A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


sábado, 27 de setembro de 2014

Juntos Podemos Mover Montanhas


A Bíblia conta uma história de como os descendentes de Noah queriam criar uma torre para alcançar os portões do Céu. Mas havia aqui um compromisso enorme... imaginem construir uma torre para o Céu!
No final, a única coisa que os parou foi o Criador vir cá abaixo e confundir os seus discursos, criando vários idiomas de forma que ficaram incapazes de comunicar uns com os outros. O ponto é que as pessoas estavam tão unidas na sua intenção e tão focadas na sua ação que quase conseguiram o impossível.
Qualquer associação de pessoas é poderosa, mesmo que por vezes exista pelas razões erradas. Um grupo de indivíduos com desejo suficiente pode fazer qualquer coisa. Então neste momento caótico, vamos pensar como poderemos afectar o mundo se unirmos as nossas linhas de consciência individuais para cobrir o mundo com energia positiva. Se conseguimos juntar-nos na espiritualidade e objectivo de alargar a dignidade humana para todos, então juntos podemos mover montanhas.

Karen Berg

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Honestidade

“…quando nos mascaramos para o mundo, nos mascaramos para nós mesmos, separando-nos da Luz interior, nossa verdadeira essência. Não pode haver plenitude vivendo desta maneira."-
- Karen Berg,
Com quantas pessoas na sua vida você é totalmente honesto?
Quantas pessoas na sua vida são totalmente honestas com você? 
Existe alguém na sua vida com quem não haja bloqueios, com quem não haja véus?
Honestidade é uma palavra bem solitária.
Temos muito medo de dizer o que temos em mente, seja por temermos o que "eles" irão pensar, ou por não querer sobrecarregar as pessoas com nossas verdades terríveis.
Uma das coisas mais difíceis na Cabala – uma das coisas mais difíceis na vida – é viver num meio emocional verdadeiro. Mas precisamos disto, quando há outras forças tentando nos derrubar.
Podemos suportar melhor este peso se tivermos alguém nos ajudando.
Mas a única maneira de outras pessoas nos ajudarem é se formos verdadeiros desde o início, e o tempo todo.
Jogos mentais, inseguranças, se fechar – tudo isto detém nossos relacionamentos, amizades e nossa vida em geral.
Se você quer ter sucesso em seu caminho, ele deve ser compartilhado.
Isto significa tornar visível a dor e o embaraço pelo menos para um amigo ou para um professor em quem confiamos.
E, por favor, saiba que há pessoas esperando que você se abra (e que estão esperando para se abrir com você.)
O objetivo esta semana é encontrar uma ou duas pessoas com quem você possa compartilhar o que você é, no seu cerne.
Coloque para fora todos os pensamentos nebulosos e preocupações; abra todas as câmaras secretas do seu coração.
Esteja disposto a parecer um completo idiota, fraco, perdedor – ou seja o que for que você tenha medo que "eles" lhe chamem.
Conecte-se com pessoas de forma verdadeira e você se conectará com seu verdadeiro eu – pleno, em paz e decidido.
Por: Yehuda Berg

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Transformação é Evolução

Transformação é evolução, evoluir é transformar-se.
Transformar-se é estar em eterno movimento e assim, mais próximos de D´us. 
Mas como podemos nos transformar? 
Transformar o mundo? 
Para a Kabbalah todo o trabalho é muito sutil, pequenas mudanças de atitude e de intenção (Kavaná) mudam tudo!! 
Tudo mesmo! 
A idéia começa quando tudo é entendido a partir da tua realidade, o que está dentro está fora, logo, quando cada pessoa resolve fazer um movimento, movimenta toda a humanidade.
Vivemos estagnados e presos nos desejos egoístas que só promovem destruição e sofrimento.
Este é o mundo do caos, Olam Tohu e, nosso trabalho, é sair desta realidade.
Nela vivemos num limite depressivo, sem movimento, sem criação, sem idéias ou vontade de fazer alguma coisa. Andamos em círculos, vivemos o mesmo diariamente, sempre igual, mesma rotina, mesmos obstáculos, logo estamos presos no que chamamos de Zona de Conforto.
Com isto, no dia-dia devemos romper com padrões de movimento, com a nossa preguiça.
Fazer algo para sair da obscuridade, conhecer o desconhecido, revelar o desconhecido.
Sair de uma realidade é um processo de transformação.
Nossa transformação começa com a caminhada para libertar-se do Egito (Mitzraim). Abrir a percepção da realidade, sair da Arvore do Bem e do Mal e adentrar na Arvore da vida.
Enquanto uma é a realidade de Tohu, da separação, da queda, da vergonha, projeções, culpas e mentiras, a outra é a arvore do centro e unidade.
A passagem de um estado para o outro é o desmanche da matéria, dos 5 sentidos, através do mergulho na dimensão de Daat (uma não sefirá, que significa conhecimento).
Transformar-se é transformar tudo na sua volta em espiritual, tirando da escuridão a essência e a luz.

Mudar o Mundo, a Realidade é dar Movimento a Ela.

