A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Aproveite o MOmento

Existem dias durante o ano que nos permitem nos elevar acima do nosso mundo em curto-circuito de caos e acessarmos um nível mais alto de energia. 
Os oito dias até a festa de Pessach (15 de Nissan), são dias assim. 
Nesta época recebemos auxilio espiritual do universo para nos ajudar a criar um circuito de energia mais forte na qualidade da nossa vida.
Cabalisticamente, há uma oportunidade poderosa de transformar e mudar nossa vida por um ano e para sempre. 
Não se trata de se lembrar de algo que aconteceu no passado. 
Trata-se de recordar do que esta acontecendo agora aqui e de saber como acessar a energia disponível.
Podemos escapar das cadeias de padrões repetitivos, de relacionamentos errados, de medos, dores, pensamentos sem controle que nos deixam doidos, da preguiça e da falta de energia e entusiasmo. 
Podemos nos retirar do nosso próprio Egito pessoal.
Como é o seu Egito? 
O que mexe com você? 
Quais são as suas inseguranças? 
Como você tem dúvidas a respeito de si mesmo?
Preste atenção.
Quando alguém disser algo que lhe desestabilize, não atire no mensageiro. 
Investigue por que o comentário provocou uma reação emocional tão forte para início de conversa.
Pergunte a si mesmo:
Por que este comentário me deixou tão zangado (ou triste, na defensiva, magoado, me sentindo julgado ou atacado)?
Nestes 8 dias, exponha suas áreas de fraqueza, seus pontos vulneráveis de atenção
O que você pode fazer para mudar as coisas? 
Os portões estarão abertos esta semana. 
Deixe para trás tudo que lhe domina. 
Faça o esforço adicional de olhar para dentro.
Você pode obter a chave que abre os portões para o resto do ano. 

(Yehuda Berg)

(repasse Marcelo Veneri)

domingo, 10 de abril de 2011

”Não importa o que aconteça”


Quanto mais perto você chega de um perfume barato, pior fica o cheiro.
É isto que estará acontecendo nas semanas que virão.
Estamos chegando mais perto da causa do “mau cheiro” em nossas vidas.
 
De volta à história, nas próximas semanas estaremos caminhando em direção à festa de Pessach, o momento histórico em que os israelitas escaparam da escravidão no Egito e abriram o Mar Vermelho.
Mas já faz algum tempo que você lê as mensagens da cabala e por isso não preciso lhe explicar que nós somos os escravos e que o Egito é a voz diabólica dentro de nossas cabeças - eu não consigo, eu te odeio, eu me odeio, tudo isto é papo furado, não posso fazer nenhuma diferença, meu auge já passou…
 
As pessoas hoje lidam com mais doenças mentais que em qualquer outra época da história – D.D.A., T.O.C., P.R.E.O.C.U.P.A.Ç.Ã.O., I.N.S.E.G.U.R.A.N.Ç.A., D.E.P.R.A.V.A.Ç.Ã.O.
Estamos numa guerra total com nós mesmos!
E é assim mesmo que deve ser.
Estamos na batalha final com o yetzer hará, a má inclinação, o adversário, o Satan.
 
É esta força negativa que está nos desafiando a fazermos por merecer nossa liberdade, a vivenciar como é se superar, a estar em total controle da realidade.
Em poucos dias a Luz de Pessach está vindo para nos ajudar, e a força negativa está ficando mais poderosa; ela sabe que agora a humanidade está pronta para lhe aplicar seu golpe mortal derradeiro e ela está se protegendo com tudo que pode.
 
