A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


domingo, 3 de julho de 2011

Mês de Tamuz

Estamos entrando no mês de Tamuz
O mês de Tamuz é governado pela letra Chet, que significa "temor."
Câncer, o caranguejo, é uma criatura passiva que tende a correr e esconder-se.
O desafio dos meses do verão (no hemisfério norte) e inverno (no hemisfério sul) é usar nossas faculdades de pensamento, fala e ação de forma temente a D'us, e nos afastarmos de situações que obstruam nossa consciência Divina.
A conseqüência por negar nossa consciência Divina é a triste comemoração da destruição do Templo neste mês e no próximo (mês de Av).
A tribo deste mês é Reuven, cujo nome origina-se da palavra para "visão," a faculdade que aperfeiçoamos neste mês.
"Enxergar erradamente" leva à destruição e ao luto.
Através da "visão correta" aumentamos a santidade do mundo, concentrando-nos naquilo que é positivo.
O Zohar nos ensina que os três meses mais negativos dos anos são Tamuz (Câncer), Av (Leão) e Tevet (Capricórnio).
Na astrologia cabalística, o termo “negativo” se refere a julgamento.
Durante esses meses, descobrimos que o julgamento é mais direto: há menos misericórdia no Universo, menos tempo entre causa e efeito e menos tempo entre as ações e suas conseqüências.
O Patriarca Abraão compreendeu que a semente do câncer está plantada durante este mês.
Pode demorar anos para se mostrar, mas este (o mês de Tamuz) é o lugar onde o câncer começa.
Como ele começa?
Contrário a sabedoria convencional, o câncer não é causado pela genética ou por fatores ambientais.
A raiz do câncer é a consciência.
No aramaico, a palavra para câncer é “Sartan”.
As duas palavras que criaram Sartan são o “Sar” que significa “remover” e “Tan” que significa “confusão”.
Abraão forneceu às gerações futuras o segredo de impedir o câncer: remova a confusão.
Qual é a conexão entre a confusão e o câncer?
Os especialistas em câncer explicam que cada célula do corpo tem seu próprio DNA que o comanda.
Quando a informação dentro do DNA se torna caótica, faz com que as células cresçam, anormalmente.
No inicio, o sistema imunológico mata essas células cancerígenas, mas se as células continuarem a crescer, as células caóticas oprimem as células “saudáveis” tendo com resultado uma avaria no corpo.
O DNA torna-se caótico.
O que isso realmente significa é que o DNA se torna uma confusão.
A ciência nos diz que as células cancerígenas contêm uma carga negativa extra em comparação às células normais.
De acordo com a Cabala essa carga negativa é o Desejo de Receber Somente para Si Mesmo. Ou seja, a razão da carga negativa extra nas células cancerígenas é o desequilibro entre a carga negativa e a positiva da célula.
Quando nós somos confusos e obcecados sobre os detalhes de nossas vidas nós estamos “afundados” no nosso Desejo de Receber Somente para Si Mesmo.
“Quem tomará conta de mim?”
“Quem me dará amor?”
“Quem me dará?”
“Eu, eu, eu”.
Quando nos encontramos afundados em nós mesmos, nós devemos lembrar de sair, ou seja, esse é o foco que devemos ter: parta – vá para fora de si mesmo, ajude e pense no outro!
Enxergue a luz da verdade: “Eu não sou meus sentimentos!”
Apenas porque me sinto como um perdedor não significa que eu seja um. Adicionalmente, se eu for um “zero”, por que eu confio em meus sentimentos?
Eu não posso confiar em alguém que se acha um “zero”!
 
A cabala nos diz para escolher um dos 72 Nomes/Sopros de Elohim e fazer dele nosso foco diário. Também escanear o Zohar vai nos conectar com a Força Poderosa da Luz do Criador e assim reprogramar nosso DNA físico e espiritual, nos ajudando no desafio que estamos enfrentando.
 
