A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


sábado, 13 de dezembro de 2014

A Cura Vem Antes

Os cabalistas consideram a Bíblia como um jogo de códigos, e há uma lição poderosa codificada na história de Jacó e de seus dois netos.
O neto mais velho é chamado Menashe, cuja raiz do nome significa “falta”.
O neto mais novo é chamado Ephraim, cuja raiz significa “sustento”.
Em seu leito de morte, Jacó dá suas bênçãos nas cabeças de seus netos.
A tradição ensina dar preferência á idade mais velha, ou a Menashe.
Assim, o neto mais velho começaria com sua mão direita e o mais jovem com a mão esquerda.
Mas Jacó inverte-a.
Põe sua mão direita na cabeça de Ephraim, e a sua mão esquerda em Menashe, o mais velho.
O código está decifrado.
Ephraim precede Menashe.
A abundância precede a falta.
A solução precede o problema.
Isto revela uma maneira de enxergar as épocas difíceis de nossas vidas.
 
Nós podemos ver as dificuldades não como problemas a serem resolvidos, mas sim em usar soluções que já estão lá.
Está aqui o significado.
De acordo com a Cabala, ás vezes nós estamos prontos para uma abundância maior de Luz, mas nosso Receptor é muito pequeno para agüentar, assim nós necessitamos de um Receptor maior.
As vezes, nós podemos construir um Receptor maior pró-ativamente.
Mas outras vezes nós necessitamos algum auxilio para quebrar nosso Receptor menor a fim de construir um outro maior.
Nesses casos, nós quebramos nossos Receptores com as situações difíceis.
Está compreendido que as situações difíceis servem a uma finalidade: nos permitir uma abundancia maior de Luz e de bênçãos, nos ajudando a construir um Receptor grande o bastante para suportá-la.
Não é sobre ter épocas difíceis e esperá-las passar.
Quebrando um Receptor menor em troca de um maior, os tempos difíceis são como aquela cura que vem antes da doença.
A Luz já está esperando-o lá, e os tempos difíceis são as ferramentas para alcançá-la.
Há um outro termo para quebrar o Receptor menor a fim de construir outro maior. Chama-se “sendo como o Criador”.
 
Por: Yehuda Berg

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Eu Te Amo

Por que é tão difícil dizer “eu te amo”?
Não me refiro a um noivo/a, mas sim a um amigo/a, a um mestre ou a um pai.
Por que estas três pequenas palavras são tão difíceis de soltá-las de nossa boca?

É um presente extraordinário para dar a alguém.
Pense no bem que você sente quando alguém diz a você.
Eu te amo.
Em ocasiões onde temos problemas com a família ou discutimos com um amigo, dizer “eu te amo” é tudo o que você precisa para acabar com a escuridão que desceu ali.
Conversamos, discutimos e analisamos, quando geralmente dizer “eu te amo” já conseguiríamos resolver a situação.

Quem você ama e estima, mas tem medo de dizer o que sente?
Abra-se hoje.
Abre seu coração, abra sua boca e diz.
Só diz. Eu te amo!

Com a cabala aprendemos mais sobre esse universo de energia positiva que só o amor contém.
E talvez a descoberta que mais impressiona é saber que Amar é Tudo, literalmente.
Não existe maneira maior e mais eficiente de nos conectarmos com a Luz do que amar – o verbo!
Quando amamos, tudo que faz parte do nosso universo (a família, os filhos, os amigos, o lugar que moramos, nosso corpo, a natureza, nosso trabalho, as pessoas que nos dão oportunidades de evoluir, etc.) fazemos uma perfeita e potente conexão com a Luz, e quando estamos com Ela, conectados com Ela, tudo passa a dar certo, tudo se torna possível, nossa saúde aumenta, ganhamos mais prosperidade, mais sucesso, ficamos felizes o tempo todo, nos tornamos pessoas agradáveis, queridas e amáveis por todos que nos cercam.
Por que?
Porque ficamos “brilhando” quando estamos conectados com a Luz do Criador. . Brilhando de verdade!

Por que a Lua brilha a noite?
Ela não possui luz própria.
O que acontece então?
Espiritualmente falando, a Lua ama o Sol e então pelo amor eles se unem, criam unidade e então a Lua consegue brilhar também!
Todas as noites o Sol e a Lua têm um encontro marcado.
Deveríamos aprender com esses dois astros.
Deveríamos acordar todas as manhãs e pensar: hoje tenho um encontro.
Aliás, vários encontros.
E em todos eles eu vou dizer “eu te amo”, e assim vou me conectar com a Luz, e eu e todos brilharemos como o Sol, devido a Força da Luz do Criador que se manifesta no amor que eu compartilho.

Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Novos tempos, novas posturas

Neste tempo de ano novo renovam-se as esperanças e a expectativa de que “neste ano as coisas serão bem diferentes”.
Mas o que está por vir a ser, na maior parte das vezes é apenas uma reprodução sistemática do que sempre foi.
Essa é nossa tendência ao descanso.
Mas o furor de esperanças renovadas não costuma passar de janeiro.
Isso normalmente se repete a cada ano, quase sempre da mesma forma.

Acreditamos inaugurar uma “mudança legítima” por termos começado o ano com o “pé direito”. Mas o pé, geralmente se destina a cumprir o mesmo caminho e ir na mesma direção.
Somos escravos da repetição disfarçada de transformação.
A verdade é que normalmente o eu não inaugura nada de novo.
Estamos sempre sendo.
Mas, o primeiro momento é sempre o futuro (projeção).
O homem é sempre projetado para um possível. E este estar voltado para o futuro é o começo de tudo.
O que destina o destino é o que tem sido.
Mas essa é a grande dificuldade do mundo moderno.
O homem moderno pensa a existência como sendo algo atual.
Mas o “atual” nunca existe. Tudo o que existe é um algo projetado.
Esse é um dos grandes mistérios do nome do Sagrado.
Para os neviim, o nome Yihavehá poderia ser traduzido por “Serei”.
Essa é a onipotência do vir à ser.
Somos criados pelo “vir à ser”, permanente, eterno.
Nós somos sempre um ser projetado, e é isso que me permite mudar.
Só nos tornamos capazes de mudar quando mudamos o nosso “projetado”.
E eu só mudo o meu projetado quando mudo o que venho sendo.
Isso não se dá de forma instantânea e nem é ativado por um estalo enigmático. Isso não é ditado pelo atual.
É fruto de tempo e serenidade.
Espiritualidade é isso, uma retomada de lucidez quanto ao seu “projetado”, o seu “vir à ser”.
Espiritualidade não é “chave para felicidade” ou “caminho para o sucesso”. Espiritualidade arriscar-se em outro campo “projetado” da existência, é um projeto de vida.
E a única coisa que esse projeto de vida pode lhe conceder é liberdade.
Arrisque-se!
Por: Mario Meir

