A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


domingo, 11 de novembro de 2012

Mês de Sagitário


Esta semana entramos no mês hebraico (e cabalista) de Kislev – Mês de Sagitário - 
Fonte: Academia de Cabala e Kabbalah Centre

Tem um mês no calendário cabalístico onde aprendemos muito sobre o poder da apreciação.
Esse mês se chama “Kislev” – o mês de Sagitário.
É sabido que tudo que aprendemos num determinado mês cabalístico, vamos precisar usar durante o ano inteiro, até que chegue o mesmo mês novamente.
É aqui onde quero chegar: Os ensinamentos sobre apreciação não podem ser esquecidos. Aprendemos que a apreciação gera milagres em nossas vidas, ou seja, quando apreciamos algo nós estamos na verdade ganhando duas bênçãos:
Benção 1 – Vamos estar mantendo aquilo que é importante em nossa vida (e até melhorando, inclusive).
A apreciação faz com que o Anjo da Morte não se aproxime de nada nosso;
Benção 2 – Vamos nos tornar merecedores de mais bênçãos, porque se nós apreciamos as bênçãos que já temos, então merecemos receber mais.
Temos muitas coisas a agradecer.
Que comecemos nossa lista de agradecimentos ao Criador desde agora.
Seja grato e aprecie todos os presentes que estão presentes em vossas vidas.

Existe ainda outro grande ensinamento sobre o mês Cabalístico de Kislev, o mês de Sagitário (Novembro-Dezembro)
Neste mês é muito mencionada a palavra Milagre
A palavra hebraica para milagre significa "fugir".
Ao "fugir" do Desejo de Receber Somente para Si Mesmo — os desejos egoístas de nosso ego —, milagres acontecem.
Em outras palavras, devemos efetuar o milagre na natureza interna para gerar milagres ao nosso redor.
Sua capacidade de transformação de um ponto de reatividade para um ponto de compartilhar determinará a quantidade de milagres que você testemunhará este mês.

Teremos mais textos sobre isso
Há muitos ensinamentos e códigos para compartilharmos
Vamos falar muito deste mês e do mazal (signo) de Sagitário.
Boa leitura
Espero que gostem

Astrologia Cabalística – O Mês de Kislev (Novembro-Dezembro)

Kislev é o terceiro mês civil e o nono religioso.
Depois de dois meses de julgamento (Tishrei e Mar Cheshvan), Kislev traz abertura em diferentes áreas de nossas vidas.
O arco-íris que sela o pacto entre o Eterno e a humanidade logo após o Dilúvio surge no Rosh Chodesh (início) deste mês, de modo que, desde então, esta energia de proteção se faz presente neste mesmo período todos os anos.
O arco-íris possui muitos significados.
Entre eles, temos no arco-íris uma ponte entre Malchut e Biná, as moradas da Shechiná (Presença Divina) no exílio e nos mundos superiores.
Outra referência (também associada à Shechiná) diz que o arco-íris é a “vestimenta da rainha”, que se coloca na frente do rei quando este está pronto para punir seu filho em função de alguma falta.
Quando o rei vê a rainha a raiva passa e ele se alegra com ela.
Kislev é o mês de celebração de Chanucá e, em função deste e de outros elementos, é conhecido como o "mês das luzes" ou o "mês dos milagres".
Kislêv é o nono dos doze meses do calendário hebraico.
É o mês de Chanucá (o único dia festivo no calendário hebraico que combina dois meses: Chanucá começa no mês de Kislev e continua/termina em Tevet).

O nome Kislêv deriva da palavra hebraica para bitachon, "confiança".
Há dois estados de confiança, um ativo e outro passivo, e ambos se manifestam no mês de Kislev.
O milagre de Chanucá reflete a confiança ativa dos Chashmonaim (Macabeus) de se erguerem e lutar contra o império helenístico (e sua cultura).
O senso de sono de Kislev reflete a confiança passiva que a providência de D’us sempre vigia sobre o Povo de Israel.

