A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


quarta-feira, 27 de abril de 2016

Os efeitos de nosso pensamento

A Cabalá e seus efeitos práticos em nosso cotidiano se aprendidos e usados adequadamente, oferecem ao homem uma fonte inesgotável de sabedoria, ajudando-o a lidar com as realidades da vida.
Por isso, grandes rabinos e cabalistas, como o Baal Shem Tov, e, mais recentemente, o Rebe de Lubavitch, estimularam e ajudaram a difundir o pensamento cabalístico através de ensinamentos acessíveis a todos.
Acreditavam que, mesmo sem entrar nas profundezas esotéricas de seus ensinamentos, a sabedoria que a Cabalá incorpora tem o poder de enriquecer a vida.

A necessidade de acessar esse conhecimento mais profundo se tornou ainda mais premente hoje, quando temos que diariamente enfrentar um mundo cada vez mais complexo.
O Rebe de Lubavitch afirmava que "as mulheres, mais do que os homens, sabem disto".
Porque, costumava dizer, hoje em dia, elas têm uma agenda dupla: criam a próxima geração - como sempre o fizeram - e estão totalmente integradas na parte social e econômica da sociedade.

À medida que vou percorrendo o mundo, sinto que as pessoas querem algo mais significativo em suas vidas.
Quando ocorrem coisas significativas em nossas vidas e no mundo, acordamos para nossa dimensão mais profunda.
O último Rebe de Lubavitch dizia que cada um de nós pode projetar seu pensamento para alguém do outro lado do mundo e isto pode afetá-lo material e espiritualmente.
Uma pesquisa feita em laboratórios em várias partes do mundo pode ajudar-nos a compreender esta idéia.
Durante a experiência, duas pessoas colocadas em dois quartos separados, sem se comunicarem, são submetidas a um eletroencefalograma.
Pede-se então, para uma das pessoas tentar transmitir um sentimento de compaixão para a do outro quarto.
O eletroencefalograma registra a mensagem de compaixão.
Durante outra pesquisa, pedia-se para que uma pessoa observasse um tubo de ensaio com enzimas, que estivesse a um metro e meio de distância, e tentasse interferir no funcionamento das enzimas.
Chegou-se à conclusão de que o pensamento pode alterar até mesmo um tubo de ensaio.

Estabelecido que o homem tem o poder de afetar até o funcionamento de uma enzima, a grande pergunta é:
Como mudar a nós mesmos?
Como atingir um equilíbrio em nossa vida?

D'us criou o ser humano com um desafio embutido nele.
Para explicar, falarei mais sobre a fisiologia e sobre as descobertas da última década.
Sabemos que o ser humano tem três cérebros: a mente animal, responsável por nosso instinto, pela sobrevivência; a mente responsável pelas nossas emoções; e o córtex, responsável pela parte superior da mente.
A novidade é a descoberta de que o fluxo de transmissão dos neurônios entre a mente e o corpo e entre o coração e o corpo trabalham em velocidades diferentes. Na verdade, o neurônio trabalha três vezes mais rápido na parte das emoções do que no córtex, ou seja, a pessoa "sente" três ou quatro vezes mais rápido do que "pensa".
E é por isso que estamos sempre buscando desculpas.
Por exemplo, você passa por uma loja e vê uma roupa que lhe agrada e tem vontade de comprá-la.
O que você faz?
Pensa em 101 motivos para comprá-la, mesmo que já tenha três iguais em seu guarda-roupa.
Como se chama isso?
Racionalização do sentimento.
É que o coração captura e aprisiona a mente.
É o sentimento aprisionado ao raciocínio.

O Alter Rebe, o primeiro Rebe de Lubavitch escreveu a obra Tanya com a finalidade, de tornar a Cabalá acessível.
A obra ensina algo de extrema importância:
"Moach Shalit Al-Halev", isto é, a mente domina o coração.
A mente deve dar a forma ao coração.
O que é mente?
É a direção, uma bússola.
O que é emoção?
Emoção é a energia.
Não podemos usar só a mente e ser uma pessoa inteligente, porém fria e calculista. Por outro lado, não faz sentido ser uma pessoa totalmente emocional.
Às vezes os sentimentos não são adequados ou são direcionados ao lado errado.