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O Sofrimento, o Bem e o Mal



Segundo a Cabalá, o sofrimento é parte da retificação do mundo (Ticun Olam).
Quando o mundo for retificado, não haverá sofrimento em nenhum nível.
Ao nos aproximarmos da revelação de Mashiach, o sofrimento aumenta, pois todas as centelhas caídas devem ser redimidas.
Quando as pessoas passam por situações difíceis, as retificações acontecem.
Para os cabalistas, toda a sua vida se justifica em função das correções que você precisa realizar ao longo de sua experiência existencial.
Mas o tempo é muitas vezes um obstáculo para se perceber a verdade.
Para a Cabalá, tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Pois cada coisa que a Luz do Mundo Infinito fez no mundo inferior foi determinada por um tempo fixo e um limite.
A Luz determinou um tempo para a claridade e um tempo para a escuridão.
Muitas vezes somos impedidos a perceber com clareza a lógica (muitas vezes não linear) desta relação de causa e efeito.
Não muito raramente podemos ser levados a questionar se realmente existe justiça no mundo.
Este “tempo” (intervalo) entre a causa e o efeito, que muitas vezes provoca uma (errada) impressão de caos é denominada de “exílio”.
O exílio vem a ser o encobrimento da Verdade Divina que é clara em outros níveis espirituais, mas que aqui no mundo físico parece encoberta pela C’lipah (Casca).
Elevar a percepção de modo a conseguir ver tanto o Mundo Revelado quando o Mundo Oculto equivale a “juntar as letras do Nome”
E como é isso?
A Cabalá interpreta que o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal representa a tentativa de reconciliar Daat Elyon, (a consciência objetiva, infinita), a perspectiva da Luz do Mundo Infinito sobre a realidade, que percebe todos os eventos que acontecem neste mundo como verdadeiramente bons, e Daat Tachton (a consciência inferior subjetiva, finita), a perspectiva do homem sobre a realidade que vivencia o mal, a dor e o sofrimento neste mundo.
Devemos ter a certeza de que tudo aquilo que a Luz Infinita faz é para o bem do indivíduo e para o bem geral.
Os sábios afirmam que o bem procede do Olam D'itgalia, o Mundo Revelado, ao passo que o mal vem do Olam D'itcassia, o Mundo Oculto.
O Mundo Oculto, representado pelas primeiras duas letras do Tetragrama, “yud” – “hei”, vem de uma origem mais elevada que o Mundo Revelado, representado pelas segundas duas letras, “vav” – “hei”.
Conforme nos ensina Rav Abuláfia, para o mestre, esse “juntar as letras do Nome” (conseguir ver tanto o Mundo Revelado quando o Mundo Oculto) aconteceria inevitavelmente em nossos dias.
Mas temos que nos esforçar para romper a C’lipah.
E uma das formas disto ser feito é por intermédio do desenvolvimento do espírito devocional.
O desenvolvimento do espírito devocional é o começo do processo espiritual denominado Ticun HaMidot (retificação das emoções).
Este é um trabalho fundamental, complexo, e difícil para a elevação espiritual deste mundo através do homem, e que depende e existe somente graças à capacidade de alteração da própria natureza emocional dele.
Este Ticun HaMidot é algo de um poder extraordinário que tem o poder de mudar o mundo, e poderá existir com qualidades infinitas e absolutamente espirituais na Era do Mashiach , ainda que em um estado material.
O Ticun possui o poder de determinar o fim de uma sentença, digo, sua anulação; pois o fim de algo é causado quando as relações dominantes (no corpo) deste algo são modificadas ao ponto de que o caráter formativo destas relações não mais opera de acordo com sua natureza original.
Mas o que precisamos fazer para realmente mudar e cumprir o nosso Ticun?
É vital nosso Avodat Hashem (o trabalho espiritual), pois em um mundo físico dominado pelo aumento progressivo de desordem, somente o trabalho espiritual com o devido espírito devocional (atributo de Keter) age como uma força contrária à degeneração do mundo, e que tanto adoça a severidade imposta nele, além de elevá-lo de forma a garantir que esta luta tenha como objetivo central o “renascer” do mundo, permitindo assim a vinda do Olam Habah (Mundo Vindouro, Consciência Ilimitada) de ilimitadas potencialidades.
A experiência do tempo somente pode existir em sua verdadeira grandeza quando a pessoa passa a ter o domínio deste tempo.
Quando o cabalista vivencia, por exemplo, o SHaBaht em seu potencial devocional mais elevado é como se estivesse aproximando o Olam HaBah para o mundo físico. De fato, a era do Mashiach representa um grau de união da criação com a Luz do Mundo Infinito que afetará toda a natureza, inclusive suas leis e dimensões, pois neste momento todos os dias serão SHaBaht.
Ou seja, todos os dias comportarão a tomada de consciência do tempo real.
No entanto, existe um outro momento além do SHaBaht no qual a união das leis e dimensões naturais são unificadas – este momento tão especial ocorre em Chanukah.
A realidade física é formada por dez dimensões.
Estas dez dimensões são como uma subdivisão de dimensões que se formam do Mundo Infinito até o mundo físico.
A Chanukiá (candelabro de nove braços, usado durante os oito dias do feriado judaico de Chanuká) contém nove velas (para nove dimensões); uma vez acessa, ela estabelece assim a décima que é a unificação do espaço-tempo.
Com isso, o símbolo máximo de Chanukah, as luzes milagrosas da Chanukiá, temos um portal de todas as realidades eternas da criação.
Isso quer dizer que neste portal unem-se não somente todas as dimensões da realidade, mas, além disso, elas todas em todos os tempos, digo, do passado, presente e futuro, como se a Or Ein Soph estivesse fisicamente “congelada” no tempo em que as luzes se acendem.
Injeta-se na consciência uma reflexão sobre o próprio Ticun e uma nova tomada de consciência se forma, permitindo a cada um de nos tornar-se mais e mais semelhante a Mashiach.
Quando contemplamos as velas de Chanukah e estabelecemos as kavanot (focos, intenções) necessárias, a alma se recorda, por assim dizer, de sua raiz na Santidade Divina, ou seja, em um reconhecimento de que ela mesma é uma parte de D’us, pois como aprendemos na tradição oral: a luz de Hashem é a alma do homem.
Fonte: Academia de Cabala

domingo, 23 de novembro de 2014

Suas Palavras Criam Seu Futuro


Bem vindos ao mês de Sagitário, Kislev em hebraico, simbolizado pelo arqueiro centauro.