Na tradição da Chassidut, 19 de Kislêv, o dia da libertação e redenção de Rabi Shneur Zalman, autor do clássico texto da Chassidut, o Tanya (discípulo do Maguid de Mezeritch, sucessor do Báal Shem Tov) da prisão (onde foi colocado pela disseminação dos mais recônditos mistérios da Torá) é chamado de "Ano Novo da Chassidut" (sugerindo que é através do canal espiritual desse dia que a sabedoria interior da Chassidut e o poder de integrar essa sabedoria à vida cotidiana da pessoa são trazidos a este mundo.
O alicerce do caminho da Chassidut é a absoluta confiança e fé na onipresença de D’us, e a onipotência de Sua Divina providência
Durante este mês, trabalhamos em "correto relaxamento" ou sono, que resulta de nossa dedicação à "ação correta" durante nossas horas de atividade.
O mês de Kislev é regido pela sefirá de Tiferet.
O Tikun deste mês é evitar os mesmos erros do passado.
Este é um mês para fazer tsedacá (caridade).
Verso do Ana Becoach para este mês:  "Kabel Rinat Amecha Sagveinu Tahareinu Norah",

O Mazal do Mês de Kislev - Keshet (Sagitário)
Keshet significa tanto "arco" como "arqueiro" e "arco-íris".
Astrologicamente, este mazal é representado pela imagem de um arqueiro que aponta sua flecha para o alto.
Esta postura se refere ao poder da oração, à projeção de nossa vontade, de nossas preces, de nossos anseios, para as esferas superiores.
Keshet também evoca a busca do sagrado, tendo D-us como alvo - não é por acaso que muitas pessoas ingressem em diferentes tradições religiosas neste mês.
A ambição é outro atributo do arqueiro e, na medida certa, enfatiza positivamente o desejo de receber, a expansão dos horizontes.
A trajetória da flecha também é igualmente associada à objetividade, à franqueza e à transparência.
Quando o arqueiro identifica a si mesmo, a flecha e o seu objetivo como uma coisa só ele nunca erra o alvo.
No Rosh Chodesh (inicio) de Kislev devemos lançar as nossas flechas projetando tudo aquilo que necessitamos para o nosso crescimento.
A própria energia do mês irá nos favorecer para que os recursos necessários sejam disponibilizados, tendo em mente que ser insistente não basta - o que não se busca de maneira correta não se encontra.
O arco de Kislêv é o arco dos Macabeus.
Simboliza sua ativa confiança em D’us para lutar contra o império e a cultura que então governavam a terra. 
Embora os próprios Chashmonaim fossem da tribo sacerdotal de Israel, a "arte" do arco é designada na Torá à tribo de Benjamin em particular, a tribo do mês de Kislêv.
Os Cohanim (e Leviim) não são considerados como uma das doze tribos na correspondência das tribos aos meses do ano (segundo o Arizal). Como uma abrangente manifestação da alma cabalista, os Cohanim contêm e refletem a fonte espiritual de cada uma das tribos de Israel.
Isso é especialmente verdade no que diz respeito à tribo de Benjamim, pois em sua porção estava o Templo Sagrado onde serviam os Cohanim.
Assim, a relação dos Cohanim a Benjamim é similar àquela da alma com o corpo.
Os Cohanim lutam a guerra sagrada incorporada no arco de Benjamim.

O arco de guerra de Kislêv é na verdade projetado ("atirado") do arco (o arco-íris; em hebraico ambos, "arco" e "arco-íris" são idênticos – keshet) da paz (entre D’us e a Criação) do fim do mês anterior de Cheshvan (quando se iniciou o Dilúvio).
Os dois arcos (semicírculos) unem-se para formar o círculo completo do samech de Kislêv.
Kehest, Sagitário, em hebraico que dizer arqueiro.
O arqueiro é aquele que consegue atingir o alvo com precisão,  e assim, durante este mês devemos meditar no propósito de nossas vidas, estabelecer as nossas metas.

A Tribo do Mês de Kislev - Benjamim
Como foi mencionado, Benjamim é a tribo mais dotada da "arte" do arco.
Em sua porção está o Templo Sagrado em Jerusalém, como é declarado na bênção de Moshê a Benjamim no final da Torá (a qual, sobre o relacionamento entre os Cohanim (sacerdotes)  e Benjamim, segue diretamente a bênção a Levi e os Cohanim, e que na verdade profetisa a guerra dos Macabeus contra os Gregos):
A Benjamim ele disse: o amado de D’us, Ele habitará em confiança sobre ele, Ele paira sobre ele o dia todo, e entre seus ombros Ele repousa"
(Devarim 33:12).
Aqui vemos explicitamente que Benjamim simboliza tanto confiança quanto repouso, o sentido de Kislêv.
De todas as tribos de Israel, Benjamim foi a única tribo nascida na Terra de Israel.
A Terra de Israel é o local onde ,ais se sente a Divina providência e a total onipresença de D’us. Nas palavras do Zohar: "Não há lugar vazio d'Ele".
Da mesma forma, a tribo deste mês, Binjamin. possuía valentes guerreiros.
Seu território continha o local do Templo Sagrado, aonde nossas preces e sonhos são dirigidos.