O universo para a Kabbalah não é um universo acabado, mas tudo está sendo construído em parceria com o Divino.
“Fazemos acontecer” disse D´us no Gênesis.
Podemos perceber que existe algo mais alto e uma dimensão maior, onde cada molécula e cada célula está sendo criada novamente neste momento.
Nada é estático.
Todo nosso mundo é uma expressão de uma fonte superior.
A transformação global é o que chamamos de Tikun Olam, conserto do mundo, um conceito antigo dos cabalistas, que acreditavam e trabalhavam pela correção do mundo.

Olam, em hebraico significa " mundo ", vem da raiz que significa escondida.
O mundo é a máscara de D'us.
Necessitamos remover as mascaras e ir alem.
O caminho para a mudança é individual e começa com a mudança de percepção da realidade.
A percepção é criada a partir de componentes básicos: aquele que percebe e o que é percebido.
O percebido tem relação com o que se chama: Sua Essência (Atzmut), e “o que percebe”, é aquele que alcança certo grau espiritual e contacta a sua essência, que se denomina Alma (neshama).
Este é aquele que revelou, trouxe para fora o conhecido desconhecido.
A realidade é independente da forma como é percebida; Isto significa que muitas realidades podem estar acontecendo, pois as mudanças são experimentadas por aquele que percebe.
A realidade de tempo e espaço, a consciência temporal surge com o homem, com a existência física, enquanto que a realidade espiritual se apresenta de outra forma.
Toda a linguagem da Kabbalah se refere a diferentes formas em que a neshamá pode apreender a luz, que é a essência de toda a realidade.
Transformação para a Kabbalah depende da conexão que podemos fazer com a Luz infinita, D´us, que nos traz a realidade espiritual, um tempo sem tempo, um espaço sem espaço.

Fonte: Escola de Kabbalah de Porto Alegre

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Transformação

Os kabalistas ensinam que nosso propósito nesse mundo é nos transformarmos de seres egoístas em seres que compartilham.
Fazemos isso centímetro por centímetro, camada por camada, removendo um aspecto após outro da nossa negatividade, para revelar a verdadeira natureza de compartilhar da nossa alma.
Às vezes, os alunos me perguntam: “Como saber que realmente me transformei?”
É uma boa pergunta, porque existe uma grande diferença entre uma mudança de comportamento e uma transformação permanente.
Você pode exercer a restrição quanto a uma necessidade egoísta, um mau hábito ou uma tendência destrutiva e se considerar mudado, mas se não tiver transformado o desejo, você não terá realmente se transformado em um novo ser.
Normalmente, pensamos que nosso trabalho espiritual muda comportamentos, mas a verdade é que precisamos mudar nossos desejos.
A única vontade da nossa alma é compartilhar.
Ao nos concentrarmos em como podemos expandir nossa capacidade de cuidar dos outros, na verdade expandimos o desejo da nossa alma, e consequentemente diminuímos os desejos egoístas.
Transformação permanente é quando não parece mais restrição resistir àqueles hábitos e tendências que uma vez foram tão tentadores para nós.
Identificar as áreas onde simplesmente fizemos alguma mudança versus transformação verdadeira pode ajudar a nos orientar sobre o passo seguinte que precisamos dar no nosso trabalho espiritual.
Quando sentimos um anseio verdadeiro de sair de nós mesmos e ajudar os outros é que podemos dar o adeus final àquela negatividade para sempre.
Por: Yehuda Berg

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Paixão, Perseverança, Paciência...

Você sentiu isto?
A terra está girando a uma velocidade entre 1120 e 1660 quilômetros por hora.
Tem certeza que não está sentindo?
Assim como o mundo gira ao redor do seu eixo e não sentimos, os resultados de fazer a restrição, de olhar para dentro, de se preocupar com os outros, de fazer trabalho voluntário, de estudar, etc, nem sempre são visíveis.
Devemos lembrar que, espiritualmente falando, não vemos os resultados enquanto trabalhamos.
Na verdade, quanto mais forte a Luz que queremos revelar, mais escuro parecerá ser o processo.
E para muitas pessoas que não têm este conhecimento, isto pode ser frustrante e pode fazer com que desistam.
Mas não para você.
Você sabe como o sistema funciona!
Nós não vemos a árvore crescendo quando regamos a semente todo dia, mas experimente não regá-la por alguns dias e veja como ela morre rápido.
É por isso que o trabalho espiritual exige 3 P’s:
Paixão
Perseverança
Paciência
É natural sentir uma queda depois da energia elevada das festas como chanuká.
A forma de combater isto é colocar as dúvidas para dormir e dar todo seu amor e energia para seus novos comprometimentos.
Volte sempre para sua inspiração original.
Esta paixão lhe inspirará a seguir em frente.
Ela é verdadeira.
Confie nela.
Confie em si mesmo.
Confie no sistema.
Garanto que se você fizer isto, suas sementes irão se transformar em raízes e galhos e formar a linda árvore com a qual você sonha.
Por: Yehuda Berg

