A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Raiva dos Sábios



 
De acordo com a astrologia cabalística, existe uma energia específica esta semana que pode nos ajudar a lidar com a raiva.
Para lidar com alguma coisa, temos que ser capazes de enxergá-la; assim, você pode esperar que todas as pequenas coisas que o incomodam sejam uma constante nos próximos sete dias.
Alguns de nós demonstramos nossa raiva mais do que outros, enquanto para alguns ela se torna reprimida ou se revela sob a forma de agressão passiva.
Ela pode até permanecer adormecida por algum tempo, mas pode ter certeza de que está sempre presente.
Nenhum de nós é imune a ela.

A raiva nasce do sentimento de achar que se tem direito a algo; um sentimento de que merecemos a Luz que na verdade não fizemos por merecer; e é por isso que a raiva é considerada o mais alto nível de ego.
Se não recebemos alguma coisa, é tão somente porque o Criador tem o nosso melhor interesse em vista e quer nos dar aquilo apenas quando for a hora certa –quando estivermos mais preparados para administrá-lo da melhor maneira possível.

Ficamos com mais raiva onde temos mais Pão da Vergonha, ou seja, quando obtemos Luz que não fizemos por merecer.
Se você está possesso com as pessoas que não o respeitam, por exemplo, então é porque a maioria das pessoas o respeita o tempo todo sem motivo.
Você não mereceu aquilo!
Uma forma de angariar respeito é ser mais respeitoso com os outros.
Compartilhe sem o interesse pessoal de querer algo em troca.

Uma maneira poderosa de remover Pão da Vergonha, e consequentemente controlar nossa raiva, é nos considerarmos a serviço dos outros.
Podemos transformar completamente a raiva a fim de que ela possa ser usada para realizar coisas incríveis!
Nossa raiva só está focada nas coisas erradas.

Esta semana, reconheça que sua raiva não é uma reação, mas uma forma de consciência – uma energia.
Quando você sentir que ela está vindo, fique com raiva do sofrimento pelo qual alguma pessoa esteja passando, encontre uma maneira de servir as necessidades de outra pessoa.
Mais tarde, retorne à situação que o fez sentir raiva, quando você for capaz de reconhecer que não está querendo se sentir no direito de ter aquilo.
Consegue perceber a diferença agora?

Use sua raiva para tornar o mundo melhor.

Só temos controle sobre nossa reação.
É isso.
Esse é o caminho espiritual.

Por: Yehuda Berg

A Arte de Israel: Forma e Substância



Todas as artes procuram a perfeição da forma.
De acordo com a Torá, a forma é o resultado de como a realidade se reveste em nossa vontade, desejo e consciên­cia.
O Rabino Ashlag assinala quatro caminhos pelos quais intelectualizamos nossa percepção da realidade. Eles são:
Substância
Forma da substância
Forma abstrata
Essência

1) Substância
De acordo com o exposto pelo Rabino Ashlag, o desejo de receber é a substância básica comum a todos os seres. O desejo manifesta-se como consequência do tsimtsúm, o ocultamento da plenitude da Luz Infinita, ou seja, é o que surge a partir da ausência.
Esse conceito é denominado, na linguagem da cabalá, Iesh Mi Áin.
Iesh significa Há — existência.
Mi significa De.
Áin significa Nada — inexistente.

Nossa tradição ensina que o Cadósh Barúch Hú: "Forma Luz e Cria Escuridão".
Esta passagem que aparece no Sidur (ordem da tefilá/ora­ção) nos indica que o ato da Criação oculta a plenitude da Luz ("Cria Escuridão") e, ao mesmo tempo, dentro desse espaço escuro que é a Criação, o Cadósh Barúch Hú dá forma à Luz para que o homem possa recebê-la ("Forma Luz").
"Cria Escuridão" refere-se ao conceito Iesh Mi Áin e "Forma Luz" a Iesh Mi Iesh.
Iesh Mi Áin é o desejo, o espaço no qual desenvolve-se a Criação, que surge como consequência da ausência da plenitude da Luz.
Iesh Mi Iesh é a Luz/Or que existe a partir do "existen­te", o original.

O desejo não tem possibilidade de se manifestar de forma indepen­dente antes da Criação, isto é, no estado de Infinito.
O desejo é o novo que surge com a Criação, é a substância que move todos os processos que acontecem, pessoal e coletivamente.
O desejo é a matéria prima, a substância que o homem modela ao longo de sua existência.

