A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


domingo, 9 de setembro de 2012

Preparativos para um Novo Ciclo


Na cabala existe uma data que marca um novo ciclo espiritual, mental, emocional e físico.
É o aniversario da Criação do Homem - Rosh Hashaná (Cabeça do Ano) uma data universal.
Ela é o marco da criação de Adam e sua mulher, é quando D´us deixa de ser "só"!
A criação ganha vida, livre arbítrio, experiência e principalmente: Consciência.
Rosh Hashaná não é somente um marco de ano novo, novo ciclo, novas oportunidades, com uma nova semente sendo colocada para fertilizar e frutificar!
É o momento também em que podemos ganhar Consciência de nossa vida, de nossa existência!
O calendário para esta ano é:
Rosh Hashaná - 16 à noite e 17 de setembro
Yom Kippur - 25 à noite a 26 de setembro
Entre Rosh Hashana  e Yom Kippur (Dia do Perdão) temos Iamin Noraim - dias de grande reflexão, onde podemos mudar os padrões em cada aspecto emocional
em nossas vidas - 10 dias = 10 sefirot (referentes a Árvore da Vida)

O mês de Virgem (Elul) é um mês de Perdão - e perdão é uma perda muito grande... é aprender a abrir mão de algo que nos agarramos e que nos faz mal, rouba nossa energia, tira nossa consciência...
Perdão é um estado de relaxamento.
Através da auto análise, da consciência constante, do hábito de entrar para dentro (processo de introspecção) podemos mudar de vez nossa vida!

Estamos num processo de mudança bem significativa - Astrologicamente falando ...
Saturno, o planeta que rege o Tempo, das responsabilidades, do encarnar, da parada da organização e orientação para construir algo, estabelecer algo, entra no signo de Escorpião no mês de Outubro, mas, com toda certeza já estamos sentindo suas energias ...
Escorpião nos traz transformação, renascimento...mas para isto ele nos convida para uma descida ao mundo intimo, interno, ao mundo "da morte"..
Morremos de uma consciência para criar uma nova consciência.

A Marca do Fim do Mundo vem com estes dois pontos na astrologia, mas não é o fim do mundo, como as pessoas acham, pois não é literal, mas simbólico..
De  qualquer jeito, quando coisas acontecem em nossas vidas particulares achamos que pode ser o fim do mundo... abrir mão de padrões, hábitos, coisas não é fácil, muitas vezes sofrido, mergulhar para dentro de si mesmo para ver a verdade da vida, verdade de quem se é.

A verdade da sociedade, das pessoas.
Tudo isto deve ser conhecido....e com escorpião o melhor e o pior virão.
O importante é buscar o centro, a responsabilidade, a consciência de seus impulsos, pensar e desejar sua transformação, alcançar mundos superiores, experimentar outra consciência...
Entender o que o processo está dizendo.
Limpar e limpar....

Fonte: Escola de Kabbalah

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Abertura Cósmica


Rosh Hashaná é uma abertura cósmica no calendário cabalístico que dura dois dias. Ela nos permite cultivar nosso campo dos sonhos para todo o ano.
A maioria das pessoas acredita que se trata do Ano Novo, mas, na verdade, ocorre no sétimo mês do ciclo astrológico.
 
Rosh significa "cabeça" e Hashaná significa "o ano".
Uma definição mais precisa seria "cabeça do ano", ou "semente do ano".
A cabala explica que os primeiros seis meses do ano são o período em que plantamos "sementes".
Essas sementes são nossas ações, palavras e pensamentos.
A segunda metade do ano é o tempo da colheita.
 
Rosh Hashaná é o intervalo de dois dias entre esses dois momentos, uma pausa antes da Causa tornar-se Efeito, o que lhe permite criar a realidade que deseja, trazendo a Luz do Criador logo de início.
 
O verdadeiro destino da jornada de nossa vida é a alegria e a plenitude.
E alcançar esse destino exige a conexão com a Luz no nível de semente.
 
Por: Yehuda Berg

Rosh HaShaná




Primeiramente devemos entender o que são as festividades de um modo geral.
 
O Rabino Shimon Bar Yochai, em suas sagradas palavras reveladas no Zohar há 2.000 anos, nos explica que um determinado evento histórico que ocorreu em uma data específica, foi meramente resultado de uma influência cósmica e espiritual que causou a ocorrência desse evento naquela data em particular.
Uma festividade é um dia cósmico, quando um certo poder do Divino foi revelado na Terra, trazendo aquela energia específica e fazendo acontecer um determinado resultado.
Esse entendimento cria uma percepção diferente e muda completamente a razão pela qual comemoramos esses eventos: Comemorar não é apenas relembrar o que aconteceu no passado, mas se conectar a este mesmo poder positivo no presente para ser bem utilizado em nossas vidas.
Rosh HaShaná, o primeiro dia do ano hebraico, é também chamado de dia de Julgamento.
 