Os sagitarianos, como pessoas, representam expansão – seja expansão física, como no caso de viagens e exploração, seja expansão mental, como na filosofia, leitura, pensamento e escrita. A energia de Sagitário inclui Chanuká, a janela de oito dias no tempo, através da qual a energia de milagres flui para o mundo. Como resultado, as pessoas nascidas neste mês possuem um tipo de “conhecimento” natural de que milagres podem ocorrer e ocorrem, um recurso que faz com que tenham sorte na vida.

Sendo de um signo de fogo, os sagitarianos geralmente não são conhecidos como pessoas de tato e sensibilidade. Como o arqueiro que simboliza este mês, as pessoas nascidas neste signo podem atirar suas palavras como flechas, sem a menor consideração sobre o que exatamente a outra pessoa vai escutar e como vai lidar com aquilo. Como consequência, parte de sua correção é praticar constantemente a pausa antes de falar e conscientemente abrir espaço dentro de si para pensar nos outros.

Já que todos seremos afetados por esta energia de Sagitário durante as próximas quatro semanas, deveremos ser especialmente cuidadosos com o que dissermos e como o diremos neste período.

A porção da Bíblia Vayetzé (que será lida neste mês) conta a história de como Rachel roubou os ídolos de seu pai, Laban, porque não queria que ele os adorasse. Jacob, seu marido, sem saber que tinha sido ela a responsável pelo roubo, disse a Laban: “Quem quer que seja o ladrão, certamente terá que morrer”. Mais tarde, por causa dessas palavras, Rachel faleceu durante o parto. Muito embora Jacob não tivesse conhecimento das ramificações daquilo que havia dito, suas palavras tiveram o poder de ditar o curso dos eventos.

Os anjos nos cercam constantemente e imediatamente transferem aquilo que sai das nossas bocas, numa tentativa de manifestar essa energia. Nossas palavras têm poder e podemos usar esse poder para o bem ou para o mal. Podemos usar nossas palavras para trazer mais Luz para o mundo, criar milagres e nos ajudar a manifestar nossos sonhos. Ao mesmo tempo, podemos usá-las para falar mal dos outros, derrubar as pessoas e adicionar escuridão ao mundo.

É verdade, nenhum de nós tem o nível espiritual de Jacob e Rachel, de forma que nossas palavras não possuem necessariamente os mesmos efeitos poderosos que as deles possuíam. Mas não importa em que nível estejamos, temos que estar conscientes de que o que dizemos cria nosso futuro.

Neste mês, vamos nos assegurar de que as flechas que atiramos no universo sejam positivas, para que tragam apenas coisas boas e Luz de volta para nós e para o mundo.

Karen Berg

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Pessoas Difíceis

Temos que entender que as pessoas “difíceis” que nos são enviadas pela Luz são para nos ajudar a fazer nossa correção
Isto pode embaralhar nossas cabeças de mil e uma maneiras.
Como podemos saber simplesmente qual é a lição?
Foque em sua reação e você entenderá. 
A restrição associada à não culpa, ou a não se lastimar ou fugir, revelará Luz, te dando uma maior claridade.
Lembre-se da Fórmula Pró-ativa: A reação é o inimigo, não a outra pessoa.
É muito importante entender como as pessoas difíceis jogam em sua vida.
Tenho aqui mais uma coisa que irá te dar um maior incentivo de controlar suas reações: A Luz continuará enviando os mesmos desafios até que você aprenda a lição.
Quanto mais rápido aceite estas situações, e chegue a raiz do que se trata, mais rápido a Luz deixará de enviar os desafios.
Um bom exercício para fazer:
Antes de dormir, pense em suas interações e como te fizeram sentir.
Entenda que o incomodidade era o universo te ajudando a aprender sua lição.
E se dê conta que o universo continuará enviando esta “pena” ate que você possa olhar e aceitar que se trata de seu crescimento e não de outra pessoa ou situação.
Por: Yehuda Berg

terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Que é o EGO?

