A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Mês de Adar I, Mês de Peixes

Estamos para entrar no mês de Adar I, Mês de Peixes 

Johnny Cash, Michelangelo, Albert Einstein, Nat King Cole, W.H. Auden — estes são apenas alguns dos piscianos famosos que mudaram nosso planeta com seu intelecto e criatividade. 
Isso não deve surpreender-lhe se você souber um pouquinho que seja sobre o zodíaco. Uma das maiores características daqueles nascidos sob o signo de Peixes é a capacidade de tocar os confins da realidade, geralmente, a fonte de seu brilhantismo e criatividade.
Ali, também encontram grande empatia e a capacidade de sentir as pessoas e situações de forma intuitiva.

Entretanto, como tudo neste Universo, há uma dualidade no pisciano.
Embora brilhantes e em sintonia com o mundo além dos cinco sentidos, um pisciano tem, às vezes, uma dificuldade de equilibrar essa percepção profunda com atos práticos da vida diária.

Por um lado, os piscianos podem ser completamente afetuosos e médiuns, mas por outro lado, podem se desligar da realidade.
Quando batem em retirada do próprio mundo, é difícil conseguirem dedicar-se ao resto de nós, e em seguida, surge uma tendência a sentirem-se como vítimas.

Algumas vezes, quando a vida os vira de ponta-cabeça, em vez de pensarem: “Certo, essa é a situação em que me encontro, então... bola pra frente!", esses peixinhos, na verdade, tendem a sentir vontade de nadar para bem longe da situação.
Em vez de encararem a realidade de frente, eles tendem a perder toda a motivação para engajaram-se com os outros no aqui e agora.

A energia cósmica de cada signo do zodíaco afeta a todos nós, tenhamos nascido sob o signo do mês ou não, portanto, o teste para cada um de nós neste mês está relacionado a encarar a realidade.
Precisamos nos questionar sobre duas coisas: “Em que medida conseguimos realmente assumir responsabilidade pelas situações que nos encontramos?” e “Quando as dificuldades surgem, seremos capazes de resistir às tentações de cair nas armadilhas dos sentimentos de vítima?”

Como mencionei em meu novo livro, Idas e Vidas: Reencarnação e Nosso Propósito, quando entendemos que a centelha do Criador está em todos nós, não podemos nunca nos sentir como vítimas.
Mas isso significa que devemos abraçar a responsabilidade de fazer a única escolha real que a vida nos oferece: crescimento ou crescimento nenhum.
Aceitar o papel de vítima implica em negar a existência da Luz.
Aceitar o papel de vítima nega a existência da própria centelha de Deus.

Tudo que acontece em nossas vidas é uma parte de um processo muito maior. Algumas vezes, precisamos nos perder completamente para encontrar uma vida melhor, que nunca havíamos imaginado para nós.

O signo de Peixes é representado por um peixe – não apenas um, mas dois peixes em posições opostas.
Neste mês, devemos decidir qual tipo de peixe queremos ser.
Queremos ser o tubarão que controla o mar? Ou queremos permanecer como as sardinhas, esquivando-nos das dificuldades e nos escondendo atrás de recifes e pedras?

Ser um tubarão, não significa que queremos matar todos os outros peixes; significa, entretanto, que queremos ser capazes de controlar o mar.
Temos a sorte neste mês de ter o controle em nosso poder.
O que temos de fazer é resistir às tentações de cair em pensamentos como “Eu não consigo!” ou “Por que isso está acontecendo comigo?”, e no lugar disso, procurar pelos passos proativos que podemos tomar para revelar mais Luz no mundo.

Por: Karen Berg

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ensinamentos da Cabala: Os Livros dos Sábios da Cabala



A dificuldade de explicar, e ensinar, a Cabala reside no fato de que o mundo espiritual não tem nenhum equivalente no nosso. 
Mesmo quando o objeto de nossos estudos está claro, nossa compreensão dele é apenas temporária.
O que aprendemos é captado por meio do componente espiritual de nossa capacidade de entender, a qual se renova constantemente a partir do Divino.
Portanto, um tema que entendemos de início pode, depois de algum tempo, parecer confuso. 
Dependendo de nosso estado de ânimo e de nosso estado espiritual, o texto pode parecer repleto de um profundo significado ou completamente sem sentido.

