A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


quinta-feira, 31 de março de 2016

O Poder da Oração

Pergunta de um aluno para Michael Berg:
Um dos membros de minha família sofreu um acidente em seu trabalho e teve que passar por diversas cirurgias da coluna. Ele está parcialmente paralisado e não foi afetado apenas fisicamente, mas mentalmente também. Ele está deprimido e toda noite ele tem tomado várias pílulas para dormir, pílulas para dor e relaxantes musculares. Eu queria que o resultado disto fosse que ele recebesse ajuda, e não que ele ficasse chateado. Você tem algum conselho de como abordar esta situação?
Resposta (de Michael Berg):
Sabemos que a oração tem o poder de alterar situações negativas. Por exemplo, se uma pessoa esta doente, através do poder da oração ela pode ser curada. A questão é, como orar?
Agora, antes de responder a esta pergunta, é essencial que possamos entender que oração é um tema que exige grande discussão. Obviamente, existem muitas regras que se aplicam a este conceito. Por exemplo, sabemos que a oração nem sempre garante que o resultado desejado ocorra, e isto acontece devido a uma série de razões.
Ao saber disto, podemos ganhar um grande insight ao recorrer às palavras do grande cabalista do século 18, Rav Elimelech de Lizensk. Ele escreve,
“Quando um tzadik [a parte justa que existe dentro de cada um de nós] reza por outra pessoa, ele inclui e investe todo o seu ser em suas orações, todos os seus 248 limbos, pensando em nada mais do que o desejo de ajudar a outra pessoa necessitada. Ele laça a pessoa para a qual ele está rezando aos seus próprios 248 limbos, e assim ele a torna santa, e então, ele recebe respostas para suas orações.
Pois, porque que uma pessoa fica necessitada? Certamente, é porque ela fez alguma ação negativa com um de seus 248 limbos. E quando um tzadik abraça a pessoa para si mesmo, os limbos da outra pessoa se tornam únicos com o limbo do tzadik. Através disto ela é curada e corrigida da negatividade que ela trouxe para cima de si mesmo. E como sua ação negativa é corrigida, o processo de purificação que ela traz para cima de si mesmo é eliminado.”
Rav Elimelech nos dá um belo entendimento do poder da oração para outras pessoas. Ele explica que quando uma pessoa reza por outra pessoa, ela tem que ter em mente que é preciso abraçar espiritualmente a pessoa necessitada, tornando-a única consigo mesmo. Ao fazer isto, ele muda a outra pessoa e faz com que ela fique tão completa quanto ele.
Entendemos agora a profundidade e intensidade que os pensamentos de uma pessoa têm que estar quando ela ora por outra pessoa. Pois se ela esta simplesmente falando a oração, não tem muita possibilidade que a oração seja respondida. Apenas quando ela inclui todo o seu corpo, toda sua alma e essência em suas orações é que ele será capaz de atingir o que foi explicado acima. Pois quando oramos por outras pessoas, estamos na verdade abraçando elas e doando nossa completude.
Que maneira bela de entender a oração!
Agora temos o verdadeiro insight do poder da oração. Espero que depois que tenhamos entendido esta lição, nós iremos investir mais de nossos seres nas orações que fazemos para outras pessoas. Pois, como foi explicado acima, para verdadeiramente influenciar mudanças positivas em outras pessoas, precisamos investir o nosso ser inteiro na oração, abraçando-as completamente e curando-as.

Michael Berg (Amir Michael Rehan)

terça-feira, 29 de março de 2016

Cultivar apreciação


Quantos de nós damos valor ao fato de que acordarmos todo dia é um milagre? Não precisamos acordar, há muitas pessoas que não o fazem. Geralmente, não vemos as coisas dessa maneira. Na verdade, em nossas mentes é normal, para nós, acordarmos.
Lembro-me do que uma grande pessoa me disse certa vez: “ Gostaria que todas as pessoas ficassem doentes durante um dia em suas vidas.” Por quê ? Porque é a maneira da pessoa dar valor à saúde.
Nós, na condição de seres humanos, vivemos em um espaço chamado “Desejo de Receber.” Vivemos em um lugar que diz: “Enquanto eu estiver recebendo algo, tudo está bem.” Assim, com muita frequência, deixamos de dar valor às coisas comuns, como acordar.
Hoje, lembre-se de apreciar o fato de que VOCÊ recebeu uma dádiva maravilhosa neste dia.

Karen Berg

segunda-feira, 28 de março de 2016

O poder da oração


Dizem que Deus não se importa com nossas orações – afinal, Deus nos ama incondicionalmente, certo? Deus não “precisa” de nós. Ele não exige que compareçamos e façamos todas as nossas conexões espirituais, que utilizemos todas as nossas ferramentas espirituais. O único motivo de nos dedicarmos ao nosso crescimento, se deve ao fato de que somos nós que precisamos do Criador, somos nós que precisamos de um processo que permita à negatividade se equilibrar. Mas a única maneira de encontrarmos equilíbrio em qualquer coisa é por meio de algum tipo de esforço.
Se quisermos ter músculos mais fortes, precisamos exercitá-los. Se quisermos ter mentes mais claras, precisamos ler, jogar xadrez ou fazer outras coisas para focar meus pensamentos. Pois é, da mesma forma, se quisermos ser mais espiritualizados, precisamos utilizar ferramentas espirituais para fazer com que isso aconteça. E, sim, sentar-se e rezar é importante. Mas, o que é ainda mais importante é como tratamos nossos empregados, nossas mães, nossos primos, nossas esposas, nossos maridos ou nossos amigos, depois de rezar. Se não pudermos tratar os demais com dignidade humana, podemos rezar o dia todo, mas isso não nos tornará espiritualizados.

Karen Berg

domingo, 27 de março de 2016

Bênçãos fluindo

Talvez, você tenha experienciado momentos em sua vida que apesar de fazer todo o trabalho espiritual de forma “correta”, os resultados ainda não foram manifestados.
Por que isso?
Será que não os merecemos?
Ou talvez nós ainda não fizemos o suficiente para merecê-los?

