A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.
A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.
É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.
Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.
Yehuda Berg
sábado, 17 de novembro de 2012
Sagitário: Liberdade Através do Crescimento - Karen Berg
Nesta semana entramos no mês de Sagitário, o mês de Luz e expansão.
Sagitário é um dos dois signos regidos pelo planeta Júpiter, que é o maior planeta do sistema solar (na verdade, aproximadamente duas vezes maior do que todos os outros planetas juntos).
Portanto, não causa surpresa o fato desse planeta trazer a energia de progresso, visão e expansão para o âmbito de influência das pessoas.
Por Sagitário ser um signo de aprendizado e crescimento, aqueles nascidos nesse signo geralmente são pensadores, escritores e estudiosos.
Mark Twain e George Elliot, por exemplo, são dois sagitarianos queridos.
Por terem apreciação pelas pessoas e pelos animais, bem como por sua objetividade ao abordar as situações, os sagitarianos tendem a ter certa leveza na forma como navegam pela vida.
Destemidos a ponto de forçar os limites ou ir aonde as outras pessoas não ousam, os sagitarianos amam e prosperam na liberdade e na aventura.
Neste mês, cada um de nós será capaz de atrair essa energia de expansão para sua vida a fim de forjar uma nova direção.
Comparado ao mês passado, que pode ter parecido um pouco pesado e desafiador, o mês de Sagitário será como uma brisa agradável.
Se estivermos abertos, cada dia das próximas quatro semanas poderá ser um terreno fértil para a mudança.
O cosmo nos ajudará a abordar as áreas em nossas vidas que geralmente deixamos intocadas. Teremos a capacidade de dizer para nós mesmos: “Chega dessa preocupação, dessa dependência, dessa limitação... Quero transformar!”.
Neste mês, seremos ajudados a nos tornarmos “agentes livres”, menos escravizados pelos medos e pelas dúvidas que geralmente nos mantêm aprisionados.
E como chegamos lá?
Primeiramente, precisamos entender que a única coisa que bloqueia a nossa expansão é nossa própria negatividade: essa visão estreita criada pelo nosso Desejo de Receber para Si Mesmo. Até que despertemos para o fato de que existe no universo uma batalha contínua de consciência, uma batalha que trata-se de ser capaz de restringir o Ego, nunca conseguiremos sair dessa estreiteza.
Não importa quanto tentemos ler, estudar ou aprender, se não nos aventurarmos no desconhecido – apesar de nossos medos – nunca vamos alcançar nosso próximo nível de espiritualidade.
Assim, em cada dia deste mês, vamos nos concentrar em afastar a energia do “eu”. Quando sentirmos vontade de sucumbir às pressões e aos desafios do dia, podemos encontrar uma forma de fazer alguma coisa por outra pessoa.
Vamos nos lembrar também que, se quisermos compartilhar felicidade externamente, precisamos antes estarmos felizes por dentro.
Vocês já ouviram falar da terapia do riso?
Muitas pessoas sentam-se em uma sala e riem juntas. É só isso.
Parece tão simples, mas é incrível como isso pode mudar completamente a energia de um lugar.
Não estou dizendo que precisamos fazer isso todos os dias, mas o que quero dizer é que existem muitas pequenas coisas que podemos fazer ao longo do dia para expandir nossa energia, compartilhar com os outros.
Neste mês, também precisamos nos lembrar de focar naquele trabalho espiritual que não é lá muito fácil. Existe sempre algum tipo de luta.
Isso não significa que devamos ir para casa e estalar chicotes em nossas costas. Significa, no entanto, que quando os problemas nos confrontam – situações desconfortáveis, muito trabalho, um chefe ou cônjuge nervoso – precisamos nos lembrar de que todos nós, cada um de nós nesse planeta tem uma centelha do Criador dentro de si.
Somos todos parte dessas pequenas chamas que tremulam, queimam e se vão.
A intensidade do brilho da nossa própria chama depende de quanto empenho colocamos em acender as chamas dos outros e de quanto decidimos lutar contra a nossa negatividade.