O ego humano, de acordo com a Kabbalah, é provavelmente o fenômeno menos compreendido e ainda assim é o mais importante. Ao invés de entrar numa longa dissertação sobre a dinâmica do ego, vamos ouvir a voz do ego com a intenção de compreender o jogo que ele faz.
O EGO DIZ:
E não faço nada errado. Eu não consigo fazer nada certo.
Eu não posso perder nunca. Eu nunca consigo ganhar.
Eu sou o melhor de todos. Eu sou o pior de todos.
Todos me amam. Todos me odeiam.
Eu sou a pessoa mais importante do mundo. Eu não sou ninguém, a pessoa menos importante da terra.
O ego humano vive em ambos os lados do espectro.
Dessa forma, como podemos nos elevar acima das influências do nosso ego a fim de atingir a felicidade?
Como podemos identificar e entender as dinâmicas do ego?
O PODER DA RESISTÊNCIA
Já houve certos momentos épicos na história quando a Kabbalah fez uma profunda mudança em termos da compreensão de sua sabedoria. O primeiro foi a revelação do Zohar por Rav Shimon Bar Yochai, a primeira vez que a Kabbalah foi escrita num manuscrito.
O próximo momento de maior transformação veio quando o Kabalista Rav Isaac Luria decifrou e organizou o Zohar 1.500 anos após Rav Shimon. Antes de Rav Isaac Luria existiram algumas escolas que pensaram sobre o significado do Zohar. Graças a Isaac Luria, uma compreensão mais clara da Kabbalah emergiu.
O próximo momento divisor de águas ocorreu no século XX quando o Kabalista Rav Berg revelou o mais notável conceito em toda a Kabbalah, que faz parte do coração da criação do nosso universo e é o próprio significado de nossa existência. O Rav revelou um conceito que é o mais brilhante de toda a história humana.
O conceito é chamado de Resistência ou Restrição.
Ambas a Luz física e a espiritual não podem ser acionadas neste universo sem resistência.
Originalmente, o receptor (nós, as almas da humanidade) resistimos    à LUZ do Paraíso que estava fluindo do Criador para nós. Nós rejeitamos a Luz para que nós pudéssemos ter a oportunidade de revelá-la através do nosso próprio esforço. Nós queríamos nos tornar a causa ao invés de sermos apenas o efeito. Quando o receptor rejeitou a Luz, isso trouxe o Big Bang, a causa da criação do espaço, tempo e movimento, um cenário onde nós, as almas da humanidade, poderíamos ser a causa da Luz que recebemos.
Desde aquele momento, a luz solar, a luz das estrelas e a luz espiritual não poderiam ser reveladas a menos que acontecesse resistência.
COMO FUNCIONA
O universo resiste automaticamente. Como explica Rav Berg, resistência é construída no próprio tecido do universo. Por exemplo, quando a luz solar viaja através do vácuo no espaço, o espaço ainda continua extremamente escuro, mesmo sabendo-se que a luz está presente. Por quê? A luz solar brilha somente quando incide sobre um objeto físico e o objeto reflete (resiste) aos raios de luz. No momento da resistência/reflexão, a luz solar brilha.
O espaço é preto porque não existe resistência ocorrendo no espaço onde há o vácuo.
A Terra brilha porque nossa atmosfera e o mundo físico resistem à luz do sol, fazendo com que ela brilhe.
Certifique-se de que você internalizou bem esse conceito.
A mesma regra se aplica à Luz spiritual. Nós temos que resistir à Luz direta que nosso ego busca e ao fazer isso, nós acionamos a Luz espiritual.
Nós temos que resistir às influências do nosso ego e ponto final.
Se nosso ego recebe a Luz diretamente, nossas vidas acabam na escuridão cheias de desespero, da mesma maneira que no vácuo o espaço vazio permanece extremamente escuro
quando recebe a luz solar diretamente.
Por quê?
Rav Berg explica que quando nós recebemos a Luz diretamente (conhecida como gratificação do ego) o “big bang” se repete mais uma vez em nossas vidas. Isso acontece automaticamente. Quando recebemos a Luz direta (que significa simplesmente reagir à qualquer coisa), o receptor automaticamente resiste à Luz porque receber a luz diretamente viola a própria razão da nossa existência. A restrição original se repete em algum ponto no futuro e ESSE é o motivo pelo qual uma gratificação instantânea, momentânea e imediata leva a um caos e escuridão no futuro.
A Luz que estávamos recebendo diretamente é jogada para fora no final das contas. Essa é a lei inquebrantável do nosso universo.
O ego, entretanto, nos engana ao nos dar uma sensação temporária de Luz. Esse é o frescor e energia que sentimos quando comemos uma comida que não é saudável, quando explodimos em raiva ou qualquer outra reação humana na qual uma situação externa, seja ela uma pessoa ou um evento, nos incita uma reação dentro de nós.
Mas essa Luz é como uma explosão de dinamite. O brilho de um pavio aceso deslumbra os nossos olhos. Entretanto, essas faíscas tem um limite de tempo — o pavio queimado e o fusível. Uma vez que o pavio se apaga, há uma explosão em nossas vidas, e escuridão e dor são o resultado.
Esse fusível é chamado de tempo.
O tempo atrasa as consequências de nossas ações, da mesma maneira que o fusível demora para explodir. Isso acontece por conta do livre arbítrio.
A força chamada de ego, ou Oponente, nos entrega bombas de dinamite o dia inteiro. Tudo o que precisamos fazer é resistir a recebê-las. Mas, é mais fácil dizer do que fazer.
Para gerar Luz duradoura, nós temos que resistir a Luz direta (gratificação do ego) e então existe uma dor momentânea no ego, mas há uma gratificação a longo prazo, a Luz da felicidade e da boa sorte.
O Rav nos deu esse poder.
Dessa forma, se o ego nos diz que somos um gênio ou um tolo, a ideia é resistir a esses impulsos e pensamentos reativos. Não se deixe cair nas armadilhas imaginando como o ego pode fazer você sentir-se um super-humano ou um super abobalhado. A ideia é focar nas reações.
Lembre-se, o ego dá muita corda na sua autoestima até que ela infla ao ponto de ser arrogante. E também baixa sua autoestima até que atinge o nível da depressão. O único denominador comum é a reação. Em ambos os casos, nós estamos reagindo ao ego.
“A reação é o nosso inimigo”, diz Rav Berg.
Abra mão de toda a baboseira e análise psicológicas quando se trata de comportamento humano. A única coisa que precisamos saber é que devemos parar com as nossas reações.
A TEORIA DA RELATIVIDADE
Reações são relativas a cada pessoa. Por exemplo, a reação de uma pessoa pode ser falar demais e gritar quando é confrontada com uma opinião oposta a sua. A reação de uma outra pessoa pode ser ficar assustada e se manter em silêncio. Restrição para a pessoa faladeira significa simplesmente ficar de boca calada. Restrição para a pessoa que fica amedrontada em falar é falar alto e claramente.
Aqui temos duas maneiras opostas de comportamento e ações proativas, mas ambas são baseadas e fundamentadas na resistência. Percebe?