2) Forma da substância
O desejo tem duas formas básicas:
a)desejo de receber
b)desejo de dar
No caminho espiritual, o homem deverá transformar o seu desejo de receber em desejo de dar para conseguir superar sua dependência com respeito aos planos inferiores da realidade.
Em cada momento e situação que nos vemos frente ao desejo de receber, a Torá e as Mitsvót nos orientam, canali­zando nosso desejo em função do bem coletivo, em direção ao altruísmo, um desejo de dar com sabedoria.

3) Forma abstrata
A forma abstrata é a idealização, as qualidades indepen­dentes da substância, como por exemplo, o bem, a beleza, a verdade (e seus opostos).
A Sabedoria da Torá só valoriza estas qualidades quando revestidas de substância, do desejo concreto dos homens.
Ao contrário, quando separamos estas qualidades da situação onde se realizou, por exemplo, um ato de bem, tomando o conceito de bem como algo independente, estamos omitindo esta qualidade e correndo o risco de generalizá-la e idealizá-la erroneamente.
Todos concordamos quão importante é a verdade, mas se nos vemos frente a uma situação onde há que se mentir para se salvar uma vida, o que é mais importante: a verdade ou a vida?
Segundo a Torá, não há nada mais importante que a vida.
Essa verdade é uma verdade parcial, e portanto já não é "verdadeira".
O bem, a verdade etc., para serem completos devem estar conectados com a vida em todas os estratos nos quais ela se manifesta, ou seja, nos âmbitos corporais, emocionais, mentais e espirituais, contemplando a todos como diferentes aspectos da mesma realidade.
Toda quali­dade e/ou situação é definida e valorizada somente em relação ao contexto no qual se manifesta.
Quando a separa­mos das condicionantes que a geraram, corremos o risco de julgá-la de forma errada (como no exemplo da verdade, mencionado anteriormente).
O funcionamento dos órgãos do corpo constitui um claro e visível exemplo de como estes conceitos atuam na realida­de.
Cada órgão do corpo funciona corretamente apenas quando cumpre seu objetivo de servir ao corpo.
Se avaliado como um ente isolado, sem levar em conta sua função dentro do sistema, não estarei observando a realidade de forma completa, o que colocará em perigo todo o sistema, ou o corpo ao qual este órgão pertence.
De acordo com a Torá, cada detalhe da vida é um compo­nente insubstituível da realidade, e, portanto deve ser sem­pre avaliado em relação ao Todo.
Cada partícula que o Cadósh Barúch Hú criou tem seu lugar insubstituível na Criação, assim como uma simples engre­nagem, que sozinha não parece importante, mas que quando não está em seu exato lugar, causa a paralização de todo o mecanismo.
É por isso que os judeus, dizem todos os dias Shemá Israel Hashem Elokeinu Hashem Echad*, já que todos os detalhes da aparente multiplicidade que nos rodeiam, se empregados corretamente, constituem instrumentos insubstituíveis que conseguem harmonizar a realidade e a vida
Observamos como a forma abstrata não é uma forma de conhecimento válida, já que nos faz avaliar a realidade de forma parcial, correndo o risco de cair em sistemas que valorizaram mais a "verdade abstrata" que a própria vida.
A partir dessa concepção, nascem os sistemas que limitam o livre arbítrio e destroem tudo o que se interpõe em seu caminho, em nome da "verdade abstrata" ideal.

4) Essência
Da essência não temos compreensão nem percepção.
Os cinco sentidos humanos, somados ao máximo que nossa imaginação possa transmitir, são, na melhor das hipóteses, a manifestação do efeito das atividades da essência, porém nada podem oferecer sobre a essência por si mesma.
Nos­sos cinco sentidos, emoções e pensamentos, transmitem-nos luz, calor, som, idéias etc., até onde seu alcance lhe permi­te, mas além desse âmbito há outros aspectos da realidade.
A essência em si mesma é impossível de ser conhecida, uma vez que a essência de toda a realidade é a mesma, é Uma e Única.
Exemplo:
Quando nos referimos a nosso semelhante, o fazemos de acordo com a forma pela qual conhecemos aquela pessoa: é meu amigo, meu médico, meu pai, etc.
Cada um desses termos é uma forma através da qual conhecemos aquela pessoa, por mais que esse indivíduo seja tudo isso e muito mais.
Da mesma maneira, a essência está além de todos os nomes que lhe dermos, pois é ilimitada, e quando a nomeamos, estamos colocando limites em nossa percepção Apesar disso os limites representam a única forma de co­nhecimento, uma vez que, no infinito, minha percepção é diluída e não consegue alcançar a realidade.
Quando um arquiteto propõe construir um edifício, esta­belece primeiro os limites e depois, dentro deles, desenvol­ve um projeto.
Uma cidade começa com uma casa, depois outra e outra, até ser completamente construída.
O objetivo do Cadósh Barítch Hú é dar e beneficiar de for­ma infinita e, para isso, limitou a plenitude de Sua Luz/ tsimtsúm frente a nós.
A Criação é o grande projeto no qual o homem deve trans­formar seu desejo de receber em desejo de dar.
Como qualquer plano, começa de um ponto para depois se espa­lhar por toda a realidade.