Não se desespere se o que foi tão claro ontem se tornar muito confuso hoje. 
Não se renda, se o texto parecer vago, estranho ou ilógico. 
Não estudamos a Cabala com o propósito de adquirir conhecimentos teóricos, mas para que ela nos ajude a ver e a perceber o que está oculto de nós. 

Depois de ter contemplado e adquirido a força espiritual, começamos a ver e a perceber; em seguida nossa capacidade de alcançar as luzes e os níveis espirituais resultantes nos trará o verdadeiro conhecimento.

Enquanto não pudermos compreender a luz superior e perceber o que isso significa para nós, não entenderemos como o universo foi construído e como funciona, pois não existem analogias para esses conceitos em nosso mundo.

Os livros dos sábios de Cabala não deve ser lido de uma maneira comum. 
Temos que nos concentrar em um parágrafo, pensar nele e tentar compreender os exemplos que refletem os temas discutidos, para depois aplicá-los à nossa experiência pessoal. 
Devemos ler e pensar, paciente e repetidamente, cada frase, enquanto tentamos penetrar os sentimentos do autor. 
Também temos que ler detidamente, procurando extrair os matizes do escrito e, se necessário, retornar ao começo da oração.
Este método pode ajudar a nos aprofundar no material de estudo – conforme nossos próprios sentimentos -, ou a perceber que carecemos desses sentimentos em relação ao assunto. 
A ausência de tais sentimentos constitui um pré-requisito crucial para que avancemos espiritualmente.
Estes livros não foram escritos para uma leitura rápida. 
Apesar de abordar um único tema – “como nos relacionarmos com o Criador” -, ele é enfocado de diversas maneiras, o que permite que cada um de nós encontre a frase ou a palavra específica que nos conduzirá ao seu âmago.

Embora as ações e os desejos do egoísmo estejam descritos em terceira pessoa, até que possamos separar nossa consciência pessoal de nossos desejos, devemos considerar as aspirações e os desejos do egoísmo como próprios. 

Para obter o maior proveito dos livros, recomendo a leitura dos mesmos parágrafos em diversos horários e em diferentes estados de ânimo. 
Ao fazê-lo, o leitor poderá familiarizar-se melhor com suas reações e atitudes em relação ao próprio texto em diferentes ocasiões.
Discordar do material é sempre positivo, como o é estar de acordo com ele. 
O aspecto mais importante da leitura é a reação que gerar em cada um. 
Um sentimento de desacordo indica que se atingiu a etapa preliminar da compreensão (“ahoraim”, a parte posterior), que constitui uma preparação para a etapa seguinte, a da percepção (“panim”, face).

É justamente por meio desta leitura, lenta e significativa, que poderemos desenvolver sentimentos, ou recipientes (“kelim”). 
Estes são necessários para percebermos as sensações espirituais. 
Uma vez os vasos ou recipientes, estando em seu lugar, a luz superior poderá os penetrar. 
Antes disso, ela simplesmente existe ao nosso redor, circundando nossas almas, embora não a possamos receber.

Os livros dos sábios de cabala foram escritos para aumentar o conhecimento. 
A intenção também não é que seja memorizado. 
De fato, nunca devemos nos pôr à prova sobre o material de estudo. 
E ainda melhor, se nos esquecermos por completo do conteúdo, de modo que a segunda leitura pareça fresca e completamente desconhecida. 
Esquecer o material significa que as sensações anteriores foram captadas e que agora diminuiram, mas deixaram espaço a ser preenchido por novas sensações, ainda não experimentadas.
O processo de desenvolvimento de novos órgãos sensoriais é constantemente renovado e acumulado na esfera espiritual não percebida de nossas almas. 
O aspecto mais importante de nossa leitura é a maneira como nos sentimos em relação ao material enquanto o lemos, e não depois. 
Tendo sido esses sentimentos experimentados, eles se revelam dentro do coração e da mente, e se manifestam, quando forem necessários no processo de desenvolvimento da alma.
Em vez de nos apressarmos para concluir a leitura, é recomendável que nos concentremos nas partes do texto que mais nos atraem. 
Somente então ele poderá nos ajudar e nos guiar em nossa busca pela ascensão espiritual pessoal.

O objetivo é nos ajudar a criar em nós mesmos o interesse pelos mistérios da vida, tais como: 
Por que nascemos neste mundo?
Como, daqui, podemos entrar nos mundos espirituais? 
Poderemos entender o propósito da Criação? 
É possível perceber o Criador, a eternidade e a imortalidade? 
Como podemos começar a crescer espiritualmente? 