Rabi Shimon explica, assim como é declarado no Talmud, que neste dia, todo ser humano vivo, sem qualquer discriminação de raça, sexo ou fé, é julgado.
É um dia cósmico e universal que deveria ser reconhecido por todos devido a sua importância e efeito em nossas vidas, já que determina todas as questões de vida e morte na Terra.
Rosh HaShaná é também o primeiro dia do mês hebraico de Tishrei, cujo signo correspondente é Libra.
O símbolo do signo de Libra é a balança, que representa a sabedoria divina e a ordem e quando todas as nossas ações e os efeitos de nosso comportamento são postos na “Balança Cósmica” e colocados à frente da “Corte Suprema”.
E quem pode ser o “Juiz Supremo”?
Pode ser que a nossa própria consciência coletiva seja despertada neste dia para decidir nosso futuro e a natureza de nossa vida durante o próximo ano!
Quanto mais abrirmos nossas mentes, maior o efeito espiritual de tolerância, amizade e fraternidade que poderemos criar ao nosso redor.
 
As palavras Rosh HaShaná em hebraico literalmente significam : "Cabeça do Ano".
Por quê “Cabeça”?
Porque a Cabeça está sempre relacionada com a “semente da consciência”, ou o poder potencial do que será revelado no futuro.
 
É o início de um novo ciclo de vida que, com a ajuda de Deus, nossa colaboração e nossa consciência, será repleto de saúde, prosperidade e continuidade.
E aqui repousa o segredo de controlar nosso o destino e a habilidade de mudar o futuro, se necessário.
Portanto, durante a festa de Rosh HaShaná, o que realmente estamos fazendo, é que estamos plantando uma semente espiritual, e possivelmente cuidaremos de seus frutos ao longo do próximo ano.
 
Mas, por outro lado, como citado acima, é também um dia de Julgamento; um dia no qual todo mundo, toda a humanidade é julgada, sem distinção de raça, cor, religião, idade ou sexo!
Mas, quem é o Juiz?
É D’us ?
Não!
Definitivamente não!
Porque de acordo com a Cabala, a essência de D’us é amor incondicional infinito e misericórdia.
E então, quem vai nos julgar e como?
 
A resposta para esta questão está no princípio da lei cósmica de causa e efeito (ou Karma).
São nossas próprias ações pessoais que deverão aparecer de novo em Rosh HaShaná, na medida em que começamos um novo ciclo de vida e um novo ano.
Este é o motivo porque muitas pessoas sofrem de sentimento de culpa.
Este sentimento de culpa é provocado pelas ondas ou vibrações cósmicas negativas que estas pessoas causaram.
E agora essas vibrações retornam para ''persegui-las".
 
O primeiro dia de Rosh HaShaná, é um dia de Julgamento Duro, quando somos julgados pelas ações perversas que fizemos com cruel e má intenção para ferir outra(s) pessoa(s).
No segundo dia somos julgados pelas ações perversas que fizemos sem intenção.
O que geralmente chamamos de erro.
 
Em  Rosh HaShaná todo e cada ser humano vivo recebe três coisas:
vida, prosperidade e filhos.
É claro, esses três “itens” são considerados como os mais importantes objetivos na vida. Todos querem continuar vivendo, ter sucesso financeiro e ser capaz de criar e apreciar uma família saudável e feliz.
Mas existe um pequeno problema que sempre aparece nessas ocasiões: nosso rival na vida – Satã.
 
O Zohar explica que conforme vamos ficando prontos para recarregar nossa bateria vital  novamente, com a energia da vida para outro ano, nosso oponente (Satã) definitivamente aparecerá com o objetivo de tentar roubar de nós esse privilégio!
Por isso os grandes sábios nos  revelaram a arma espiritual com a qual podemos evitar e destruir a negatividade de nossas vidas e de todo o mundo ao redor.
Essa arma chama-se Shofar – o chifre do carneiro. 
 
O som do Shofar tem uma vibração especial que pode destruir todos os obstáculos e estagnação energética que possam ter penetrado nossas vidas, almas e corpos durante o ano que passou.
Mas, é claro, é o nosso próprio estado de espírito e meditação que determinarão se essas vibrações, que são como “raios energéticos”, deverão ou não atingir seus objetivos.
Esses objetivos são nossas próprias ações negativas que desempenhamos enquanto vivemos nossa vida na terra. E como já vimos, as vibrações negativas dessas ações aparecem em Rosh HaShaná.
Portanto, durante o sopro do Shofar é bastante recomendável relembrar nossas ações negativas, em nossa mente, de modo a usar as vibrações cósmicas desse som especial para transformar nossas faltas em méritos.
 
A Torá nos diz:
“E Hashem falou a Moisés dizendo: Fale com os Filhos de Israel, dizendo: No sétimo mês, no primeiro (dia) do mês, deve ser o dia de descanso para vocês, em memória do sopro (do Shofar)...” (Lev.23:23).
 
Conforme vemos, a celebração de Rosh HaShaná e o sopro do Shofar foram determinados para acontecer no primeiro dia do sétimo mês. Isso é bastante estranho; por quê devemos começar a contar o ano à partir do sétimo mês e não do primeiro?
 