Neste mês, as emoções estarão engrandecidas e os sentimentos mais profundos.
Existe uma falta de clareza e uma tendência à depressão.
Abraão, o primeiro Cabalista, nos ensina que durante este mês (Tamuz) o universo nos desafia com a confusão por um único motivo: para nos oferecer uma oportunidade de fortalecer nossa certeza.
Não é possível ter certeza na vida enquanto você não determinar a confusão e as dúvidas.
A confusão que você está vivenciando agora é uma vacina.
A vacina geralmente inclui uma pequena dose do próprio veneno, que propicia ao corpo a oportunidade de superá-lo.
Entretanto a confusão este mês se torna a causa de sua clareza..
Passa a merecê-la, e é sempre daí que vem a plenitude.

Hoje falaremos mais sobre o mês de Tamuz e suas conexões
Espero que gostem
 
O Mês de Tamuz – Junho-Julho – Mês de Câncer
 
Tamuz é o quarto mês do calendário cabalista.
Tamuz é a divindade acadiana do plantio da videira, nascido no quarto dia da criação, e não por acaso é considerado um mês de cura – o vinho é visto como uma medicina quando usado ritualisticamente.
No Rosh Chodesh (Cabeça do mês – inicio do mês), em especial, temos a oportunidade de promover mudanças significativas em nossas vidas, não só no que diz respeito à nossa saúde como também nas questões mal resolvidas nos campos do afeto, da matéria e da espiritualidade.
Quando partimos a palavra Tamuz, temos Tam, que significa "unir", mais as letras Vav = homem e Zayn = mulher, produzindo a letra Chet que é a oitava letra do alfabeto hebraico..
Na forma desta letra que pictoricamente é em si uma tenda, temos uma letra Zayn  (a mulher/ Malkhut) e uma letra Vav (o homem/ Zeyr Anpiyn) unidas.
O oito é um número ligado à transcendência da experiência física, a comunhão com o Sagrado feminino.
Não é por acaso ser Chet a inicial de Chupah, a tenda do encontro.
Chet é a letra que rege o mazal (constelação) de Sartan (Câncer), conforme nos ensina o Sefer Yetziyrah:
“Com Chet, Ele formou Câncer, Tamuz, a mão direita, a visão e a cegueira.”
Sartan, é um signo ligado à energia da água que traz o poder da cura.
Se partimos a palavra Sartan obtemos sar-tan que em aramaico pode ser lida como "remover o rancor"; toda a doença é gerada por rancor acumulado e sentimentos negativos que se cristalizam, como mágoa, tristeza, ressentimento e raiva.
Chet é a inicial também da palavra Chituy, que significa "limpeza", “pureza”, "purificação", fazendo deste mês um período especialmente benéfico para esta faxina emocional que nem sempre julgamos necessária até que seja tarde demais. Na via negativa, contudo, Sartan pode estar associado à angústia, à ansiedade, ao medo e aos condicionamentos do passado.
Chet evoca coisas positivas, como Chen ("graça"), Chayim ("vida") e Chadash ("novo"), mas também nos dá um alerta: Chayt ("pecado").
Chayt significa, literalmente, "perder a marca", isto é, perder a comunicação com o Sagrado – e isto é que é o pecado.
A marca a que Chayt se refere é a letra Tav que em aramaico que dizer sinal ou marca.
Conforme o Sefer Yetziyrah, “Com Tav Ele formou a Lua, o segundo dia, a boca, a graça e a feiura.”
Lembre-se que Tav também é a letra do único caminho que liga Malkut a Yessod, ou seja, que liga Malkut ao restante da Arvore da Vida
 