É por isto que alguns de vocês acreditam que estiveram no inferno nestas última semana – sem inspiração, cansados, abatidos, oprimidos.
A força negativa está convocando suas tropas, se esforçando ao máximo para nos fazer esquecer que somos todo poderosos, que podemos ser livres, que podemos ter confiança completa e que podemos criar uma saúde e paz de espírito duradouras.
Sendo assim, eis o plano de batalha para a semana: não lute contra si mesmo, lute contra o adversário dentro de você.
Faça isto repetindo: Não Importa o que Aconteça!
Esta é a verdadeira liberdade que podemos obter em Pessach: a liberdade das dúvidas nas nossas cabeças.
E sabe o quê?
A dúvida não é um truque do adversário – a dúvida é o adversário.
O único motivo pelo qual continuamos querendo para nós mesmos em vez de compartilhar, continuamos tendo raiva em vez de amar, continuamos a nos preocupar em vez de celebrar, é porque pensamos que todos estes medos bobos e desejos egoístas negativos são nossos.
Se pudéssemos literalmente ver e reconhecer esta força, não daríamos atenção a ela.
E então seríamos capazes de realizar qualquer coisa.
Mas assim como não podemos ver a eletricidade, ou o calor, ou a radiação, não podemos ver a força negativa dentro de nós.
Nossa missão é lutar contra as dúvidas e dizer: "Serei feliz, Não Importa a que Aconteça! Terei confiança em minhas capacidades, Não Importa o que Aconteça! Ficarei focado no amor, Não Importa o que Aconteça!"
 
Não Importa a que Aconteça!
 
Por: Yehuda Berg

(repasse Marcelo Veneri)

Parashá Metzorá


 
“Quando vierdes à terra de Kenaân, que vos dou em propriedade, Eu dou marca de tzarah em uma casa da terra de vossa propriedade.”
(M’tzorá 14:34)
 
A parashá Metzorã nos ensina sobre uma doença misteriosa, conhecida pelo nome código de tzarah e que além de afetar as pessoas afetaria igualmente suas casas. Qual é o mistério sobre isso?
Para os cabalistas tzarah é uma expressão genérica para representar todo o tipo de doença.
E existe uma sabedoria espiritual que faz uma associação entre as doenças e as palavras negativas que usamos.
Os nossos sábios ensinam que uma pessoa nunca deveria emitir uma expressão grosseira de sua boca; e ao contrário, devemos sempre nos expressar de modo refinado.
Aquele que deseja ter uma porção da vida superior, deve guardar sua boca e língua.
Ele deve preservar sua boca das comidas que profanam a alma e deve manter sua língua longe das palavras maldosas. Portanto, assim como a comida não casher (não adequada) bloqueia o coração e portanto, os atributos emocionais do cabalista quanto à apreensão do dom profético, e assim criando um véu que encobre a verdade da Torah para a criatura, a palavra maldosa, a lashon hará, inibe a formação da “casa sagrada” (o espaço sagrado), bloqueando as faculdades intelectuais da pessoa, rompendo então o fluxo que emana da Sabedoria superior, distanciando assim a criatura do Criador pelo distanciamento da “criatura da criatura”, e portanto, favorecendo o caos e o exílio neste mundo, pois o que maldiz, afasta também a Shekhiynah (Presença Divina).
A “casa” é uma representação de todo o espaço de vida de uma pessoa.
O que acontecia se a casa tinha tzarah?
 
“Aquele, de quem é a casa, vem, relata-o ao kohen para dizer: Vi algo como uma marca na casa. O kohen ordena: eles evacuam a casa, antes que o kohen venha ver a marca, para que todo aquele que estiver na casa não seja contaminado. Em seguida, o kohen vem ver a casa.”
(M’tzorá 14:35-36)
 