“Se escutares com teu coração uma famosa pergunta, tenho certeza de que todas as tuas dúvidas sobre dever estudar a Cabala desaparecerão sem deixar rastro. Essa pergunta amarga e justa, todos os que nascem nesta Terra se fazem: 
Qual é o propósito da vida?”, disse o rabino Yehuda Ashlag.

Fonte: Adaptação feita do livro “Alcançando Mundos Superiores” de Michael Laitmann

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Corrigindo os Relacionamentos

Quando sua mão toca uma panela quente, você afasta seus dedos não é?
É a mesma coisa com amigos e amantes. 

Quando existe algo doloroso na união que temos com outra pessoa, podemos nos afastar dessa pessoa ou ser responsável e perguntar a nós mesmos o que é que estamos fazendo para criar esta separação.

Observe as áreas em sua vida onde você está experimentando uma distância entre você e a outra pessoa.
Se a pessoa é alguém por quem vale à pena lutar, então olhe dentro de si e observe onde está o egoísmo.

Sempre temos responsabilidade por tudo que nos acontece, nem que seja em algum nível.
Olhamos para algum relacionamento “quebrado” que tivemos e se observarmos com um olhar de responsabilidade e não de vitima poderemos identificar onde e como deixamos nosso ego “quebrar” esse relacionamento.
Às vezes quebramos os relacionamentos, e outras vezes “apenas” deixamos que a relação se “quebre”.

O que devemos fazer?
Ficar lamentando por não ter mais essas pessoas presentes em nossas vida?
Não.
Sabemos na Cabala que não ganhamos nada através de sentimentos e pensamentos de reclamação e tristeza.
Temos que agir pró-ativamente, sair da “zona de conforto” e fazer uma ação onde poderemos a principio, construir um novo entendimento do que houve, e então corrigir na raiz a causa desse relacionamento ter “quebrado”.
Que comecemos hoje mesmo a nossa investigação e a nossa mudança de visão do que houve!
Quando assumimos responsabilidade da nossa parte sobre o episodio ocorrido, podemos milagrosamente criar ou renovar relacionamentos muito melhores do que eram no passado.
Por quê?
Porque agora não vamos mais colocar o egoísmo no meio de nossas relações.
E onde não existe egoísmo Pode existir a Luz!

Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

domingo, 5 de janeiro de 2014

Nosso Caminho Espiritual

Quando nascemos neste mundo, nos é dada a quantidade exata de tempo necessária para completar nosso trabalho espiritual. 
Cada um de nós possui tarefas específicas a realizar, e elas podem ser diferentes para cada um, mas a cabala nos diz que nossa transformação pode ser completada em uma vida. 
Temos tempo suficiente, mas também não temos tempo a perder. 
Infelizmente, a maioria de nós não usa o tempo muito bem. 
Todo dia a vida nos distrai do nosso propósito maior. 
À medida que os anos passam, podemos alcançar parte da nossa transformação, ou talvez nenhuma.
Mas o fato é que a maioria de nós parte dessa vida sem completar a tarefa que veio realizar.
Podemos até mesmo ter ido em direção totalmente oposta, nos distanciando do nosso propósito.

A cabala ensina que retornaremos a esse mundo em muitas encarnações, até que alcancemos a transformação completa.
O trabalho incompleto nessa vida é carregado novamente para uma vida futura, até que a tarefa de transformação seja realizada.
A reencarnação é um princípio da cabala.
O mundo e o lugar que ocupamos nele não pode ser compreendido sem esse princípio chave.

Como sempre, o que é verdadeiro para uma única alma humana também é verdadeiro para toda a humanidade. Enquanto qualquer um de nós ficar para trás no processo de transformação, continuaremos a participar do ciclo de nascimento, morte e renascimento – bem como a humanidade como um todo, até que exista uma massa crítica de pessoas realmente iluminadas que eliminem a dor e a morte para sempre.
A possibilidade de reencarnação não é uma licença para ignorar nossas responsabilidades espirituais nessa vida. Pelo contrário, a reencarnação deve ser um incentivo para completar nossas tarefas espirituais tão rapidamente quanto possível, cuidar do trabalho de transformação e viver vidas mais compassivas e compartilhadoras. Somente assim podemos sair da roda de chegada e partida no mundo e nos livrar da dor que inevitavelmente a acompanha.

Por: Yehuda Berg