A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Menos ação, menos reatividade, mais controle, esta é a dica deste mes

A Luz da cabala nutre e preenche, mesmo nestas 3 semanas que estamos vivenciando, que são conhecidas como as semanas negativas, semanas de Luto 
Elas se iniciaram em 15 de julho e vão até dia 5 de agosto
O que ocorre é que temos muita luz e nenhuma proteção
As cortinas espirituais que nos protegem, como braços de uma mãe, se retiraram, pois este tempo é marcado com a destruição do Templo, que abrigava esta energia. A Morada da Shechiná!
Shechiná é a parte feminina de D’us, que acolhe a energia vinda de cima.
Temos luz e sem proteção, nos contraímos, contatamos a escuridão!

Menos ação, menos reatividade, mais controle, esta é a dica!
Orações e meditações nos ajudam a digerir esta força da luz!
Não vamos nos precipitar, deixar a emoção tomar conta.

A partir do dia 5 de agosto a energia passa a ser digerida e temos um auge desta Luz em unidade com o mundo físico, que é dia 11 de agosto (15 de Av), e que é conhecido como o Dia do Amor, da Unidade!
Vivenciamos um momento pós transformação.

Transformação é isto.
O importante é seguir com suas novas tarefas, com seus novos desafios, sem perder o sentido da vida!
Deixar e decidir pelo caminho da Alegria e Felicidade.
É na Felicidade que a Luz divina está mais presente.
A Alegria de viver, ver luz em tudo é o que precisamos ter dentro de nós.

Fonte: Escola de kabbalah de Porto Alegre

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Certeza

Certeza é uma consciência mais poderosa do que esperança ou crença, porque ter Certeza é saber.

A espiritualidade não é nada sem a Certeza. 
Por exemplo, quando nos sentimos bem e a vida está ótima, é fácil acreditar que fazer a milha extra em nosso esforço para cuidar dos outros nos trará grandes bênçãos. 
Mas, no momento em que as coisas não estão indo exatamente como gostaríamos, começamos a duvidar que a espiritualidade realmente funcione.

"Por que coisas ruins estão acontecendo comigo, se eu estou me esforçando tanto para ser uma boa pessoa?"
É nesses momentos que precisamos que a nossa certeza seja ainda mais forte, porque é nessa hora que nossa espiritualidade está sendo testada.

É importante perceber esses momentos e prevê-los.
Esteja pronto para os testes, quando a dúvida for tomando conta e mandando a Certeza embora.
Saiba que seja o que for que estiver acontecendo em sua vida, de alguma maneira é para melhor.
Independente do motivo, esse é o lugar exato onde você precisa estar.

Confiando no Criador, com certeza absoluta, podemos saber que o universo sempre opera de acordo com nossos interesses, independente do que possa nos parecer em virtude de nossa percepção limitada.
Conseguimos erradicar nossas dúvidas quando seguimos em frente, apesar de nosso ceticismo.
Se mantivermos uma Certeza inabalável, podemos superar qualquer coisa

Por: Yehuda Berg

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Seja você mesmo - e fique orgulhoso disto

Final de semana passado eu escutei uma conversa entre alguns alunos pré-adolescentes.
Um dos meninos estava lendo a passagem do Zohar quando o outro disse pra ele, "não é assim que o Yehuda Berg faz!"
O outro aluno respondeu, "E eu sou ele?!"
Exatamente.
Professores são para serem nossos guias, mas no fim do dia, nós temos que esculpir nossos próprios caminhos únicos pela vida.
Temos que fazer nossas próprias escolhas, e não seguir cegamente.
Seja você mesmo, e fique orgulhoso disto.
Sete bilhões de pessoas neste planeta - e apenas um de você.
Por: Yehuda Berg