Este é o único mês regido pela Lua, cuja divindade é Ishtar, mãe de Tamuz, a própria manifestação do Sagrado feminino, a deusa mãe.
Esta concentração e energia se manifesta mais na segunda-feira (“segundo dia‟) durante todo o mês de Tamuz.
Tav é a inicial de ticun ("correção"), Tefilah ("oração"), Thiyliym ("salmos") e Teshuvah ("retorno"), entre outras.
Por ser a última letra do alfabeto, traz a energia de finalização que permeia todo o período associada à necessidade de renovação, pois tav, em aramaico, significa "de novo", indicando que algumas coisas devem terminar para que outras tenham início.
A cabala Mahuti nos ensina que em Tamuz, e nos dois meses subsequentes, começa a soprar o Vento Norte, o vento da força, da guerra.
Foi em 5 de Tamuz que Ezequiel teve a sua visão da Merkavah, dirigida por Tamuz, e puxada pelos guardiões das quatro direções:
- Leste, a águia
- Oeste, o espírito dos ancestrais
- Norte, o leão
- Sul, o boi
Uma vez por ano Tamuz monta esta carruagem por 12 dias, começando em 5 de tamuz e terminando em 16 de tamuz, representando a passagem pelas 12 constelações e desta forma disponibilizando as forças destes ventos e destes guardiões. através da seguinte meditação.
Para se invocar o vento, coloca-se de frente na direção do mesmo e medita-se no Nome/Sopro de Elohim numero 09, pedindo-se a propriedade do vento para o qual se está voltado
 
Dias do mês Tamuz Direção para qual se volta  Propriedades do vento
 
5, 6, 7                    Norte                                Aprendizado, beleza, fartura, Luz
 
8, 9, 10                  Leste                                Guerra, energia
 
11, 12, 13               Oeste                               Meditação, voz dos ancestrais,                                                                           sabedoria
 
14, 15, 16               Sul                                   Cura, celebrações, serenidade,                                            alegria
 
 
Tamuz inicia a sua “corrida‟ com a águia, norte, em 5 de tamuz e termina com o boi, sul, em 16 de tamuz
Em 17 de tamuz nasce o filho do boi - o bezerro, auge da cura na água; é o dia em que se celebra a cura, a água, a conscientização da cura.
Neste dia é o vento do sul que sopra, o vento da cura.
Quando Mosheh quebra as tábuas, o bezerro de ouro construído por Aron é incinerado e suas cinzas diluídas em todas as águas do mundo – esta energia durou 24h e foi um grande instrumento de cura para toda a humanidade.
Especialmente durante o mês de Tamuz devemos alfazemar as nossas casas para purificá-las e curá-las, de preferência às terças-feiras (combater energias negativas) e aos sábados por ser um dia sagrado.
Pode-se aspergir ou queimar folhas secas de alfazema.
 
Como já dito, Tamuz é o quarto mês do calendário religioso e o décimo do calendário civil.
Durante o ano, três meses não contam com a presença da Shechiná em Malchut - Tamuz é um desses meses.
Isto significa que, se a Shechiná não desce, devemos redobrar os nossos esforços para elevar o mundo físico em Sua direção.
Algumas pessoas simplesmente dirão que Tamuz é um mês negativo, mas é preciso entender que a restrição tem um propósito.
E qual o propósito de Tamuz?
Se o período da Primavera (Nissan, Iyar e Sivan) traz o despertar espiritual, o período do Verão, que começa em Tamuz e segue com Av e Elul, fala da responsabilidade que surge com este despertar (Primavera e verão para o hemisfério Norte. Para o hemisfério sul falamos de outono e inverno respectivamente).
Colocando em outras palavras, você é retirado do mundo das aparências em Nissan e passa por um processo de refinamento de 49 dias (a Contagem do Ômer) para receber a Torá em Sivan.
O que você vai fazer a partir agora vai indicar a maturidade espiritual.
Devemos lembrar que em 17 de Tamuz, no mesmo ano em que foi a Torá foi entregue, houve a idolatria ao bezerro de ouro, o que, naquele momento evidenciou a inadequação do receptor, pois o desejo de receber só para si e a busca de resultados imediatos ainda predominava entre aqueles homens e mulheres.
Quando partimos a palavra Tamuz, temos tam, que significa "ligar", mais as letras Vav e Zayin.
Sabemos que Vav representa Zeir Anphim (as seis sefirot de Chessed a Yesod) e Zayin corresponde à energia do Shabat, que ocorre em Malchut.
Por uma boa parte do ano, esta ligação foi feita "sozinha".
Nos próximos dois meses, caberá a cada um de nós promover esta ligação.
As pessoas muitas vezes só sentem falta das coisas quando as perde.
É preciso haver este momento de estar por sua própria conta e risco para que a presença da Luz seja devidamente valorizada.
Não estranhe o fato de mencionarmos Primavera e Verão quando, no Hemisfério Sul, passamos pelo Outono para ingressar no Inverno.
Energeticamente seguimos as estações do Hemisfério Norte, pois não se trata de um Norte geográfico, mas de um Norte magnético.
O Norte está associado a Guevurá e ao desejo de receber Luz.
Esta é a referência..
O início do Verão indica uma grande luminosidade no mundo físico, o que promove uma boa distração para não nos preocuparmos com a Luz que realmente importa. Muitas tradições, ludibriadas pela contra inteligência, estabeleceram o Sol como representação do Eterno exatamente para que o foco estivesse no lugar errado - é muito mais fácil olhar para cima do que olhar para dentro.
Tamuz é um mês de finalizações e de cura.
Lembre-se no Rosh Chodesh (início do mês), em especial, temos a oportunidade de promover mudanças significativas em nossas vidas, não só no que diz respeito à nossa saúde como também nas questões mal resolvidas nos campos do afeto, da matéria e da espiritualidade.
Como se trata de um mês que impõe restrições, a principal dica é a auto-restrição: coloque para fora todas as coisas acumuladas inutilmente, doe as roupas que você não vai mais usar, arrume os armários, rasgue os papéis que já não possuem qualquer utilidade, pense duas vezes antes de comprar alguma coisa ("preciso mesmo disso?"), fique atento à sua alimentação e, principalmente, ao lashon hará ("maledicência").
 