Você pode ser uma pessoa extremamente boa, ter muita compaixão. Mas, se permitir que seus sentimentos fluam de forma errada, pode ferir outra pessoa.
Veja o exemplo de pais amorosos que não conseguem controlar seus sentimentos pelo filho. A criança talvez possa ter problemas e os pais tentam compensar dando sempre tudo que ela pede. O resultado é uma criança malcriada.
Há amor e compaixão, mas não usados de forma sábia.

O Alter Rebe também ensinava:
"É preciso que a mente esteja sob o domínio do coração em equilíbrio".
E qual é o equilíbrio?
Primeiro vem a direção - a mente, moach - e depois os sentimentos.
Não confundam!
Não estou falando em reprimir sentimentos.
Estou falando em reaprender a permitir que nosso coração flua de forma sábia.
A emoção é a forma como a alma flui através do coração.
Já a mente é a forma como essa mesma alma flui pela fisiologia cerebral.
Será que o indivíduo consegue treinar novamente a forma como a alma flui através da mente?
Será que consegue fazer o mesmo com a maneira pela qual a alma flui pelo coração?
Em outras palavras, será possível reaprender a interpretar a realidade de forma diferente?
Sim, é possível!

Por: Rabino Laibl Wolf  

terça-feira, 26 de abril de 2016

Abrir nossos corações

Quando pensamentos obsessivos – preocupação, ansiedade, medo, pessimismo, incerteza e fantasias negativas – nos invadem, podemos “trazer nossa mente de volta” ao abrir nossos corações.

Corações frios são aberturas para um ataque de pensamentos danosos e improdutivos.
Quando nossos corações se tornam abertos e calorosos, selamos essas aberturas de uma vez por todas

Por: Yehuda Berg

segunda-feira, 25 de abril de 2016

A Parte do Coração

Um dos problemas maiores do mundo é que algumas vezes deixamos nos levar tanto pelos nossos próprios sistemas espirituais que esquecemos que as outras pessoas têm suas próprias normas também.
Deixamos-nos sermos levados pela rotina de nossa prática e esquecemos a parte do coração.
Se queremos salvar este mundo – e certamente você precisa ser salvo – devemos constantemente estar dirigindo nossos pensamentos para a compaixão e tolerância para com os outros.
Só quando você, eu e todos nós, que estamos fazendo o trabalho, aprendermos esta lição (e a vivermos em nossas vidas diárias) este mundo começará a girar em uma direção diferente.
Seja tolerante.
Permita que os outros tenham suas próprias opiniões, não importa tão errada pareçam.
Deixe ir a necessidade de mudar as pessoas, de influenciá-las para sua forma de pensar.
Foque no amor, isso sempre funciona.
Em outras palavras, quando você estiver em dúvida, vença ela com um abraço. Bem, talvez essa última linha seja um pouco louca, mas espero que entenda o que quero dizer.

Amor é tudo
Quando estivermos em dúvidas sobre o que temos que fazer com a outra pessoa devemos apenas dar amor, compaixão e tolerância.
Nós ficamos muito presos em nossa mente racional quando temos uma pessoa difícil em nossa vida, achamos que ela vai para o caminho da escuridão ou que ela vai terminar nos odiando. Mas, se injetarmos amor e suas ramificações (compaixão, tolerância, respeito, dignidade humana, paciência, etc.) no nosso coração e depois na pessoa, então algum milagre vai ocorrer!
Sei que custa tentar, mas não temos outra saída a não ser aumentar nosso nível de amor para com ela.
Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

domingo, 24 de abril de 2016

O Nosso Coração

Não devemos nunca acreditar que é tarde demais para nos tornarmos espirituais, que já causamos estragos demais.
A coisa mais importante é o nosso desejo de nos tornarmos pessoas melhores, de encontrarmos pequenas formas de nos desapegarmos de nosso egoísmo diariamente.
O principal é fazer hoje um pouco mais do que ontem, e amanhã um pouco mais do que hoje.
E ter em mente que não estamos fazendo nada pelos outros, mas apenas por nós mesmos.
Tudo o que o Criador deseja de nós é o nosso coração.

