Hoje
é dia 14 de Adar
É
dia da festa de Purim
Nascemos com grande potencial para atingir alturas incríveis.
Mesmo
assim, freqüentemente nos contentamos com menos porque fomos consumidos pela
dúvida.
Por
isto que nosso maior desafio na vida é derrotar nossa própria dúvida.
Não
é fácil.
Incerteza
esta tão engrenada em nossa consciência que somos cegamente condicionados à
ela. Felizmente, o Criador nos fornece assistência para remover aspectos
escuros de nós mesmos.
O
feriado de Purim é uma destas assistência.
Conhecido
como o feriado da Alegria, Purim tem a energia de destruir a dúvida. Assim como
Rav Brandwein ensinou ao Rav:
"Não
há nada que crie tanto prazer quanto a remoção da dúvida."
Pois
quando removemos as dúvidas sobre nós mesmos, não há obstáculos bloqueando
nossa grandiosidade.
Durante
Purim podemos conectar com esta energia ao fazer simples ações: ler o Livro de
Esther, fazer uma celebração festiva com os amigos, e dar presentes ao pobres.
Fazer
estas conexões nos dá a habilidade de abrir nossas mentes e alma para
manifestações muito maiores do que acreditamos poder atingir hoje.
E
o despertar dura para o ano todo!
Isto
significa mais prazer e certeza em tudo que fazemos.
Tenha
uma noite de alegria.
Alegria
extrema.
Bem,
falemos mais de Purim
Purim - O Portal do
Milagre
A
Cabalá é uma Tradição que compreende que a todos os instantes estamos sendo
regidos por uma energia presente em todo o universo.
Conhecendo
o padrão energético de cada momento podemos saber que tipo de influência está a
nossa disposição e assim evitar que conexões erradas possam acontecer e também
fazer com que coisas boas possam se realizar.
Um
cabalista tem o domínio do tempo.
Mas
como pode fazer isso?
Através
do conhecimento da astrologia cabalista.
Ela
traduz, pela observação dos astros, as mudanças espirituais da natureza, as
características de cada instante.
Um
momento extremamente importante, dentro do calendário cabalista, é a lua cheia
de Peixes (mês de Adar (Fevereiro-Março), período chamado de Purim.
Nesse
período temos a nossa disposição uma energia que fortalece em nós aquilo que
faz com que realizemos grandes milagres em nossas vidas, a “emuná” (certeza).
Purim
se refere a todas aquelas situações que acreditamos estar sem saída, onde todas
as evidências apontam para a derrota e a única força que se opõe a isso é a
nossa emuná, a certeza que não estamos desamparados e que nada é impossível
para a Luz Espiritual.
Purim
vem da palavra Pur, que significa “sorte”, em persa e é uma permutação de
letras da palavra pru “frutifique”, em hebraico.
O
que normalmente se chama de sorte não é algo que acontece de repente, sem
querer ou quando D-us “resolve” lembrar que nós existimos.
Mas
sim é quando as coisas se encaixam perfeitamente,na sua hora certa e no seu
lugar certo.
Quando
estas duas formas se combinam, acabam formando algo especial.
Por
isso Purim leva este nome.
Seria
a sorte no plural. Ou seja, é um momento no tempo e no espaço que possibilita a
sorte em nossas vidas.
Acontece
uma espécie de portal para afastar os obstáculos e tornar possível o que até
então poderia parecer impossível, a transmutação de algo potencialmente
negativo em algo efetivamente positivo e essa é uma capacidade que só os seres
humanos têm.
Nem
mesmo os anjos são capazes disso.
Em
Purim esse “poder” é renovado, revigorando a habilidade e comprometimento de
iluminar o mundo.
Isso
não inclui somente o desempenho de ações positivas, mas sim e também a ação de
eliminar o caos e a negatividade, aonde quer que as encontremos.
Forças
negativas surgem de maneiras bastante tangíveis no curso de nossas vidas. Ignorá-las pura e simplesmente não é o
bastante.
Devemos nos opor a
elas e derrotá-las, com o mesmo nível de energia que elas nos dedicam.
Ao
fazer isso, podemos verdadeiramente trazer Luz para o mundo.
E
desta forma revelarmos a porção da Luz Infinita que habita dentro de nós.
Um
cabalista não tem a preocupação apenas de forma individual, entende que tem um
papel social, uma responsabilidade com todo o planeta.
O
conceito da Unicidade é o principal conceito da Cabalá.
A
compreensão de que tudo está interligado e que cada ser existente influencia o
todo. Suas ações são para tornar o mundo melhor.