Porque quando realmente nos engajamos nessa batalha de consciência, nada nem ninguém podem apagar nossa chama.
domingo, 11 de novembro de 2012
Mês de Sagitário
Esta semana entramos no mês hebraico (e cabalista) de Kislev – Mês de Sagitário -
Fonte: Academia de Cabala e Kabbalah Centre
Tem um mês no calendário cabalístico onde aprendemos muito sobre o poder da apreciação.
Esse mês se chama “Kislev” – o mês de Sagitário.
É sabido que tudo que aprendemos num determinado mês cabalístico, vamos precisar usar durante o ano inteiro, até que chegue o mesmo mês novamente.
É aqui onde quero chegar: Os ensinamentos sobre apreciação não podem ser esquecidos. Aprendemos que a apreciação gera milagres em nossas vidas, ou seja, quando apreciamos algo nós estamos na verdade ganhando duas bênçãos:
Benção 1 – Vamos estar mantendo aquilo que é importante em nossa vida (e até melhorando, inclusive).
A apreciação faz com que o Anjo da Morte não se aproxime de nada nosso;
Benção 2 – Vamos nos tornar merecedores de mais bênçãos, porque se nós apreciamos as bênçãos que já temos, então merecemos receber mais.
Temos muitas coisas a agradecer.
Que comecemos nossa lista de agradecimentos ao Criador desde agora.
Seja grato e aprecie todos os presentes que estão presentes em vossas vidas.
Existe ainda outro grande ensinamento sobre o mês Cabalístico de Kislev, o mês de Sagitário (Novembro-Dezembro)
Neste mês é muito mencionada a palavra Milagre
A palavra hebraica para milagre significa "fugir".
Ao "fugir" do Desejo de Receber Somente para Si Mesmo — os desejos egoístas de nosso ego —, milagres acontecem.
Em outras palavras, devemos efetuar o milagre na natureza interna para gerar milagres ao nosso redor.
Sua capacidade de transformação de um ponto de reatividade para um ponto de compartilhar determinará a quantidade de milagres que você testemunhará este mês.
Teremos mais textos sobre isso
Há muitos ensinamentos e códigos para compartilharmos
Vamos falar muito deste mês e do mazal (signo) de Sagitário.
Boa leitura
Espero que gostem
Astrologia Cabalística – O Mês de Kislev (Novembro-Dezembro)
Kislev é o terceiro mês civil e o nono religioso.
Depois de dois meses de julgamento (Tishrei e Mar Cheshvan), Kislev traz abertura em diferentes áreas de nossas vidas.
O arco-íris que sela o pacto entre o Eterno e a humanidade logo após o Dilúvio surge no Rosh Chodesh (início) deste mês, de modo que, desde então, esta energia de proteção se faz presente neste mesmo período todos os anos.
O arco-íris possui muitos significados.
Entre eles, temos no arco-íris uma ponte entre Malchut e Biná, as moradas da Shechiná (Presença Divina) no exílio e nos mundos superiores.
Outra referência (também associada à Shechiná) diz que o arco-íris é a “vestimenta da rainha”, que se coloca na frente do rei quando este está pronto para punir seu filho em função de alguma falta.
Quando o rei vê a rainha a raiva passa e ele se alegra com ela.
Kislev é o mês de celebração de Chanucá e, em função deste e de outros elementos, é conhecido como o "mês das luzes" ou o "mês dos milagres".
Kislêv é o nono dos doze meses do calendário hebraico.
É o mês de Chanucá (o único dia festivo no calendário hebraico que combina dois meses: Chanucá começa no mês de Kislev e continua/termina em Tevet).
O nome Kislêv deriva da palavra hebraica para bitachon, "confiança".
Há dois estados de confiança, um ativo e outro passivo, e ambos se manifestam no mês de Kislev.
O milagre de Chanucá reflete a confiança ativa dos Chashmonaim (Macabeus) de se erguerem e lutar contra o império helenístico (e sua cultura).
O senso de sono de Kislev reflete a confiança passiva que a providência de D’us sempre vigia sobre o Povo de Israel.