De acordo com a Torá, na essência e na forma abstrata não temos possibilidade alguma de assimilar a realidade e a vida.
Apenas a substância, vontade e desejo, e a forma da substân­cia, egoísmo ou altruísmo, são caminhos de conhecimento válidos.
Esta forma de conhecimento se manifesta quando prevalece em nossos atos o desejo egoísta/ratsón lecabel, ou quando, ao contrário, prevalece o nosso desejo de ajudar ao próxi­mo/ratsón lehashpía.
Quando liberamos nossa vontade e consciência mais além de nós mesmos, nossa realidade se expande transcendendo os limites do nosso egoísmo/ratsón lecabel; então surge o altruísmo/ratsón lehashpía.
É assim que o homem amplia seu campo de ação e seu mundo se expande em todos os âmbitos da realidade.
O homem começa, aí, a se aproximar gradativamente do mundo do Cadósh Barúch Hú, uma vez que, agora, não está mais centrado em si mesmo, e sim suas motivações se dirigem para beneficiar o resto das criaturas.
Agora o homem é um "sócio ativo do programa da Criação", que consiste em beneficiar a todos os seres de forma infinita.
Quando a arte e a vida são utilizados com a finalidade de transformar o desejo de receber em desejo de dar, essa arte e essa vida são judaicas por excelência.
Como expressou o Grande Sábio Rabi Akiva, Mestre do Rabi Shimón Bar Iochái (o mais destacado tanaíta autor do livro do Zôhar, século II da era comum):
"O meu é teu e o teu é teu"
Rabi Akiva, como todos os verdadeiros Sábios de Israel, difundiu em todos os seus atos e com sua própria vida a mitsvá mais importante da Torá:
"Amarás a teu próximo como a ti mesmo"

Chaim David Zukerwar

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Peixes - Indo para o Próximo Nível