Dedica-se
a resolver os problemas sociais, como a fome, a pobreza, as doenças, empenha-se
em proteger a natureza, preocupado com a questão da sustentabilidade e tem o
foco na integração entre todos os povos, pois são assuntos que tornam todo e
qualquer indivíduo igual, sem barreiras ideológicas, já que os objetivos são os
mesmos.
Os
cabalistas se utilizam das práticas meditativas para obter um estado de
consciência mais elevado e, assim tomar as atitudes certas na hora certa e
chegar a uma conclusão mais iluminada.
Purim
é um evento astrológico universal, ou seja, qualquer pessoa ao redor do mundo
estará com essa regência energética sobre si e poderá se conectar a essa força
de milagre.
Purim
é celebrado em 14 de Adar (Este ano será em 28 de Fevereiro)
No
dia anterior ao dia de Purim, é feito um jejum (Jejum parcial: água+matsá ou
biscoito sem fermento) de Ester: das 06h às 18hs) a fim de se esvaziar para
receber esse enorme fluxo de energia.
Através
deste ato, se restringe o desejo de receber só para si, deixando um espaço para
o desejo de influenciar.
Recebe-se
uma grande quantidade de Luz Espiritual, no dia seguinte, que poderá ser
aplicada para gerar grandes milagres na própria vida e transformar o mundo a
nossa volta.
Lembrando que a palavra
Purim vem de pur, que significa "sorte", e tem esse nome
porque Haman, primeiro ministro do rei Assuero, "sorteou" o dia em
que os filhos de Israel de toda a Pérsia deveriam ser exterminados.
O conceito de
sorteio aqui não se refere a um processo aleatório.
Haman estudou por
meses, com a ajuda de astrólogos e místicos de diferentes tradições, o período
em que os filhos de Israel estariam supostamente mais vulneráveis à sua
influência, pois ele tinha conhecimento dos grandes feitos que o Eterno já
havia promovido no passado para protegê-los.
Os protagonistas
desta história são a rainha Ester e seu tio Modechai.
Ester era judia e
se tornou uma rainha persa sem que as pessoas tomassem conhecimento de sua
origem. Instruída por Modechai, nunca abandonou suas raízes e, no momento que
tudo parecia perdido, foi a peça-chave para a libertação dos judeus.
Haman odiava
Modechai e para se ver livre dele influenciou o rei a decretar o fim de todos
os filhos de Israel, alegando se tratar de um povo que vinha crescendo
rapidamente e que seguia leis próprias, podendo vir a se tornar uma ameaça para
a hegemonia do império - um argumento muito parecido com o do Faraó no Egito,
depois da morte de Yossef.
Graças à emuná
("certeza") de Ester, a trama armada por Haman foi revelada e o povo
recebeu a permissão de se defender de qualquer agressão, eliminando assim o
inimigo.
Toda a história que
envolve a celebração de Purim deve ser lida na Meguilá (um rolo de pergaminho) de
Ester na noite anterior a Purim e pela manhã deste dia.
É uma celebração
que envolve grande alegria (simchá, o principal atributo do mês de Adar)
porque "a virada" ocorre de maneira surpreendente e inesperada.
Haman, assim como
Amalek no passado, surge para colocar a emuná dos judeus à prova.
O nome de D-us não
é citado uma única vez em toda meguilá, mesmo quando Ester promove um jejum no
dia 13 (uma das mitsvót de Purim, o Taanit Ester) para que ela seja
inspirada pelas palavras certas ao desmascarar Haman diante de Assuero.
É óbvio que Ester
espera ser inspirada pelo Eterno, mas isso fica apenas subentendido.
Interessante
observar que duas frases se repetem várias vezes em Purim: baruch
Modechai ("abençoado Modechai") e arur Haman
("maldito Haman"), ambas com o mesmo valor guemátrico, porque o que julgamos como Bem ou Mal tem
o mesmo peso, logo possuem o mesmo grau de importância - todo obstáculo
traz consigo a possibilidade de revelação da Luz.
Purim não deve ser
comemorado como a lembrança de algo que ocorreu no passado, um fato histórico
perdido no tempo, mas como algo que pode acontecer em qualquer momento de
nossas vidas: a transmutação de algo potencialmente negativo (uma maldição) em
algo efetivamente positivo (uma bênção). Nem os anjos são capazes de executar
esta tarefa.
Purim se refere a
todas aquelas situações que acreditamos estar sem saída: todas as evidências
apontam para a nossa derrota e a única força que se opõe a isso é a nossa
emuná, a certeza que não estamos desamparados e que não há nada de impossível
para a Luz Espiritual.