Volta e meia, nos deparamos com estas questões, e a resposta é simples.
Muitas vezes, nós merecemos as bênçãos, mas elas não podem fluir para as nossas vidas simplesmente porque criamos uma barreira entre nós mesmos e as bênçãos. Esta barreira tem um nome: ego.
Deixe-me explicar.
Assim como as águas fluem até o nível mais baixo, as bênçãos também fluem até o nível mais baixo.
Isso significa que quando o nosso ego está elevado, nós estamos em um lugar espiritualmente diferente das nossas bênçãos. E, assim, elas não conseguem penetrar em nossas vidas.
Agora, vamos discutir esta palavra “ego” por um momento, porque a usamos todo o tempo, mas não é sempre que sabemos o que ela significa.
Ego quer dizer que pensamos que somos melhores que alguém.
Significa, portanto, que podemos nos tornar raivosos ou preocupados com uma pessoa e tratá-la mal.
Significa, portanto, que podemos ficar com ciúmes quando alguém tem mais do que nós temos, e assim, podemos falar mal delas e desejá-las coisas ruins.
Significa que podemos ser indiferentes com as pessoas que julgamos insignificantes e indignos de nosso tempo e amor.
O ego é o que nos incapacita tratar um outro ser humano com respeito e dignidade.
É por isso que devemos nos envolver em um constante processo de diminuição do ego.
Podemos trabalhar dia e noite para revelar Luz e bênçãos através do compartilhar e do trabalho, mas em ordem para a Luz fluir para baixo em nossas vidas (por exemplo: prosperidade, claridade, cura e paz), devemos diminuir os nossos egos e tratar cada um que passe em nossas vidas com cuidado e decência.
Todo dia quando acordamos, a questão que devemos nos perguntar é:
“O que eu farei hoje para diminuir o meu ego?”
Quando esta é uma prioridade real, as bênçãos que já estão prontas para vir, virão. Sem sombra de dúvida.
Me sinto convincente em enfatizar isso agora porque me dói pensar o quanto nós sabotamos nós mesmos.
Trabalhamos duro para despertar as bênçãos e as bloqueamos por causa do nosso estúpido ego.
Nesta semana que virá, foque em como você trata as pessoas. Perceba quando você estiver sendo indiferente, mesquinho ou ciumento.
Trabalhe em ser amável, mais atencioso e tenha as mãos sempre abertas para ajudar cada pessoa que cruzar o seu caminho, ofereça-lhes um mínimo de dignidade humana.
Mas, por favor, não faça isso porque é espiritualmente a coisa a se fazer, ou para ser uma boa pessoa.
Faça porque você sabe, no fundo do seu coração, que isso removerá as barreiras construídas entre você e as bênçãos que você criou.

Por: Michael Berg

sábado, 26 de março de 2016

Como saber se alguém nos ama?

Uma vez perguntaram a um grande cabalista do século 18:
- Como saber se alguém nos ama?
Sua resposta:
- Quando esse alguém conversa e compartilha com você.
Proporcionalmente a quanto a pessoa compartilha, esse é o tanto que ela nos ama.
Em outras palavras, existe uma correlação direta entre quanto compartilhamos e o amor que sentimos dentro de nós.
Se existem pessoas em sua vida que são importantes para você, não assuma que elas sabem disso.
Temos que ter certeza de que quando elas realmente necessitem de nós, estaremos ao seu lado.
Não podemos estar com todo mundo o tempo todo, vinte e quatro horas por dia. Mas temos que pedir ao Criador para assegurar que estejamos disponíveis nos momentos em que realmente essas pessoas precisem de nós, nas melhores ou nas piores situações.
Vocês sabem como é frustrante quando realmente precisamos de alguém especial com quem compartilhar e escutamos a secretária eletrônica.
E vocês também sabem como é bom quando ligam e a pessoa atende.
Ela está ali para lhe ouvir.
Ela escuta e permite que você seja franco, sem fazer qualquer tipo de julgamento.
Seu coração está aberto para você, não importa o que aconteça.
Queremos ser capazes de transmitir esse sentimento para os outros tanto quanto possível. E por haver momentos em que verdadeiramente não poderemos estar disponíveis, temos que ter certeza de que estaremos presentes e abertos nas outras ocasiões.
Esse é o mínimo que gostaríamos de ter para nós mesmos.
Quando precisamos de alguém, queremos que essa pessoa esteja disponível.
Quanto mais ela estiver presente, mais saberemos que estamos próximos um do outro.
Quanto mais amamos alguém, mais compartilhamos com essa pessoa.
Tão simples quanto isso.
Logo, a chamada para ação nestes dias é: esteja presente nos momentos importantes das pessoas que são importantes para você.
Por: Yehuda Berg

quinta-feira, 24 de março de 2016

Reagir ou Não

Nem sempre controlamos as circunstâncias externas de nossas vidas – às vezes algo inesperado acontece.

O que podemos controlar é se vamos reagir ou não ao ocorrido.

Quando reagimos, é como se estivéssemos saindo de cena.
Deixamos de ser a pessoa responsável por nós mesmos.
Tornamo-nos o efeito daquilo que nos está fazendo reagir.

É preciso muita disciplina para permanecer calmo e manter a certeza inabalável de que tudo é para o melhor, mas, quanto mais praticarmos esse comportamento não reativo, mais estaremos fazendo crescer nossa paz interior.

Por: Yehuda Berg

quarta-feira, 23 de março de 2016

Encha sua taça

Assim como é importante ser generoso e ter compaixão com os outros, é igualmente importante ser generoso e ter compaixão com nós mesmos.
Todos nós conhecemos a frase, “Ama a teu próximo como a ti mesmo”.
Mas se nossa taça está vazia, o que teremos para compartilhar?
Seja paciente consigo mesmo.
Combata o tiroteio negativo em sua cabeça com palavras de serenidade e que elevem seu ânimo.
Seja seu próprio defensor, porque se você não se cuida, quem cuidará?
Como disse um grande sábio certa vez:
“Se eu não sou por mim, quem vai ser?”