Tamuz dá início à “estação" (tekufá) do verão no hemisfério norte.
Os três meses dessa estação, Tamuz, Av e Elul, correspondem às três tribos do acampamento de Reuven – Reuven, Simeon e Gad – que estavam situadas ao sul.
Tamuz é o mês do pecado do bezerro de ouro, que resultou na quebra das Tábuas. Naquele mesmo dia, 17 de Tamuz, têm início o período de três semanas (terminando a 9 de Av) que assinala a destruição do Templo Sagrado em Jerusalém.
Este é o mês no qual os espiões enviados por Moshê viajaram pela Terra de Israel para vê-la e relatar ao povo.
Eles retornaram na véspera de 9 de Av.
Tamuz é um dos três meses negativos do ano, juntamente com Tevet e Av.
Em Tevet, o cerco a Jerusalém se iniciou, em Tamuz as muralhas em torno de Jerusalém foram invadidas, e em Av ocorreu a destruição dos dois Templos Sagrados em Jerusalém.
A Cabala nos ensina que o curso da história se dá como um resultado dos processos
cíclicos de energia durante o ano, e não por causa de eventos físicos.
Logo, ao analisar a época em que cada momento histórico ocorre, podemos entender melhor por que ele ocorreu.
Tamuz é controlado pela Lua. Há sete planetas nos quais a Astrologia Cabalística se
baseia: o sol, a Lua, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno e Marte.
Cada planeta controla dois signos, exceto o Sol, que controla Leão (Av) e a Lua, que controla somente Câncer (Tamuz).
Marte controla Áries (fogo) e Escorpião (água)
Vênus controla Touro (terra) e Libra (ar)
Mercúrio controla Gêmeos (ar) e Virgem (terra)
Júpiter controla Sagitário (fogo) e Peixes (água)
Saturno controla Capricórnio (terra) e Aquário (ar)
a Lua controla Câncer (água)
o Sol controla Leão (fogo)
Como o sol e a lua controlam um signo cada um, é criada uma situação de
desequilíbrio em cada um desses meses.
Esse desequilíbrio faz com que o caranguejo, o símbolo do mês de Tamuz, ande de lado e não para frente e para trás.
Isso também proporciona ao mês de Tamuz uma abertura para que um Câncer se inicie, sendo ele o único mês que leva o nome de uma doença.
No décimo-sétimo dia de Tamuz, Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei, trazendo para o mundo o poder e a energia da imortalidade..
No entanto, os Israelitas e a multidão mista estavam impacientes com a demora de Moisés em descer do Monte Sinai, e construíram o Bezerro de Ouro, cuja visão fez Moisés derrubar e quebrar as Tábuas..
Esse momento foi marcado pela colisão de duas energias: o poder da imortalidade, e o caos, com sofrimento, depressão e morte.
O fato histórico da destruição das muralhas em dezessete de Tamuz foi  simplesmente a manifestação da incompatibilidade entre o potencial do receptor espiritual e a realidade do desejo de receber para si mesmo.
Se não fizermos realmente um esforço para “amar o nosso próximo como a nós
mesmos”, estaremos essencialmente optando pelo Bezerro de Ouro, e de forma
similar, faremos com que nossas próprias muralhas sejam destruídas, iniciando-se
assim uma quebra em vários aspectos de nossas vidas.
A palavra Sartan (Câncer), é composta de duas partes: Sar – remover e limpar toda a negatividade e Tan – caos, ódio, animosidade e todo aspecto de negatividade.
O poder do mês de Câncer é remover qualquer problema ou situação negativa em nossas vidas que possam nos trazer essa doença.
De acordo com “O Livro da Formação”, de autoria do Patriarca Abrahão, o mês
de Câncer foi criado pelas letras hebraicas Chet (que criou Tamuz) e Tav (que criou a Lua).
A lua é diferente de qualquer outro corpo celeste, já que muda de posição todo dia, muito embora permaneça visível.
Ela inicia todo mês lunar como uma fina foice, e atinge seu brilho máximo no décimo-quinto dia.
A partir do término do décimo-quinto dia, a luz da lua começa a minguar, sendo que esse ciclo se repete a cada mês.
Isso explica a grande sensibilidade do Canceriano.
Ele parece necessitar de mais amor do que qualquer pessoa de outro signo.
O minguar da lua faz com que ele sinta que sempre lhe falta algo, e isso leva à depressão.
A cura para esses momentos de baixa é atenção e cuidado, compartilhar, amar e doar-se aos outros. Adicionalmente, os Cancerianos precisam dar o melhor de si para desapegar-se do passado e enxergar além dos maus sentimentos e das mágoas.
Essa é a única forma pela qual eles podem encontrar a verdadeira felicidade e amor.
Os Cancerianos são pessoas bastante caseiras.
Seu lema é “minha casa é minha fortaleza”, e eles são fortemente ligados à família e ao lar.
Adoram história e arqueologia – tudo o que lhes lembre o passado.
Possuem um estômago sensível, já que esta é a parte do corpo onde lançam suas tensões e dificuldades emocionais não resolvidas.
Com ferramentas cabalísticas como o Zohar, o Ana Becoach e as letras do mês,
podemos entender que somos responsáveis pelo que nos está acontecendo, e ao
mesmo tempo construir um escudo protetor para qualquer caos na vida, além de tornar nosso sistema imunológico mais forte.
A Terceira refeição de Shabat, que nos supre com uma energia especial e força para manter nosso sistema imunológico livre de qualquer calamidade, constitui um suporte adicional durante o mês de Câncer, a fim de podermos construir uma muralha de saúde, felicidade e poder.
 