Sendo assim, a
alegria deste dia não reside no alívio do fim de uma ameaça, mas na comunhão
que reafirmamos com os planos superiores, pois um coração leve é sempre o
melhor receptor para a Luz.
A história de Ester é relatada num livro da
Bíblia, e aparece inscrita num rolo separado, a Meguilá, cuja leitura faz parte
do cerimonial religioso de Purim.
Não se acha especificada a data exata em
que ocorreram esses fatos, porém, tratando-se de uma época em que os judeus
constituíam uma minoria disseminada pelo reino persa, pode ser situada no século V anterior à era atual.
Figura notável do relato é a de Mordechai,
judeu austero que conserva impoluta sua fé, apesar de viver na corte.
Favorecido pela boa vontade do rei, não
sonha, por um momento sequer, fazê- la valer em seu próprio benefício.
Junto à sua sobrinha, serve- lhe de mentor
espiritual e mantém desperta a sua consciência judaica.
Não a deixa esmorecer ante o perigo e, a
todo risco, obriga-a empreender a salvação de seu povo.
De todos os livros da Bíblia, é este o
único em que não aparece escrito o nome de Deus. Talvez resida a razão desse
curioso detalhe em que, sendo um livro que incita à resistência e a auto
defesa, traz implícita a moral:
Ajuda-te e Deus te ajudará.
Foi composto, de fato, durante a época do
Segundo Templo, quando os judeus viviam em seu próprio país, como súditos de
uma nação estranha; e a intenção que animou seu autor foi, sem dúvida, a de
estimular em seus compatriotas o espírito de luta contra o senhor estrangeiro.
Com o exemplo desse venturoso episódio de
seu passado imediato, pretendia infundir em seus contemporâneos a confiança em
suas próprias forças e a fé numa libertação próxima.
Celebração religiosa
Precede a festa um dia de jejum, chamado
jejum de Ester como recordação do perigo de vida que correram os judeus daquele
tempo, nesse dia. O traço distintivo do ofício religioso de Purim é a leitura
do livro de Ester - Meguilá - e a oração de Purim, de agradecimento pela
milagrosa derrota de Hamán.
Lê-se também o capítulo do Êxodo, que
relata a luta contra os amalecitas, pois a tradição faz Haman descendente
daqueles inimigos de Israel.
É
uso desenrolar-se a Meguilá e dobrá-la em quatro, imitando a carta que
Mordechai enviou a todas as províncias, proclamando, pela primeira vez, a festa
de Purim na Pérsia.
Sua leitura dá lugar a comentários
buliçosos dos ouvintes.
Quando se pronuncia o nome de Haman, ao
começar o terceiro capítulo, a indignação das crianças se exterioriza em
tocar matracas, que se repetem toda vez
que o detestado nome é mencionado.
Mordechai convidou os judeus a dar esmola
aos pobres, e hoje em dia ao entrar na sinagoga, na véspera de Purim, cada um
deposita seu óbolo numa bandeja, e o dinheiro assim coletado se destina a obras
de caridade.
Tradições
Entre a família, a celebração de Purim
caracteriza- se por duas tradições, a saber: mishloach-manot e seudá.
a)Mishloach - manot
Costuma-se mandar presentes aos familiares
e amigos, como doces, frutas, e sobremesas.
b)Seudá
Consiste em ingerir o vinho, como
recordação dos banquetes de Assuero e Ester, essa bebida deve correr
generosamente nas ceias de Purim. Atualmente, usa- se dar donativos pessoais,
sob forma de dinheiro ou de artigos de primeira necessidade.
Por causa destes donativos chega também às
casas humildes um pouco de alegria de Purim.
c)A ceia de Purim
Consiste em uma refeição de caráter festivo, composta de pão feito com passas, uvas e açafrão. Com
a sopa são servidos os creplach, porém o prato predileto são os homentash, que
são comidos por último, são doces recheados com uma mistura de mel e sementes
de papoulas.
d)Festas
Festas e alegria são mencionadas na
Meguilá. Costuma-se preparar celebrações festivas para comemorar Purim.
Purim - a festa dos contrários
Purim, a festa dos contrários – um pérfido
decreto em oposição à felicidade; o ocultamento em oposição à revelação;
Mordechai em oposição a Haman; o genocídio em oposição à salvação.
Mas qual é a verdadeira história contida
nessa festividade?
Quais forças se movem na cena?
E o que nos vem dessa interessante
lembrança?