Sabemos que a falta de autoestima, falta de amor próprio, depressão, tristeza, dúvidas sobre nós mesmos, etc. são todas extensões do ego.
E a Cabala fala de uma lógica espiritual, de um sistema onde você só pode dar, compartilhar, se você tiver isso dentro de você.
Então não podemos, por exemplo, dar amor aos outros se nós mesmos não nos amamos.
É como se déssemos às pessoas um balão no formato de coração, porém aquele “coração” está cheio de nada, só tem a forma de amor, mas que não tem amor nenhum dentro, apenas está “cheio de ar”.
Mas quando desenvolvemos nossa autoestima, nos amando, reconhecendo nossa Luz interior e percebendo como somos “mais do que bom”, aí em vez de darmos “balões de corações” às pessoas, nós damos “tortas recheadas com amor e com cobertura de quero mais”.
As pessoas vão sentir nosso amor e vão querer mais, desejando estar perto da gente e ainda, nos dando amor em retorno!
Tudo isso porque amamos a nós mesmos, e assim podemos cumprir a maior das ações espirituais: “Ame a teu próximo como a ti mesmo.”

Quando não estamos felizes, contentes com nossas vidas (mesmo quando não há muitos motivos físicos para essa felicidade) nós repelimos as pessoas, elas se afastam da gente, elas sentem, algumas conscientemente e outras inconscientemente, que não precisam estar perto de energias mais baixas que as delas e aí fogem da gente.
O amor tem um poder imensurável, e a falta dele também.

As leis do compartilhar e do receber:
- se quero algo tenho que dar algo; e
- se quero dar algo tenho que ter esse algo dentro de mim.


Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

terça-feira, 22 de março de 2016

Mundo Incerto

Como sobreviver em um mundo incerto?
Todos nós passamos dificuldades na saúde, finanças, amigos, relacionamentos - na vida.
Quando parece ser o mais escuro, quando parece que o final da estrada chegou e você está lá todo sozinho, quando você imagina o que está por vir, abra suas portas para a certeza, e você encontrará um lugar que é melhor do que era antes. A Luz está lá para equilibrar a negatividade.
Tenha certeza na Luz.
Se a situação aparenta estar muito muito difícil, significa que existe muita Luz para vir dela.
“A única maneira de obter um diamante brilhante é colocando muita pressão no carvão preto." - Karen Berg

Cadê sua certeza hoje?

E é quase inevitável que em cada passo que nós damos no presente temos medo do que vai acontecer no futuro.
Nós então ficamos perdidos, alias perdidos e paralisados.
Não conseguimos dar um passo com o medo.
Precisamos então da certeza do nosso lado.

Antes de termos a mão da Certeza precisamos saber o que Realmente desejamos. Perguntemos a nós mesmos:
“O que eu quero?
Quero continuar nesse caos, ou quero um milagre que me transporte para outro filme de vida?”
Ou perguntar:
“O que é melhor pra mim? O que eu quero receber na minha vida?”

Essas perguntas podem salvar nossa vida, podem salvar nosso futuro!

É importante prestar atenção num detalhe:
Quando perguntamos a Luz o que é melhor para nós e o que devemos fazer, não é para nos importar em Como as coisas vão acontecer.
Não precisamos nos preocupar com o “Como”.
Esse problema do “Como” é somente problema da Luz, e não nosso!
Nós pensamos que só existe uma ou duas maneiras de que aquilo que desejamos aconteça, certo?
Mas a cabala nos ensina que sempre existirá uma opção que a Luz “vê” mas nós não!
Então deixemos que a Luz “aponte” a nossa opção!
Mais uma coisa: o deixar o “como” nas mãos da Luz não significa que vamos cruzar os nossos braços e deixar o “barco” ir com a “maré”, mas sim que vamos fazer o que a Luz quer que façamos.

Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

segunda-feira, 21 de março de 2016

Sujeito a mudanças de acordo com a data: Por favor leia antes de quarta-feira.


Nesta quarta-feira à noite abre-se uma janela cósmica no tempo conhecida como Purim, quando a porta é aberta especialmente para nos apoiar em nossas mudanças. Mas, para maximizar essa oportunidade, precisamos extrair nossa negatividade de nosso coração, de nossa mente e de nossa consciência, levando-a para a Luz.
Lembre-se de que NÓS somos os ÚNICOS que podemos nos modificar , e que estamos em um ponto critico em toda a operação de autotransformação.
Sim, um professor ou um caminho espiritual podem nos dar as ferramentas e nos apontar o caminho, mas, se não olharmos para dentro e realmente tentarmos descobrir como mudar nossa consciência, a mudança verdadeira não pode acontecer.
Assim, ao nos aproximarmos de Purim, vamos dedicar, pelo menos alguns minutos, para nos prepararmos, olhando para dentro de nós, para encontrar os pensamentos e ações negativas que se repetem continuamente em nossas vidas. A partir daí, podemos trabalhar no sentido de descobrir o motivo de continuarmos a voltar a essas mesmas situações, de tal forma que possamos aproveitar essa verdadeira oportunidade de transformarmos a nós mesmos e de transformar nossas vidas em Purim.

Karen Berg

domingo, 20 de março de 2016

Festa da ALegria

Nos dias 23/24 de março comemoramos a Festa de Purim

Nascemos com grande potencial para atingir alturas incríveis.
Mesmo assim, frequentemente, nos contentamos com menos porque fomos consumidos pela dúvida.
Por isto que nosso maior desafio na vida é derrotar nossa própria dúvida.
Não é fácil.
Incerteza esta tão engrenada em nossa consciência que somos cegamente condicionados à ela.
Felizmente, o Criador nos fornece assistência para remover aspectos escuros de nós mesmos.
O feriado de Purim é uma destas assistência.

Conhecido como o feriado da Alegria, Purim tem a energia de destruir a dúvida. Assim como Rav Brandwein ensinou ao Rav:
"Não há nada que crie tanto prazer quanto a remoção da dúvida."
Pois quando removemos as dúvidas sobre nós mesmos, não há obstáculos bloqueando nossa grandiosidade.