Quando uma criança nasce, existe um dia especifico, um horário específico e um lugar específico onde esse nascimento ocorre. E quando essa criança respirar pela primeira vez, existirão ao seu redor determinadas energias cósmicas que irão governá-la durante toda sua vida.
Será que eu estou dizendo que estamos atados às nossas influências astrológicas desde o nascimento? A resposta é não, não estamos. Não somos escravos do universo. Esse é um importante conceito kabalístico. As estrelas impelem, mas não compelem.  A espiritualidade nos permite superar o comportamento robótico natural que o nosso signo parece exigir, para que possamos no final alcançar o potencial de nossa alma.
É mais fácil surfar no topo da onda do que em baixo dela. Em outras palavras, é do nosso interesse aprender sobre cada mês e conhecer as ferramentas que ele torna disponíveis para nós. Por quê?Porque, quer sejamos do signo de Leão, Touro ou Escorpião ou de qualquer outro signo, o alinhamento cósmico de cada um dos doze meses do ano causará impacto em nossas vidas.
Portanto, esta semana, ao darmos as boas vindas à Lua Nova de Peixes, é importante saber como podemos utilizar a energia desse mês para crescer.
Então, o que podemos esperar?
O nome do mês de Peixes em hebraico é Adar, que vem da palavra Idra a qual significa “coluna vertebral.” Não surpreende então que uma das características dos piscianos é ser “molenga” lhes faltando “coluna vertebral”, garra. Para o pisciano, pode ser muito mais confortável evitar o confronto com a realidade do que lidar com ela. Quando as dificuldades se avolumam em suas vidas, muitas vezes eles enfiam a cabeça na areia e dizem: “Uau, tudo está ótimo por aqui.”
Ao mesmo tempo, Peixes é um signo de tremenda dualidade. Por um lado, os piscianos podem ser absolutamente intuitivos, clarividentes e capazes de se importar com os outros. Mas também podem, como já mencionamos, se desligar da realidade quando as dificuldades surgem em suas vidas. Em vez de dizer: “Tudo bem, a situação é esta, vamos para frente e para cima”, eles caem na consciência de vítima — um buraco muito difícil de sair. Por que é tão difícil? Porque quando nos tornamos vitimas, estamos de fato dizendo que a Luz do Criador não está dentro de nós, que a situação adversa que estamos enfrentando não é um teste para nos ajudar a nos tornarmos melhores do que somos hoje. Quando estamos na condição de vitima, não conseguimos ver que tudo na nossa vida deve acontecer como parte de um plano maior, um processo mais amplo.
Então o que isso significa para todos nós neste mês? Bem, para começar podemos praticar superar nossas tendências piscianas limitadoras, que todos nós possuímos, independentemente de nosso signo. Em vez de fugir dos aspectos desconfortáveis da realidade, podemos abraçá-los e dar passos proativos para nos transformarmos, se necessário. Podemos também resistir ao ímpeto de cair na consciência de vitima e em vez disso escolher assumir a responsabilidade de aprender com nossas dificuldades. Lembre-se de que estamos em uma época poderosa em que a distância entre causa e efeito está mudando. Anos atrás, podíamos praticar uma ação e ela voltaria a nos assombrar 20 anos depois. Hoje a linha de separação entre causa e efeito é muito curta. Parece até que o próprio tempo está caminhando — e ele está mesmo, mas em um compasso diferente.
Também precisamos reconhecer que assim como existe a natureza dual de Peixes, há uma dualidade de consciência no mundo hoje. Os kabalistas denominam essas duas polaridades Oy eAhsrei.
Oyé a consciência apática de simplesmente viver o cotidiano sem ter ou precisar de uma razão para isso. É a consciência que não aceita que todos nós sejamos responsáveis pelo amanhã. Oy é quando as pessoas dizem para si mesmas: “Que me importa o que está acontecendo do outro lado do mundo. Isso não me afeta.” Ou:
“E daí se milhares de peixes aparecem mortos na praia. Vou pagar mais caro por eles. Grande coisa...”
Por outro lado, a consciência de Ashrei é aquela que reconhece a importância de cada uma de nossas ações e o fato de que podemos mudar o mundo ao mudarmos a nós mesmos. Ashrei é quando somos capazes de ouvir o que outra pessoa diz, de rir mais, e de encontrar pequenas formas de cuidar dos outros e de nosso meio ambiente.

Lembre-se de que segundo os kabalistas, aqueles que podem fazer as maiores mudanças no mundo são os que têm a maior negatividade, os maiores Recipientes. Não é a pessoa que vai para casa, toma sua cervejinha, assiste TV e vai dormir. É quem luta por alguma coisa a todo instante de seu dia. É aquele que está ocupado, se movimentando, envolvido com a vida. A polaridade funciona em tudo. E a polaridade deste mês é pegar toda a negatividade existente ao nosso redor, fortalecer nossa “coluna vertebral”, nossa garra, e utilizá-la para ir ao próximo nível.
De modo geral, nas próximas semanas, precisamos nos lembrar de que sempre que tomarmos decisões, o barco pode balançar por algum tempo. Pode até mesmo balançar por uns meses até se estabilizar, porque essa é a energia à nossa disposição neste momento. E é uma boa energia porque a verdadeira transformação pessoal ocorre somente se o barco balançar. Quando nos encontramos em um lugar plácido e estável, é bem provável que não estejamos crescendo. Por quê? Porque o crescimento só acontece quando precisamos encontrar um novo caminho ou uma abordagem diferente para lidar com nossa consciência.
Nesta Lua Nova, façamos uma lista de todas as coisas em nossas vidas que ainda não fizemos — e não estou me referindo a lavar o carro no domingo! Estou falando sobre todas as pessoas para as quais não telefonamos e todas as situações desconfortáveis que precisamos encarar. Por quê? Porque nunca se sabe: Talvez o amanhã seja para sempre.

Com carinho,
Karen

O Impossível se torna possível.



 
Muitas  vezes sentimos medo de nos comprometermos porque temos receio de fracassar.
A verdade é que somente assumindo o compromisso receberemos a energia para superar esse desafio .
De fato, os melhores compromissos que podemos assumir encontram-se nas áreas onde somos mais fracos.
Geralmente temos medo de correr atrás das coisas que ansiamos obter porque pensamos estar despreparados.
Não queremos entrar em ação a não ser que nos sintamos pessoalmente “preparados”.
Mas, muitas vezes, se esperarmos até nos sentirmos prontos, perderemos oportunidades.
É quando estamos dispostos a fazer as coisas, mesmo se não nos sentimos preparados ou não somos a melhor pessoa para aquele trabalho, que revelamos a maior quantidade de Luz possível em nossas vidas e no mundo.
 
