A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Transformar a escuridão

No nível de nossas almas, existe perfeição.
Mas, neste mundo físico, não existe ninguém que seja completamente inteiro.
Uma pessoa pode ter saúde, outra pode desfrutar de alegria, outra terá riqueza, e outra, poder.
Mas em todo ser humano existe uma parte que contém escuridão.
É essa escuridão que nos dá a oportunidade de realizar o que os kabalistas denominam nosso “tikun”- o processo de correção no qual podemos superar nossa parte negativa.
O Criador nunca prometeu que não teríamos problemas em nossas vidas.
Nunca houve uma promessa de que a vida seria uma grande festa.
Não foi para isso que encarnamos do jeito que somos.
Encarnamos para que pudéssemos superar nossa escuridão e, por meio de nosso esforço, transformá-la em Luz para todos.
Por: Karen Berg

Imperfeições são chaves

O caminho para a Luz passa pela escuridão.
Nossas imperfeições são as chaves para abrir os portões da plenitude.
A transformação nos aproxima da Luz.

Shmuel Lemle

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Superar a Escuridão

No nível de nossas almas, existe perfeição. Mas, neste mundo físico, não existe ninguém que seja completamente inteiro. Uma pessoa pode ter saúde, outra pode desfrutar de alegria, outra terá riqueza, e outra, poder. Mas em todo ser humano existe uma parte que contém escuridão. É essa escuridão que nos dá a oportunidade de realizar o que os kabalistas denominam nosso “tikun”- o processo de correção no qual podemos superar nossa parte negativa.
O Criador nunca prometeu que não teríamos problemas em nossas vidas. Nunca houve uma promessa de que a vida seria uma grande festa. Não foi para isso que encarnamos do jeito que somos. Encarnamos para que pudéssemos superar nossa escuridão e, por meio de nosso esforço, transformá-la em Luz para todos.


Karen Berg

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Verdadeira Liberdade

O primeiro dos Dez Mandamentos dados a Moisés no Monte Sinai começa dizendo: ” Sou o teu Senhor, teu Deus, que te tirou da escravidão na Terra do Egito.”
Segundo os kabalistas, tudo que lemos na Torá se aplica, de alguma forma, à nossa jornada aqui, hoje.
Cada um de nós tem seu próprio tipo de escravidão, suas próprias limitações, seu próprio Egito.
Todos nós somos escravos de algo.
Alguns são escravos do seu trabalho.
Alguns são escravos do poder.
Alguns são escravos do constante pensamento: “ Onde estarei? Como serei lembrado? Como vou me estabelecer neste mundo?”
“Sair da escravidão” significa que, com as ferramentas espirituais e com a consciência certa, podemos aprender a nos libertarmos da escravidão de nossa natureza reativa.
Vamos supor, por exemplo, que o banco decidiu tomar nossa casa.
Ser livre significa que dizemos a nós mesmos: “Sabe de uma coisa? Para mim, neste instante, isso é o que eu preciso que me aconteça.”
Ou, se um amigo nos diz que não quer continuar a amizade.
Ser livre significa que paramos e perguntamos a nós mesmos o que existe em nosso interior que precisamos transformar, em vez nos precipitarmos, imediatamente, para nosso padrão costumeiro de culpar os outros, sentir raiva ou tristeza.
“Sair da escravidão” significa que nada, e ninguém fora de nós pode nos manter escravos. Seja numa prisão física, numa cama com alguma doença, ou rodeados por qualquer tipo de escuridão que possa pairar ao nosso redor, sabemos que a escuridão nunca pode assoberbar nossa alma.
Se conseguirmos nos levar a este tipo de certeza, poderemos ser totalmente livres.