terça-feira, 8 de julho de 2014

Não Discutir



Rodrigo, um famoso palestrante, estava dando um curso para um enorme público. No final da aula, como ainda havia sobrado alguns minutos, ele permitiu que o público fizesse perguntas.
Quem tivesse interesse poderia escrever sua pergunta em um papel e encaminhar a ele.
O sistema estava funcionando bem.
As perguntas chegavam por escrito a Rodrigo, que as lia em voz alta e imediatamente respondia.
Até que Rodrigo abriu um dos papéis e viu que estava escrito apenas uma palavra: "Idiota".
Em um primeiro momento, Rodrigo ficou furioso.
Pensou em tentar descobrir quem era o engraçadinho que havia mandado aquele papel e fazer um escândalo com ele, ensinando-lhe boas maneiras.
Mas depois ele se acalmou e decidiu que não valia a pena discutir, pois certamente tratava-se de alguém de baixo nível, que não escutaria sua bronca. Rodrigo teve então uma ideia genial: pegou o papel na mão, leu a ofensa em voz alta, olhou fixamente para o público e disse:
- Senhores e senhoras, há anos eu dou palestras pelo Brasil inteiro, e é muito comum eu permitir que pessoas façam perguntas no final. Na maioria das vezes, as pessoas escrevem a pergunta mas esquecem de assinar o nome. Porém, desta vez aconteceu algo completamente diferente, que nunca havia acontecido antes.
A pessoa que mandou o bilhete esqueceu-se de escrever a pergunta, mas lembrou-se de assinar o nome..."
Discussões somente são válidas se nos ajudam a esclarecer algo.
Mas quando se tratam de pessoas que não estão dispostas a escutar, então o ideal é não se envolver em nenhum tipo de discussão, pois certamente as consequências serão apenas gritos e aborrecimentos, que não levarão a lugar nenhum.
Por: R' Efraim Birbojm

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Nossas Duas Tarefas

Muitas vezes nós fazemos a ação física necessária para fazer com que as coisas aconteçam, mas a questão principal que nos impede de progredir é não ter o desejo verdadeiro.
Podemos desejar ser bem-sucedidos ou felizes, mas não desejamos participar do trabalho que é preciso para chegar lá.
Podemos desejar emagrecer ou nos libertar de vícios, mas não desejamos fazer o esforço que é preciso para vencer os nossos desafios.
Podemos até desejar a grandeza, mas não desejamos risco e vulnerabilidade, então preferimos continuar pequenos e presos.
Nós desejamos coisas poderosas, mas será que desejamos a responsabilidade que vem com isso?
Como o Zohar explica, às vezes, se ganha muito por estar com Rav Shimon e, às vezes, se ganha muito por não estar com Rav Shimon.
Por quê?
A falta é um catalisador para o desejo verdadeiro.
E o desejo verdadeiro é a chave para se alcançar o nosso propósito neste mundo.
Então, você tem duas tarefas:
1) Nas áreas de sua vida em que lhe falta desejo – aprecie o que você tem em vez de se concentrar naquilo que você não tem. A apreciação aumenta suas benções. A falta de apreciação faz com que elas se dissipem.
2) Nessas mesmas áreas em que lhe falta desejo – chegue à questão principal.
Você está fugindo da responsabilidade?
Com medo do fracasso?
Com preguiça?
Se você conseguir trabalhar na questão principal, seu desejo vai aumentar com grande velocidade.
Você muito provavelmente vai ver que seu esforço e risco valem a pena.
Por: Yehuda Berg

sexta-feira, 4 de julho de 2014

“Três Semanas Negativas” - O mês de Câncer (mês de Tamuz)