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Sonhos

Segundo o Zohar todos os sonhos se desdobram conforme a interpretação que damos a ele.
A medida que um homem é mais espiritual, mais verdadeiro são seus sonhos. Quando uma pessoa está escravizada pelo seu ego, pelas forças negativas, o corpo possui mais força que a alma, e com isto é mais difícil ter sonhos bons, elevados, mensagens através destes.
Os sonhos podem conter mensagens boas e mensagens ruins, mensagens falsas e verdadeiras.
Os sonhos podem ser Naturais, pesadelos, providenciais ou proféticos.
Os sonhos Naturais representam os comuns, possuem um nível mais baixo de mensagens, estão ligados a consciência do corpo, falam mais do cotidiano, vem com as experiências diárias e suas angustias.
Os pesadelos são sonhos gerados pela nossa própria negatividade.
Os sonhos Providenciais são as mensagens e lições de vida que recebemos, é a verdadeira comunicação com a Alma, com D´us e devemos dar atenção a eles.
Os sonhos proféticos representam um nível muito alto, e normalmente se apresentam àquelas pessoas que dedicam sua vida a transformação espiritual e a ajudar outras pessoas.

Fonte: Escola de Kabbalah de Porto Alegre

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O que acontece depois da morte

Um dos nossos maiores medos é o medo da morte. 
Existe um lado saudável para o medo da morte – ele nos faz dar valor à vida e querer viver o máximo possível. 

Devemos querer viver o máximo possível porque só quando a alma está no corpo ela pode revelar Luz no mundo, e nunca sabemos se já fizemos o suficiente neste corpo atual.
Por outro lado, existe um medo negativo da morte que é prejudicial.

É importante ter consciência do que é a morte e o que acontece.
Saber como funciona o sistema nos ajuda a eliminar medos negativos nesta área e assim injetar mais vida na vida.

O Zohar ensina que 30 dias antes de a pessoa morrer a alma começa a sair do corpo.
A alma tem três aspectos ou níveis, chamados Nefesh, Ruach e Neshamá.
Na hora da morte os dois níveis mais elevados deixam o corpo.
O mais baixo, Nefesh, passa por um processo de até 11 meses para se desprender do corpo.
O Zohar fala que a Tzelem/sombra da alma começa a deixar o corpo 30 dias antes da morte.
Ela é uma extensão da alma.

Sendo assim, a causa da morte não é o acidente, o tiro, o ataque cardíaco, a doença.
Ficamos excessivamente presos na razão física.
Uma das principais ênfases da cabala é nos mostrar que o nível físico é apenas o efeito.
A causa da morte é a entrada de uma força metafísica chamada anjo da morte, que tem permissão de separar o corpo da alma.
Na verdade o propósito da morte é permitir à alma continuar seu processo de correção.
Se uma pessoa numa determinada vida criou muitas camadas de negatividade que encobrem sua alma, a morte ajuda a alma a se purificar.
Outro motivo para uma pessoa deixar este mundo é que aquela alma precisa de outra família e outro referencial para continuar evoluindo.
Ainda outro possível motivo para a morte é que a pessoa tinha uma missão e ela já foi cumprida.

Queremos viver o máximo possível, porque só na realidade física se consegue viver o processo de transformação.
Todavia, se já estiver acontecendo, devemos saber que vem da Luz e é o melhor.
Em vez de ficar tão preocupado com o que está acontecendo no negócio, na saúde, no casamento, devemos nos preocupar com onde está nossa consciência.
Quando as coisas estiverem acontecendo já pode ser tarde demais.
Devemos nos preocupar em conectar mais com a Luz quando não estamos preocupados com algum problema imediato.
É bom sentir uma pressão interna saudável para crescer, principalmente quando está tudo bem, e quando não há evidência de problemas no plano físico.

É importante ficar atento também aos sinais de aviso, que estão sempre presentes. Não necessariamente o sinal precisa acontecer com você.
Pode ser notícias que recebemos sobre outras pessoas.
Os sinais vêm para nos despertar antes que o caos se aproxime ainda mais e a pessoa seja forçada a “acordar”.

O campo de batalha do jogo da vida é na mente, antes de os problemas surgirem. Durante anos uma pessoa pode ser desonesta e tudo dar certo na vida dela.
Na verdade esta é a pior coisa que pode acontecer, porque ela nunca desperta para o erro de suas escolhas e não tem oportunidade de mudar.
Quando acordar será tarde demais.

Quem morre é o corpo.
A alma é eterna e continua seu processo.
Neshamá e Ruach saem do corpo e Nefesh ainda fica algum tempo.
Para terminar o processo o Nefesh deve se juntar ao resto da alma.
O enterro faz com que Terra "engula" o desejo de receber para si mesmo do corpo e liberta o Nefesh.

No caso de um Tzadik/justo que completou sua correção o processo é diferente.
Os três níveis deixam o corpo e fica uma faísca corrigida no local do túmulo com a qual quem visita pode se conectar.

Durante os sete dias de luto o Nefesh nem entende que morreu.
Para quem ficou aqui, é importante ajudar a alma a seguir em sua jornada.
Por isso, o luto da família é bom, mas não se deve exagerar.
Para a alma, já é difícil se desapegar e partir.
Se a família ainda ficar dificultando, fica ainda mais difícil

Por: Shmuel Lemle