A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


sábado, 7 de maio de 2011

Uma oportunidade para mudar

Não vou suavizar as coisas – temos algumas semanas potencialmente complicadas diante de nós.  Cinco, para ser mais exato.
Para entender a natureza do crescimento espiritual, não precisamos olhar além do nosso próprio progresso, da infância até a idade adulta.  Quando iniciamos nosso caminho espiritual, somos crianças, e a Luz representa nossos pais.  Usar nossas ferramentas – pró atividade, restrição, amor incondicional, atos de compaixão – é como aprender a andar.  Quando as usamos pela primeira vez, sentimos aquela sensação inicial feliz de liberdade.  E quando tropeçamos e caímos, a Luz está sempre presente para nos apoiar com amor incondicional, incentivando-nos a levantar e a tentar novamente.
Assim que dominamos o ato de andar, temos que seguir adiante e aprender a comer sozinhos. Depois da sorte que acompanha os iniciantes, temos que nos trabalhar cada vez mais arduamente, a fim de enxergar onde mais podemos colocar as ferramentas em prática.
E assim como quando estamos crescendo e começamos a sentir que já aprendemos tudo que podemos aprender com nossos pais, e ficamos ansiosos para caminhar por nossas próprias pernas, assim também nossa alma sente esse desejo.  Espiritualmente, é como se estivéssemos revirando os olhos e pedindo: “Vamos lá, Luz, me deixa experimentar isso por minha conta. Quero viver a liberdade verdadeira!” E a Luz concede nosso desejo, empurrando-nos para fora do nosso ninho e dizendo: “Ensinei a você tudo o que podia. Agora, é sua hora de mergulhar e nadar”.
E o que isso significa?  De repente, as pequenas coisas que antes conseguíamos resolver grudam em nós como carrapatos. Nossos dias ficam cheios de oportunidades para exercer a restrição.  As dúvidas se tornam mais atemorizantes, nossos julgamentos mais cruéis e menos misericordiosos.
Essa mensagem é para que você saiba que as próximas cinco semanas podem ser desconfortáveis. Mas não tem que ser desse jeito.
Na verdade, sempre anseio por essa época do ano.  Os cabalistas explicam que é nossa chance de nos purificar emocional, física e espiritualmente.  Se existem questões profundamente arraigadas que nos tenham retido durante toda a vida, agora é a hora de resolvê-las.  As pessoas conseguem parar de fumar nessa época, se libertam de vícios, mudam os padrões de alimentação e de condicionamento físico, corrigem padrões de relacionamento disfuncionais...
Se estivermos sentindo que nossos estudos de cabala se estagnaram, agora é a hora de olhar mais profundamente para o que pensamos que sabemos.  Se não tivermos um professor, é hora de encontrar um.  Para muitos de nós, os ensinamentos que aprendemos no início da nossa caminhada  transformaram-se  em slogans vazios.  Agora é hora de renovar nossa paixão pela espiritualidade, que no final das contas é o motivo de toda essa caminhada.
Assim, esta semana, vamos sair e nos motivar.  Vamos ficar atentos às nossas palavras e transformar nosso ódio em amor.  Vamos abraçar a independência, a criatividade e o sucesso que o  Criador quer para nós.
E lembre-se de que o maior ato de compartilhar que um pai pode praticar é não ajudar seu filho depois que ele cai, mas sim deixá-lo levantar-se sozinho.  E assim acontecerá conosco nessas próximas poucas semanas.
Por: Yehuda Berg
(repasse Marcelo Veneri)

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