A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Tudo é uma questão de tempo

Falemos de comunicação!
É sabido que a Luz fala conosco o tempo inteiro, mas devido às limitações dos nossos cinco sentidos não percebemos a grande maioria das mensagens da Luz.
E pior do que não ouvir é entender errado!
Como é que podemos entender errado?
De várias maneiras, e a principal maneira é quando acontece uma coisa ruim em nossas vidas e ficamos chateados, tristes e até em profunda depressão. 
Todos esses sintomas negativos são sinais de que na verdade não entendemos a mensagem da Luz.
Por quê?
Porque tudo que a Luz faz é para o bem e quando ficamos tristes com algo que a Luz colocou em nossa vida é a clara indicação de que então não entendemos nada do que nos aconteceu!
Partindo desse ponto de que não entendermos nada, como podemos então concluir algo?
Como podemos concluir se algo é bom ou ruim em nossa vida?
Quem sabe a resposta seja uma: o tempo!
O tempo dirá se aquilo que nos aconteceu realmente foi a melhor ou a pior coisa de nossas vidas!
Aqui precisamos entender o ensinamento básico e poderoso da cabala que se chama “ser reativo”.
Ser reativo é agir ou julgar de forma imediata.
Ser reativo significa ser controlado por uma situação externa.
Ser reativo significa se tornar o efeito em vez da causa!
Ser reativo significa que uma situação ou pessoa está controlando nossas emoções.
Penso muito num ensinamento do Rav Ashlag, onde ele usa o processo de amadurecimento de uma fruta para explicar uma coisa muito importante: o processo.
Tudo na vida passa por um processo e a cabala ensina que todo processo, e conseqüentemente, tudo que existe – passa pelas “Quatro Fases”.
Rav Ashlag explica que tudo é uma questão de tempo.
Pessoas e situações “verdes” um dia se tornarão “doces” e “maduras”.
Peçamos a Deus sabedoria, persistência e paciência para conseguir esperar o fim do processo de alguma questão em nossas vidas e um dia no futuro possamos olhar para o passado e dizer de todo coração:
“Tudo valeu muito a pena.”
Por: Shimon Ferreira

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

"Ative o Criador que está no Interior"