Durante Purim podemos conectar com esta energia ao fazer simples ações: ler o Livro de Esther, fazer uma celebração festiva com os amigos, e dar presentes ao pobres.
Fazer estas conexões nos dá a habilidade de abrir nossas mentes e alma para manifestações muito maiores do que acreditamos poder atingir hoje.
E o despertar dura para o ano todo!
Isto significa mais prazer e certeza em tudo que fazemos.
Tenham uma noite de alegria.
Alegria extrema.

Fonte: Kabbalah Centre

sábado, 19 de março de 2016

Vai e Volta

Quando alguma coisa ruim acontece na vida, nosso instinto é olhar para o céu e argumentar com Deus: “Como o Senhor pode fazer isso comigo?”
No entanto, ao longo da história, os grandes cabalistas discordam veementemente dessa idéia. 
Eles ensinam que, na verdade, nós somos a causa do nosso próprio caos, dor e sofrimento.
De acordo com a cabala, 99% do caos na vida de uma pessoa é gerado pelo mau olhado.
Mau olhado é o que acontece quando olhamos com inveja, julgamento e ódio para o que outra pessoa possui.
A explicação assustadora é que não temos que ser pessoas más para atrair mau olhado.
Infelizmente, todos nós fazemos isso com bastante frequência, embora inconscientemente, sem perceber as consequências.
E veja como a coisa funciona.

O mundo é estrategicamente organizado para que todas as pessoas em nossas vidas – do nosso amigo mais íntimo até nosso relacionamento mais casual; dos nossos familiares mais queridos até os estranhos que passam por nós na rua – compartilhem do mesmo comportamento negativo que nós temos.
Ou seja, eles nos espelham, para que possamos ter a oportunidade de enxergar aquilo que precisamos mudar de forma proativa em nós.
No entanto, ou não temos consciência disso ou, caso tenhamos ouvido falar sobre o assunto, esquecemos.
É importante lembrar que, no instante em que escolhemos sucumbir aos pensamentos de crítica, inveja e ódio, estamos apertando o gatilho em nossa própria direção.
Em outras palavras, quando  lançamos mau olhado sobre outra pessoa, abrimos a porta para que o mau olhado e as forças do acerto de contas recaiam sobre nós.
Por quê?
Por causa da lei universal conhecida como Efeito Bumerangue – o que vai, volta.

Assim, depende de nós cuidar de nós mesmos.
E sempre será assim.
Parte do motivo pelo qual julgamos os outros é por duvidar que possamos ter o que a outra pessoa possui.
Não temos a certeza de que o Criador quer aquele mesmo sucesso e felicidade para nós.

Nesta semana que vai se iniciar, sua missão é profundamente simples.
Toda vez que você estiver olhando para alguém e pensar:
“Por que não tenho isso?” ou “Não gosto dessa pessoa”, faça as duas coisas abaixo:

1. Relacione três coisas na sua vida que você aprecie.
2. Lembre-se de que o que você não gosta na outra pessoa é algo que lhe desagrada em você mesmo.

Ao se concentrar em apreciar o que você possui, ao invés de olhar para o que os outros têm e você não, você consegue neutralizar sua inveja, desarmar seu ciúme e pôr um fim a todos os seus atos de julgamento, para proteger a si próprio e aos outros do seu próprio mau olhado.

Tenha uma ótima semana, livre de julgamentos!

Por: Yehuda Berg

sexta-feira, 18 de março de 2016

O Poder do Mal

O poder que o mal possui sobre nós, fazendo-nos nos desconectar, é o poder da ilusão.
Pois nenhuma pessoa inteligente faz, voluntária e propositadamente, algo que possa feri-la.
Apenas quando se convence (ou outros a convenceram) de que este mal em especial não a ferirá, ou o fará apenas temporariamente, ou que o dano será suplantado pelas vantagens que trará, é que a pessoa permite-se ligar ao mal.
Provavelmente, na maioria dos casos, o mal vence porque convence a pessoa que é para seu bem sucumbir a ele.
Porém, mais tarde a realidade nos atinge, e admitimos, para nosso constrangimento, que fomos ludibriados.
Esta sedução foi um ardil; o estímulo foi apenas momentâneo, trazendo em sua esteira sentimentos de rebaixamento e traição vã.

Há duas maneiras de reagir a este despertar: devido ao arrependimento por ter sido tão grosseiramente enganada, a pessoa pode resolver jamais incorrer no mesmo erro novamente.
O temor motiva-a a identificar e resistir às tramas do mal na próxima vez.
Agora que se elevou a um nível de consciência superior, no qual está claro que suas falhas anteriores foram o resultado de ter sido enganado, transforma efetivamente aqueles pecados intencionais prévios em pecados involuntários.
“Se soubesse antes aquilo que sei agora, jamais teria pecado”, portanto a única razão para ter pecado foi porque estava agindo sob o efeito de uma ilusão.
Jamais pretendeu causar o efeito que o erro na verdade ocasionou.

Em um nível mais profundo, a pessoa pode olhar em retrospecto para o pecado do qual agora se arrepende e considerar o que foi que a fez sucumbir.
O modo pelo qual o mal a seduziu a cometer o pecado foi prometendo-lhe alguma emoção, da qual sentia muita falta.
Como a Luz do Mundo Infinito é a fonte de toda verdadeira vida, o mal estava na verdade disfarçando-se de Luz, dessa maneira atraindo com suas garras.
O mal estava brincando com o desejo inato de cada um de conhecer a Luz da maneira mais completa possível.