As Letras do Mês de Kislev - Samech e Guimel
Samech é a letra associada ao mazal Keshet.
A palavra samech significa "suporte" e faz uma alusão à Divina Providência, a presença constante de D-us em nossas vidas tanto nas oportunidades como, e principalmente, nos desafios. Samech é a inicial de sucá (tendas, cabanas) e de sohirá ("escudo"), mas a grande curiosidade associada a Samech, contudo, está na gravação dos 10 Pronunciamentos, no alto do Sinai.
Conta a história que o texto dos 10 Pronunciamentos vazava nas pedras de safira, ou seja, era possível olhar do outro lado através do "buraco" deixado pelas letras.
Como até então Samech era a única letra fechada (o Mem sofit só apareceria mais tarde), surge um problema técnico: a sustentação do miolo da letra - um problema que, na verdade, jamais existiu, porque este miolo flutuava no meio da letra Samech sem qualquer apoio.
Meditar na letra Samech desperta ou fortalece a nossa confiança no Eterno.
Ajuda a identificar, igualmente, a presença da energia do milagre em nossas vidas.
Para quem acha que milagre é cair maná dos céus ou fazer brotar água de pedra, é importante ter em mente que o Eterno se faz presente, principalmente, nas pequenas coisas.
Reconhecer os pequenos milagres é um dos passos para que grandes milagres aconteçam.
O nome Samech também significa "apoiar".
O sentimento de sentir-se apoiado corresponde à confiança em D’us e em Sua providência associada ao mês de Kislêv. Assim encontramos expresso em Tehilim (salmos):
"D’us apóia (somech) todos os caídos e levanta todos os encurvados";
"Mesmo quando ele cai, não será deixado caído no chão, pois D’us apóia (yismoch) sua mão."
O formato do samech é um círculo, que representa a abrangente onipresença de D’us e Sua providência. O "grande círculo" da luz infinita de D’us é explicado na Cabalá e Chassidut como refletindo Seu "braço direito" que abraça (e apóia por baixo) com grande e infinito amor toda a realidade, como está escrito:
"E por baixo, os braços do universo."
Mais uma significação do nome da letra deste mês, samech, "confiança."
Nossa confiança verdadeira em D'us nos dá a certeza de afirmar nossa santidade e resistir àqueles que a desafiam.
Isso está refletido na celebração de Chanucá, e o signo astrológico de Sagitário, o arqueiro. "Relaxamento correto," usando o descanso como um meio para a ação adequada, nos ajuda a canalizar nossos esforços ("mirando" nosso arco) na direção correta.

Guimel é a letra associada ao planeta Tsedek (Justiça).
Se Dalet representa o homem pobre, Guimel é o homem rico que vai ao seu encontro para ajudar. Com as mesmas letras de Guimel escrevemos gamal ("camelo"), e da mesma forma que o animal suporta uma longa jornada com um suprimento interno de água, Guimel nos supre com Luz Espiritual quando vivenciamos os nossos desertos pessoais - períodos de restrição, de reveses, etc.
Inicial de guedulá ("abundância"), Guimel evoca o desprendimento, o auxílio que antecede a necessidade e a energia dos três Patriarcas - Avraham, Yitschak e Yaacov.
Guimel é a única letra que não aparece nos 72 Nomes de D-us, mas como cada Nome é composto por três letras, na verdade Guimel se faz presente em todos eles como pano de fundo. Meditar em Guimel ativa a energia do terceiro pilar, que neutraliza a oposição de forças contrárias e as faz trabalhar em conjunto.
Lembrando que meditar nas letras do mês cria um receptor adequado para as bênçãos disponíveis a cada período.
A letra guimel gera a energia do Milagre.
Os dois meses onde ela aparece são Kislev e Adar (Sagitário e Peixes).
Ela rege o ouvido direito.
Desperta também o dom de compartilhar.
Esta letra faz a conexão na Árvore da vida entre Binah-entendimento e Guevurah-disciplina.
Esta letra lhe dá disciplina, ajuda a ordenar a sua vida e também injeta energia de entusiasmo para que se faça as coisas com vitalidade, alegria.
Quanto maior a alegria/entusiasmo, maior a capacidade de compreensão.
Milagre é a habilidade de conseguir romper com o padrão robótico e repetitivo.
Júpiter (regente deste mês) tem a finalidade de gerar em nós o senso de justiça.
O senso de justiça está diretamente ligado à visão espiritual.
A letra guimel gera a energia de Júpiter.
Para a Astrologia Cabalística, o planeta Jupiter está relacionado a beleza e nos permite acessar as chaves dos portais do Mundo Físico e do Mundo Espiritual
Neste mês os sonhos afloram com muita intensidade e pode haver sonhos reveladores - estes acontecem pouco antes de se acordar (a letra samech desperta esta energia dos sonhos).
O sonho é como uma matéria prima, e devemos tomar cuidado para quem contamos os nossos sonhos, pois pode ser mal interpretado por terceiros, e essa opinião entrar na sua alma, pegar a matéria prima do sonho e criar uma programação negativa. Ou seja, o sonho pode ser remodelado para ser negativo ou positivo, independente do simbolismo original.
O ideal é contar o sonho para uma pessoa com habilidade para interpretá-lo e que seja de sua confiança.
Não se deve contar um sonho para mais de duas pessoas.
O pesadelo em geral ocorre de madrugada.
Problemas no estômago (letra samech) e na região do ventre podem ser provenientes de deficiências na relação com a tranquilidade e na capacidade de ouvir a intuição (letra guimel). Caso estes problemas surjam, medite nas letras do mês e suas conexões.

