Quer
dizer então que nós vivemos numa prisão — uma prisão estranha, com certeza,
porque a maior parte de nós, prisioneiros, nem percebe que está atrás das
grades.
Estamos
condicionados até a ridicularizar a idéia de que poderia de fato existir um
outro mundo, um mundo de alegria e Luz, brilhando logo atrás dos muros da
prisão.
Então,
um dia, alguém nos entrega um plano de escape que inclui uma planta da prisão e
um plano de fuga passo a passo.
Um
plano infalível.
O
que faremos?
O
que estou para revelar é um projeto para a liberdade.
É
claro, não vivemos literalmente dentro dos muros de uma prisão, e não estamos
literalmente confinados em celas sombrias de concreto, mas estamos aprisionados
pela dor, pelo sofrimento e pela morte, sendo assim, na verdade, o que estou
prestes a apresentar é um plano de fuga da prisão de segurança máxima mais
poderosa jamais construída.
Se
isso for verdade, se a vida não é como deveria ser, se realmente existe uma
vida de alegria e fartura destinada a nós pelo Criador, a çógica ditaria que o
plano que estou prestes à revelar é mais que um conselho interessante. é mais
que mais um apanhado de textos de informação positiva sobre a vida para ler e
esquecer.
Se
este realmente for um plano de fuga viável, a lógica dita que esta é a
informação mais importante que já lhe apareceu.
Não
deve simplesmente ser lida, deve ser apreendida. deve ser estudada e
memorizada, ou copiada e colocada no bolso para poder ler na rua, ou colada no
espelho para que seja a primeira coisa que você vê quando acorda.
Este
plano envolve seis afirmações e o que chamarei de a Fórmula de Deus.
As
seis afirmações que se seguem servem como uma explicação da vida como ela é, e
da vida como ela deveria ser.
A
Fórmula de Deus fornece um método para ir de um lugar para o outro.
É
rigorosamente lógica, mas não é, no entanto, um produto da razão humana. Nasceu
da informação revelada ao longo de milênios a homens cujo destino era receber
tais verdades e repassá-las para o resto de nós.
É
uma mensagem do outro lado do muro, um raio de sol passando através de uma
fresta na porta da prisão.
1-O mundo é a guerra entre duas forças opostas: Luz e
Escuridão.
Não
existe permanência no Universo
Existe
somente movimento.
Das
duas uma, ou estamos indo em direção à Luz ou estamos indo em direção à
Escuridão. Através de nossas ações, escolhemos nossa direção.
2- A fonte da luz,
mais conhecida como Deus, é a origem de toda felicidade, satisfação e vida. A
força da escuridão, mais conhecida como natureza do ego, é a fonte de toda dor,
sofrimento e morte.
Todas
as coisas positivas que experienciamos em nossas vidas são manifestações da Luz
do Criador. Ego é o estado de total desconexão da Luz de Deus; portanto, traz
Escuridão completa.
Nós
navegamos entre essas duas forças.
Quando
uma pessoa está nas garras do Desejo de Receber Somente para Si Mesmo, tende a
ir cada vez mais para perto da Escuridão.
Ali,
nos fartamos numa dieta estável de caos e doença e somos por fim condenados à
morte.
3- Nós criamos
nossas vidas dependendo da força com a qual nos conectamos.
Há
uma escolha a ser feita a cada momento.
Temos
o poder de escolher nossa realidade.
A
cada momento, nos conectamos em diferentes níveis com a Luz e com a Escuridão,
dependendo de nossas ações.
Na
medida em que nossas ações estiverem conectadas com Deus, experienciaremos Luz
e satisfação.
Na
medida em que nossas ações estiverem conectadas com a Escuridão e com o ego,
experienciaremos dor.
Quando
escolhemos nos aproximar da Luz, experienciamos um nível maior de satisfação e
menos dor.
Quando
escolhemos nos aproximar da natureza do ego e da ausência da Luz de Deus,
aumenta nossa experiência de dor e diminui nossa satisfação.