Quando o mestre Rav. Berg faz uma benção no vinho, ele toma uma longa pausa e medita nas palavras, "ative o Criador que está no interior".
Como fazemos isto em nível prático?
Nós temos que ser um com o Criador e fazer isto ao ser um com outras pessoas. Você vê, a Luz do Criador é uma força incondicional de amor.
Cada vez que agimos com carinho genuíno e preocupação com o próximo, nós ativamos a força no interior.
"A experiência de se apegar com a Luz suprema não pode ser atingida a não ser devido à uma faculdade espiritual, desejo e amor." - cabalista Abraham Azulai
Tome a decisão de amar a todos incondicionalmente.
Olhe apenas para seus lados bons.
Ame-os verdadeiramente e também preste atenção para os resultados que você obtém no dia a dia.
Quando conseguimos amar as pessoas Incondicionalmente nós fazemos um "céu na terra"!
Vamos analisar por que nós não conseguimos amar as pessoas.
Vou listar cinco motivos:
1. Não amamos uma pessoa estranha porque não a conhecemos;
2. Não amamos nossos pais porque eles nos magoaram profundamente;
3. Não amamos a outra pessoa (seja ela um amigo, um parente, um empregado, um filho. Etc.) porque temos vergonha ou porque não queremos parecer "frágeis";
4. Não amamos nossos inimigos e "concorrentes" porque isso talvez possa nos colocar em perigo de perder algo;
5. Não amamos nossa vida, nossa situação atual porque vemos caos nela.
Certo.
Realmente, neste mundo do 1% todas essas desculpas acima podem fazer sentido, mas no Mundo Real – o Mundo dos 99%, todas essas desculpas são na verdade auto-sabotagens!
Agora, vou listar cinco argumentos baseados na Cabala sobre como é importante e super necessário nós amarmos:
1. Ninguém é Realmente estranho. Todas as pessoas que encontramos em nossas vidas, seja num Shopping lotado, no elevador de um prédio, ou na praça de uma cidade que estamos passando nossas férias, etc. todas elas nós já conhecemos (em vidas passadas) e o mais importante: se as encontramos significa que devemos revelar de alguma maneira Luz com ela.
Que tal fazer isso dando um sorriso, ou dizendo um "olá", ou até mesmo, "como você está?". Se fizermos isso estaremos amando ela;
2. Nossa alma escolhe a família que ela quer nascer pelo seguinte motivo: Ela (nossa alma) quer evoluir, corrigir os erros do passado, então ela irá escolher os pais que mais poderão servir a esse propósito, daí então a explicação do porque dos nossos pais serem exatamente "assim" conosco: eles estão apenas nos dando o que pedimos.
Sabendo disso, sabendo que eles estão ajudando em nossa correção, devemos odiá-los ou amá-los?
Lógico que devemos amá-los, mais ainda;
3. Não amarmos alguém por medo de enfrentar a vergonha ou por medo de parecermos fragilizados é uma grande tolice, porque se é através do amor para com a outra pessoa que criamos unidade com a Luz do Criador, e o que é a Luz do Criador?
É "somente" toda aquela energia que precisamos para continuarmos tendo saúde, prosperidade, felicidade, amor, prazer, boa sorte, proteção, paz, etc.
Então temos que amar e por causa do amor nós podemos receber Tudo!
Sejamos sábios;
4. O Zohar ensina que tudo acontece devido a Mão do Criador, ou seja, não é coincidência que certas pessoas viram nossos "inimigos" e os nossos "concorrentes".
Eles foram os escolhidos por causa de suas habilidades em ativar nossa natureza negativa.
E como podemos nos livras de nossos traços negativos se eles não forem ativados? Por isso, devemos amar nossos inimigos e concorrentes, porque eles nos dão a oportunidade de merecermos ganhar Luz - através das oportunidades de transformarmos nossa natureza negativa ativada pelos nossos "inimigos" e "concorrentes";
5. Yonatan nos ensina que o Criador, a Luz do Criador, nunca nos manda nada que não possamos Mudar! E ele também ensinou que o melhor jeito de mudar a situação é mudar a consciência a respeito dela.
Em vez de vermos alguma coisa como "caos",.devemos vê-la como um "teste". Teste esse que oculta uma tremenda benção, talvez até oculta a realização daquele nosso sonho, daquele nosso pedido.
É sabido que não podemos receber nada sem antes removermos o Pão da Vergonha daquilo.
Então quando pedimos algo, quando sonhamos em realizar alguma coisa, O Criador pode nos mandar um teste só para vencermos o teste e assim removermos o Pão da Vergonha e assim merecermos receber o que pedimos.
E ainda temos que lembrar de uma lei espiritual que diz:
"Se você quer algo, você tem que dar algo". Então, se queremos amor, temos que dar amor.
Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Fale com Deus

Todos nós temos momentos em que nosso juízo sai voando pelos ares e estamos a ponto de perdê-lo.
E aí?
O que fazer?
Faça uma caminhada e converse com Deus.
É uma terapia grátis. 
Falando sério, coloque para fora suas frustrações, como se Deus estivesse bem ali ao seu lado.
E pergunte: “Por que? O que devo fazer nesta situação? Onde não estou enxergando a verdade? Como posso resolver isso?”
Com certeza as pessoas vão pensar que você é maluco, mas, quem se importa? Geralmente nos apresentamos calmos e bem comportados em público, quando, internamente, estamos na maior confusão.
E, o que estou sugerindo que você faça é o oposto.
Você poderá parecer maluco externamente, mas internamente se sentirá calmo.
Fale com Deus.
Você ficará surpreso com as respostas que receberá.
E com a tranqüilidade que pode existir dentro de você.
Por: Yehuda Berg