O contexto da manobra foi de fato mau, mas o seu âmago foi a centelha de santidade nele embutida.
Uma vez que a pessoa tenha sucesso em isolar o sagrado âmago no contexto do mal, poderá então concentrar-se nele, e ver qual a fascinação que tem para si.
Se a alma não pode conseguir o que precisa em um contexto puro e sagrado, produzirá ânsias de consegui-lo em outros contextos.
Ao negar-se uma saída sagrada para sua legítima ânsia por estímulo, força esta vontade a emergir para a superfície de modos mais destrutivos.
A solução aqui seria separar algum tempo para si mesmo, seguir o caminho para o qual sua neshamah (nível da alma consciencial) deseja levá-lo e buscar a iluminação dos textos da Torah, para que os mesmos ajudem a iluminar cada consciência.
Portanto, além da primeira reação do nunca mais, a atitude mais profunda é isolar o âmago do bem dentro do pecado e reorientar a busca para ele, de seu mau contexto até um de santidade.

O pecado então serve como motivação para buscar a Luz do Mundo Infinito, de uma maneira mais intensa que aquela que a pessoa tinha consciência antes de ter pecado.
Quando a pessoa assim o faz, transforma efetivamente seus pecados intencionais em méritos.
Por causa do pecado está procurando e encontrando a Luz do Mundo Infinito em um nível mais elevado que o de antes.

Quando a fuga do pecado é baseada no medo das conseqüências, a atmosfera em que vivemos torna-se de amargor e paranóia.
Quando é baseada na transformação do mal, a atmosfera na qual vivemos é de alegria, amor e compaixão.

Quanto maior o sucesso que a pessoa tiver em retificar seu lado mais negativo, menos será incomodada por pensamentos evasivos e ânsias que emergem involuntariamente.
Apenas quando a pessoa for libertada desta identificação com seu problema, poderá encará-los objetivamente, e transformá-lo em bem.

Fonte: Academia de Cabala

quarta-feira, 16 de março de 2016

A verdadeira condição de um justo

Uma pessoa justa não é alguém que se tornou puro e, assim, passou a ter condições de fazer palestras e dar de si às pessoas. Ao invés disso, um justo é alguém que, talvez, pare na rua para ajudar alguém sofrendo, mesmo que , digamos, isso faça com que se atrase para uma reunião importante.
Uma pessoa justa, em outras palavras, é alguém que vê o que pode fazer por outra pessoa, e o faz, mesmo se for inconveniente ou desconfortável.
Há uma historia sobre um homem que queria desesperadamente encontrar Deus. Quero dizer, ele realmente queria se conectar com o Criador.
Então, o que ele fez? Jejua por alguns dias e depois sobe ao alto de uma montanha para meditar. Finalmente, exausto, chega a um lugar em que pode descansar e continua suas preces ardentemente. Mas nada acontece: não recebe nenhuma resposta de Deus.
Por fim, exasperado, grita:” Deus, Deus”! Onde o Senhor está?”
E Deus responde:” Você pegou o caminho errado, amigo! Estou aqui embaixo, com as pessoas!”
De fato, uma pessoa justa é alguém que se envolve com cuidar e se importar com as pessoas. Certamente não é alguém que sai por aí dizendo para as pessoas o que fazer, mas, isto sim, alguém que entende que ele mesmo, por si só, é apenas um veiculo, um mensageiro para trazer Luz para os demais neste mundo
Karen Berg

terça-feira, 15 de março de 2016

Transformando o Caminho

Quantas idéias e padrões que impedem a nossa mudança e precisam ser trabalhadas no Eu interior.
Quantas energias invisíveis dentro e fora de nós impedem nossos movimentos.
Nosso olhar nesta caminhada não é de desanimo, de ficar batendo na mesma tecla, desanimados, sem esperança, mas ao contrário.
É como ginástica: Respire, Levante a Cabeça e Comece a funcionar.
Leia, estude, medite, reze.
Observe as coisas que te acontecem no teu dia a dia e vai aos poucos descobrindo as tuas tarefas: Tarefas do dia a dia, individuais e as tarefas transcendentes.

Vamos despertar para a “As Saída do Egito – Libertação”

A saída do Egito é a busca da terra prometida, a subida na escada de Jacó, que é um esquema que nos indica passo a passo, como evoluir e aonde chegar, um caminho físico, psíquico e espiritual que nos leva a D´us, ao Éden.
Quando decidimos ir em busca do mundo superior, isto é, de nos libertar das amarras, obsessões, obsessores, prisões ..... estamos decididos não só em tirar as cordas que nos envolvem, mas de tirar o hábito que existe em nós de se enrolar, de atrair as cordas, de não parar de pensar nelas....
Assim nos libertamos, e encontramos a providência - portas se abrem, somos submetidos a provas de nossa iniciação, assim como foi para Moisés, enquanto longe do Egito.
Saímos da escravidão quando enxergamos que há outra realidade além desta, finita e irreal.
A partir dai, alguns acontecimentos mudam nosso rumo, passamos pelo Mar Vermelho, que se abre, deixando ver o outro lado, e quando se fecha, não se pode mais voltar para trás, pois nos comprometemos com os novos planos.
Para “sair do Egito”, temos que fazer um sacrifício, sacrificar os instintos que se prendem naquela dor.
Há algo em nós que precisa ser oferecido para D´us.

Nenhum obsessor chega em ti, nenhum inimigo te ataca, se você não abrir a porta!
Abrir a guarda!

Sendo necessário atravessar mares e desertos, enfrentando nossas ânsias e desejos, deixamos para trás as amarras, os hábitos, sentimentos e emoções que não nos pertenciam e que achávamos que não conseguiríamos viver sem elas.
Colocando em cheque nossa fé na Unidade.
É preciso se purificar, questionar valores, tornando-se  deserto, para que se possa entender e receber os mandamentos e a força, temendo-a e amando-a.
Só assim D´us providenciará o maná e a água de cada dia, para que possamos estar seguros em nossos períodos de transformação (“40 anos”).