O Mazal do Mês de Tamuz - Sartan (Câncer)
Um dos significados do radical de sartan, seret, é uma "tira" visual em geral ou, (como no hebraico moderno) especificamente uma tira de "filme".
O sentido espiritual da visão de Tamuz é a capacidade de "ver através" da realidade física para contemplar sua Fonte Divina.
De acordo com este raciocínio, a palavra sartan é entendida como sendo composta de duas palavras: sar tan – que literalmente quer dizer: "remove o corpo" (a fim de revelar a alma), i.e., remover a "concha" exterior da realidade (através do poder da visão concentrada) a fim de revelar o "fruto" da realidade interior e a força de vida.
Sartan, é um signo ligado à energia da água e ao poder da cura.
Cura essa que é melhor compreendida quando partimos a palavra Sartan para obter sar-tan, que, em aramaico, pode ser lido como "remover o rancor".
De fato, o que a Cabalá já sabia há muito tempo ganhou respaldo científico recentemente: tanto o câncer como outras doenças têm origem em sentimentos negativos que se cristalizam, como mágoa, tristeza, ressentimento e raiva - entre outras.
O mazal de Sartan é regido pela letra Chet, que é inicial também da palavra chituy, que significa "limpeza" e "purificação", de modo este é um período especialmente benéfico para esta faxina emocional que nem sempre julgamos necessária até que seja tarde demais.
Na via negativa, contudo, Sartan pode estar associado à angústia, à ansiedade, ao medo e aos condicionamentos do passado.
Talvez o melhor exemplo disso seja a própria idolatria ao bezerro de ouro, lembrada todos os anos no dia 17 de Tamuz: um erro na contagem antecipou a expectativa de retorno de Moshé do alto do monte Sinai e, como ele não apareceu, as pessoas se desesperaram desnecessariamente.
Um dos atributos de Malchut é a menuchá ("tranqüilidade").
Como Malchut é o receptor da Luz do Mundo Infinito, entendemos que esta tranqüilidade é um pré-requisito para que a Luz chegue ao seu destino.
Tranqüilidade não é passividade, nem fazer de conta que as coisas não estão acontecendo. É preciso fazer o que deve ser feito em cada situação, só que suportado por algo realmente de valor: a emuná ("certeza" ou "convicção").
 