O mês de Câncer (mês de Tamuz) contém o início de um período de energia difícil, conhecido como: as “Três Semanas Negativas”
Falando em termos espirituais, neste período estaremos sem a nossa camada de ozônio.
A camada normal de proteção, que nos ajuda a filtrar a vida, dar sentido às coisas; estará de férias.
É a nossa oportunidade de dar uma trabalhada saudável em nossos músculos da paciência.
Por que temos que experimentar tais coisas? 
Cadê aquela calmaria que todos nós desejávamos?
Por que o mar tem que estar tão turbulento?
Nós já falamos sobre isso: Somos criaturas de hábitos.
Quando nos acomodamos em nossos hábitos, nós perdemos apreciação pelos períodos positivos e o progresso que fizemos em nosso crescimento espiritual.
É por isto que a Luz nos dá oportunidades constantemente, como estas três semanas, para sacudir as coisas e para que possamos empurrar a nós mesmos para o melhor de nossos níveis.
É claro, isto exige um desafio: evitar não cairmos em conclusões, ao mesmo tempo que precisamos disto para não cairmos em um estado de estagnação.
O mês de Câncer é um período em que precisamos manter a mensagem do Rav no centro de nossas mentes, que diz para nós estarmos vigilantes quanto a tratarmos todos com dignidade humana.
Lembre-se: não se trata de sermos pessoas boas.
Estamos aqui tratando de nos proteger.
O Zohar explica que este período do ano é o nível de semente para doenças perigosas que, Deus não permita, podem entrar em nossas vidas.
Assim como existem certos períodos específicos do ano nos quais você pode plantar uma semente de tomate de forma que ela cresça, o mesmo é verdadeiro para doenças.
Esqueça a fisicalidade disto.
Nós sabemos que qualquer coisa que experimentamos, seja uma doença ou qualquer outra coisa, ela sempre começa em um nível espiritual.
Primeiro nossas almas ficam adoecidas.
O Zohar explica que é como se um pedaço de pano sujo fosse colado em cima de nossas almas.
E nesta região da consciência onde o pano sujo está colado à nossa alma (muito parecido com um pedaço de pano sobre uma lâmpada), nós não conseguimos mais nos conectarmos com a Luz.
Portanto, nossa alma é desconectada de sua fonte, criando assim um ponto de abertura, um espaço onde a doença pode entrar.
Qual é a conclusão?
Precisamos comer uma vasilha extra de amor a cada manhã e estarmos extra cautelosos para não sermos reativos durante estas três próximas semanas.
Desta maneira, quando terminar este período, poderemos rir da face do caos ao invés do caos rir de nós.
Por: Yehuda Berg

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Coração / Emoção

D'us criou o ser humano com um desafio embutido nele. 
Para explicar, falarei mais sobre a fisiologia e sobre as descobertas da última década. 
Sabemos que o ser humano tem três cérebros: a mente animal, responsável por nosso instinto, pela sobrevivência; a mente responsável pelas nossas emoções; e o córtex, responsável pela parte superior da mente. 
A novidade é a descoberta de que o fluxo de transmissão dos neurônios entre a mente e o corpo e entre o coração e o corpo trabalham em velocidades diferentes. Na verdade, o neurônio trabalha três vezes mais rápido na parte das emoções do que no córtex, ou seja, a pessoa "sente" três ou quatro vezes mais rápido do que "pensa".
E é por isso que estamos sempre buscando desculpas.
Por exemplo, você passa por uma loja e vê uma roupa que lhe agrada e tem vontade de comprá-la.
O que você faz?
Pensa em 101 motivos para comprá-la, mesmo que já tenha três iguais em seu guarda-roupa.
Como se chama isso?
Racionalização do sentimento.
É que o coração captura e aprisiona a mente.
É o sentimento aprisionado ao raciocínio.

O Alter Rebe, o primeiro Rebe de Lubavitch escreveu a obra Tanya com a finalidade, de tornar a Cabalá acessível.
A obra ensina algo de extrema importância:
"Moach Shalit Al-Halev", isto é, a mente domina o coração.
A mente deve dar a forma ao coração.
O que é mente?
É a direção, uma bússola.
O que é emoção?
Emoção é a energia.
Não podemos usar só a mente e ser uma pessoa inteligente, porém fria e calculista. Por outro lado, não faz sentido ser uma pessoa totalmente emocional.
Às vezes os sentimentos não são adequados ou são direcionados ao lado errado.

Você pode ser uma pessoa extremamente boa, ter muita compaixão. Mas, se permitir que seus sentimentos fluam de forma errada, pode ferir outra pessoa.
Veja o exemplo de pais amorosos que não conseguem controlar seus sentimentos pelo filho. A criança talvez possa ter problemas e os pais tentam compensar dando sempre tudo que ela pede. O resultado é uma criança malcriada.
Há amor e compaixão, mas não usados de forma sábia.

O Alter Rebe também ensinava:
"É preciso que a mente esteja sob o domínio do coração em equilíbrio".
E qual é o equilíbrio?
Primeiro vem a direção - a mente, moach - e depois os sentimentos.
Não confundam!
Não estou falando em reprimir sentimentos.
Estou falando em reaprender a permitir que nosso coração flua de forma sábia.
A emoção é a forma como a alma flui através do coração.
Já a mente é a forma como essa mesma alma flui pela fisiologia cerebral.
Será que o indivíduo consegue treinar novamente a forma como a alma flui através da mente?
Será que consegue fazer o mesmo com a maneira pela qual a alma flui pelo coração?
Em outras palavras, será possível reaprender a interpretar a realidade de forma diferente?
Sim, é possível!