Por: Yehuda Berg

sábado, 23 de abril de 2016

Espiritualizado

A partir do dia 23 de abril a noite e nas próximas semanas, todos seus ensinamentos básicos da cabala serão testados:
- Onde há maior escuridão, há maior Luz.
- Quanto maior o desafio, maior a recompensa.
- A questão não é o quanto você ama uma pessoa quando a ama, e sim o quanto você ama uma pessoa quando a detesta.
E por aí vai.

É durante esta época entre Pessach e Shavuot, chamada de Omer, que temos uma oportunidade de colocar todos os nossos estudos em prática. 
Quando as coisas estão fluindo, é fácil ser um cara espiritualizado.
Quando as coisas ficam difíceis é aí que fazemos por merecer nossas estrelinhas.

Além disso, o trabalho que realizamos com nós mesmos afeta milhares de outras almas, diz Rav Isaac Luria, grande cabalista do século XVI. 
Quando ganhamos mais sustento, ou encontramos nossa alma gêmea, ou ficamos mais focados no trabalho e em casa, abrimos os portões para essas outras almas darem passos semelhantes.
Estas semanas, quando for levado ao limite da reatividade (e além do limite), Implore à Luz que lhe mostre misericórdia, e uma maneira melhor de agir, para que seu crescimento possa beneficiar outras pessoas.

Nossas orações são respondidas muito mais rápido quando pedimos pelos outros.
Tenha isto em mente estas semanas. 

Nunca se sabe quem está contando com você.

Por: Yehuda Berg

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Segredo dos Segredos

Por que alguém que escaneia O Zohar, faz a oração do Ana Bekoach, medita nos 72 Nomes de Deus, compartilha, faz restrição de seu ego, vai ao Shabat, etc. e mesmo assim ainda continua tendo caos em sua vida?
Ela faz tudo isso, mas não faz o que a alma dela precisa fazer.

Todos nós temos um tikun especial.
Tem gente que vem a esse mundo como sendo sua maior missão tratar sua esposa com carinho e gentileza.
Ele pode fazer uma série de ações espirituais de valor, mas se ele não fizer isso (tratar sua esposa com carinho e gentileza) ele não terá cumprido seu Tikun e por isso o caos não pode ser retirado da vida dele.

Temos que saber e fazer nossa missão especial!
E será isso que irá remover o caos de nossas vidas,

Um dos segredos mais importantes do ano (de todos os anos) que o Grande Cabalista Rabi Avraham Azulai (o mesmo que descobriu os segredos da imortalidade, da água e do mikve) disse é que:
"...cada dia do Omer equivale a 8 dias de Tikun".

Isso significa que cada dia do Omer (que se inicia na noite de 23 de abril) equivale a 8 dias de dor, de sofrimento, de problemas, etc.
Então, se nós usarmos cada dia do Omer para nos transformar, tentando ser proativo o máximo possível e restringindo nosso ego, estaremos evitando 8 Dias de sofrimento em nossas vidas!
Agora façam as contas: o Omer tem 49 dias.
Multiplique 49 x 8 e o resultado é: 392!
Imagine: sua vida menos 392 dias de tikun.
392 Dias sem dor, sem caos e sem sofrimentos!
Esse é o poder do Omer!
49 dias de trabalho duro em cima do ego para retirar 392 dias de dor, caos e sofrimento!
Olhe para cada evento negativo e difícil nesses 49 dias do Omer com essa consciência, com esse pensamento de que esses testes são nossas oportunidades para removermos 392 dias de caos, dor, e sofrimento de nossas vidas.
As semanas do Omer terminam na festa cósmica conhecida como Shavuot - o dia da imortalidade!