O mundo externo à nossa volta é meramente um gatilho que nos incita à reações, a fim de termos a oportunidade de resistir e nos transformar.
UMA COMPREENSÃO MAIS PROFUNDA
Num outro nível de compreensão, a razão pela qual estamos separados da Luz é por causa de nossa natureza oposta. Rav Ashlag nos ensina que existe uma lei de repulsão em funcionamento no nosso mundo. Quando duas entidades espirituais são diferentes uma da outra, existe uma força de repulsão que as repele e cria um espaço. Quanto mais divergentes são as duas entidades, maior será a repulsão e o espaço entre elas.
Bem vindos ao planeta terra.
A Luz é a causa.
Nós somos o efeito.
Esse é um estado oposto de mente e consciência e assim nos encontramos em um estado oposto de existência. Ao invés de Luz, há escuridão. Ao invés de existência imortal, existe morte. Ao invés de felicidade existe tristeza. Isso acontece por causa do nosso estado de consciência oposto. Ser um efeito. Reagir.
O caminho de volta para casa é imitar a Luz.
O que a Luz fez, quando você se aproximou da essência da criação?
A Luz criou o receptor, o Desejo de Receber a Luz. Isso de acordo com o Zohar e todos os kabalistas, é única criação que já houve. Tudo já estava contido dentro da Luz. Toda a felicidade, conhecimento, prazer, alegria, etc, já existia, e sempre existirá na dimensão da Luz.
A única coisa que a Luz não possuía era o Desejo de Receber.
Por quê?
Porque a Luz é tudo. A Luz são todas as coisas. A Luz é a totalidade da realidade.
Não existe ninguém de quem a Luz possa receber e não há nada para a Luz receber porque a Luz contém TUDO!
Assim a Luz criou o receptor, o Desejo de Receber, a partir do nada.
Esses somos você e Eu.
Essa é a única criação que já aconteceu na história, no mundo e na verdadeira realidade. Tudo o mais é meramente uma reverberação de uma existência que já existe desde sempre.
Quando uma situação causa uma reação dentro de nós, isso significa que agora temos o desejo de receberReação e desejo de receber são sinônimos. Por exemplo, alguémnos fere e a nossa reação é raiva ou tristeza. Isso é um desejo de receber .
Quando vemos um Mercedes Benz bem novinho, um par dos maravilhosos sapatos Ferragmo, um irresistível buffet de comida que não é saudável ou uma pessoa super atraente, nosso ego (desejo de receber) é acionado e nós queremos experimentar o prazer. Agora mesmo!
O problema é que isso significa que ainda somos um efeito. O Mercedes Benz, os sapatos ou aquela pessoa maravilhosa foi o que ativou nosso desejo. O carro novo é a causa e nosso desejo por ele é o efeito. A razão real para resistirmos é porque agora NÓS nos tornamos a causa de nosso desejo. Se nós negamos para nós mesmos a gratificação instantânea, nosso desejo pelo objeto se intensifica. Nós nos tornamos responsáveis por criar nosso receptor e desejo, e agora nós somos exatamente como a Luz. Nós criamos o receptor. Dentro de nós.
Como o Kabalista Rav Berg diz, quando vemos uma roupa fashion na loja da Prada, e compramos, essa roupa realmente nos comprou. Pense nisso.
Como o Rav explica, o prazer que esse artigo da moda traz para nós já existia no Mundo Infinito. O que não existia era nossa capacidade de ser a causa do nosso desejo por ele.
A roupa era a causa do nosso desejo. Nosso desejo por ela foi o efeito. Quando resistimos ao desejo de comprar essa roupa imediatamente, temos agora a responsabilidade por criar nosso desejo ao invés da roupa ser a causa dele.
Reflita bem sobre isso, pois essa é a chave para a Kabbalah e para viver uma vida de plenitude e felicidade (se você tem alguma pergunta, por favor encaminhe para que possamos dar maiores esclarecimentos).
Quando resistimos ao desejo imediato pela roupa da moda, à comida ou qualquer outra coisa fora de nós, criamos nosso receptor.
Desse mesmo jeito, a Luz criou o Receptor. É por isso que temos que resistir. Somos agora idênticos à Luz. 
RESISTINDO EM DIREÇÃO A REDENÇÃO
Cada um de nós, individual e coletivamente, veio para este mundo para atingir uma certa medida de Resistência no universo, para remover o Pão da Vergonha, que é nosso desejo de nos tornarmos a causa da nossa Luz e felicidade ao invés de recebê-la como uma refeição de graça de uma instituição de caridade.
Quando o Receptor, que originalmente resistiu a Luz no Mundo Infinito, causou o Big Ben, 90% do trabalho foi alcançado.
Os 10% finais de Resistência, a Luz deixou para os 6.000 anos de história da consciência humana.
Uma vez que atingirmos uma massa crítica de resistência contra nosso ego, a Luz chegará com toda a sua força, de forma permanente, para o mundo inteiro.
Se continuarmos a gratificar nosso ego, iremos retardar nossa redenção até o final dos tempos e então seremos forçados a atingi-la pelo sofrimento e dor.
Resistencia / Restrição nos permite alcançar nossa redenção mais rápido de forma proativa e com misericórdia, ao resistirmos às influências do ego.
Dor e sofrimento é a maneira reativa para atingir a redenção.
Nosso livre arbítrio é escolher o caminho da misericórdia ou o caminho do julgamento.
As ferramentas da Kabbalah nos dá o poder, a força e a visão para saber que o significado da vida é resistir ao nosso ego, e praticar isso diariamente.
A Kabbalah e a restrição nos dão a habilidade de nos transformarmos:antes éramos pessoas ou seres reativos e agora somos pessoas proativas – de situação em situação.
Para nos transformamos: antes éramos um efeito e agora somos a causa – de pouco a pouco.
O ego é a força mais poderosa na terra.
Sem as ferramentas da Kabbalah, não há como vencer esta guerra por meio de um caminho
de misericórdia e amenidade.
Sem a ferramenta da restrição, e sem o Zohar, e sem o caminho para nos dar a força e a coragem para ativar a Resistência, nosso mundo seria forçado a mudar através da dor.
Rav Berg nos deu o maior presente de toda história.
A ferramenta da restrição.
É a única e mais ponderosa tecnologia na face da terra e temos que apreciar a genialidade de Rav Berg que nos deu esse poder.
Nem um dos Kabalistas da história fez com que isso se tornasse tão simples e profundo para as pessoas mudarem suas vidas e compreenderem o significado irrevogável da existência. E o Zohar e o Kabbalah Centre nos deram a força para ativar a resistência.
Afinal de contas, uma coisa é saber que temos que resistir. Outra coisa é ter coragem e força para verdadeiramente resistir ao ego.
IDENTIFICANDO O EGO
Agora vamos voltar ao início desse artigo para tratarmos sobre a dinâmica do ego.
O que é o ego?
Nossas reações reflexivas aos eventos externos e pessoas.
Nós estamos aqui para resistir às nossas reações.
No momento em que resistimos a reação, nós somos proativos.
Exatamente como a Luz.