Na tradição da Chassidut, 19 de Kislêv, o dia da libertação e redenção de Rabi Shneur Zalman, autor do clássico texto da Chassidut, o Tanya (discípulo do Maguid de Mezeritch, sucessor do Báal Shem Tov) da prisão (onde foi colocado pela disseminação dos mais recônditos mistérios da Torá) é chamado de "Ano Novo da Chassidut" (sugerindo que é através do canal espiritual desse dia que a sabedoria interior da Chassidut e o poder de integrar essa sabedoria à vida cotidiana da pessoa são trazidos a este mundo.
O alicerce do caminho da Chassidut é a absoluta confiança e fé na onipresença de D’us, e a onipotência de Sua Divina providência
Durante este mês, trabalhamos em "correto relaxamento" ou sono, que resulta de nossa dedicação à "ação correta" durante nossas horas de atividade.
O mês de Kislev é regido pela sefirá de Tiferet.
O Tikun deste mês é evitar os mesmos erros do passado.
Este é um mês para fazer tsedacá (caridade).
Verso do Ana Becoach para este mês: "Kabel Rinat Amecha Sagveinu Tahareinu Norah",
O Mazal do Mês de Kislev - Keshet (Sagitário)
Keshet significa tanto "arco" como "arqueiro" e "arco-íris".
Astrologicamente, este mazal é representado pela imagem de um arqueiro que aponta sua flecha para o alto.
Esta postura se refere ao poder da oração, à projeção de nossa vontade, de nossas preces, de nossos anseios, para as esferas superiores.
Keshet também evoca a busca do sagrado, tendo D-us como alvo - não é por acaso que muitas pessoas ingressem em diferentes tradições religiosas neste mês.
A ambição é outro atributo do arqueiro e, na medida certa, enfatiza positivamente o desejo de receber, a expansão dos horizontes.
A trajetória da flecha também é igualmente associada à objetividade, à franqueza e à transparência.
Quando o arqueiro identifica a si mesmo, a flecha e o seu objetivo como uma coisa só ele nunca erra o alvo.
No Rosh Chodesh (inicio) de Kislev devemos lançar as nossas flechas projetando tudo aquilo que necessitamos para o nosso crescimento.
A própria energia do mês irá nos favorecer para que os recursos necessários sejam disponibilizados, tendo em mente que ser insistente não basta - o que não se busca de maneira correta não se encontra.
O arco de Kislêv é o arco dos Macabeus.
Simboliza sua ativa confiança em D’us para lutar contra o império e a cultura que então governavam a terra.
Embora os próprios Chashmonaim fossem da tribo sacerdotal de Israel, a "arte" do arco é designada na Torá à tribo de Benjamin em particular, a tribo do mês de Kislêv.
Os Cohanim (e Leviim) não são considerados como uma das doze tribos na correspondência das tribos aos meses do ano (segundo o Arizal). Como uma abrangente manifestação da alma cabalista, os Cohanim contêm e refletem a fonte espiritual de cada uma das tribos de Israel.
Isso é especialmente verdade no que diz respeito à tribo de Benjamim, pois em sua porção estava o Templo Sagrado onde serviam os Cohanim.
Assim, a relação dos Cohanim a Benjamim é similar àquela da alma com o corpo.
Os Cohanim lutam a guerra sagrada incorporada no arco de Benjamim.
O arco de guerra de Kislêv é na verdade projetado ("atirado") do arco (o arco-íris; em hebraico ambos, "arco" e "arco-íris" são idênticos – keshet) da paz (entre D’us e a Criação) do fim do mês anterior de Cheshvan (quando se iniciou o Dilúvio).
Os dois arcos (semicírculos) unem-se para formar o círculo completo do samech de Kislêv.
Kehest, Sagitário, em hebraico que dizer arqueiro.
O arqueiro é aquele que consegue atingir o alvo com precisão, e assim, durante este mês devemos meditar no propósito de nossas vidas, estabelecer as nossas metas.
A Tribo do Mês de Kislev - Benjamim
Como foi mencionado, Benjamim é a tribo mais dotada da "arte" do arco.