Por: Shimon Ferreira

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Mais cuidado, mais amor

Falamos sobre o que significa amarmos uns aos outros, nos importarmos uns com os outros. A verdade é que a coisa mais difícil de se fazer neste mundo, às vezes, é realmente amar alguém. Por quê ? Quando tudo vai bem e em harmonia, é muito simples amar. Mas, o que acontece quando as coisas não vão tão bem? O que acontece com aquele amor? Repentinamente se torna outra coisa.
Precisamos entender que amamos os outros, não apenas pelo que eles fazem por “mim” ou como eles trazem benefícios para “minha” vida, mas porque, com todas as coisas negativas e positivas, há um ponto em que nos unimos, um ponto que não muda de lugar. Não estou falando necessariamente sobre relacionamentos românticos. Refiro-me a amizades também. Dizem que um amigo é alguém sabe tudo sobre você e, mesmo assim, o ama. Se pudermos nos levar a chegar a essa consciência, a estarmos conscientes dessa nossa interconexão, poderemos nos abrir, abrir nossos recipientes, para que haja mais cuidado e mais amor, que é a única coisa que realmente importa, porque é a Força de Vida de Deus.

Karen Berg

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Usando nossa própria linguagem

Às vezes, a melhor prece é aquela que fazemos usando nossa própria linguagem
Do jeito que falaríamos com alguém que amamos.

Divida o que tem a dizer em pequenas partes e simplifique.
Quando você encontrar as palavras que procura, peça ajuda e certifique-se de que está deixando espaço livre para as respostas.

Como ser humano, provavelmente você já deve ter sofrido algumas vezes.
Talvez tenha cicatrizes emocionais de mágoas passadas, ou ache que está faltando alguma coisa na sua vida, ou que foi tratado injustamente.
Apesar dos traumas passados, todos nós temos momentos nos quais esquecemos a dor e nos sentimos:
Esperançosos.
Felizes.
Plenos.
Esta semana tem a ver com sentimentos positivos.
E nesta semana, eu quero que você inspire esses sentimentos nos outros.
Antigamente, visitar o cabalista local se tratava disso.
As pessoas buscavam soluções, paz e orientação.
Depois de falar sobre seus problemas, as pessoas muitas vezes viam que os problemas desapareciam.
Ou, pelo menos, diminuíam bastante.
Ou seja, o vazio ia embora.

Você já pode ter sentido a mesma coisa ao conversar com seu professor ou um bom amigo.
Você também pode ter sido aquele que ajudou os outros a se concentrarem na Luz – por um minuto, uma hora – quando o procuraram com problemas e você escutou.
O problema é que nenhum de nós consegue levantar a cortina da escuridão sozinho.
Quando estamos sozinhos, é só isso que enxergamos.
Precisamos de outro par de olhos para nos mostrar a Luz.
Amanhã pode ser que seja eu que esteja ajudando alguém a retirar a cortina, mas ontem eu precisei de ajuda para levantar a minha.
Depois que vislumbramos a Luz por um momento, fica mais fácil enxergar além da escuridão.
Existem oportunidades infinitas para agarrar essa esperança.
Peça para o universo lhe mandar pessoas que precisam de Luz.
Ajude outra pessoa a levantar a cortina.
E esteja aberto para que alguém o ajude com a sua.

Espere por dias mais leve!

Por: Yehuda. Berg

terça-feira, 19 de abril de 2016

Mais parecidos com o Criador

Um grande sábio disse certa vez:
“Antes de poder encontrar Deus, você precisa se perder”.

A Kabbalah ensina que podemos receber toda felicidade, alegria e plenitude que o Criador deseja nos conceder quando assumimos o trabalho espiritual de sermos mais parecidos com o Criador, transformando nossa natureza egoísta em uma natureza altruísta.

Infelizmente, nosso ego nos atrapalha e nos afasta desse caminho quase todos os dias.
Nenhum de nós é verdadeiramente altruísta.
Temos interesses pessoais em quase tudo que fazemos.
Vamos para o trabalho para ganhar um salário.
Entramos em um relacionamento porque gostamos do que aquela pessoa nos proporciona.
Até mesmo quando praticamos ações de caridade, geralmente buscamos elogios ou pelo menos um “obrigado” como reconhecimento.

Com todos os nossos interesses, como é possível chegar algum dia ao ponto do altruísmo?
Será que é possível nos perdermos de vista?

É possível, mas não é fácil.

O segredo para se tornar altruísta é dar quando é mais desconfortável ou difícil fazê-lo.