Por: Karen Berg

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ganância não compensa


Perguntaram-me, certa vez, o seguinte: Se é verdade que neste universo existe um sistema de causa e efeito, qual é o troco que recebemos para a inveja e a ganância?
Esta é uma ótima pergunta, porque, com certeza, todos nós passamos por ocasiões em que ficamos presos nesses estados negativos. E a resposta é que simplesmente o troco que recebemos por esses sentimentos são os próprios sentimentos.
Vamos dizer, por exemplo, que sentimos inveja. A “punição”, por assim dizer, é a própria inveja, porque ela faz com que nunca nos sintamos satisfeitos nesta vida. Quando sentimos inveja, independente do que possuirmos, mesmo que seja muito, sempre haverá alguém que terá mais alguma coisa desejaremos e, assim, seremos incapazes de apreciar o que existe ao nosso redor.
E o que acontece quando estamos em um estado de ganância? Neste estado, nos tornamos prisioneiros de nossa busca pela riqueza e perdemos nossa capacidade de apreciar nossa vida como ela é. Nossa ganância se torna nossa prisão. E nossa prisão é a nossa punição. Quando somos gananciosos, não vivemos felizes, porque estamos constantemente preocupados com “ quem vai falar a meu respeito” ou “ quem vai dizer isto a meu respeito” ou “ quem estará perto de mim”.
Mas, quando entendemos que existe uma estrutura subjacente a todo o universo, e que tudo que acontece em nossas vidas existe para nos ensinar ou nos levar a um ponto para completar nossa correção, não caímos nesses estados de inveja e ganância, porque entendemos que Deus nos colocou nesse cenário, neste corpo e nesse meio ambiente para que sejamos o melhor que podemos ser para concluir nossa correção.


Karen Berg

terça-feira, 17 de novembro de 2015

A questão do mal


“E o Eterno, Deus, disse: ‘Eis que o homem se tornou como um de nós, co-
nhecedor do bem e do mal, e eis que agora ele pode estender sua mão e tomar do 

fruto’” (Gênesis 3:22)

Antes do pecado, Adão e Eva não conheciam o mal, mas tudo mudou quando ambos comeram da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Nesse momento, costuma-se falar que houve uma queda, mas lendo o versículo mencionado acima, vemos claramente que nesse momento o homem é comparado a Deus e aos anjos: ‘o homem se tornou como um de nós’. Como pode ser? O que real-
mente houve nesse momento? Uma queda ou uma elevação espiritual?
O segredo jaz na natureza do bem e do mal.
Na divindade, o bem e o mal existem simultaneamente, numa situação que alguns chamam de coincidentia oppositorum (coincidência dos opostos). Nesse sentido, o fato de o homem passar a conhecer o mal é visto como uma elevação, pois se esse mal for integrado ao bem, atinge-se verdadeiramente um estado divino. No entanto, assim que conhece o mal, as duas polaridades não estão integradas, mas são duas coisas separadas e distintas, vivendo apenas misturadas (mas não integradas). 
O bem influi no mal e o mal no bem, de modo caótico e pouco “puro”. 
Esse novo estado interno do homem passa a ser também a realidade do mundo, em que bem e mal passam a coexistir mas não de maneira harmônica, e sim em uma batalha, um tentando sobrepujar o outro, cada um às vezes subjugando e às vezes sendo subjugado. Tratam-se de duas forças separadas e polares, e não duas faces da mesma moeda. Fazer com que os dois estados existam simultânea e harmonicamente é o trabalho do processo espiritual.
O processo de criação do mundo é, essencialmente, um processo de separação (Deus separa a luz da escuridão, a água superior da água inferior, a noite do dia etc.). Por outro lado, o trabalho de retorno e correção do mundo é um de integração e de unidade.
Existe uma vantagem no fato de bem e mal serem forças polares e separadas: o contraste. Um ser que só conhece o bem, por um lado, é superior a um ser que conhece bem e mal. Mas, por outro, o ser que só conhece o bem é um autômato e um robô, que tem uma visão parcial e incompleta da vida. Assim, em certa perspectiva, o ser que conhece bem e mal e ainda assim se une ao bem pode ser considerado superior ao ser que só conhece o bem.
Esse pensamento, no entanto, não deve servir para mitigar a grandiosidade e elevação de uma vida sem esse conhecimento. Há um preço bastante alto a se pagar com o conhecimento do bem e do mal: a perda da inocência e da pureza. Não devemos cair na armadilha que abocanhou alguns filósofos que unilateralmente glorificavam o caminho sofrido da vida em meio ao bem e mal, considerando que a existência pristina e imaculada é chata e entendiante. Pelo contrário, há perigos bastante reais envolvidos na descida a um conhecimento do bem e do mal, como bem atesta o nosso mundo. Um dos maiores riscos, só para citar um caso, é, por exemplo, a possibilidade de que o bem perca a batalha contra o mal, ainda que temporariamente.
Do ponto de vista cabalístico, mais do que considerar um estado como ótimo e outro como indesejado, o mais correto é perceber que ambos os estados de existência possuem suas vantagens 
A questão, então, é: será que os possíveis benefícios do conhecimento do mal justificam os perigos envolvidos ao assumir o risco da empreitada? A resposta, paradoxalmente, é sim e não. Sim, ao conhecer o mal o bem que se revela no mundo é muito maior e mais profundo do que o bem que poderia ser revelado sem a existência do mal. Mas, não, porque a dor e o sofrimento causados pelo 
mal são tão intensos que nada pode justificar sua existência.
Assim, em um estado paradoxal que pervade a natureza, chamado pelo Zôhar de mati ve lo mati (tocando e não tocando), podemos dizer que Deus ao mesmo tempo queria que Adão tivesse o conhecimento do bem e do mal (e por isso plantou a árvore bem no meio do jardim) e não queria (e por isso proibiu a ingestão do fruto).
Entre o estado inicial do mundo (conhecimento apenas do bem) e o estágio final (onde bem e mal passam a viver totalmente integrados), está o trabalho cabalístico de promover essa integração, chamada, em hebraico, birur. ambas necessárias em igual medida. É por isso que a Cabalá ensina que essa integração é feita pela Sefirá de Chochmá (Sabedoria) que, por sinal, é a fonte de Chéssed, o amor e a união. No estado perfeito, o mundo e o homem devem promover um casamento do bem e do mal.
Esse estado é simbolizado, dentre outras coisas, por Tiféret, a Sefirá equilíbrio entre Chéssed (bem) e Guevurá (mal). Jacó, como arquétipo máximo de Tiféret, representa a coexistência do bem e do mal, como é bem fácil ver ao ler a sua história. Nele, o bem não é considerado o oposto do mal, mas, pelo contrário, bem e mal estão em uma integração dialética que pervade todo seu ser.
O processo de birur que promove a integração de bem e do mal consiste, portanto, em olhar o mal, reconhecê-lo, enxergá-lo (não ignorá-lo) e ver o que há nele de bom e necessário para a criação do mundo, apreciando seu valor e importância na estrutura do universo. Esse é o significado de ver e extrair a centelha de luz do meio da sombra. Nesse momento, o mal deixa de ser mal, pois é possível 
O bem e o mal devem ser reconhecidos como entidades existentes e 



