formas! Em vez de simplesmente mandar uma mensagem a um amigo, pegue o telefone para perguntar como ele está e lhe dizer o quanto é querido. Voluntarie-se em um abrigo local de pessoas sem-teto, ou em sua igreja. Faça uma torta para sua vizinha. Escreva uma carta de amor a seu esposo/a ou à pessoa amada. Escute os outros de verdade. O mais importante, simplesmente estejamos disponíveis uns para os outros.
Como 13 é o valor numérico de amor, sabemos que quando duas pessoas agem com amor entre si, temos o número 26 - que é o valor numérico de YKVH, o Tetragrama, o nome mais poderoso de Deus.
Quando há amor entre as pessoas, a Luz de Deus habita não só em nós mesmos, mas brilha mais intensamente em todo o mundo.
Karen Berg

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Tudo Conta

Há dias em que nos pegamos de mau humor e nem sabemos o motivo.
Não estamos sendo pressionados por nenhum problema ou questão de saúde, e ninguém está nos aborrecendo.
Simplesmente nos sentimos deprimidos, com raiva ou irritados com os outros.
Isso pode parecer aleatório, mas definitivamente não é.
Tudo que acontece conosco é resultado das escolhas que fizemos no passado.
Toda decisão que tomamos é uma semente que plantamos.
Se a semente é plantada com boas intenções e com a consciência correta, podemos produzir um milagre no futuro.
Se plantarmos sementes com negatividade, ao invés de um milagre, poderemos ter péssimas notícias.
Cada ação e intenção, de uma forma ou de outra, eventualmente afetará nosso futuro.
Se acordamos deprimidos, é o resultado de uma semente que plantamos.
Talvez, naquele mesmo dia do ano passado tenhamos feito algo a alguém que o fez sentir-se da mesma maneira.
A energia que criamos permanece adormecida, até voltar para nós.
Pode ser de uma vida passada
Por isso, é essencial nos lembrarmos do seguinte: Tudo, absolutamente tudo, conta.
Só hoje, provavelmente já tomamos aproximadamente 20 decisões: o que vestimos, o que fizemos, onde sentamos...
Existem tantas escolhas que fazemos automaticamente, que nem mesmo nos damos conta de que estamos exercendo uma escolha de forma ativa.
Mas, consciente ou inconscientemente, tomamos centenas de decisões todos os dias.
Comece a reparar em quanto do que faz está sendo feito no piloto automático e questione-se sobre como pode injetar consciência em cada momento.
Quando você estiver se levantando pela manhã, faça isso com grande apreciação por ter mais um dia.
Escolha se apresentar a uma pessoa nova ao invés de sentar-se sozinho.
Se estiver vendo televisão, separe um tempo para enviar um e-mail ou uma mensagem para um amigo com quem você não fale há algum tempo.
Existem inúmeras formas de transformar o que é comum em milagroso.
Por: Yehuda Berg

domingo, 16 de junho de 2019

Lições a aprender

Todos nós somos tanto professores como alunos e tudo que acontece em nossa vida é para nos ensinar e não para ensinar outra pessoa.
Sim, os outros têm seu próprio trabalho a realizar, seu próprio aprendizado, sua própria experiência.
Mas, eles não estariam em nossas vivências se não fosse devido às lições que precisamos aprender por meio de nossas interações com eles.

Por: Karen Berg