Como explicam os sábios de nossa Tradição, uma das razões pelas quais ocorria tzarah a uma “casa” era por causa da avareza (desejo de receber para si mesmo) do proprietário.
Recusava-se a emprestar seus pertences a outrem, pensando que jamais alguém pudesse descobrir quantos objetos tinha escondido em sua casa.
Agora ele precisava colocar seus utensílios e pertences à mostra, na rua.
Todos os vizinhos viam os objetos que tinha mantido em segredo nos armários. Talvez isto despertasse a Teshuvah (reestruturação) nele.
Primeiro, seus pertences haviam sido colocados na rua.
Depois eles foram mantidos fora de casa por uma semana.
O tempo todo temia que o tzarah pudesse se espalhar e que a casa tivesse que ser demolida.
Agora percebiam que o lar de uma pessoa e todas suas posses na verdade pertencem a Luz do Mundo Infinito.
Dinheiro e objetos nos são concedidos para que os usemos com o propósito correto. E como um Metzorá (“Leproso”) torna-se puro?
Como já explicamos, um das razões principais que causavam tzarah era a lashon hará.
A palavra Metzorá (aquele que tem tzarah), é semelhante com a palavra motzirá, (alguém que fala o mal).
Se o Metzorá fez Teshuvah enquanto estava fora do acampamento, as manchas brancas na pele ou nas paredes da casa, desaparecerem.
O Metzorá se sentia aliviado quando percebia que as marcas tinham desaparecido. Ele então chamava um kohen (sacerdote).
O kohen caminhava até fora do acampamento para examiná-lo.
O kohen dizia: "Começaremos a torná-lo tahor (puro). Hoje é o primeiro dia de sua tahará (purificação). No oitavo dia você oferecerá corbanot (sacrifícios), ficará completamente puro e poderá juntar-se à sua família."
Após a oferenda dos corbanot o cabalista tornava-se puro novamente e podia reunir-se à família. ,
Ele sentia-se quase como alguém que havia morrido e voltara a viver.
Este homem jamais falaria lashon hará novamente!
Certamente prestaria mais atenção às suas futuras palavras.
 
“Ele pega, para desfaltar a casa, dois pássaros, madeira de cedro,….” (M’tzorá 14:49)
 
Por que duas aves, um graveto de cedro e ezov (grama) eram usados para purificar o Metzorá?
Por que a Torah nos ordenou usar aves para purificar o M’tzorá?
Isso é porque os pássaros representam os anjos criados por nossas palavras.
Por que um pássaro é abatido e o outro é libertado?
Mesmo que você purifique (sacrifique) uma parte do seu Lashon hará, a outra parte voa para bem longe e foge de seu controle.
A grama e o cedro são totalmente opostos.
O cedro é a mais alta das árvores e o ezov, o mais baixo dos arbustos.
O Metzorá é lembrado:
Por que você falou lashon hará?
Porque pensou que era um cedro – melhor que os outros. Para evitar falar lashon hará no futuro, deve sentir-se humilde como a grama.
 
Outros aprendizados são importantes quanto a tzarah nas casas.
Sobre a Lashon hará devemos também saber:
 
"Toda minha vida, cresci entre os Sábios, e jamais encontrei algo melhor para uma pessoa que o silêncio"
(Ética dos Pais 1:17).
 