Quando alguém lhe pede uma carona até o aeroporto e essa é a última coisa que você quer fazer, mas mesmo assim o faz, você está agindo à imagem do Criador, como uma força de compartilhar infinito.
Se não tiver quase nenhum dinheiro na sua conta bancária e um amigo – ou talvez alguém que não esteja sendo dos melhores amigos – vem até você com alguma necessidade e você compartilha o que tem com ele, então você sabe que seu amor é incondicional, como é o do Criador.

Todos os bons atos revelam bondade no mundo, mas se você quer revelar grandeza no mundo, dê até doer.

Viver o caminho da espiritualidade não é fácil, porque requer sacrifício.
Mas não importa como você se sinta ao abrir mão – do seu tempo, energia, talentos ou dinheiro – a coisa de que você está realmente abrindo mão é do seu ego.

Foi isso que o sábio quis dizer quando falou que perder-se é o caminho para encontrar Deus.

Quanto mais controlamos nosso ego, mais nos conectamos com a fonte de todas as bênçãos.
Por: Yehuda Berg

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Diferença entre Criador e Criatura

Assim como todos os objetos materiais estão separados um do outro pela distancia no espaço, os objetos espirituais estão também separados um do outro devido à diferença em suas propriedades internas.
Algo assim pode ser visto em nosso mundo.
Por exemplo, dois homens têm uma opinião similar, eles se simpatizam, e nenhuma distancia pode influenciar a empatia entre eles.
Ao contrário, quando suas opiniões são muito diferentes, eles se odeiam e nenhuma proximidade pode uni-los.
Então, a similaridade de opiniões atrai pessoas a se juntarem, enquanto a diferença as separa.
Se a natureza da pessoa é absolutamente oposta à natureza da outra, estas pessoas estão tão distantes das outras como o Leste está do Oeste.
O mesmo ocorre nos mundos espirituais: afasta-se, reaproxima, se unem – todos estes processos acontecem somente de acordo com a diferença ou semelhança entre as propriedades internas dos objetos espirituais.
A diferença nas propriedades os separa, enquanto sua similaridade os aproxima.
O ‘desejo de receber’ é o principal elemento da criação; este é o vaso (kli) necessário para a realização do Propósito incluído no Pensamento da Criação.
Este é o desejo que separa a criação do Criador.
O Criador é o absoluto ‘desejo de doar’; ele não tem nenhum traço do ‘desejo de receber’.
É impossível imaginar uma melhor comparação que esta: entre o Criador e a criação, entre o ‘desejo de doar’ e o ‘desejo de receber’.

Fonte: Bnei Baruch

domingo, 17 de abril de 2016

Cortinas

A Luz de Deus está oculta por trás de uma cortina.
O que é a cortina?
O Ego.
Cada vez que você reage (negativamente) uma cortina é posta sobre sua lâmpada interna.
Afortunadamente, cada vez que você vence o ego, elimina-se uma cortina.

Mantenha em mente que a Luz de Deus nunca muda.
Ela se mantém constante.
Você tem o livre arbítrio de eliminar as cortinas e trazer mais Luz ao seu mundo, ou agregar cortinar e aumentar a escuridão.
Então deixe de por cortinas e comece a tirar algumas.
Resista aos arranques de ira e os olhares intolerantes.
Obtenha prazer com comentários amorosos e atos considerados para com os outros.
Lembre-se, só você poder tirar as cortinas e revelar a intensidade da Luz que sempre está brilhando.
E mais, o objetivo final da Cabala é de acabar com a dor e com a morte Para Sempre.
O que seria a morte?
Cabalisticamente, um monte de cortinas em cima de nossa lâmpada interna, e então, por não ter um mínimo de brilho (ou seja, a Força da Luz do Criador) morremos.
Sei que esse assunto de morte é bastante desconfortável, mas é um assunto que devemos refletir e enxergar como ela (a morte) realmente é: uma ilusão.
Uma ilusão no sentido de que essa energia negativa está com os dias contados, ela não vai durar para sempre, e tudo que não dura para sempre é considerado uma ilusão.
E como é que os Cabalistas nos ensinam que podemos acabar com o Anjo da Morte?
Não Acreditando Nele!
Não acreditando no inconsciente (e consciente) coletivo que diz:
“A morte é inevitável”
“É muito bom para ser verdade”
“Tudo que é bom, dura pouco”
“Só existe uma certeza na vida: a morte”
Etc.
Existe uma parashá na Torá e no Zohar chamada “Yitró” que contêm a energia da imortalidade!
Imortalidade não só do corpo físico, mas também imortalidade no amor, nos negócios, em nossos relacionamentos com família e amigos.
Porque a morte é a energia do fim.
Tínhamos amor e agora não temos mais.
Tínhamos um relacionamento muito feliz com um amigo em especial e agora não temos mais.
Tínhamos saúde e agora não temos mais.
Tínhamos sustento e sucesso financeiro e agora não temos mais.
Tudo isso é a energia da morte.
Quando alguma coisa não está bem em nossa vida significa que a energia da morte (energia do fim) está presente.
Por isso é que a Cabala, o Zohar, os 72 Nomes de Deus e o Ana Becoach, nos ajudam a nos conectar com a Força da Luz e atrair a energia da Vida e erradicarmos de uma vez por todas a energia da morte (do fim de qualquer coisa)!
“O que te leva a pensar que você pode eliminar a energia da morte?”
“Eu sou imagem e semelhança do Criador!”
Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