Billy Phillips

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Diga SIM / Diga NÃO

Diga Sim 
Quando alguém pede sua ajuda, não pense.
Faça. 
A maioria de nós pensa demais. 
É pedido uma ajuda de nós e dizemos: Sim, bem, não, deixe-me pensar a respeito. 
Neste espaço permitimos que a dúvida entre e - boom - a oportunidade é perdida. 
A oportunidade de sair para fora de nossa zona de conforto e nos conectar com as bênçãos que nos aguardam.
Encontraremos todas as razões do mundo para não fazer algo se pensamos a respeito demais.
É por isto que hoje, quando alguém pedir por ajuda, diga sim.

Diga Não
Esta é direcionada para todos que agradam pessoas e que tem dificuldades em dizer não.
Para aqueles de vocês que acha fácil dizer sim, que ficam pálidos e instáveis quando estão confrontando alguém, tente dizer não hoje.
Não para todos, é claro.
Mas fique consciente do que você pode e não pode, quando você está feliz em fazer e o que você faz com ressentimento.
Assuma o risco para si mesmo.

Por: Yehuda Berg

Diminuindo o Espaço entre Nós e a Luz


Compartilho com todos um ensinamento especial, simples, porém muito poderoso:
Depois que o mundo e todos nós ficamos fragmentadas com o Tzim Tzum (Restrição original ou como a ciência chama, “Big Bang”) criamos um espaço entre a Luz e nós.
E através de um simples comportamento, como quando alguém nos pede um favor e no mesmo segundo fazemos esse favor para a pessoa, diminuímos esse espaço entre nós e a Luz.
E o que significa diminuir esse espaço? 
Significa que, se precisássemos de 1 ano para a Luz realizar um desejo, um sonho nosso, vamos então precisar apenas de 1 ou 2 meses.
Se precisássemos de 5 anos para ficarmos prósperos, a Luz vai diminuir esse tempo para 7 – 10 meses.
Se precisássemos passar 7 anos solteiros para então encontrarmos nossa alma-gêmea, vamos precisar apenas de meses para encontrarmos e nos casarmos com o amor de nossas vidas.
Ou seja, quando fazemos os favores que as pessoas nos pedem exatamente no mesmo segundo, diminuímos e até eliminamos o espaço que tínhamos entre nós e a Luz, porque na verdade o tempo e o espaço é uma ilusão, e conseguimos vencer essas limitações físicas através do nosso comportamento pró-ativo e conexão com a Luz.
Na prática, temos que ansiar e até mesmo nos adiantar em fazer os favores que os outros nos pedem, para então eliminarmos o espaço entre nós e a Luz e assim fazermos com que nossos pedidos, orações e sonhos se tornem realidade o mais rápido possível!
Temos o poder de adiantar o processo de recebimento de nossa vida feliz!
Por: Marcelo Steinberg e Shimon Ferreira

terça-feira, 7 de outubro de 2014

sábado, 27 de setembro de 2014

Juntos Podemos Mover Montanhas


A Bíblia conta uma história de como os descendentes de Noah queriam criar uma torre para alcançar os portões do Céu. Mas havia aqui um compromisso enorme... imaginem construir uma torre para o Céu!
No final, a única coisa que os parou foi o Criador vir cá abaixo e confundir os seus discursos, criando vários idiomas de forma que ficaram incapazes de comunicar uns com os outros. O ponto é que as pessoas estavam tão unidas na sua intenção e tão focadas na sua ação que quase conseguiram o impossível.
Qualquer associação de pessoas é poderosa, mesmo que por vezes exista pelas razões erradas. Um grupo de indivíduos com desejo suficiente pode fazer qualquer coisa. Então neste momento caótico, vamos pensar como poderemos afectar o mundo se unirmos as nossas linhas de consciência individuais para cobrir o mundo com energia positiva. Se conseguimos juntar-nos na espiritualidade e objectivo de alargar a dignidade humana para todos, então juntos podemos mover montanhas.

Karen Berg

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Honestidade

“…quando nos mascaramos para o mundo, nos mascaramos para nós mesmos, separando-nos da Luz interior, nossa verdadeira essência. Não pode haver plenitude vivendo desta maneira."-
- Karen Berg,
Com quantas pessoas na sua vida você é totalmente honesto?
Quantas pessoas na sua vida são totalmente honestas com você? 
Existe alguém na sua vida com quem não haja bloqueios, com quem não haja véus?
Honestidade é uma palavra bem solitária.
Temos muito medo de dizer o que temos em mente, seja por temermos o que "eles" irão pensar, ou por não querer sobrecarregar as pessoas com nossas verdades terríveis.
Uma das coisas mais difíceis na Cabala – uma das coisas mais difíceis na vida – é viver num meio emocional verdadeiro. Mas precisamos disto, quando há outras forças tentando nos derrubar.
Podemos suportar melhor este peso se tivermos alguém nos ajudando.
Mas a única maneira de outras pessoas nos ajudarem é se formos verdadeiros desde o início, e o tempo todo.
Jogos mentais, inseguranças, se fechar – tudo isto detém nossos relacionamentos, amizades e nossa vida em geral.
Se você quer ter sucesso em seu caminho, ele deve ser compartilhado.
Isto significa tornar visível a dor e o embaraço pelo menos para um amigo ou para um professor em quem confiamos.
E, por favor, saiba que há pessoas esperando que você se abra (e que estão esperando para se abrir com você.)
O objetivo esta semana é encontrar uma ou duas pessoas com quem você possa compartilhar o que você é, no seu cerne.
Coloque para fora todos os pensamentos nebulosos e preocupações; abra todas as câmaras secretas do seu coração.
Esteja disposto a parecer um completo idiota, fraco, perdedor – ou seja o que for que você tenha medo que "eles" lhe chamem.
Conecte-se com pessoas de forma verdadeira e você se conectará com seu verdadeiro eu – pleno, em paz e decidido.
Por: Yehuda Berg

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Transformação é Evolução

Transformação é evolução, evoluir é transformar-se.
Transformar-se é estar em eterno movimento e assim, mais próximos de D´us. 
Mas como podemos nos transformar? 
Transformar o mundo? 
Para a Kabbalah todo o trabalho é muito sutil, pequenas mudanças de atitude e de intenção (Kavaná) mudam tudo!! 
Tudo mesmo! 
A idéia começa quando tudo é entendido a partir da tua realidade, o que está dentro está fora, logo, quando cada pessoa resolve fazer um movimento, movimenta toda a humanidade.
Vivemos estagnados e presos nos desejos egoístas que só promovem destruição e sofrimento.
Este é o mundo do caos, Olam Tohu e, nosso trabalho, é sair desta realidade.
Nela vivemos num limite depressivo, sem movimento, sem criação, sem idéias ou vontade de fazer alguma coisa. Andamos em círculos, vivemos o mesmo diariamente, sempre igual, mesma rotina, mesmos obstáculos, logo estamos presos no que chamamos de Zona de Conforto.
Com isto, no dia-dia devemos romper com padrões de movimento, com a nossa preguiça.
Fazer algo para sair da obscuridade, conhecer o desconhecido, revelar o desconhecido.
Sair de uma realidade é um processo de transformação.
Nossa transformação começa com a caminhada para libertar-se do Egito (Mitzraim). Abrir a percepção da realidade, sair da Arvore do Bem e do Mal e adentrar na Arvore da vida.
Enquanto uma é a realidade de Tohu, da separação, da queda, da vergonha, projeções, culpas e mentiras, a outra é a arvore do centro e unidade.
A passagem de um estado para o outro é o desmanche da matéria, dos 5 sentidos, através do mergulho na dimensão de Daat (uma não sefirá, que significa conhecimento).
Transformar-se é transformar tudo na sua volta em espiritual, tirando da escuridão a essência e a luz.