Maimônides, em seu comentário sobre Pirkê Avot (Ética dos Pais) levanta três questões.
Ele explica que existem cinco categorias de discurso:
1) Discurso associado a uma mitzvah (mandamento).
2) Discurso que devemos ter o cuidado de evitar.
3) Discurso que é repulsivo ou degrada..
4) Discurso que expressa amor.
5) Discurso que é permitido.
Maimônides explica então o que quer dizer.
O discurso associado a uma mitzvah inclui estudar a Torah em voz alta.
Este tipo de conversa é exigido, na verdade; devemos dizer palavras de Torah e prece.
A primeira categoria Maimônides classifica como um mandamento positivo obrigatório.
O discurso que precisamos ter o cuidado de evitar inclui o falso testemunho, mentir, fofocar e praguejar.
A Torah nos proíbe o envolvimento com este tipo de discurso, advertindo-nos a nos guardar contra ele e contra outros tipos de conversa inconveniente, incluindo lashon hará (lashon hará, literalmente, linguagem do mal, é qualquer discurso que ofenda outra pessoa, mesmo que as declarações sejam verdadeiras) .
O discurso que é repulsivo ou degrada inclui tagarelice, conversa que não tem utilidade, e não beneficia uma pessoa, espiritual ou materialmente.
Não há uma proibição inequívoca contra este tipo de discurso, pois ele não envolve amaldiçoar ou mentir, etc. Mas ele não tem qualquer valor.
Um pouco diferente da fofoca, pois não espalha boatos ou destrói reputações, a tagarelice comum é inútil e irrelevante, como muito daquilo que passa por novidade..
Esta conversa vã, desperdiçada, também inclui elogios negativos e cumprimentos ambíguos.
O discurso que expressa amor ou afeição inclui elogiar o positivo e criticar sabiamente o negativo.
Histórias e canções que elevam a alma, inspiram pessoas a melhorar ou inculcam bons hábitos fazem parte dessa categoria, assim como aquelas que mostram como são repulsivos os maus hábitos e fazem as pessoas desejar evitá-los.
Se falássemos continuamente, o dia inteiro, e nosso discurso pertencesse às categorias um e quatro – palavras de Torah e mitzvot e conversação que inspira – isso seria ótimo.
É óbvio que não devemos falar falsidades ou ofender os outros com nossas palavras, assim como também é óbvio que tagarelice e "novidades" são uma perda de tempo e fôlego.
Isso nos leva à última categoria:
O discurso permitido inclui a conversação que envolve de negócios, família, saúde e atividades cotidianas necessárias, como comer e beber.
Não há nada de inerentemente positivo ou negativo neste tipo de conversa.
Falar ou não falar, fica a critério da pessoa.
E sobre este tipo de conversa, nos diz Rav Shim’on ben Gamliel, o melhor é o silêncio, pois se você tem de falar, assegure-se de que suas palavras combinam com suas ações – e seja breve.
A única enfermidade discutida na Torah que inclui as leis que correspondem a sua manifestação e a sua cura é tzarah.
Isto faz dela uma enfermidade arquetípica que compreende todas as outras enfermidades.
Usualmente se traduz por “lepra”, mas certamente isso é essencialmente um código.
O fato é que se podemos curá-la, teremos o poder, o conhecimento e a visão para curar todas as enfermidades.
Retificando o que é negativo
Um dos ensinamentos mais elementares de Rav Av’raham Abuláfia é que cada raiz de três letras do idioma hebraico tem seis permutações possíveis.
Rav Av’raham Abuláfia meditava sobre uma palavra hebraica considerando as permutações de sua raiz e contemplando o círculo de imagens criadas por essas permutações.
O mestre ensinava que mesmo que uma palavra negativa fosse formada por essa permutação, quando se medita nela como parte de um círculo completo, o conjunto purifica e retifica essa negatividade.
As seis permutações de Tzarah, são:
Raíz
Palavra
Significado
Tzadiyc, resh, aiyn
tzara
lepra
Tzadiyc, aiyn, resh
tza'ar
sofrimento, dor
resh, aiyn, tzadcik
ra'atz
romper
resh, tzadiyc, aiyn
ratza
marcar
aiyn, tzadiyc, resh
atzar
Controlar, prevenindo uma expansão anárquica
aiyn, resh, tzadiyc
aratz
respeitar (a um tirano) pelo seu poder
Neste ciclo de permutações, todas elas aparentam ser negativas e necessitam ser curadas.
Para realizar uma verdadeira cura estas permutações devem ser experimentadas internamente, dentro de nossa consciência.
 
Fonte: Academia de Cabala

(repasse Marcelo Veneri)

Pessach (Páscoa) - Libertando-se do Egito


 
Todo mundo tem algo que incomoda, sufoca...emoções, desejos, pessoas, pensamentos, hábitos...
E D´us, com a sua misericórdia, construiu sistemas cósmicos que facilitam a transmutação destas escravidões!
A Páscoa, Pessach, significa passagem e ela é o auge de um marco astral de transformação, morte e renascimento.
Sob o sol em Áries, recebemos a luz da motivação, do entusiasmo e da ação, enquanto a lua, no seu auge de luz (lua cheia), ilumina nossa consciência e nosso caminho.
Toda esta energia cósmica aparece para promover a nossa saída do Egito e a busca da terra prometida - um objetivo a frente.
O Egito pode ser muitas coisas: a nossa falta de identificação conosco mesmo, por exemplo.
Necessitamos estar centrados, dentro de nós, respirando!!!!
E não no mundo da Lua!
 