sábado, 16 de abril de 2016

Ocultando e Revelando a Face

O cabalista Rav Ashlag ensina que existem duas categorias de interação com a Luz do Criador, chamadas de Ocultamento da Face e Revelação da Face.
Rav Ashlag compara com alguém que está andando na rua e vê o rosto de um amigo vindo em sua direção.
A pessoa imediatamente reconhece o amigo.
Mas se o amigo estiver de costas a pessoa fica em dúvida se é ele mesmo.

Quando alguém sente bondade e vivencia bênçãos em sua vida está experimentando a Revelação da Face do Criador.
Está olhando a face do Criador e sentindo a verdadeira essência do Criador.
Quando alguém sente dor, carência e escuridão, não está sentindo a essência do Criador, e é considerado que o Criador está de costas.
Isto é o Ocultamento da Face.

Obviamente todos nós desejamos viver a vida no modo de Revelação da Luz.
Rav Ashlag ensina, todavia, que o trabalho que realmente gerará Luz na nossa vida é o trabalho feito nos momentos de ocultação da Luz.
Por isso dizem os sábios que quanto maior a dor na ação espiritual, maior será a recompensa.
Rav Ashlag diz que não chegaremos à totalidade de revelação da Luz se não fizermos esforço máximo no momento de Ocultamento da Face.

O segredo dos sacrifícios é o trabalho que fazemos quando a Luz esta oculta.

Nossa natureza é querer fazer o trabalho quando estamos inspirados, mas o que traz bênçãos para a vida é o trabalho feito no ocultamento.

Ensinamentos da Cabala por Shmuel Lemle

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Removendo Vendas

Você já escutou de algum amigo, ou talvez até de alguém que não seja seu amigo, que existe alguma coisa na sua personalidade de que eles não gostam?
Na maioria das vezes, quando alguém aponta traços negativos em nós, que não tivemos o mérito de enxergar sozinhos, discordamos imediatamente.
Talvez pensemos:
“Não sou assim!” ou
“Essa não era minha intenção”.
Ou ainda pior, tentamos encontrar falhas na outra pessoa, pensando coisas do tipo: “Bem, ele tem um monte de características negativas, por que eu deveria escutá-lo?” 
Os grandes cabalistas geralmente ensinam que estamos cegos para a nossa verdadeira negatividade. 
Quando merecemos receber a informação sobre aquilo que precisamos mudar em nós – seja de um amigo ou de um inimigo –devemos entender que a mensagem não está vindo somente deles, mas também da Luz.
Tudo vem da Luz.
Assim, deveríamos levar em consideração, escutar, e em vez de justificar o quanto eles estão errados em suas acusações, tentar, como detetives com uma lanterna, procurar em nossa escuridão as indicações de onde eles podem ter razão.
Por exemplo, talvez tenha escutado que foi egoísta, de alguém por quem você já tenha saído da sua zona de conforto. 
Comece a se fazer perguntas difíceis, tais como:
Será que ele pode estar certo?
Embora eu o esteja ajudando muito, será que minha intenção teve uma natureza egoísta?
Será que fiz aquilo porque queria algo em troca?
Será que ajudei porque queria parecer um herói?.
Nesta semana, escute de verdade os feedbacks que obtiver daqueles ao seu redor.
Na verdade, se você quiser fazer um esforço adicional e revelar muita Luz, pergunte a três pessoas com quem talvez você não se dê tão bem o que elas acham que você mais precisa mudar em si.
O ego que você vai quebrar só por fazer a pergunta vai ser incrível! 
Por estarmos cegos para a nossa própria negatividade, precisamos da ajuda daqueles ao nosso redor para que façam brilhar a Luz sobre as coisas que mais precisamos mudar em nós.
Quanto mais abertos estivermos à crítica, tanto mais poderemos remover as vendas de nossos olhos e começar a mergulhar em nosso verdadeiro trabalho espiritual.