Segundo Rav Abuláfia o tseruf (combinação) de Guimel+Samech geram a força da energia que nos permite acessar a nossa falta de refinamento, o aspecto mais inferior de nossa natureza.
Isso poderá nos conceder o auto conhecimento.
Quando meditamos no tseruf Samech+Guimel, temos uma energia favorável ao estado contemplativo e também a capacidade para equilibrar os três pilares da Árvore da Vida.
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O Sentido do Mês de Kislev - Sono (sheina)
O sentido do sono é a tranqüilidade e repouso que vêm com a confiança e segurança em D’us e Sua Divina providência.
Assim vemos nas bênçãos ao final de Vayicrá (26:5-6):
"E habitarás com segurança em tua terra. E Eu darei paz à terra, e repousarás sem medo…"
Como a palavra "sentido" (chush) é cognata de "rápido" (chish), o sentido do sono sugere a capacidade de dormir bem mas rapidamente (como se fala dos grandes tsadikim (justos) que precisavam de pouquíssimas horas de sono por dia).
O próprio talento de Benjamim de atirar direto no alvo depende de um espírito tranqüilo.
Ele atira e acerta quase adormecido. D’us transporta sua flecha até o destino desejado.
Uma personalidade tranqüila é aquela com pouco desgaste e tensão interior.
O sentido do sono traz consigo a capacidade de liberar a tensão, confiante no apoio de D’us.
O sentido do sono traz também o sentido do sonho.
Conforme nossa fé na Divina Providência, especialmente manifesta relativamente à conexão entre as porções semanais da Torá e o ciclo anual de meses e seus eventos, todos os sonhos da Torá estão contidos nas porções que são lidas durante o mês de Kislêv.
Quando alguém possui completa confiança em D’us, tem sonhos bons com o futuro.
Sonhos bons à noite refletem bons pensamentos durante o dia, especialmente uma atitude e a consciência otimista ensinada pela Chassidut (cujo Ano Novo é 19 de Kislêv):
"Pense o bem, e tudo sairá bem."

O Controlador do Mês de Kislev - Barriga (keiva)
A keiva é um dos três presentes que os Bnei Israel são ordenados a dar aos sacerdotes após abater um animal casher (apropriado).
Nossos Sábios ensinam que todos os três presentes – "braço, faces e a barriga" – aludem ao auto-sacrifício de Pinchás de matar Zimri (o príncipe de Simeon) e Kozbi (a princesa de Midyan), e assim salvar os Filhos de Israel da peste que já tinha começado entre eles.
Ali, a palavra keiva refere-se ao útero de Kozbi.
Assim, vemos que keiva significa "barriga" num sentido geral, incluindo toda a região do abdômen, seja o estômago, intestino (grosso) ou útero (similarmente, a palavra beten na Torá significa tanto estômago quando útero).
O útero, especificamente, relaciona-se com a tribo de Benjamim, que na Cabalá personifica o segredo do yesod feminino (útero). 
A relação entre a barriga (quando "repleta" e saciada) e o tranqüilo estado do sono é clara (e explícita nos ensinamentos de Nossos Sábios).
A palavra keiva deriva de kav, que significa "medida".
Uma barriga tranqüila é aquela que conhece sua medida certa.
Este conceito aparecerá novamente com relação ao mês de Shevat, seu sentido (o sentido de comer e do gosto) e seu controlador (o etztomcha ou kurkavan, do esôfago ao estômago).
Na retificação dos traços de caráter da pessoa, a keiva retificada (e sentido do sono) jamais está invejosa de outros.
Nossos Sábios nos ensinam:
 "Um homem deseja uma medida (kav) daquilo que é seu mais do que nove que pertençam a seu amigo."
E assim somos ensinados em Pirkê Avot:
"Quem é rico? Aquele que está satisfeito com sua porção."

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