A libertação inicia com  a conexão ao Seder (ordem) da Páscoa, que nada mais é do que um ritual, um rito de passagem.
Mas para que esta liberdade seja completa, é necessário purificar e reconstruir cada pedaço do teu ser, da tua estrutura.
E esta estrutura tem relação com a escada de Jacó, que é um esquema que nos indica passo a passo, como evoluir e aonde chegar, um caminho físico, psíquico e espiritual que nos leva a D´us, ao Éden e ao Si Mesmo – o caminho para chegar em D'us.
Saímos da escravidão quando enxergamos que há outra realidade além desta, finita e irreal. A partir dai, alguns acontecimentos mudam nosso rumo, passamos pelo Mar Vermelho, que se abre, deixando ver o outro lado, e quando se fecha, não se pode mais voltar para trás, pois nos comprometemos com os novos planos.
A força para destruir aquilo que existe de mal, para se obter uma cura, não ocorre por espontânea vontade da força Divina, mas por uma ação iniciada aqui em baixo, por nós mesmo, ação esta, que não significa movimento de corpo, mas de consciência e vontade.
É preciso ação para atrair a luz interna e externa.
A Shemitah (grande Ciclo Cósmico) de Pessach nos dá a oportunidade de atravessar o primeiro portão do Éden, através da conscientização e da crença.
Somente quando se está livre, autoconfiante e independente é que poderemos nos sentir completos, como um povo, isto é a crença na unidade.
 
Ao terminar o Seder (ordem) suplicamos a D'us que consigamos levar as nossas almas a mensagem de liberdade que aparece em cada palavra sua e ato.
Que esta mensagem nos inspire para quebrar nossas cadeias, prisões e escravaturas de intolerância, egoísmo e ódio.
Ajudando a compreender que não podemos ter liberdade a menos que estejamos dispostos a dá-la aos outros.
Que a luz da liberdade penetre até os mares de todos os mundos e acabe com a escuridão e tirania, até que está deixe de existir, e que todos os homens sejam livres.
Resistir ao mal, resistir as influências e seguir a ordem e o coração é dar o primeiro passo para a liberdade.
A partir do segundo dia do Pessach iniciamos uma caminhada, chamada Contagem do Omer.... serão 7 semanas, onde cada dia destas 7 semanas (7x7=49) purificamos, religamos, reconstruímos partes do nosso ser que estavam ligados a outra identidade, simbolicamente chamamos a dos Egípcios.... serão mexidos códigos cósmicos, que atuam em tua interioridade, são chaves que abrem portões.
 
Fonte: Escola de Kabbalah

(repasse Marcelo Veneri)

Pessach – O caminho para o novo



Você já parou para pensar que, somente quando você experimenta o diferente é que abre a possibilidade para fazer algo novo, sair do mesmo caminho.
Em Pessach nós nos conscientizamos  que é possível Mudar, sair do “quadrado” e experimentar novas formas.
Alguma vez já se passou em sua mente que o Egito (local das escravidões) co-existe no mesmo espaço/tempo do Deserto (local da libertação).
Com isto, podemos nos perguntar: Como Mudar de “canal”, de mundo?
Mudando a percepção!
 
Mudando os hábitos, a rotina, para que o olhar e o foco posso trazer novas sensações do teu meio.
É como olhar no feio o bonito.
 
A Festa de Pessach traz um ritual a seguir, uma ordem (Seder) que irá nos conectar com estas outras dimensões
Através de cada etapa vamos abrindo nossa consciência para mundos maiores e a possibilidade de libertar-se de uma realidade que nos parece única e sem saída.
O Seder consiste de 15 passos:
1. Cadêsh Recite o Kidush
2. Urcháts  Lavagem das mãos
3. Carpás Coma um pedaço de cebola (ou batata)
4. Yacháts Quebre a matsá do meio
5. Maguid Narre a Hagadá (livro de historias)
6. Rochtsá Lavagem das mãos (para comer a matsá)
7. Motsi Recite a bênção "Hamotsi" sobre as matsot
8. Matsá Recite a bênção da matsá e a coma
9. Maror Recite a bênção do maror e o coma
10. Corêch Coma o sanduíche de matsá e maror
11. Shulchan-Orêch Coma a refeição festiva
12. Tsafun Coma o aficoman
13. Berach Bênção de Graças - "Bircat Hamazon"
14. Halel Louvores a D'us
15. Nirtsá O sêder é aceito favoravelmente
 
Através destes degraus chegamos numa dimensão que nos possibilita derrotar as cascas, as barreiras/véus que nos impedem de ver o novo e partir em sua direção.
 