A força para destruir aquilo que existe de mal, para se obter uma cura, não se dá por espontânea vontade da força Divina, mas por uma ação iniciada aqui em baixo, por nós mesmos, ação esta, que não significa movimento de corpo, mas de consciência e vontade, o que nos traz uma fé em algo superior, como se passássemos a acreditar em uma luz interna de esperança e visão da condição em que vivemos.
É preciso ação para atrair a luz interna e externa.
Somente quando se está livre, auto-confiante e independente é que poderemos nos sentir completos, como um povo, isto é a crença na unidade - o monoteísmo.
Resistir ao mal, resistir as influências e seguir a ordem e o coração é dar o primeiro passo para a liberdade.
Ou seja
Uma Resistência às Tendências da Zona se Conforto

Fonte: Escola de Kabbalah de Porto Alegre

segunda-feira, 14 de março de 2016

O bem é eterno

Segundo a Cabalá Contemplativa, o mal não se conecta com a eternidade, pois, em suas imperfeições, existe uma negação verdadeira daquilo que é eterno, portanto, o mal sofre de uma insuficiência existencial e é, por natureza, passageiro.
Em outras palavras, o mal sofre de uma ausência intrínseca de vitalidade, salvo um pequeno resquício.
Pois tudo que o mal pode gerar, até mesmo um suposto prazer e bem estar, é passageiro e frívolo.
O mal – mesmo lhe concedendo prazer, bem estar, e algum nível, mesmo que superficial, de conhecimento – é apenas temporário e frágil.

O bem, por sua vez reside no prazer para sempre, no bem estar permanente, constante e por natureza, eterno.

Fonte Academia de Cabala

domingo, 13 de março de 2016

O amor e a tosse

O amor e a tosse são manifestações expansivas.
Tentar conter a tosse resulta em movimentos físicos que nos delatam mais do que a própria tosse.
O amor oculto promove gestos, olhares, intenções, hesitações e movimentos desajeitados.

Acreditamos que revelar nosso sentimento nos coloca numa situação de desvantagem.
No entanto, é importante perceber que o amor não se esconde.
A tentativa de escondê-lo nos faz manipuladores, insinceros e um pouco tolos.
Tal como quem se contorce para não tossir, esconder em demasia o amor nos enfeia.

Por: Nilton Bonder

sábado, 12 de março de 2016

Amor são confissões

O amor são confissões.
Confissão de medos, esperanças, fantasias, pensamentos inapropriados.
Confissões de sua verdade.

Cabalisticamente, o processo de ficar vulnerável destrói qualquer bloqueio no relacionamento.
Bloqueios que, se não forem trazidos à tona, podem fervilhar e explodir.

Seja verdadeiro com as pessoas que você ama.
Compartilhe o que está acontecendo por dentro.
Se liberte da prisão do "o que será que eles vão pensar?"

Por: Yehuda Berg

sexta-feira, 11 de março de 2016

Enxergar e Ouvir com o Coração Puro

A Bíblia diz que, quando nosso tempo vier, seremos julgados não apenas por nossas palavras e ações, mas também pela maneira como percebemos a realidade.
Então, precisamos perguntar a nós mesmos:
Quando percebemos alguma coisa, o fazemos com gentileza e amor?
Tenho certeza de que a maioria de nós já notou que, quando alguém que simplesmente não gostamos, ou que nos incomoda de alguma forma, faz algo, tudo que essa pessoa faz é errado em nossa tela mental.
O que ela diz, o que faz, como age, como se veste: em resumo, seja o que for que pertença aos nossos sentidos será distorcido, não necessariamente por causa dela, mas devido a nossa percepção, devido ao nosso julgamento.
Todos nós enxergamos através das lentes de nossos preconceitos.
Duas pessoas testemunhando o mesmo acidente de carro, frequentemente o verão de forma completamente diferente.
Nosso meio ambiente, nossos amigos, a cultura na qual vivemos, tudo predetermina as coisas que julgamos e como as julgaremos.
Hoje, peça ao Criador que o ajude a enxergar e a ouvir os outros com um coração puro e a perceber a vida com gentileza.
Ao fazê-lo, você se abrirá para uma realidade muito mais livre e muito mais bonita do que você jamais poderia imaginar.

Por: Karen Berg

quinta-feira, 10 de março de 2016

Nossa Bondade Interna

"Existe dentro de todos nós um potencial para sermos bondosos além da nossa imaginação, para doarmos sem esperar recompensa em troca, para ouvirmos os demais sem julgamento, para amarmos incondicionalmente."
Elisabeth Kübler-Ross

Quando nos damos conta conscientemente da magnitude do que somos - uma centelha da infinita Luz do Criador - se torna muito mais fácil para nós compartilharmos nossa energia com os outros.
Se conseguirmos em nossas vidas começar a nos conectarmos com nossa bondade interior apenas um pouquinho mais, se conseguirmos pegar a energia Divina que nos preenche e utilizá-la em benefício dos demais, podemos começar a vivenciar a vida em um nível totalmente diferente.
Ao nos conectarmos com essa energia interna, podemos estar presentes e disponíveis para os demais, mesmo quando não nos sentimos muito bem, mesmo se as coisas não são como pensamos que deveriam ser.

Por: Karen Berg



Não Julgar

Nós aprendemos a importância espiritual de não julgar as pessoas e situações, e procurar ver o lado bom nelas.
No entanto, muitos ainda tem dificuldades em agir desta maneira.
Gostaria de explicar as leis espirituais que subjazem este ensinamento para que ele possa servir como um impulso para que nós vejamos o bom em tudo.
A Cabala ensina que todos nós temos forças latentes dentro de nós – tanto positivas como negativas.
Estas forças são despertadas de onde nós concentramos nossos pensamentos e consciência.
Quando nos concentramos nos aspectos positivos dos outros, e das situações de nossas vidas, estamos despertando forças positivas latentes dentro de nós.
Quando nos concentramos nas trevas e negatividades dos outros, ou sobre os aspectos negativos das situações de nossas vidas, estamos despertando forças latentes de negatividade dentro de nós.
Em nossa vida diária, todos nós somos impulsionados para interações difíceis que nos levam a julgar e para ver o pior nos outros.
No entanto, a Cabala ensina que é do nosso interesse lutar contra essa tendência inata que nos faz ver tão claramente a negatividade - e encontrar o bom – porque dentro de cada um de nós existem estas forças adormecidas.