1- Segundo a Cabalá, o homem e o mundo hoje vivem em um estado em que há centelhas de luz(bem) imersas e presas nas Klipot e no Outro Lado (o mal). Assim, bem e mal não estão integrados, mas em estado caótico e de batalha. O processo de birur consiste em extrair essas centelhas de luz do meio sombrio em que elas se encontram.

Yair Alon

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O mês de Sagitário: Viver conectado



Bem vindos ao mês de Sagitário (Kislev). O planeta que rege este mês é Júpiter, o planeta do crescimento e expansão. Na mitologia romana, Júpiter é o regente dos céus, e, portanto, não é de surpreender que o planeta maior e mais dominante no sistema solar tenha este nome.
O Rei David, o grande escritor dos salmos, disse :” Pela palavra do Senhor foram os céus feitos.” Em outras palavras, as letras do alfabeto hebraico – o alef bet – criaram os planetas e as constelações do universo, e elas são os portais através dos quais a energia Divina flui para este mundo. Cada mês do calendário hebraico é governado por duas letras: uma é a letra da constelação regendo o mês, e a outra é a letra do planeta que o governa. A letra que criou a constelação de Sagitario é Samech e a letra que criou o planeta Júpiter é Guimel.
Se olharmos para a letra Samech, perceberemos que seu formato é um circulo completo, simbolizando unidade, completude e circuito completo, e todas essas coisas podemos aspirar neste mês.
Vamos considerar os seguintes exemplos: Quem sempre tem razão em uma discussão? Eu, é claro. Caso contrário, não haveria discussão. Para criar um espaço onde o Samech possa existir em nosso cenário, precisamos aprender a dar um passo atrás e estarmos abertos às ideias dos demais, e a entender que sempre existe um outro lado em uma discussão, mesmo que esse lado seja algo com o qual normalmente não estamos interessados em lidar.
No mundo dos negócios, frequentemente procuramos os benefícios para “mim”, agora. A questão é que não consideramos a outra pessoa, não deixamos nenhum espaço para algum aspecto de compartilhar, e, assim, não há um circuito completo. Existe apenas o “eu” dentro dos limites de meu Desejo de Receber para Mim.
Se fomos feridos em um relacionamento pessoal, podemos logo nos agarrar à posição “fui ferido, me fizeram mal, fui negligenciado.” O problema aqui é que, se permanecemos nessa posição por muito tempo, bloqueamos o circuito de energia que existe em Júpiter e na letra Samaech. Sim, talvez o rapaz, ou a garota, com quem estou tem terríveis falhas de caráter, mas eu preciso entender que, se eu tivesse nascido no recipiente em que eles nasceram, eu também teria as mesmas falhas. Isso não significa que eu precise permanecer na relação, mas quer dizer que eu preciso estar aberto a considerar que existe um outro lado nas coisas. É essa abertura que nos conecta com o fluxo de energia criativa do universo que existe na letra Samech.
Samech é um círculo, e um círculo representa o poder infinito da Luz do Criador, que não tem começo nem fim. Ao nos alinharmos e ao alinharmos nossa consciência com esse circuito, ao resistirmos aos impulsos movidos pelo Ego, pelo nosso Desejo de Receber apenas para Si, poderemos nos conectar com os milagres que estão disponíveis neste mês.