As Letras do Mês de Tamuz - Chet e Tav
O formato da letra chet é composto de duas letras prévias do alfabeto hebraico, o Vav e o Zayin (correspondendo aos dois meses prévios de Iyar e Sivan), conectados do alto por uma fina "ponte".
No que diz respeito ao sentido da visão, o formato do chet representa a dinâmica de luz espiritual sendo emitida dos olhos (o vav) e a luz física retornando do objeto observado, aos olhos (o zayin).
A palavra Tamuz se escreve em hebraico: "tam" – "conectar", "consumar" – vav zayin – as duas letras que juntas formam o chet.
Chet é a oitava letra do alfabeto e oito é um número ligado à transcendência da experiência física, a comunhão com a Shechiná.
Em sua forma, temos uma letra Zayin (a mulher/Malchut) e uma letra Vav (o homem/Zeir Anphin) unidas.
Não é por acaso ser Chet a inicial de chupá, a tenda que recebe um casal durante a cerimônia de casamento (lembre-se que também nos referimos a estas duas letras na construção da palavra Tamuz).
Chet evoca coisas positivas, como chen ("graça"), chayim ("vida") e chadash ("novo"), mas também um alerta: chayt ("pecado"), que pode ser evitado se houver chitah ("temor").
Pecado, para a Cabalá, não é a falta.
Adam não pecou ao comer do fruto proibido.
Pecou, sim, ao transferir a culpa de sua falta para Chavá (Eva).
Chayt significa, literalmente, "perder a marca" ou, em outras palavras, viver uma mentira.
A marca a que chayt se refere é a letra Tav.
Na Árvore da Vida, Tav liga as sefirót Malchut e Yessod no que chamamos "Caminho da Verdade".
Sem Tav, a Luz dos mundos superiores não chega ao mundo físico, pois somente Yessod se conecta a Malchut.
No sentido inverso, não temos como nos elevarmos.
Tav é a inicial de tikun ("correção"), tefilá ("oração"), tehilim ("salmos") e teshuvá ("retorno"), entre outras.
Por ser a última letra do alfabeto, traz a energia de finalização que permeia todo o período associada à necessidade de renovação, pois tav, em aramaico, significa "de novo", indicando que algumas coisas devem terminar para que outras tenham início.
 
A Tribo do Mês de Tamuz - Reuven
O nome Reuven vem do radical "ver", o sentido de Tamuz.
A pedra preciosa de Reuven no peitoral do Sumo Sacerdote é o odem, o rubi (de Reuven), que devido à brilhante cor vermelha (odem significa vermelho) é a mais sensualmente visível das pedras.
O vermelho é a mais sedutora de todas as cores, sugerindo ou a queda do homem (em hebraico odem [vermelho]) tem a mesma grafia que adam [homem], como no pecado do bezerro de ouro, ou a suprema elevação e retificação do homem, com a vinda de Mashiach.
 