Por: Michael Berg

quarta-feira, 9 de março de 2016

Autoestima

Autoestima é a capacidade que uma pessoa tem de confiar em si própria, de se sentir capacitada a enfrentar os desafios da vida.
É saber expressar de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidades e desejos, é ter amor próprio, saber que você tem o direito e merece ser feliz.
Para uma pessoa sentir-se melhor em relação a si mesma, é fundamental aceitar seus sentimentos negativos (yetzer Hara), sentimentos pobres, vazios e desesperadores que possui.
Ao aceitar estes sentimentos, ela familiariza-se com seus sentidos e com seu corpo e tudo o que pode fazer com eles.
Pode aprender a cerca de si mesma e da sua individualidade partindo de dentro em vez de fazê-lo através de julgamentos e opiniões dos outros.
E poderá então contatar a sua auto imagem encontrando maior bem estar e entendendo, que está bem ela ser quem ela é.
Como anda sua autoestima?
Por isto através da consciência da Kabbalah descobrimos que como vasilhas precisamos revelar a luz espiritual, através de ferramentas que a Kabbalah oferece, podemos despertar nossa luz interna.
Normalmente achamos que D´us não nos olha, mas o universo é só reflexo de nós mesmos...nós não nos olhamos!

Fonte: Escola de Kabbalah de Porto Alegre

terça-feira, 8 de março de 2016

O Nome do Jogo

Diz-se que a coisa mais difícil para uma pessoa conquistar, o ego que a prende mais fortemente, a qualidade que a afasta dos braços do Criador, é a arrogância.
Não é roubar, não é matar, mas é a arrogância.
Sabe por quê?

Porque uma pessoa arrogante não precisa de nada e sabe tudo.
Ela sabe que está certa com relação a tudo, e todos os demais são subservientes a ela.
E ela não se curva.
Se cometermos um erro, sem sermos arrogantes, estaremos, pelo menos, sendo capazes de admitir que fizemos algo errado.
Podemos dizer: ”Sabe, vou tentar não fazer isso novamente.”
Mesmo uma pessoa presa a um vicio poderia, potencialmente, estar aberta ao fato de que existe uma necessidade de mudança e pode dizer algo como: ”Amanhã vou tentar não fazer x,y,z... Não vou consumir.”
Uma pessoa arrogante, por outro lado, pensa que está bem onde está.
Não admite outras possibilidades, outras situações.
É por isso que a arrogância é uma das coisas mais difíceis para todos nós superarmos.

Por: Karen Berg

segunda-feira, 7 de março de 2016

O Dom da Palavra

O dom da palavra é muito mais que um meio de comunicação.
É nosso talento dado por D-us para alcançarmos tudo à nossa volta – e, afinal, a toda Criação – para incorporá-los à nossa consciência e criar algo novo.
A arca microcósmica de Noach se assemelha à macrocósmica palavra falada, e mostra como podemos usar nossas palavras faladas para conectarmos com todo o cosmo e criar uma nova realidade.
A Arca de Noach, chamada teivah em Hebraico, contem um microcosmo de toda a Criação.
Além de significar “arca”, teivah também significa “palavra”.
Em um dos mais abrangentes ensinamentos do Ba’al Shem Tov, ele explica que a instrução de D-us a Noach para “entrar na arca” é também uma ordem para toda a humanidade entrar na “palavra”.
Toda palavra que pensamos ou falamos deveria ser sagrada – sejam palavras de Torah, de oração ou palavras aparentemente mundanas ditas para criar união com outra alma.
A consciência universal de toda a Criação – a humanidade e todo o mundo animal – deve permear toda palavra que falamos.
Para uma compreensão mais profunda de como entrar em nossas palavras, analisaremos as dimensões da Arca de Noach.
A Torah descreve a Arca como tendo 300 cúbitos de comprimento, 50 cúbitos de largura e 30 cúbitos de altura.
Na Cabala e em outros textos tradicionais, aprendemos que cada uma dessas dimensões pode ser analisada de acordo com correspondente letra hebraica.
• O comprimento da Arca, 300 cúbitos, corresponde à letra shin.
• A largura da Arca, 50 cúbitos, corresponde à letra nun.
• A altura da Arca, 30 cúbitos, corresponde à letra lamed.
A primeira conexão óbvia entre essas dimensões e a palavra falada é que as letras shin, nun, e lamed formam a raiz da palavra lashon que significa “língua” ou “linguagem”.
O segredo na Arca de Noach é o segredo da linguagem retificada.
Por: Rabbi Ginsburgh

domingo, 6 de março de 2016

Para quê?


Quando lemos a historia do Bezerro de Ouro, ficamos sabendo que Erev Rav, as “multidões mistas”, foram as pessoas más que construíram esse ídolo.
Há certos aspectos em todos nós que entregamos para o Outo Lado, para a negatividade, para as coisas que sabemos que não deveríamos fazer : fofocar, ignorar as pessoas, sermos maldosos – e sentimentos que sabemos não ajudam a ninguém: raiva, ganância, inveja, ciúme. Todas essas formas de negatividade que às vezes estão dentro de todos nós, são Erev Rav.
E todos nós, independente do quanto sejamos justos e espiritualizados, estamos aqui para mudar Erev Rav que ainda reside dentro de nós.


Karen Berg

sábado, 5 de março de 2016

Vá por esse caminho

Talvez por ter nascido sob o último signo do Zodíaco, Peixes, Moisés tivesse pensado que poderia completar o Tikun dos israelitas, a correção deles, em nome deles.Sabia que se ele terminasse o trabalho, estaria terminado para sempre. Mas, o Criador lhe disse:” Moisés, toda pessoa precisa caminhar com seus próprios sapatos. Cada pessoa precisa lidar com a própria negatividade.”
Como é que sei que todos nós temos essa negatividade interna ? Porque estamos respirando. Se não estivéssemos respirando, já teríamos nos livrado de todos nossos traços de negatividade. Então, a pergunta é: Quanta negatividade permitimos que permaneça sendo uma parte de nós? Até que ponto a combatemos?
Essa é a luta a que nos referimos quando falamos sobre espiritualidade. E essa luta é a batalha em que cada um de nós precisa se engajar para nós mesmos e para o mundo inteiro, para que o mundo inteiro sobreviva e alcance sua correção final.