Saiba que quando você não entende como irá superar o desafio — mas vai em frente assumindo seu compromisso assim mesmo -  é que o impossível se torna possível.
 
Por: Yehuda Berg

Primeira Prioridade



 
O Zohar ensina que para construir um templo interior para que a Luz do Criador possa habitar dentro do nosso coração, precisamos pagar o preço completo para ter a Luz.
Enquanto o lado negativo se oferece de graça a nós, com inúmeras tentações, a Luz do Criador é diferente.
Só pagando o preço completo a pessoa pode criar um receptor para ter a Luz, e mesmo assim a pessoa precisa ficar sempre alerta. Se a pessoa se desviar do caminho pode perder tudo num instante.
 
Precisamos nos dedicar ao trabalho espiritual com todo coração, com toda alma e com todo o nosso poder, sendo que o Zohar explica que todo o poder significa todo o dinheiro.
Em suma, precisamos estar dedicando nossa vida à conexão com a Luz como primeira prioridade.
O resto todo deve girar em torno de nossa conexão com a Luz.
 
Por: Shmuel Lemle

O mês de Peixes, mês da alegria


 
Hoje entramos no mês de Peixes, o mês de Adar
Os cabalistas dizem que o mês de Peixes é o mês da alegria.
Está disponível a energia que desperta nossa felicidade interior.
A verdadeira felicidade não vem de conseguir resultados externos, mas sim da conexão com nossa missão neste mundo.
 
Para a pessoa que acha que a felicidade virá de coisas externas, o cabalista Rav Ashlag fala sobre o poder que o lado negativo tem de dobrar nosso desejo.
Uma pessoa começa querendo cem "qualquer coisa", achando que isto a fará feliz. No dia em que conquista os cem, passa a desejar duzentos.
Quando chega lá, entende que o que precisa mesmo é quatrocentos.
E assim indefinidamente, até que a pessoa deixa este mundo só "metade" feliz.
 
Aproveite a energia deste mês para se abastecer da energia da verdadeira plenitude.

Shmuel Lemle

Estenda generosidade às pessoas



 
Todos nós temos uma tendência a riscar de nossa vida as pessoas que nos desapontaram.
E não apenas quaisquer pessoas, mas até mesmo os mais próximos de nós.
Filhos não falam com mães, irmãos se afastam de irmãs e melhores amigos entram em guerra.
Se apenas conseguíssemos perceber que nossas ações negativas não definem quem somos , teríamos mais tolerância uns com os outros.
Todos nós somos obras em andamento.

Coloque seu foco em um relacionamento próximo e que faz com que seu amor seja testado e estenda generosidade a essa pessoa, sem esperar nada em troca.
O que caracteriza um relacionamento verdadeiro é dar mesmo quando não se recebe.
 
Por: Yehuda Berg

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Persista na Alegria




Os portais de felicidade se abrem quando Peixes começa. Precisamos tirar proveito disso, não apenas porque  queremos ser felizes, mas porque queremos mais Luz. Queremos mais abundância. Então, no início de Adar, precisamos dizer: “Este é o mês em que vou me dedicar à simples felicidade”.


   
Quando criamos um recipiente para a felicidade, todas as outras bençãos e abundâncias virão. Mas isso só pode acontecer após criarmos o recipiente.


Todos nós queremos ter vidas repletas de alegria, mas ser alegre é uma escolha que devemos fazer, um interruptor que devemos ativar em nossas mentes. Há muitos passos práticos que podemos tomar para ativar esse interruptor, e todos eles envolvem encontrar a empolgação e a beleza nas dádivas permanentes e duradouras da Luz.


Pratique começar cada dia com gratidão. Assim que abrir seus olhos pela manhã, foque-se em uma coisa e seja grato por ela. Escolha um aspecto permanente de sua vida quando fizer isso, não uma pedacinho fugaz de empolgação do mundo material. Permita-se mergulhar em sentimentos positivos que surgem. 


Mais importante, não saia da cama até que encontre algo que você seja grato. Com o passar do dia, pense com frequência nessa gratidão, mantendo na mente que uma nova consciência de alegria não acontecerá sozinha. É claro, a negatividade dentro de nós fará tudo o que for possível para manter-nos em um estado reativo. Então seja persistente em ter pensamentos de alegria e felicidade este mês. 