Em sua porção está o Templo Sagrado em Jerusalém, como é declarado na bênção de Moshê a Benjamim no final da Torá (a qual, sobre o relacionamento entre os Cohanim (sacerdotes) e Benjamim, segue diretamente a bênção a Levi e os Cohanim, e que na verdade profetisa a guerra dos Macabeus contra os Gregos):
A Benjamim ele disse: o amado de D’us, Ele habitará em confiança sobre ele, Ele paira sobre ele o dia todo, e entre seus ombros Ele repousa"
(Devarim 33:12).
Aqui vemos explicitamente que Benjamim simboliza tanto confiança quanto repouso, o sentido de Kislêv.
De todas as tribos de Israel, Benjamim foi a única tribo nascida na Terra de Israel.
A Terra de Israel é o local onde ,ais se sente a Divina providência e a total onipresença de D’us. Nas palavras do Zohar: "Não há lugar vazio d'Ele".
Da mesma forma, a tribo deste mês, Binjamin. possuía valentes guerreiros.
Seu território continha o local do Templo Sagrado, aonde nossas preces e sonhos são dirigidos.
As Letras do Mês de Kislev - Samech e Guimel
Samech é a letra associada ao mazal Keshet.
A palavra samech significa "suporte" e faz uma alusão à Divina Providência, a presença constante de D-us em nossas vidas tanto nas oportunidades como, e principalmente, nos desafios. Samech é a inicial de sucá (tendas, cabanas) e de sohirá ("escudo"), mas a grande curiosidade associada a Samech, contudo, está na gravação dos 10 Pronunciamentos, no alto do Sinai.
Conta a história que o texto dos 10 Pronunciamentos vazava nas pedras de safira, ou seja, era possível olhar do outro lado através do "buraco" deixado pelas letras.
Como até então Samech era a única letra fechada (o Mem sofit só apareceria mais tarde), surge um problema técnico: a sustentação do miolo da letra - um problema que, na verdade, jamais existiu, porque este miolo flutuava no meio da letra Samech sem qualquer apoio.
Meditar na letra Samech desperta ou fortalece a nossa confiança no Eterno.
Ajuda a identificar, igualmente, a presença da energia do milagre em nossas vidas.
Para quem acha que milagre é cair maná dos céus ou fazer brotar água de pedra, é importante ter em mente que o Eterno se faz presente, principalmente, nas pequenas coisas.
Reconhecer os pequenos milagres é um dos passos para que grandes milagres aconteçam.
O nome Samech também significa "apoiar".
O sentimento de sentir-se apoiado corresponde à confiança em D’us e em Sua providência associada ao mês de Kislêv. Assim encontramos expresso em Tehilim (salmos):
"D’us apóia (somech) todos os caídos e levanta todos os encurvados";
"Mesmo quando ele cai, não será deixado caído no chão, pois D’us apóia (yismoch) sua mão."
O formato do samech é um círculo, que representa a abrangente onipresença de D’us e Sua providência. O "grande círculo" da luz infinita de D’us é explicado na Cabalá e Chassidut como refletindo Seu "braço direito" que abraça (e apóia por baixo) com grande e infinito amor toda a realidade, como está escrito:
"E por baixo, os braços do universo."
Mais uma significação do nome da letra deste mês, samech, "confiança."
Nossa confiança verdadeira em D'us nos dá a certeza de afirmar nossa santidade e resistir àqueles que a desafiam.
Isso está refletido na celebração de Chanucá, e o signo astrológico de Sagitário, o arqueiro. "Relaxamento correto," usando o descanso como um meio para a ação adequada, nos ajuda a canalizar nossos esforços ("mirando" nosso arco) na direção correta.
Guimel é a letra associada ao planeta Tsedek (Justiça).
Se Dalet representa o homem pobre, Guimel é o homem rico que vai ao seu encontro para ajudar. Com as mesmas letras de Guimel escrevemos gamal ("camelo"), e da mesma forma que o animal suporta uma longa jornada com um suprimento interno de água, Guimel nos supre com Luz Espiritual quando vivenciamos os nossos desertos pessoais - períodos de restrição, de reveses, etc.