Fonte: Escola de Kabbalah

Significado da Palavra Pessach


Pessach significa Saltar Sobre, Salvação, Passagem;
Mas também Pe = boca Sach = expressar
Peh (80) é boca, ssar (60+200) que fala.= é a boca que deve falar - leituras
Este é o mês da Fala, da linguagem, não e por acaso que Pessach da origem as palavras sipur, sefer, sefar.
Sefar = voz, Sipur = fala, Sefer = livro
Por isto este é o povo do Livro, onde a palavra escrita é o ponto de partida.
Todo o rei reina pela palavra, não pelo ato.
Ssar é uma raiz ligada ao impulso, a desordem, caos e uma nova direção.
Peh é uma letra que significa Boca, é o poder de criar através da fala – expressão máxima divina, a transmissão das palavras, significa o verbo atuando, logo a criação dos mundos.
A energia inesgotável que sai pela boca.
É o movimento da vida, a busca da materialização e a saída dela.
É a inspiração da união entre sentimentos e pensamentos.
É o suporte material para a inspiração.
É pela boca que o ser humano se eleva e se diferencia.
É o órgão na qual podemos nos envolver de D'us, através das rezas, canções, e do estudo da Torá.
Pessach não significa só saltar sobre, como o anjo da morte fez nas casas dos hebreus.
 
A Expressão do Eu = Boca, Chakra Laringeo
Origem da semente da vida, expressão de luz, energia de criação.
Despertar do ser depende deste chakra.
Tua Voz = teu ser
 
O Significado Cósmico é a comemoração da libertação dos filhos de Israel depois de mais de dois séculos de escravidão egípcia, recordamos o Êxodo em massa, ocorrido há mais de 3400 anos atrás.
Esta é a história do sofrimento crescente, da missão confiada por D´us à Moisés e seu irmão Aaron e seus esforços para conseguir a libertação do povo, vencendo a resistência do Faraó a partir da demonstração de seu amor à D´us, que assim enviou 10 desgraça, que proporcionou a saída de um povo, de uma terra que não era a sua.
Esta história encontra-se relatada na Torá, em Êxodos (2º livro de Moisés).
Diferente do Gênesis que relata a criação dos mundos, o planejamento e a descida ao reino natural, o Êxodo relata o caminho para a subida, o regresso às origens.
O caminho da iniciação espiritual, técnicas e mandamentos para chegarmos na Terra Prometida.
Pessach é uma das três principais festas ou acontecimentos da história de um povo místico, ligado às forças superiores, a luz divina, pois nos remete a construção de um povo e uma identidade, além da busca de uma terra própria e maravilhosa, onde se pode viver em paz.
 
Momento Cósmico de Pessach nos traz uma energia de transformação a partir da libertação, onde funciona a iniciativa, a individuação, reconhecendo a si próprio não como uma ovelha, mas como um pastor.
Por isto o período astrológico do mês de Nissan é do signo de Áries (primeiro signo), que tem por representação a cabeça/a cabra, sendo regido pelo planeta marte, o fogo, a emanação.
É neste mês que destruímos a cabeça do mal, para nos conectarmos com a cabeça do bem.
Pessach é comemorado em 15 de Nissan, e este é o período da Lua cheia, onde toda a luz se faz presente, a consciência acordada, desperta.
A lua cheia mostra o potencial para receber a energia do Sol (energia positiva).
No seu disco frio, ela nos revela a luz.
Revelação, iluminação e consciência.
Um senso de realização e propósito renovado.
 
Na árvore da vida, Nissan recebe a força e influência de Netzach que é permanência e eternidade, sendo o que é eterno é forte e vitorioso.
A energia de Netzach é de um fluxo contínuo, assim como a circulação e respiração. Netzach é a carroça de Moisés, o veículo para se chegar na vitória da libertação.
Enquanto Moisés representa a sefira de Netzach, seu irmão Aaron era a sefira de Hod, a lógica.
O racional, o comunicador que deve se combinar e se relacionar com a mística (revelação), para que se possa criar um novo ser (povo).
Lógica e intuição, Consciente e inconsciente, real e irreal
 
Fonte: Escola de Kabbalah

(repasse Marcelo Veneri)