Quando precisar de um suporte extra, não haverá ferramenta espiritual melhor para limpar a escuridão e a negatividade do que o Zohar. Assim como Rav Chaim Vital escreve, sempre que alguém abordava o Ari com um problema — independentemente se fosse ciúmes, egoísmo, raiva, ou qualquer outra coisa — o Ari sempre diria: ” Leia um certo número de páginas do Zohar todos os dias. Se fizer isso continuamente e com diligência, essa escuridão desaparecerá.”


Quanto mais fizer isso, mais bençãos você verá sendo manifestadas em sua vida.


 Michael Berg

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Tudo é Novo, Sempre



 
Quando a maioria de nós olha para o mundo, acredita que existem coisas.
Existem árvores, existe natureza, nós existimos e nossa família existe.
Tudo permanece intacto até que alguma coisa negativa aconteça e mude tudo; tudo tem um prazo de validade.
 
Uma árvore pode durar centenas de anos.
Um ser humano pode durar 80, 90, 100 anos.
As coisas existem no nosso mundo até que alguma coisa aconteça que interrompa sua existência.
 
Mas isso não é verdadeiro.
 
Os cabalistas ensinam que a razão da nossa existência é o que chamamos Luz do Criador. Essa fonte de energia sustenta tudo nesse mundo.
Assim, as coisas não existem por possuírem alguma capacidade inata para isso, mas sim porque essa Luz do Criador está sendo renovadamente infundida em todos os seres e objetos a cada segundo de cada hora de cada dia.
 
A árvore que perdura por centenas de anos não o faz porque possui uma capacidade inata para isso, mas sim porque a cada minuto específico um fluxo da Luz do Criador desce sobre ela e permite que ela exista.
 
Não vivemos de um momento para outro porque temos a capacidade inerente para isso, mas sim porque a Luz do Criador entra em nós e nos sustenta de forma constante. Vivemos o segundo seguinte, não porque tenhamos vivido o anterior, mas sim porque a Luz do Criador penetra em nosso corpo, em nossa alma — a cada instante.
 
É importante entender esse conceito porque, se você não conhecer e viver essa consciência, será muito difícil mudar qualquer coisa.
 
Usando um exemplo simples: quando você assa um bolo, você junta todos os ingredientes, misturae coloca tudo no forno. Quando o bolo está assado, você pode querer adicionar mais açúcar ou mais sal, ou talvez mais farinha — mas não pode.  Quando o bolo está pronto, está pronto.
 
Se olharmos para nós, para o nosso mundo e para tudo que se encontra ao nosso redor como simples existências — e não como algo que está sendo continuamente criado de forma renovada,  repetidas vezes  — então,  não conseguiremos mudar nada. 
Uma pessoa não pode mudar simplesmente porque é.
Nosso relacionamento com as pessoas não pode mudar porque elas já existem.
Nós não podemos mudar qualquer aspecto das nossas vidas de verdade se vivermos com a consciência que a maioria de nós possui, que é a de que as coisas simplesmente são.
 
No entanto, quando somos capazes de mudar a forma como enxergamos o mundo — a forma como enxergamos a natureza, a forma como nos enxergarmos, como enxergamos nossas vidas e aqueles à nossa volta — e sabemos que nada realmente simplesmente existe, mas sim que é constantemente renovado pela Luz do Criador, então, com certeza, tudo pode mudar.
Seja uma doença, relacionamentos negativos, algo desagradável sobre nós próprios, podemos mudar a todo instante, porque cada segundo é completamente novo.
Se você for capaz de entender e viver com esta consciência, então terá a capacidade de mudar tudo.
 
Como chegar a essa consciência?  Através da prática.
 
Pratique observar uma árvore; saiba que ela não existe agora apenas porque existia antes.
Entenda que ela está sendo infundida com uma nova Luz neste exato momento.
 
Olhe para você mesmo e saiba que está vivo agora não porque estava vivo há um minuto, mas porque a cada respiração que dá existe uma nova injeção da Luz do Criador em você.
 
Olhe para seus filhos e saiba que eles existem porque neste exato segundo estão recebendo uma Luz renovada — e não porque existiam ontem.
Comece a treinar sua mente nesta consciência: a criação ocorre renovadamente a cada segundo. Nada existe porque existia antes: tudo no mundo é constantemente infundido com uma nova faísca de energia da Luz do Criador.
 