Inicial de guedulá ("abundância"), Guimel evoca o desprendimento, o auxílio que antecede a necessidade e a energia dos três Patriarcas - Avraham, Yitschak e Yaacov.
Guimel é a única letra que não aparece nos 72 Nomes de D-us, mas como cada Nome é composto por três letras, na verdade Guimel se faz presente em todos eles como pano de fundo. Meditar em Guimel ativa a energia do terceiro pilar, que neutraliza a oposição de forças contrárias e as faz trabalhar em conjunto.
Lembrando que meditar nas letras do mês cria um receptor adequado para as bênçãos disponíveis a cada período.
A letra guimel gera a energia do Milagre.
Os dois meses onde ela aparece são Kislev e Adar (Sagitário e Peixes).
Ela rege o ouvido direito.
Desperta também o dom de compartilhar.
Esta letra faz a conexão na Árvore da vida entre Binah-entendimento e Guevurah-disciplina.
Esta letra lhe dá disciplina, ajuda a ordenar a sua vida e também injeta energia de entusiasmo para que se faça as coisas com vitalidade, alegria.
Quanto maior a alegria/entusiasmo, maior a capacidade de compreensão.
Milagre é a habilidade de conseguir romper com o padrão robótico e repetitivo.
Júpiter (regente deste mês) tem a finalidade de gerar em nós o senso de justiça.
O senso de justiça está diretamente ligado à visão espiritual.
A letra guimel gera a energia de Júpiter.
Para a Astrologia Cabalística, o planeta Jupiter está relacionado a beleza e nos permite acessar as chaves dos portais do Mundo Físico e do Mundo Espiritual
Neste mês os sonhos afloram com muita intensidade e pode haver sonhos reveladores - estes acontecem pouco antes de se acordar (a letra samech desperta esta energia dos sonhos).
O sonho é como uma matéria prima, e devemos tomar cuidado para quem contamos os nossos sonhos, pois pode ser mal interpretado por terceiros, e essa opinião entrar na sua alma, pegar a matéria prima do sonho e criar uma programação negativa. Ou seja, o sonho pode ser remodelado para ser negativo ou positivo, independente do simbolismo original.
O ideal é contar o sonho para uma pessoa com habilidade para interpretá-lo e que seja de sua confiança.
Não se deve contar um sonho para mais de duas pessoas.
O pesadelo em geral ocorre de madrugada.
Problemas no estômago (letra samech) e na região do ventre podem ser provenientes de deficiências na relação com a tranquilidade e na capacidade de ouvir a intuição (letra guimel). Caso estes problemas surjam, medite nas letras do mês e suas conexões.
Segundo Rav Abuláfia o tseruf (combinação) de Guimel+Samech geram a força da energia que nos permite acessar a nossa falta de refinamento, o aspecto mais inferior de nossa natureza.
Isso poderá nos conceder o auto conhecimento.
Quando meditamos no tseruf Samech+Guimel, temos uma energia favorável ao estado contemplativo e também a capacidade para equilibrar os três pilares da Árvore da Vida.
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O Sentido do Mês de Kislev - Sono (sheina)
O sentido do sono é a tranqüilidade e repouso que vêm com a confiança e segurança em D’us e Sua Divina providência.
Assim vemos nas bênçãos ao final de Vayicrá (26:5-6):
"E habitarás com segurança em tua terra. E Eu darei paz à terra, e repousarás sem medo…"
Como a palavra "sentido" (chush) é cognata de "rápido" (chish), o sentido do sono sugere a capacidade de dormir bem mas rapidamente (como se fala dos grandes tsadikim (justos) que precisavam de pouquíssimas horas de sono por dia).
O próprio talento de Benjamim de atirar direto no alvo depende de um espírito tranqüilo.
Ele atira e acerta quase adormecido. D’us transporta sua flecha até o destino desejado.
Uma personalidade tranqüila é aquela com pouco desgaste e tensão interior.
O sentido do sono traz consigo a capacidade de liberar a tensão, confiante no apoio de D’us.
O sentido do sono traz também o sentido do sonho.