O Cabalista é uma pessoa que busca na interioridade as causas de todos os eventos de sua própria vida. Para ele, é óbvio que tudo que está descobrindo se encontra dentro dele mesmo, esperando, e que portanto não deve fazer nada além de compreender como pode entrar em contato com a força que governa o mundo.
E esta será a força a guiá-lo, ajudando-o a
obter o controle sobre os eventos futuros da própria vida, sobre sua felicidade
individual e sobre a riqueza que, através dele, se difundirá pela humanidade
inteira.
Do ponto de vista da sabedoria da cabala
tudo é muito simples, porque é óbvio que o rolo de Ester (Meguilat Ester) fala
apenas das forças presentes na interioridade da pessoa, forças que ilustram o
que é o estado a ser descoberto na própria relação com o Criador – o Criador,
aquela Força que dirige os eventos da vida de cada pessoa.
Essas forças são apresentadas como
Mordechai, Ester, Haman, Vashti etc.
A história de Purim se desenvolve antes da edificação do segundo Templo, um pouco antes da grande imigração para Israel, e trata da última batalha antes da correção final (Gmar Tikun).
Nesse momento, o povo de Israel – que
simboliza a nossa aspiração interior pela espiritualidade – vive pacificamente
e tranqüilo, no reino de Achashverosh, Rei do mundo. Mordechai, a força
interior dos Israelitas, que deseja somente exprimir sua própria devoção ao
Criador, vive feliz em um reino pacífico.
O povo de Israel representa aqueles desejos
da pessoa que querem dirigir-se diretamente ao Senhor do Universo (Yashar El,
direto a D’us) e aprender dEle as leis e como usá-las.
No princípio da história, o narrador
adverte que há algo indo mal:
‘Sois um povo discriminado e também,
disperso entre os outros povos’
(Ester, 3,).
Portanto, Israel está disperso e é
discriminado.
Exatamente o povo que deveria estar unido
contra todas as outras nações – que desejam somente a gratificação individual –
este povo, cuja única força provém da unidade, está fragmentado e dividido.
Isto assinala que a meta ainda não foi
alcançada, pois somente o povo de Israel pode conduzir a humanidade ao seu
destino final, que é a união com o Criador.
O pérfido Haman, que representa os impulsos
egoístas presentes em nós, que se opõem ao povo de Israel, quer tirar vantagens
pessoas dessa situação, com a ambição de substituir o Rei.
Ele entende que a dispersão do povo de
Israel seja uma prova de sua fraqueza, confusão e falta de fé.
Pensa que essa circunstância representa uma
rara oportunidade de eliminar os Israelitas da face da terra, já que eles são a
única força que se interpõe entre ele e o seu desfrute indiscriminado do
Criador.
Porém, aquilo que Haman não captou é que as
razões dessa dispersão não são acidentais. O povo de Israel de fato subiu mais
um degrau da escada espiritual que conduz ao Criador. Esse degrau indica uma
conexão aberta e direta com o Criador; uma conexão a tal ponto aberta que
ninguém no mundo poderá negá-la. E de fato nós vemos que no fim da história
todos os outros povos se converteram: isto significa que todos os desejos
presentes na interioridade da pessoa, chamados povos, aceitam no final a
direção da vontade superior, chamada Israel, que conduz à felicidade e à
segurança.
Porém, o israelita dentro de nós tem um
poder limitado.
Essa limitação pode ser vencida somente com
a ajuda do pérfido Haman – e é por isso que devemos encontrá-lo na nossa
interioridade.
O início da narração nos conta como
Mordechai, o hebreu, salvou o Rei de dois assassinos, Bigtan e Teresh.
Como conseqüência, esperaríamos que o Rei o
recompensasse por sua ação, elevando-o de posto. Mas as coisas não são assim
tão simples, pois Mordechai (o israelita interior) não deseja nada além de
estar em contato com seu Criador.
Não pede por ganhos pessoais, e por isso,
não aceita nenhum presente.
E então com grande surpresa lemos que entre
todos os candidatos à honra de tornar-se primeiro ministro, em lugar de
Mordechai, é eleito Haman.
Haman alcança o domínio absoluto sobre o
reino e ordena que todos os escravos do Rei se ajoelhem perante ele. Isso
significa que agora o egoísmo alcançou sua proporção máxima.
Entre todos, somente Mordechai recusa
ajoelhar-se perante qualquer um que não o Rei em pessoa. A razão dessa
decisão é que dentro dos seres humanos há sempre uma voz que pode fazê-los
saber quem é o verdadeiro Rei, e a quem é necessário permanecer fiel a qualquer
custo, mesmo que se seja o último a lembrar-se disso, e ainda que toda a cidade
de Shushan tenha-se precipitado no caos.