domingo, 17 de agosto de 2014

Sem Promessa

"Uma pessoa cuja força vem de suas palavras, e não de suas ações, sempre se encontrará no mundo dos extremos." - o Zohar.
Existe uma tremenda energia em nossas promessas.
Quando fazemos promessas e não cumprimos, criamos pequenos vazios de energia em nossas vidas, que é a razão pela qual muitas vezes nos sentimos desconfortáveis e insatisfeitos.
Tenha certeza que o que você diz é compatível com a verdade do que você está fazendo. 
Se existe alguma falta entre os dois, você está perdendo tempo, diz o Zohar.
Já aprendemos que é bom dizer a frase “Bli Ayn Hará” (Sem Olho Gordo (do mal)) quando ouvimos ou sabemos de algo de bom que aconteceu com a outra pessoa, na intenção de não “roubar” sua energia.
Agora, pra quem não sabe, vamos aprender outra frase Cabalistica:
“Bli Neder” (Sem Promessa).
Dizemos essa frase depois de falar que vamos fazer algo, para no caso de não fazermos a gente não crie o espaço vazio explicado acima.
É sabido que em todos os “espaços” que criamos, corremos o risco de termos energia negativa como efeito.
Existe até um ditado que diz:
“Mente vazia é casa para o Satan”.
A Cabala completa: Não só a mente, mas todo e qualquer espaço que não tenha Luz pode se tornar um espaço pra o Satan.
Durante o nosso dia quantas promessas nós fazemos e não cumprimos?
Um monte!
Dizemos:
“Amanhã eu faço isso pra você”;
“No carnaval eu vou pra Bahia”;
“Esse ano eu paro de fumar”;
“Nunca mais eu faço isso”;
“Daqui a pouco eu ligo pra você”;
“Segunda-feira eu entro na auto-escola”;
“Segunda-feira eu entro num curso de inglês”;
“Segunda-feira eu começo a fazer exercícios”; etc.
Qual o problema dessas promessas?
Nenhum problema, Se Nós Formos Cumprir Cada Uma Delas!
Se nós prometemos e não cumprimos, aí sim, teremos problemas com nossas promessas!
Então, se não temos certeza (ou até tendo certeza) de que vamos cumprir algo, dizemos no final de nossa promessa: “Bli Neder” (sem promessa) porque não queremos correr o risco de criar espaços!
Que tal aproveitar o dia de hoje para listar todas as promessas que prometeu e não cumpriu, para assim começar a cumpri-las, uma por uma e assim eliminar cada espaço que criou.
Um detalhe sobre o dia de segunda-feira.
Os Cabalistas ensinam que não é bom começar nada na segunda-feira.
Comece no domingo ou na terça-feira, mas nunca na segunda.
Por quê?
Porque a segunda-feira foi o dia onde houve a separação de energia.
Isto está em código na Torá – livro Genesis: No versículo que fala sobre a Segunda-feira (segundo dia) O Criador não fala “Yom Tov” (dia bom).
Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O que há de bom nas orações?