Mudar o Mundo, a Realidade é dar Movimento a Ela.

O universo para a Kabbalah não é um universo acabado, mas tudo está sendo construído em parceria com o Divino.
“Fazemos acontecer” disse D´us no Gênesis.
Podemos perceber que existe algo mais alto e uma dimensão maior, onde cada molécula e cada célula está sendo criada novamente neste momento.
Nada é estático.
Todo nosso mundo é uma expressão de uma fonte superior.
A transformação global é o que chamamos de Tikun Olam, conserto do mundo, um conceito antigo dos cabalistas, que acreditavam e trabalhavam pela correção do mundo.

Olam, em hebraico significa " mundo ", vem da raiz que significa escondida.
O mundo é a máscara de D'us.
Necessitamos remover as mascaras e ir alem.
O caminho para a mudança é individual e começa com a mudança de percepção da realidade.
A percepção é criada a partir de componentes básicos: aquele que percebe e o que é percebido.
O percebido tem relação com o que se chama: Sua Essência (Atzmut), e “o que percebe”, é aquele que alcança certo grau espiritual e contacta a sua essência, que se denomina Alma (neshama).
Este é aquele que revelou, trouxe para fora o conhecido desconhecido.
A realidade é independente da forma como é percebida; Isto significa que muitas realidades podem estar acontecendo, pois as mudanças são experimentadas por aquele que percebe.
A realidade de tempo e espaço, a consciência temporal surge com o homem, com a existência física, enquanto que a realidade espiritual se apresenta de outra forma.
Toda a linguagem da Kabbalah se refere a diferentes formas em que a neshamá pode apreender a luz, que é a essência de toda a realidade.
Transformação para a Kabbalah depende da conexão que podemos fazer com a Luz infinita, D´us, que nos traz a realidade espiritual, um tempo sem tempo, um espaço sem espaço.

Fonte: Escola de Kabbalah de Porto Alegre

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Transformação

Os kabalistas ensinam que nosso propósito nesse mundo é nos transformarmos de seres egoístas em seres que compartilham.
Fazemos isso centímetro por centímetro, camada por camada, removendo um aspecto após outro da nossa negatividade, para revelar a verdadeira natureza de compartilhar da nossa alma.
Às vezes, os alunos me perguntam: “Como saber que realmente me transformei?”
É uma boa pergunta, porque existe uma grande diferença entre uma mudança de comportamento e uma transformação permanente.
Você pode exercer a restrição quanto a uma necessidade egoísta, um mau hábito ou uma tendência destrutiva e se considerar mudado, mas se não tiver transformado o desejo, você não terá realmente se transformado em um novo ser.
Normalmente, pensamos que nosso trabalho espiritual muda comportamentos, mas a verdade é que precisamos mudar nossos desejos.
A única vontade da nossa alma é compartilhar.
Ao nos concentrarmos em como podemos expandir nossa capacidade de cuidar dos outros, na verdade expandimos o desejo da nossa alma, e consequentemente diminuímos os desejos egoístas.
Transformação permanente é quando não parece mais restrição resistir àqueles hábitos e tendências que uma vez foram tão tentadores para nós.
Identificar as áreas onde simplesmente fizemos alguma mudança versus transformação verdadeira pode ajudar a nos orientar sobre o passo seguinte que precisamos dar no nosso trabalho espiritual.
Quando sentimos um anseio verdadeiro de sair de nós mesmos e ajudar os outros é que podemos dar o adeus final àquela negatividade para sempre.
Por: Yehuda Berg

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Paixão, Perseverança, Paciência...

Você sentiu isto?
A terra está girando a uma velocidade entre 1120 e 1660 quilômetros por hora.
Tem certeza que não está sentindo?
Assim como o mundo gira ao redor do seu eixo e não sentimos, os resultados de fazer a restrição, de olhar para dentro, de se preocupar com os outros, de fazer trabalho voluntário, de estudar, etc, nem sempre são visíveis.
Devemos lembrar que, espiritualmente falando, não vemos os resultados enquanto trabalhamos.
Na verdade, quanto mais forte a Luz que queremos revelar, mais escuro parecerá ser o processo.
E para muitas pessoas que não têm este conhecimento, isto pode ser frustrante e pode fazer com que desistam.
Mas não para você.
Você sabe como o sistema funciona!
Nós não vemos a árvore crescendo quando regamos a semente todo dia, mas experimente não regá-la por alguns dias e veja como ela morre rápido.
É por isso que o trabalho espiritual exige 3 P’s:
Paixão
Perseverança
Paciência
É natural sentir uma queda depois da energia elevada das festas como chanuká.
A forma de combater isto é colocar as dúvidas para dormir e dar todo seu amor e energia para seus novos comprometimentos.
Volte sempre para sua inspiração original.
Esta paixão lhe inspirará a seguir em frente.
Ela é verdadeira.
Confie nela.
Confie em si mesmo.
Confie no sistema.
Garanto que se você fizer isto, suas sementes irão se transformar em raízes e galhos e formar a linda árvore com a qual você sonha.
Por: Yehuda Berg

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Sonhos

Segundo o Zohar todos os sonhos se desdobram conforme a interpretação que damos a ele.
A medida que um homem é mais espiritual, mais verdadeiro são seus sonhos. Quando uma pessoa está escravizada pelo seu ego, pelas forças negativas, o corpo possui mais força que a alma, e com isto é mais difícil ter sonhos bons, elevados, mensagens através destes.
Os sonhos podem conter mensagens boas e mensagens ruins, mensagens falsas e verdadeiras.
Os sonhos podem ser Naturais, pesadelos, providenciais ou proféticos.
Os sonhos Naturais representam os comuns, possuem um nível mais baixo de mensagens, estão ligados a consciência do corpo, falam mais do cotidiano, vem com as experiências diárias e suas angustias.
Os pesadelos são sonhos gerados pela nossa própria negatividade.
Os sonhos Providenciais são as mensagens e lições de vida que recebemos, é a verdadeira comunicação com a Alma, com D´us e devemos dar atenção a eles.
Os sonhos proféticos representam um nível muito alto, e normalmente se apresentam àquelas pessoas que dedicam sua vida a transformação espiritual e a ajudar outras pessoas.