O Sentido do Mês de Tamuz - Visão
O verão (a época de Tamuz) é o "feriado" dos olhos.
É nessa ocasião que deve-se "guardar" os olhos para ver somente aquilo que é bom (no mundo em geral e no próximo em particular) e recatado.
A capacidade de guardar e focalizar corretamente o olhar é o "sentido" retificado da visão.
Ao final da bênção de Moshê a Israel ele disse:
"betach badad ein Yaacov – certamente, sozinho, está o olho de Yaacov."
(Devarim 33:28)
A palavra betach, "certamente", é um acrônimo para três palavras: bracha tov chayim, bênção, bem e vida.
Estes são os três pontos principais da visão retificada, como está escrito:
"Vê, coloquei diante de vós hoje a vida e o bem, e a morte e o mal… e escolhereis vida."
(Devarim 11:26)
Com relação a estes três, deve-se treinar os olhos (tanto física quanto espiritualmente) para ver somente a dimensão interior positiva da realidade e não se concentrar na realidade externa, a "casca" negativa".
Este é o significado de "certamente, sozinho, está o olho de Yaacov".
O sentido do olho ("o olho de Yaacov") é para apenas ("sozinho") ver aquilo que é "certamente" – a bênção de D’us, o bem e a vida.
 
O Controlador do Mês de Tamuz - Mão direitaA mão direita, em geral, e seu dedo indicador, em particular, serve para dirigir e focalizar a visão da pessoa.
Ao ler o Rolo de Torá, é costume apontar para cada palavra com um "dedo" de prata.
É costume também usar a mão direita para fazer sinais que indiquem as nuanças de entonação para o leitor da Torá.
O anel de casamento é colocado pelo noivo no dedo indicador da mão direita da noiva.
Isso eleva o casal ao nível de "minha pomba" (Shir Hashirim 5:2), a intensa expressão de amor transmitida pelo incessante olhar um nos olhos do outro (deixando os olhos vermelhos como um rubi) – "teus olhos são como pombas" – (Shir Hashirim 5:12).
 
Mais alguns comentários sobre o mês de Tamuz
A visão é o grande responsável por nossos equívocos; é por ela que a Inteligência Controladora (Nachash) nos domina.
Mas também é através da visão que nos libertamos das cascas que nos afasta da Realidade; através da contemplação das letras hebraicas podemos mudar, nos desenvolver.
Se pegarmos a Torá, a primeira palavra que começa com a letra Chet é "escuridão" –encobre a sua capacidade de ver claramente; também, a parte branca de dentro da letra forma a figura de uma vela com uma chama – fazendo-se uma conexão com o mundo espiritual, a luz aparece muito mais.
Para este mês temos as partes do corpo: Mão direita (letra Chet)  e Boca (letra Tav)
Este mês é um mês de restrição.
Esta restrição será mais intensa entre 17 de Tamuz e 9 de Av.
Neste período é importante manter o nível de conexão (meditações e orações) que estamos habituados a fazer, com mais disciplina.
Devemos tomar cuidado com a reatividade.
Tamuz faz parte dos meses sem a presença da Shechiná (a manifestação Divina no mundo físico).
Só através de nossas conexões (meditações e orações) é que conseguimos nos elevar para o Mundo Infinito e fazer a ligação com a Shechiná.
A doença câncer é a petrificação de um sentimento nesta, ou em outras vidas.
É através da visão que conseguimos remover esta energia petrificada dentro de nós – visualização de sequências de letras hebraicas, como os 72 Nomes de D'us, as letras do mês, etc...
Neste mês programamos todas as doenças que teremos no decorrer de um ano, e também estabelecemos toda a cura. Isto é, qualquer doença que apareça no decorrer de um ano, foi programada no mundo espiritual, no mundo da emanação, durante o mês de Tamuz, quer tenhamos consciência ou não.
Idem para as curas.
Segundo a Cabalá, de acordo com a forma que se estabelece a conexão com o mês de Tamuz, é que irá definir a possibilidade do que estará acontecendo de luminoso/positivo na sua vida emocional durante o período de um ano.
Tamuz é o único mês regido pela letra Tav.
Está ligada à Lua, que é o astro que mais influência astrológica tem sobre o ser humano.
Esta letra está ligada também à energia para fecharmos etapas de nossas vidas.
 
Fonte: Academia de Cabala

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