Recentemente recebi um e-mail perguntando:
“O que há de bom nas orações? Eles rezaram no Holocausto e isto não os ajudou”.
Sabem?
Eu ‘adoro’ este tipo de declaração genérica que abrange todas as pessoas, em todas as situações, em todas as épocas e que dão um resultado único.
Elas me relembram sobre o quão pouco eu realmente sei.
Não pretendo entender o porquê ou como o Todo-Poderoso responde às nossas orações.
Minha experiência pessoal em conversar com sobreviventes do Holocausto e em ler biografias de sobreviventes é que eles rezaram e suas preces foram atendidas – ao menos parcialmente.
Entretanto, estes são os sobreviventes.
E sobre aqueles que não sobreviveram?
Provavelmente é justo dizer que também rezaram, mas que não sabemos quais de suas orações foram atendidas.
Creio que o leitor que me fez esta pergunta pensou com a seguinte lógica:
(1) ‘Todos’ rezaram,
(2) ‘Todos’ não foram salvos, e
(3) Por conseguinte: as rezas não funcionam.
Se alguém tem uma definição simplista de que a prece é uma espécie de ‘transação comercial’, onde a pessoa coloca suas requisições e D'us as atende, então esta pessoa está com uma definição equivocada do que é a prece.
A essência das orações é a pessoa se aproximar mais do Todo-Poderoso e criar um relacionamento com Ele.
E se D'us irá atender aos seus pedidos completamente ou em partes, isto já é determinado por D'us levando em conta como isto irá ajudá-la a crescer neste relacionamento.
Sabendo disto, podemos então entender que as preces são sempre atendidas: às vezes com um ‘Sim’, às vezes com um ‘Não’ e às vezes com um ‘Ainda não’.
Nosso propósito no mundo é crescermos como seres humanos, desenvolver nossas almas ao cumprir os mandamentos que o Todo-Poderoso escreveu em sua Torá , trabalharmos para refinar nosso caráter e aperfeiçoar o mundo.
A prece é um meio de atingirmos este propósito.
As orações são um modo de construirmos um relacionamento com D'us.
As preces têm como função que modifiquemos a nós mesmos e reconheçamos que tudo vem do Todo-Poderoso e apenas Dele.
Ao fortalecermos este relacionamento, acabaremos nos modificando e isto, por si só, já nos torna merecedores de que D'us atenda aos nossos pedidos.
A prece tem três componentes, parecidos com a forma que uma pessoa pediria a um rei que tem poderes para atender seus desejos ou até para puni-la com a pena de morte:
(1) Louvores a D'us (Ele não precisa de nossas orações. Elas vêm apenas nos ajudar a focarmos com Quem estamos falando);
(2) Nossos pedidos e
(3) Agradecimentos (O mais alto nível de boas maneiras é sermos bem agradecidos).
É lógico: adoraríamos que nossos pedidos fossem atendidos de maneira positiva. Entretanto, nem sempre isto seria o melhor para nós.
Podemos entender melhor isto imaginando o relacionamento entre um pai e seu filho: Às vezes a criança implora por coisas que o pai sabe que não lhe será benéfico e talvez seja até perigoso para a criança.
Então este pai atencioso e sábio fará a coisa correta e mais difícil, que é dizer ‘não’.
Nós acreditamos que existe um D'us que criou o mundo.
Que nos ama e nos proporciona aquilo que é benéfico para nós, Ele fez um pacto conosco (que nos obriga a cumprir seus mandamentos) e Ele lida conosco com justiça e misericórdia.
A vida é complexa e nós somos finitos, mas D'us é infinito.
Nós (aqueles que entendem que realmente sabem pouco sobre a vida) não presumimos já conhecer o ‘quadro’ todo.
Nós sim sabemos, baseados em nosso entendimento da Torá e a da história, que D'us tem seu próprio plano para o mundo e também sabemos que Ele nunca deixou de cumprir Suas promessas – sejam elas de recompensa ou o contrário.
Entendemos também que o Todo-Poderoso age no mundo com propósito, significado e bondade.
Então, o que há de bom nas preces se elas não são atendidas da maneira que desejaríamos ou da maneira que pensamos ser merecedores?
As preces nos dão esperança.
E você me perguntaria: “E daí?”
As preces são um meio de integrarmos em nós que a vida tem um significado e de que não estamos sozinhos.
E qual o valor disto?
Talvez o quadro abaixo ilustre melhor:
Pedi forças e D'us enviou dificuldades para me fazer forte
Pedi sabedoria e D’us me deu problemas para resolver
Pedi prosperidade e D’us me deu músculos e cérebro para trabalhar
Pedi coragem e D’us mandou perigos para superar
Pedi amor e D’us me enviou pessoas com problemas para ajudar
Pedi favores e D’us me deu oportunidades
Não recebi nada do que pedi, mas tudo de que realmente precisava
Apesar de mim, minhas preces foram atendidas!
Eu entre todos sou muito abençoado
Somos todos seres abençoados.
Só que, às vezes, é difícil enxergarmos a benção.
Porém, façamos um esforço.
Dificuldades e dores de cabeça são inevitáveis, miséria e depressão são opcionais. É uma questão de escolha e de ter uma real perspectiva de vida.
Por: Rabino Kalman Packouz

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Tikun - Encontre sua Luz

Onde a Luz está escondida quando nos encontramos numa situação difícil criada por nós mesmos? 

A verdade é que estamos num jogo espiritual parecido com o do “esconde-esconde”. 
Nossa luz se esconde debaixo de nossa sujeira, por trás do nosso ego, e debaixo de nossa ira e depressão.