Estas
são nossas únicas escolhas.
4- Nós nos
conectamos com as duas forças através da lei da similaridade de forma: nós nos
conectamos e nos tornamos aquilo com que nos tornamos semelhantes.
Estamos
acostumados com a idéia das coisas estarem separadas por espaço.
Num
nível mais profundo, as coisas estão separadas ou conectadas por uma semelhança
ou dessemelhança de forma.
Estamos
separados de Deus, por exemplo, por não sermos como Ele; não igualamos Sua
essência.
Sua
essência é compartilhar, a nossa é receber.
De
acordo com a Lei de Similaridade de Forma, quando as essências se igualam, a
separação termina.
Isso
significa que à medida que nossa essência se torna mais semelhante à essência
de Deus, nos aproximamos de ser como Deus.
Uma
outra maneira de dizer isto, nos tornamos como Deus nos comportando como Deus.
5- Nós nos tornamos
como Deus através de sistematicamente destruirmos o ego, porque o desejo de
receber somente para si mesmo é o oposto de Deus. Ele não recebe de ninguém.
Devido
a um caso cósmico de identidade equivocada, nos conectamos com o ego, com uma
dessemelhança de natureza com Deus. O mundo foi meticulosamente estruturado
pelo Oponente para o cuidado e a nutrição desse ego — o anseio sem fim por
prestígio, vaidade, louvor e bajulação, e a incessante indulgência a desejos
egoístas.
Para
alcançar similaridade de forma, para igualar a essência de Deus, devemos nos
mover de todo coração na direção oposta: confrontar, humilhar, embaraçar e
purgar essa natureza do ego em vez de estimulá-la, e nos livrar da necessidade
de ceder aos desejos egoístas, até que nossa essência por fim se torne como a
essência de Deus.
6- Nós nos tornamos
como Deus ao nos transformarmos em seres que compartilham, porque Deus é uma
força de infinito compartilhar.
O
Desejo de Receber Somente para Si Mesmo é o oposto da natureza de Deus, que é
uma natureza de compartilhar infinito.
Através
de nos opormos a este desejo egoísta e nos tornarmos seres que compartilham,
nos igualamos à essência de Deus.
Transformar-se
num ser que compartilha não significa efetuar um ato ocasional de generosidade.
Exige
um movimento contínuo em direção à Luz e a mudança de forma: se tornar um ser
em que todo pensamento, toda ação e toda fala vem do Desejo de Compartilhar.
Esta
transformação, na qual o compartilhar se torna uma forma de vida, e não
meramente um ato ocasional, no qual o compartilhar é feito quando não é fácil e
confortável compartilhar, tem um nome especial.
É
chamado de compartilhamento transformador.
Através
de um processo duplo de erradicar o ego e realizar o compartilhar
transformador, nos despertamos nossa verdadeira natureza e nos tornamos como Deus,
criando uma vida de total felicidade e satisfação.
Sempre
que pudermos, devemos fazer ações para destruir o ego.
Com
o passar do tempo, deixaremos de ter receio de situações embaraçadoras e
humilhantes; daremos boas-vindas a elas, porque nos ajudam a destruir o ego e
realizar nossa verdadeira natureza.
Sempre
que pudermos, compartilharemos, principalmente quando não for fácil ou
confortável fazê-lo.
Quando
vivemos como Deus, constatamos a natureza de Deus em cada célula e erradicamos
as barreiras entre nossa verdadeira natureza e nós mesmos.
Quando
não vivemos como Deus, vivemos em separação, na natureza do ego, no Desejo de
Receber Somente para Si Mesmo.
Neste
caso, cada desejo torna nossa separação mais sólida, nos condenando a dor,
sofrimento e morte.
Portanto,
temos uma tarefa a cumprir neste plano físico: arrancar continuamente o Desejo
de Receber Somente para Si Mesmo.
Momento
a momento, a cada instante a partir de agora, devemos operar como seres que
compartilham.
Nossa
tarefa é nos tornarmos como Deus.
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