Por: Rabino Laibl Wolf

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Caminhando com D'us

A cabala nos diz que a mente tem 70 caminhos.
Isso pode parecer improvável, mas na verdade, nós usamos muitos caminhos todo
o tempo.
Lembra quando você aprendeu pela primeira vez como dirigir?
Você não suportava qualquer distração. 
Se alguém começava a conversar, você pedia para ele ficar quieto.
Era um foco total na pista.
Agora pense em todas as atividades que você faz enquanto dirige: mexe no rádio, planeja o dia, fala no telefone, aprecia o cenário, procura por uma vaga no estacionamento – e dirige o carro também!
Controlando os diferentes caminhos, você pode crescer exponencialmente o seu poder para viver.
É sabido que Rav Yehoshua Leib Diskin (séc. XX Israel) podia escrever 2 cartas, uma com cada mão, enquanto conversava com alguém ao mesmo tempo – mais o que passava pela cabeça dele.
Essa habilidade não acontece da noite para o dia.
Como nos malabares, antes que você possa coordenar 3 bolas, primeiro tem que saber como pegar elas.
Para desenvolver a concentração, escolha um pensamento, foque-se intensamente, e trabalhe nele. (É claro, o pré-requisito para se concentrar em uma ideia totalmente é que ela precisa ser interessante e importante para você).
Uma vez que você dominou um caminho, você pode expandir para os outros 69
caminhos da sua mente.
No Judaísmo, nós dizemos “shviti Hashem lenegdi tamid” - “Eu ponho D-us ante mim sempre”
Um caminho deve ser sempre reservado para D-us.
É como se você estivesse casado, você não quer para ir para um lugar e esquecer da sua esposa.
Assim também, não é bom esquecer de D-us.
Caminhe com Ele o tempo todo.
Por: Rav. Noach Weinberg

terça-feira, 1 de julho de 2014

Mês de Câncer

Câncer é um mês emocional, o que não significa necessariamente que seja uma coisa ruim.

Viver como uma pessoa espiritualizada não quer dizer que tenhamos que deixar todos os pensamentos e emoções que nos complementam no dia-a-dia.
Não é necessário que deixemos de lado a felicidade, o amor, o medo, o desejo, a euforia, ou mesmo a raiva para que possamos seguir um verdadeiro caminho espiritual.
Precisamos simplesmente responder a uma questão básica:
Estamos no controle de nossas emoções ou são as nossas emoções que estão nos controlando?

Nossas emoções estão conectadas com freqüências específicas, ou emanações que são irradiadas dos Mundos Superiores através da Luz do Criador. Cada uma dessas emanações tem um nome e um propósito específico.
Elas são como portais, através dos quais a energia flui entre as dimensões física e espirituais.
Como nos sentimos e, mais importante, a intenção e a motivação de nossos sentimentos influenciam na velocidade e na qualidade deste fluxo.

Este mês nós temos a oportunidade de aumentar a energia positiva que flui para nossas vidas através das nossas emoções.
Gostaria de focar numa emoção muito importante: O amor.
Os cabalistas apontam dois tipos de amor: o amor do ego e o amor que compartilha.

O amor do ego é quando nosso amor é condicionado sobre o que a outra pessoa nos dá em troca de nosso cuidado.
O amor que compartilha é quando sentimos um desejo inato de cuidar do outro, mesmo que ele não nos dê nada em troca.
È o amor que não depende de nada.
È o amor cujo foco é vocês.

É este segundo tipo de amor que nos conecta com a Luz do Criador e traz as verdadeiras bênçãos e a satisfação que todos procuramos. E é este tipo de amor que coloca o nosso crescimento espiritual em prova.
Podemos fazer 101 conexões espirituais diferentes, mas se não estamos constantemente nos despertando e aumentando o nosso amor pelos outros, não estamos nos conectando com a Luz do Criador.

Cada um de nós tem a habilidade para abrir o canal de amor neste mês de Tamuz.
Quanto mais praticarmos amar alguém sem nenhuma intenção, mais abriremos o canal.
Isto pode ser desafiador e ir contra a nossa natureza, mas quanto mais nós despertarmos o amor genuíno, maiores serão os milagres que veremos em nossas próprias vidas.

Por: Michael Berg