Quanto mais escavamos em nossa sujeira, mais Luz revelamos. 
Este é o conceito cabalístico da correção pessoal que chamamos de tikun. Significa que nós podemos reparar e corrigir qualquer aspecto de nós mesmos, nossa personalidade, nosso comportamento reativo, egoísta e que está bloqueado.
Podemos transformar nossa sujeira em um tesouro.
O primeiro lugar onde procurar esta sujeira está no que te impulsiona a interagir com as pessoas.
As características dos outros que nos incomodam são as mesmas características que não gostamos em nós mesmos.
Preste atenção no que te faz reagir de 0 a 10 segundo.
Reconheça que estas são as pistas para que você encontre sua Luz escondida.
Sai, sai, de onde quer que esteja!

A sabedoria da Cabala nos ensina que nossos traços negativos e egoístas podem se transformar em nossos maiores tesouros Quando transformados em virtudes! Então, olhemos para nós mesmos e observemos nossa sujeira.
Sujeira essa que deve virar o nosso tesouro, que deve ser transformada em Luz (energia) e atrair bênçãos incríveis e extraordinárias para nossas vidas, Se As Transformarmos.
Então, amando não só nossos talentos, como também nossos tesouros potenciais (nossa sujeira transformada), podemos até nos empolgar com o que somos no sentido de buscar nossa transformação mais rápido, na intenção de pegarmos logo o nosso tesouro!
Até porque essa é a melhor maneira de acabar com o incomodo de ficarmos vendo coisas "incomodas" nos outros.

Os outros são espelhos de nós mesmos.
O que nos incomodam nos outros são justamente as coisas que nos incomodam em nós mesmos, em algum nível ou de algum jeito.
Sei que isso as vezes não tem lógica, mas se observarmos mais atentamente como somos realmente veremos os defeitos de todos aqueles que nos cercam em nós mesmos.

Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O Recipiente Certo

“Dê às pessoas espaço para respirar. Escute-as e escute o que elas têm a dizer. Respeite a todos sem se focalizar ou se deixar influenciar por sua aparência externa, e acima de tudo, abra espaço em seu coração onde possa amar alguém sem pensar o que pode obter de volta.”
Histórias do Zohar
Havia um princesa que gostava muito da sabedoria do rabino Yehudá, que era corcunda. Um dia, a princesa perguntou: “Por que o Criador deu tanta sabedoria a um recipiente tão feio?”
O rabino respondeu com outra pergunta: “Onde seu pai guarda o vinho?” Ela respondeu: “Numa garrafa de argila. As pessoas pobres também colocam o vinho em garrafas de argila.” Continuou o rabino Yehudá: “Mas seu pai tem todo o dinheiro que quiser. Por que ele não o coloca em garrafas de ouro?”
Então a princesa foi para casa e disse a seus servos para colocar o vinho de seu pai em garrafas de ouro. Mas algum tempo depois, quando serviram o vinho num jantar de estado, ele avinagrara. O rei ficou furioso e quis saber quem havia arruinado seu vinho. Quando a princesa confessou o que havia feito, o rei perguntou a ela: “Não sabe que o vinho sempre deve ser guardado em garrafas de argila?”
*
Não se julga o conteúdo pelo recipiente.
Tudo precisa do recipiente apropriado, que não deve ser julgado pelas aparência física, mas pela sua capacidade de conter e conservar o que será recebido. As ferramentas da Cabalá nos permitem lidar com nosso recipiente, nosso desejo de receber; o corpo é o melhor recipiente físico e espiritual para receber e compartilhar a Luz Infinita; sempre temos a oportunidade de aperfeiçoá-lo. Compartilhar é uma forma de esvaziar, para receber mais Luz.
Alma, mente e corpo: um só recipiente; quanto mais puro e saudável, mais Luz poderemos receber e compartilhar.
Rav Berg:

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Julgamento

Não queria julgar, mas...
-- Tudo bem. 
Vá em frente e julgue. 
Apenas saiba que julgamento é uma coberta, um escape, uma desconexão de ter que sentir algo. 
Talvez seja uma raiva que esta pessoa está te trazendo, ou desgosto, ou um medo terrível. 
É algo forte senão não teria sido ativado.
Julgamento NUNCA se trata da pessoa julgada. 
Elas estão meramente tocando em algo que está enterrado dentro e está com muito medo de sair.
Lance seus julgamentos hoje.
E na medida que você faz isto, pergunte a si mesmo:
"Qual sentimento eu estou evitando?"

Por: Yehuda Berg