Com essa consciência, você será capaz de mudar tudo e qualquer coisa, porque você saberá que o universo é criado de forma renovada repetidas vezes, de forma que tudo é universalmente mutável. Tudo pode ser mudado a cada instante.
 
Por: Michael Berg

Somos totalmente dependentes do Criador



 
Alunos perguntaram a Rabi Shimon bar Yochai:
- Por que o Criador fez o maná cair do céu diariamente em vez de fazer com que ele chovesse somente uma vez por ano, dando sustento ao povo para um ano inteiro?
- Vou explicar com uma parábola - respondeu Rabi Shimon - um rei sustentava seu filho dando a ele uma pensão que o provia por um ano inteiro.
Por isso, o príncipe só vinha visitar o pai uma vez por ano, no dia que o dinheiro acabava.
O pai decidiu mudar de método.
Resolveu dar ao filho somente uma pequena quantia, que cobrisse os gastos de um dia. Daí em diante, o filho passou a visitar o pai todos os dias.
De forma semelhante, o Criador forneceu comida aos israelitas para um dia só.
O pai da família ficava preocupado: "Pode ser que não caia maná amanhã e meus filhos sintam fome."
Consequentemente, os israelitas direcionavam constantemente seus pensamentos aos céus.
É importante ter essa consciência da maná, de que somos totalmente dependentes do Criador para nosso sustento e para tudo.
A Luz do Criador é a fonte da vida, e precisamos nos agarrar desesperadamente à Árvore da Vida.
 
Por: Shmuel Lemle

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Trazendo Energia Positiva para Nossa Vida


Um conceito que muitos de nós que praticam a espiritualidade entendem é que nada acontece acidentalmente.
Há algumas coisas que precisam acontecer no universo devido à lei universal de Causa e Efeito. Entretanto, cabe a nós escolher, ou não, dar início a esses eventos.
Por exemplo, vamos supor que estamos dirigindo um carro e, Deus nos livre, atingimos alguém.
Mesmo se acharmos que foi um acidente absolutamente inevitável, precisamos perceber que há uma razão pela qual nossa energia nos colocou numa situação onde fomos parar atrás do volante.
Como a maioria de nós que já viveu bastante teve a oportunidade de constatar, na vida não existem dívidas não pagas, mesmo que pareça o contrário. 
Deixe-me dar um exemplo.

Há uma história kabalística sobre um homem muito mau. Contudo, parecia que nesta vida ele tinha tudo, que recebia tudo o que queria: dinheiro  amigos, família, etc.
Embora muitas oportunidades de realizar ações positivas se apresentassem, ele nunca as aproveitava. Em vez disso, ele optava pelo egoísmo, pela frieza e por contribuir para o sofrimento dos outros.
Como resultado, ele não conseguiu alcançar um nível de se importar com os demais, um nível mais elevado de espiritualidade.  
Apesar de internamente ele não ser uma pessoa boa, externamente a sua vida parecia fácil e confortável sem esforço nenhum.
Os anjos nos céus sempre perguntavam: “Deus, por que você está fazendo isso? Esse homem é tão mau. Como você pode dar a ele todas essas coisas boas?
E o Criador respondia: “Esperem e entenderão”.
Finalmente o homem faleceu. Ele chegou Lá em Cima e encontrou nos portões celestiais os anjos que lhe deram, é claro, uma passagem para ir diretamente ao inferno. O homem imediatamente objetou:

“Espere aí! Será que eu não fiz algo de bom em minha vida? Uma vez fiz uma contribuição para caridade. Uma vez eu ajudei um amigo.
E sabe de uma coisa, eu uma vez fiz trabalho voluntário.”
Então Deus respondeu: “Sim, você talvez tenha feito algo de bom em sua vida e por esse motivo você recebeu como pagamento bênçãos materiais no mundo. Agora chegou o momento de você pagar o sofrimento que causou.”
Não me entenda mal. Eu não estou dizendo que todos os que recebem bênçãos neste mundo físico sejam maus. O que eu estou dizendo é que existe uma conta em um banco espiritual. Cada bênção que recebemos corresponde a um saque dessa conta. Toda ação positiva corresponde a um depósito. Se estivemos sacando mais do que depositando, talvez esteja na hora de verificarmos nosso extrato bancário.
A energia que colocamos no mundo sempre volta para nós — não necessariamente nesta vida. Portanto, é do nosso interesse acrescentar, em vez de diminuir, a positividade no mundo.
Tampouco temos que esperar pela “hora certa” ou “ oportunidade certa” para realizar uma boa ação. Podemos começar com uma simples ação. Simples ações em nosso cotidiano despertarão nossa consciência para que possamos nos transformar.
Precisamos examinar nossos pequenos gestos. Será que eles estão baseados na consciência de que todo ser sobre a Terra tem direito à segurança, não importando quem ele e sua religião, raça, crença, sexo, etc. sejam?
Estamos dispostos a estender a mão para alguém diferente de nós?Estamos dispostos a lutar por algo que pode beneficiar os demais, mas que a curto prazo não é bom para nós? Ficamos tranqüilos quando é possível ? Somos tolerantes quando queremos criar separação? Nos comportamos e tratamos os outros com dignidade humana quando é difícil fazê-lo porque não é o que aprendemos?
Toda vez que mudamos algo em nós mesmos no sentido de melhorar, tornamos este mundo um lugar melhor, e por sua vez essa energia positiva volta para nós.
Com carinho,
Karen