Karen Berg

sexta-feira, 4 de março de 2016

Compartilhar o aprendizado

Quando ingressamos no caminho espiritual, a evolução e o refinamento de nossa consciência se torna uma meta.
Mas precisamos compreender, que não há sentido em crescer sem ajudar as pessoas à nossa volta a crescerem também.
É importante sempre buscar compartilhar o aprendizado e a sabedoria com o próximo.
Do contrário caímos na armadilha do desejo de receber para si mesmo.
O grande mérito espiritual não está apenas em nos refinarmos, mas em refinar tudo à nossa volta.
A melhor forma, é sermos o exemplo desse refinamento e estarmos sempre dispostos a levar isso a quem precise.
O outro não está separado de nós, este é o princípio da Unicidade.
Nesta semana compartilhe o seu aprendizado.
Este é o segredo de uma vida plena e significativa.
Reflita como fazer disso a sua realidade.

Por: Yehuda Berg 

quinta-feira, 3 de março de 2016

Luz/Amor

Considere a lâmpada no teto de seu quarto.
Você liga o interruptor, e a luz acende.
Mas a lâmpada não é a fonte de luz; a verdadeira fonte é o gerador de eletricidade em algum lugar que você não consegue ver.
E existem regras que determinam quanta luz poderá ser emitida, e também quando e por que.
O mesmo é verdadeiro com a Luz do Criador.

Um dos erros comuns que cometemos é confundir uma pessoa ou coisa com a Luz. Por exemplo, nada é tão bom quanto se apaixonar por alguém.
Portanto, naturalmente, associamos nossa namorada ou nposso namorado com os sentimentos felizes e assumimos que tal pessoa é a fonte destes sentimentos.
Mas isto não funciona desta forma.
Nenhuma outra pessoa pode te garantir os bons sentimentos de amor que procuramos.
É a forma pela qual agimos com tais pessoas é que traz a Luz.
E é disto que hoje se trata.
Lembra isto sempre: Seu relacionamento com pessoas e lugares se trata do relacionamento seu com a Luz do Criador.

Sobre o amor, queria compartilhar mais umas palavras:
Rav Yehuda Ashlag, o grande cabalista do século 20 e fundador do Kabbalah Centre, ensinou que o que verdadeiramente amamos em outras pessoas é a Luz dentro delas.
Quanto mais focamos em ver a Luz da pessoa, mais profundo será nosso carinho por ela.
Ele revela que o verdadeiro propósito da instituição do amor é para nos ensinar como amar a força da Luz do Criador.
Pense a respeito.
O que nos sacode, nos faz vibrar e mexe conosco mais que qualquer outra coisa?
O amor.
Para a maioria de nós, quando não temos amor, sentimos como se não tivéssemos nada.
Entramos especialmente em contato com este vazio quando um relacionamento termina.
Mas o segredo é que amar outra pessoa não é o objetivo — é o meio pelo qual atingimos o objetivo.
E mais uma vez, o objetivo é amar a Luz do Criador, não somente em outra pessoa, mas em tudo.

Por: Yehuda Berg

quarta-feira, 2 de março de 2016

Apreciação

Se não sentirmos que estamos recebendo da Luz infinitamente mais do que estamos dando, então apreciação é uma área em que precisamos colocar o foco de no nosso trabalho espiritual.
Podemos também ter certeza de que, não importa o quanto esse trabalho seja desafiador, as recompensas são muito maiores do que jamais possamos imaginar.
Se nosso foco está dirigido ao que não possuímos, começamos a perder a apreciação.
E quando perdemos a apreciação, também podemos perder o que possuímos.

Uma pessoa com um verdadeiro desejo de viver tem gratidão pelo que possui, e ainda assim anseia por mais.
Somos destinados a ter tudo.
Uma pessoa com desejo autêntico sabe que recebeu dádivas maravilhosas, mas também reconhece que elas podem desaparecer a qualquer instante.
Ela se sente plena e incompleta ao mesmo tempo.
O ensinamento a ser lembrado é o seguinte:
Nossa conexão conosco mesmos, com os outros e finalmente com a Luz do Criador começa e termina na apreciação.
Já sabemos disso.
Só quero lembrar a importância crucial de lutar constantemente para permanecer em estado de gratidão.
E não se iluda, trata-se de uma luta, porque nosso instinto natural é procurar o que existe de negativo.
Requer esforço não nos compararmos com os outros e não sentir carências.
É fácil explodir de raiva e auto piedade, resultantes da inveja ou da insegurança, mas é muito difícil travar a batalha interna contra o ego (que é a raiz de todo ressentimento, dúvida e de todo o resto que você mesmo pode enumerar...).

Por: Yehuda Berg

terça-feira, 1 de março de 2016

Sobre se sentir abandonado


"E Jacob ficou sozinho"
(Gênesis 35:25).
O Zohar explica que durante a noite o lado negativo domina.
No livro de Gênesis, há um relato em que o patriarca Jacob lutou contra um anjo a noite toda.
Jacob estava perto de alcançar uma revelação de Luz incrível.
Antes de qualquer revelação de Luz, antes de uma bênção, antes de uma realização, há um momento de escuridão, em que você se sente sozinho, abandonado, sem forças.
Nesta hora você pode dar um passo para trás ou fugir.
Se fizer isso, perdeu a abertura.
Ou pode continuar a fazer o esforço, sabendo que o fato de você se sentir sozinho é uma indicação de que há uma Luz por trás e que você pode ir para o seu próximo nível.
Essa foi a escolha de Jacob e essa deve ser a nossa escolha: saber que sempre antes da realização e revelação de Luz há esse momento de escuridão e de se sentir sozinho.

Por: Yehuda Berg