Karen Berg

Recebemos apoio de Cima


O Criador não permite que nada exista em nossas vidas que não possa ser consertado de uma maneira ou outra. A vida é feita de oportunidades e testes, que são calculados para nos aproximarmos de Sua Eterna Luz é por esse motivo que o Criador dá a cada um de nós a dádiva de um anjo da guarda pessoal.
Anjos da guarda nos ajudam a ter acesso aos níveis espirituais que não conseguimos atingir por meio de nosso próprio mérito. Seu objetivo é trazer Luz para nosso mundo físico de confusão e questionamentos. Eles estabelecem conexões e usam sua influência para interceder em nosso nome. São como advogados pessoais benevolentes, negociando para que obtenhamos o melhor negócio em nosso crescimento espiritual. Mais que tudo, a presença de nosso anjo da guarda nos lembra que, não importa o quanto tenhamos mergulhado em escuridão, sempre há uma saída.


Karen Berg

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Acorde e lembre-se de quem você é


O fim de um relacionamento, uma doença ou qualquer outro tipo de perda, pode ser um catalizador para mudança e para o desenvolvimento de clareza de propósito.
Geralmente são esses tipos de dificuldades que nos levam a um espaço onde realmente começamos a pensar a respeito da vida e a fazer perguntas como:
O que realmente já realizei?
O que eu mudei?
O que eu fiz para trazer a minha espiritualidade a este mundo?
O que eu fiz para desenvolver aquela parte de mim que é mais elevada do que os animais?
Nesses momentos de auto questionamento, podemos, potencialmente, passar por uma mudança profunda. Por meio da dor e da pressão, somos despertados para sairmos em direção ao mundo, para estarmos mais conscientes do que nos rodeia, para fazer algo por nossa família ou amigos, para compartilhar com nossa comunidade. Percebemos, com nova ótica, que precisamos fazer uma diferença neste mundo e que não temos todo o tempo do mundo para fazê-lo.

Karen Berg

domingo, 1 de novembro de 2015

Inverter nossos desafios e pressão


Quando um avião está a ponto de aterrisar, precisa de todo seu poder para resistir à velocidade em que se encontra, de tal forma que possa pousar com segurança. Essa força exige grande pressão.
Da mesma forma, o verdadeiro crescimento espiritual envolve grande pressão e resistência. Não podemos esperar que a Luz espiritual apenas flua em nossas vidas e tudo passe a ser perfeito.

O que irá acontecer, eventualmente, é que cada um de nós, cada parte e cada partícula de todos os seres humanos, retornará, na sua totalidade, ao Sem Fim ,Mas isso exigirá esforço de nossa parte. Exigirá pressão na forma dos desafios que enfrentamos. Exigirá que resistamos e superemos as adversidades. Mas, mais do que tudo, exigirá nossa capacidade de ter certeza de que a Força da Luz do Criador pode nos levar até lá.

Karen Berg