Conforme nossa fé na Divina Providência, especialmente manifesta relativamente à conexão entre as porções semanais da Torá e o ciclo anual de meses e seus eventos, todos os sonhos da Torá estão contidos nas porções que são lidas durante o mês de Kislêv.
Quando alguém possui completa confiança em D’us, tem sonhos bons com o futuro.
Sonhos bons à noite refletem bons pensamentos durante o dia, especialmente uma atitude e a consciência otimista ensinada pela Chassidut (cujo Ano Novo é 19 de Kislêv):
"Pense o bem, e tudo sairá bem."
O Controlador do Mês de Kislev - Barriga (keiva)
A keiva é um dos três presentes que os Bnei Israel são ordenados a dar aos sacerdotes após abater um animal casher (apropriado).
Nossos Sábios ensinam que todos os três presentes – "braço, faces e a barriga" – aludem ao auto-sacrifício de Pinchás de matar Zimri (o príncipe de Simeon) e Kozbi (a princesa de Midyan), e assim salvar os Filhos de Israel da peste que já tinha começado entre eles.
Ali, a palavra keiva refere-se ao útero de Kozbi.
Assim, vemos que keiva significa "barriga" num sentido geral, incluindo toda a região do abdômen, seja o estômago, intestino (grosso) ou útero (similarmente, a palavra beten na Torá significa tanto estômago quando útero).
O útero, especificamente, relaciona-se com a tribo de Benjamim, que na Cabalá personifica o segredo do yesod feminino (útero).
A relação entre a barriga (quando "repleta" e saciada) e o tranqüilo estado do sono é clara (e explícita nos ensinamentos de Nossos Sábios).
A palavra keiva deriva de kav, que significa "medida".
Uma barriga tranqüila é aquela que conhece sua medida certa.
Este conceito aparecerá novamente com relação ao mês de Shevat, seu sentido (o sentido de comer e do gosto) e seu controlador (o etztomcha ou kurkavan, do esôfago ao estômago).
Na retificação dos traços de caráter da pessoa, a keiva retificada (e sentido do sono) jamais está invejosa de outros.
Nossos Sábios nos ensinam:
"Um homem deseja uma medida (kav) daquilo que é seu mais do que nove que pertençam a seu amigo."
E assim somos ensinados em Pirkê Avot:
"Quem é rico? Aquele que está satisfeito com sua porção."
sábado, 3 de novembro de 2012
Armadilha Espiritual
Você já reparou como fazemos com que tudo gire em torno de nós?
Quantas vezes, ao escutar um amigo que passa por dificuldades, interrompemos o desabafo e contamos um problema nosso ao invés de oferecer um ombro amigo?
Ao ouvir a tragédia do outro, algumas pessoas ocupam a mente tentando tirar uma lição para a própria vida, tanto, que acabam esquecendo completamente da dor de quem passa pelo problema.
Para fazer o trabalho espiritual de encolher o ego, precisamos também nos retirar do centro das atenções, afinal, esse lugar pode ser uma grande armadilha. Podemos ficar tão envolvidos com o estudo e com a tentativa de melhorar nossas vidas, que esquecemos de que ser espiritual é importar-se com os outros.
Como Karen Berg, sempre diz: “Quando você se ocupa cuidando dos outros, a Luz ocupa cuidando de você”.
Para realmente ser um exemplo e viver a sabedoria da Kabbalah, deveríamos nos esforçar para chegar a um ponto em que nossas vidas sejam mais dedicadas a ajudar os outros.
Nesta semana, repare quanto tempo você gasta para melhorar o dia a dia dos outros e encontre uma forma de aumentar esse período, pouco a pouco.
Talvez isso signifique passar mais tempo fazendo trabalho voluntário, entrar em contato com um membro da família com quem você não fale há muito tempo para saber como vão as coisas ou almoçar com alguém que realmente precise de um amigo.
O que quer que seja, assegure-se de que venha do coração; de que parta do verdadeiro desejo de ajudar sem receber nada em troca.
Se quisermos mudar o mundo, as coisas não podem girar em torno de nós.
Por: Yehuda Berg
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