De acordo com a Cabala, cada ano, ou cada 12 ciclos da lua tem quatro inícios. Cada início representa  um nível de consciência diferente.
 
É como num ser humano que tem, por exemplo, o nível intelectual da consciência, o nível racional, o emocional , o subconsciente, etc., e todos eles juntos criam a inteligência do ser humano. Por isso o ano também tem diferentes níveis de consciência.
 
E do ponto de vista da Astrologia Cabalística, Rosh HaShaná está colocado no primeiro do ciclo da lua relacionado ao signo de Libra (a balança). Esse fato astrológico explica o nível de consciência que está se iniciando neste dia.
 
O signo de Libra representa harmonia e justiça.
Esse é o motivo pelo qual a inteligência interna da natureza volta ao seu estado embrionário de harmonia completa – como um bebê no útero de sua mãe. E para atingir este objetivo, a natureza usa seu poder de Justiça e Julgamento, se necessário.
 
E aqui reside o segredo do porque somos todos julgados neste dia – porque a natureza quer se renovar e suprir todos os seres por ela criados com vida nova e pureza.
 
Então vamos aproveitar esses poucos dias que ainda temos antes de Rosh HaShaná, com o objetivo de nos prepararmos espiritualmente e participarmos na restauração dos poderes da vida para o ano que, em breve, se inicia.
 
Rosh HaShaná é muito mais do que uma celebração de passagem de ano.
Não há como negar que, do mesmo modo que as conexões de Rosh Chodesh (Cabeça do mês) influenciam todo o mês, as conexões de Rosh HaShaná darão o tom do ano, mas, paralelo a isso, no momento em que o mundo é recriado, toda a humanidade é julgada.
Em outras palavras, ao invés da natural dispersão das celebrações de fim-de-ano, devemos manter a nossa Kavanah  ("foco" ou "concentração") para os rituais deste dia, com destaque para os 101 toques do shofar.
O julgamento de Rosh HaShaná considera as nossas ações ao longo do último ano com relação ao próximo.
Quanto maior a nossa consciência a respeito de nossas falhas (o exercício de todo mês de Elul), melhor.
Neste tribunal cósmico, o objetivo dos 101 toques do shofar e desestabilizar a ação do promotor, pois a mesma consciência que nos induz ao erro agora aponta cada um deles.
Obviamente estamos nos referindo à força assediadora ou contra inteligência presente em cada um de nós.
 
Os toques do shofar evocam a energia dos patriarcas e combatem diferentes aspectos do comportamento reativo da humanidade, lembrando que 101 é a guematria de Micha-El (o Arcanjo Miguel, como é mais familiar para alguns).
 
A parte doce da celebração fica por conta dos pedaços de maçã que comemos com mel, acompanhado da bênção "Tenha um ano bom e doce!"
 
Rosh Hashaná trata-se de uma festividade alegre, mas ao mesmo tempo, solene, celebrada durante dois dias.
Além de assinalar o começo do ano judaico, Rosh Hashana também é o início de um período de arrependimento de dez dias, que terminam no Yom Kippur.
É ensinado aos cabalistas que no Rosh Hashana se decide o destino de cada ser no ano seguinte, mas a decisão tomada nas alturas não é selada até o Yom Kippur, podendo ser mudada para melhor no decorrer dos dez dias intermediários.
Por conseguinte, são dias de exame da alma e de arrependimento.
Em outras palavras, a ênfase recai não só em sentir-se culpado pelo que se tenha feito ou deixado de fazer, mas também em decidir mudar do curso anterior que se vinha seguindo e agir diferentemente no futuro.
 
Fonte: Academia de Cabala

domingo, 2 de setembro de 2012

Teshuvá – Retorno ou Arrependimento


A vida é uma guerra.
O inimigo não é ninguém externo, mas nosso lado negativo, que nos torna egoístas, invejosos, preguiçosos.
Um passo fundamental nesta guerra, especialmente no mês de Elul/Virgem, é a Teshuvá: processo de arrependimento e transformação em que revemos nossas ações negativas do passado, reconhecemos o erro de nossas atitudes e nos comprometemos a agir diferente daqui pra frente.
 
Estamos entre uma causa negativa que fizemos no passado e seu efeito doloroso que ainda não se manifestou.
O atributo divino da misericórdia nos dá um tempo para nos transformarmos.
O atributo de julgamento cobra a retribuição.
Como evitar a consequência dolorosa de nossas ações negativas do passado?
 
São quatro passos:
1) se lembrar dos seus erros – voltar mentalmente ao momento em que agiu errado
2) reconhecer o erro – perceber a dor que causou - ao outro, ao mundo, a sua própria alma que se desconectou da fonte (a Luz)
3) se comprometer a mudar daqui para frente
4) mudar mesmo – isto é, quando enfrentar um teste semelhante agir conforme se comprometeu a agir.
 
Através desse processo de Teshuvá apagamos as ações erradas do passado e nos tornamos uma nova pessoa, que não tem que sofrer mais as consequências daquelas atitudes.
 
Por: Shmuel Lemle