Ainda sob ameaça de morte, o leal Israelita
persiste em ser fiel somente ao próprio Rei.
Foi somente magnificando o ego de Haman que o povo compreendeu o quanto o caminho de Mordechai era justo.
Foi somente magnificando o ego de Haman que o povo compreendeu o quanto o caminho de Mordechai era justo.
A diferença entre os caminhos de Haman e
Mordechai é o centro em torno do qual gira toda a narração.
Haman quer desfrutar do Rei e tomar-lhe o
posto.
Pensa somente em si mesmo, e reúne em si
todas as forças mais mesquinhas que agem no interior da pessoa: os desejos de
apoderar-se do mundo a qualquer custo, ainda que ao preço da própria
destruição.
Por outro lado, o único objetivo de
Mordechai é a revelação do verdadeiro Rei do mundo, para aprender dEle, como se
comportar.
É por isso que não pode se corromper.
Ele permanece no castelo do Rei e guarda as
portas, enquanto todos os outros se ajoelham aos pés de Haman.
A sua lealdade não tem preço.
Ele sabe que virá o dia em que todos
compreenderão as coisas, mas ao mesmo tempo, está ciente do fato de que não
pode impor-se aos outros.
Então Haman obtém o controle do reino
exatamente porque os seus desejos se recrudescem. O egoísmo deve ser revelado
até o fim, para que as pessoas se tornem conscientes das forças destrutivas que
abrigam em si mesmas.
E assim Haman toma a decisão de usar o
poder de que dispõe para destruir seu principal inimigo – o Israel dentro de
cada um de nós.
Ele planeja cuidadosamente as suas ações, e
prepara a árvore e a corda, confiante de que rapidamente verá a pessoa que é um
obstáculo à realização de seu sonho ser eliminada.
É então que se pergunta a Haman o que fazer
com uma pessoa que o Rei queira honrar. Certo de ser o objeto dessa honra,
Haman sugere que se faça essa pessoa montar no cavalo do Rei (a força interior
dos seres humanos), e que ela seja conduzida pelas ruas declarando-se
publicamente:
‘Isto acontece ao homem que o Rei deseja
honrar’ (Ester, 9).
Nesse ponto o povo de Israel se reúne. Sua
prece coletiva pelo sucesso da missão de Ester, que representa a força da fé,
traz luz sobre aquilo que de início, parecia dividi-los.
Essa mudança de direção permite a Ester
dirigir-se diretamente ao Rei – e este é o grande milagre de Purim. Antes
disso, ninguém tinha podido dirigir-se diretamente ao Rei desse modo. Somente a
força do povo unido em uma prece de socorro dá a Ester a proteção necessária para
sair da escuridão (Ester, em Hebraico, “significa estar escondido”) e
mostrar-se na presença do Rei.
Ela revela então o verdadeiro objetivo do
Rei: dar prazer às Suas criaturas.
Então Haman (a força egoísta dos seres
humanos) se dá conta do engano, mas já é muito tarde. Ele se dá conta de que o
objetivo dos esforços humanos deve ser revelar o domínio e a benevolência do
Rei.
Ele se dá conta de não ter sido nada mais
do que um instrumento nas mãos do Rei, cuja verdadeira intenção era cultivar a
força de Mordechai. E nesse ponto é impossível para ele mudar a decisão que
havia tomado por sua espontânea vontade.
É apenas graças ao imenso desejo de Haman
de governar o reino, que Mordechai obtém as honras e a fama que merece.
E é assim que os desejos humanos aprendem
as reais intenções do Rei (dar prazer a Suas criaturas) e aprendem a reunir-se
a Ele, graças à via do Israel interior.
Israel é aquele desejo dos seres humanos de estar em perpétua conexão com Aquele que dirige a realidade, o Rei.
Israel é aquele desejo dos seres humanos de estar em perpétua conexão com Aquele que dirige a realidade, o Rei.
Israel é aquele desejo que se recorda a
cada momento
Quem é que governa nossas vidas e que usa
todas as oportunidades para fortificar nossa ligação com Ele.
Israel é aquele desejo que não se desespera
de modo algum, mesmo que o caminho seja difícil, com a certeza de que não
deseja nada além de revelar a bondade do Rei.
Israel é aquele desejo que ao fim, vê a
justiça do caminho que percorreu manifestar-se através da unificação de todas
as forças em prol do próprio objetivo da existência: a união com o Criador.
Israel é aquele desejo que transforma o
ocultamento em revelação e que escreve com suas ações a história de Ester.
Fontes:
Academia
de Cabala
Escola
de Kabbalah
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