Fonte: Escola de Kabbalah de Porto Alegre

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O que acontece depois da morte

Um dos nossos maiores medos é o medo da morte. 
Existe um lado saudável para o medo da morte – ele nos faz dar valor à vida e querer viver o máximo possível. 

Devemos querer viver o máximo possível porque só quando a alma está no corpo ela pode revelar Luz no mundo, e nunca sabemos se já fizemos o suficiente neste corpo atual.
Por outro lado, existe um medo negativo da morte que é prejudicial.

É importante ter consciência do que é a morte e o que acontece.
Saber como funciona o sistema nos ajuda a eliminar medos negativos nesta área e assim injetar mais vida na vida.

O Zohar ensina que 30 dias antes de a pessoa morrer a alma começa a sair do corpo.
A alma tem três aspectos ou níveis, chamados Nefesh, Ruach e Neshamá.
Na hora da morte os dois níveis mais elevados deixam o corpo.
O mais baixo, Nefesh, passa por um processo de até 11 meses para se desprender do corpo.
O Zohar fala que a Tzelem/sombra da alma começa a deixar o corpo 30 dias antes da morte.
Ela é uma extensão da alma.

Sendo assim, a causa da morte não é o acidente, o tiro, o ataque cardíaco, a doença.
Ficamos excessivamente presos na razão física.
Uma das principais ênfases da cabala é nos mostrar que o nível físico é apenas o efeito.
A causa da morte é a entrada de uma força metafísica chamada anjo da morte, que tem permissão de separar o corpo da alma.
Na verdade o propósito da morte é permitir à alma continuar seu processo de correção.
Se uma pessoa numa determinada vida criou muitas camadas de negatividade que encobrem sua alma, a morte ajuda a alma a se purificar.
Outro motivo para uma pessoa deixar este mundo é que aquela alma precisa de outra família e outro referencial para continuar evoluindo.
Ainda outro possível motivo para a morte é que a pessoa tinha uma missão e ela já foi cumprida.

Queremos viver o máximo possível, porque só na realidade física se consegue viver o processo de transformação.
Todavia, se já estiver acontecendo, devemos saber que vem da Luz e é o melhor.
Em vez de ficar tão preocupado com o que está acontecendo no negócio, na saúde, no casamento, devemos nos preocupar com onde está nossa consciência.
Quando as coisas estiverem acontecendo já pode ser tarde demais.
Devemos nos preocupar em conectar mais com a Luz quando não estamos preocupados com algum problema imediato.
É bom sentir uma pressão interna saudável para crescer, principalmente quando está tudo bem, e quando não há evidência de problemas no plano físico.

É importante ficar atento também aos sinais de aviso, que estão sempre presentes. Não necessariamente o sinal precisa acontecer com você.
Pode ser notícias que recebemos sobre outras pessoas.
Os sinais vêm para nos despertar antes que o caos se aproxime ainda mais e a pessoa seja forçada a “acordar”.

O campo de batalha do jogo da vida é na mente, antes de os problemas surgirem. Durante anos uma pessoa pode ser desonesta e tudo dar certo na vida dela.
Na verdade esta é a pior coisa que pode acontecer, porque ela nunca desperta para o erro de suas escolhas e não tem oportunidade de mudar.
Quando acordar será tarde demais.

Quem morre é o corpo.
A alma é eterna e continua seu processo.
Neshamá e Ruach saem do corpo e Nefesh ainda fica algum tempo.
Para terminar o processo o Nefesh deve se juntar ao resto da alma.
O enterro faz com que Terra "engula" o desejo de receber para si mesmo do corpo e liberta o Nefesh.

No caso de um Tzadik/justo que completou sua correção o processo é diferente.
Os três níveis deixam o corpo e fica uma faísca corrigida no local do túmulo com a qual quem visita pode se conectar.

Durante os sete dias de luto o Nefesh nem entende que morreu.
Para quem ficou aqui, é importante ajudar a alma a seguir em sua jornada.
Por isso, o luto da família é bom, mas não se deve exagerar.
Para a alma, já é difícil se desapegar e partir.
Se a família ainda ficar dificultando, fica ainda mais difícil

Por: Shmuel Lemle

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Tudo é uma questão de tempo

Falemos de comunicação!
É sabido que a Luz fala conosco o tempo inteiro, mas devido às limitações dos nossos cinco sentidos não percebemos a grande maioria das mensagens da Luz.
E pior do que não ouvir é entender errado!
Como é que podemos entender errado?
De várias maneiras, e a principal maneira é quando acontece uma coisa ruim em nossas vidas e ficamos chateados, tristes e até em profunda depressão. 
Todos esses sintomas negativos são sinais de que na verdade não entendemos a mensagem da Luz.
Por quê?
Porque tudo que a Luz faz é para o bem e quando ficamos tristes com algo que a Luz colocou em nossa vida é a clara indicação de que então não entendemos nada do que nos aconteceu!
Partindo desse ponto de que não entendermos nada, como podemos então concluir algo?
Como podemos concluir se algo é bom ou ruim em nossa vida?
Quem sabe a resposta seja uma: o tempo!
O tempo dirá se aquilo que nos aconteceu realmente foi a melhor ou a pior coisa de nossas vidas!
Aqui precisamos entender o ensinamento básico e poderoso da cabala que se chama “ser reativo”.
Ser reativo é agir ou julgar de forma imediata.
Ser reativo significa ser controlado por uma situação externa.
Ser reativo significa se tornar o efeito em vez da causa!
Ser reativo significa que uma situação ou pessoa está controlando nossas emoções.
Penso muito num ensinamento do Rav Ashlag, onde ele usa o processo de amadurecimento de uma fruta para explicar uma coisa muito importante: o processo.
Tudo na vida passa por um processo e a cabala ensina que todo processo, e conseqüentemente, tudo que existe – passa pelas “Quatro Fases”.
Rav Ashlag explica que tudo é uma questão de tempo.
Pessoas e situações “verdes” um dia se tornarão “doces” e “maduras”.
Peçamos a Deus sabedoria, persistência e paciência para conseguir esperar o fim do processo de alguma questão em nossas vidas e um dia no futuro possamos olhar para o passado e dizer de todo coração:
“Tudo valeu muito a pena.”
Por: Shimon Ferreira