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Escolhendo Ver a Oportunidade na Escuridão



Esta semana, a Bíblia fala sobre a fuga dos Israelitas do Egito e o milagre da abertura do Mar Vermelho.
Enquanto estavam no Egito, os Israelitas testemunharam as dez pragas.
Estas mesmo não sendo positivas, eram milagrosas.
Assim, no dia que os Israelitas fugiram do Egito, todas as suas doenças e enfermidades foram curadas imediatamente.
Incrivelmente, eles saíram de sua escravidão livres e saudáveis!
O que compreendemos dessa história é que esse grupo de pessoas vivenciou pela primeira vez o Criador.
Então o que aconteceu?
Apenas alguns dias depois, enquanto viajavam no deserto, eles duvidaram que o Criador lhes proporcionaria sustento.
Sem notar que o milagre do maná dos céus estava logo ali na esquina, começaram a reclamar que não tinham nada para comer.
Como eles poderiam pensar dessa forma?
Eles não tinham acabado de escapar de centenas de anos de opressão?
Não tinham acabado de atravessar as águas do Mar Vermelho em solo seco?
 
Para nós essa é uma lição poderosa.
Vamos pensar sobre nossas próprias vidas.
A maioria de nós tinha outro nível de consciência antes de chegar à espiritualidade. Desde então, nossas vidas se tornaram melhores.
Em um nível ou outro talvez tenhamos uma perspectiva melhor da vida - ou pelo menos estamos mais bem equipados para ver as oportunidades nos nossos desafios.
Então um período escuro chega, e o que fazemos?
Muitas vezes dizemos: Como pode não haver Luz?
E então reclamamos.
Às vezes reclamamos para nós mesmos, e outras vezes para amigos ou para família, assim como os Israelitas reclamaram para Moisés.
O que precisamos entender é que a razão pela qual não há Luz é porque nós não permitimos.
Inveja e ciúmes bloqueiam a Luz.
Depressão bloqueia a Luz.
Até mesmo uma grande alma como Jacó ficou bloqueado e perdeu a visão de profeta devido a tristeza.
Para se conectar com a Luz, precisamos entender que períodos escuros fazem parte do processo em que juntamos a energia negativa que criamos para podermos transformá-la.
Quando reclamamos, é porque estamos ouvindo a força que não quer que cheguemos lá, nos tornemos livres, que não quer que atravessemos o fogo e nos tornemos mais fortes do outro lado.
Vamos dar uma boa olhada em nós mesmos.
Quantos de nós pensaram:
O que estou fazendo aqui?
O que a espiritualidade realmente fez por mim afinal?
O que eu faço hoje que é diferente de ontem?
 
Nós muitas vezes temos esses pensamentos depois que nossa lua de mel espiritual acaba.
Isso é o que aconteceu com os Israelitas e isso é o que acontece conosco.
Por quê?
Porque é a natureza humana.
Mas, quer saber?
Para realmente ir além da natureza humana, devemos dizer:
Obrigado Deus, estou vivo. Estou aqui e deve haver uma boa razão para isso.
No minuto em que escolhemos ver a oportunidade na escuridão, é o momento em que escolhemos nos agarrar à espiritualidade.
Muito embora possamos estar deprimidos, ter raiva, ou cair, por fim levantaremos do fundo.
E enquanto o “para baixo” não estiver tão longe quanto o “para acima”, estaremos em boa forma.
Isso é o que precisamos procurar, e esse é o poder dessa semana.
 
Por: Karen Berg