Por: Yehuda Berg

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Continue em frente

Mudar exige que deixemos nossa zona de conforto e mergulhemos de cabeça em situações desconfortáveis.
É verdade que isso causa algum sofrimento e desconforto por um tempo, mas é o caminho mais rápido para gerarmos plenitude de longo prazo. 
Quando os desafios forem avassaladores, continue seguindo em frente, e saiba que há Luz logo ali, bem atrás deles.

Por: Yehuda Berg

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Esteja Presente

Pode acontecer de ficarmos tão presos a nossas obrigações e distrações diárias que desaparecemos.
Será que uma parte de você desapareceu?

Encontre a si mesmo. 
Reduza seu ritmo.
Esteja presente quando estiver com as pessoas.
Esteja presente quando estiver fazendo suas conexões.
Esteja presente consigo próprio.

Por: Yehuda Berg

terça-feira, 12 de abril de 2016

Paz Pessoal

A paz não começa com jantares beneficentes, política, guerras, debates intelectuais, ou com organizações  que designam a si mesmas para representar pessoas.
A paz começa com o reflexo no espelho.
A paz pessoal tem um enorme poder de causar a paz mundial.
Paz pessoal e saúde pessoal levam à paz global e à saúde global.
Tudo está interconectado.
Faça algo que nutra seu espírito.

Por: Yehuda Berg

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Mudar é uma escolha

Mudar é uma escolha.
E não é uma escolha fácil, porque realmente exige trabalho para inverter a nossa negatividade.
Mas continue firme com a escolha que fez, e verá a mudança acontecer.

Hoje, conecte-se com sua intenção de mudar.
Quanto mais você escolher atividades e pessoas que apoiem seu progresso, mais forte essa parte de você se tornará.

Por: Yehuda Berg

domingo, 10 de abril de 2016

Preste Atenção


"O Eterno te abençoe e te guarde"
"Faça resplandecer o Eterno o Seu rosto sobre ti e te agracie".
"Tenha o Eterno misericórdia de ti e ponha em ti a paz".


Se nos é dada a oportunidade de ver a dor de outra pessoa é porque temos a capacidade de fazer algo a respeito.
Se vemos alguém sofrendo e não fazemos nada, esse comportamento é o mais baixo que podemos ter.

Hoje, saiba que você só testemunha coisas que pode afetar.
Ver, constatar, é característica do ego.
Ajudar e ser parte da solução, é da Luz.

Por: Yehuda Berg

sábado, 9 de abril de 2016

Os 12 Dias de Áries: Dia 1, Carneiro


Bem vindos ao Dia Um dos 12 Dias de Áries. Pôr do Sol de Sexta, 8 de Abril, ao pôr de Sol de Sábado, 9 de Abril

Carneiro é um dos quatro signos cardinais. Meses cardinais são aqueles que aparecem no início de cada estação e anunciam novos começos. Carneiro é um dos signos de fogo, dotado das qualidades de criatividades, liderança e inspiração.
Como primeiro signo do Zodíaco, Carneiro é conhecido como a criança do Universo. Pessoas nascidas sob este signo têm, frequentemente, características infantis, incluindo um forte Desejo de Receber para Si Mesmo. O mote de Carneiro é "Sou, por isso sou".
o Arquétipo de Criança Interna de Carneiro é a voz que grita "Olhem para mi! Estou aqui! Estou a fazer, a Criar! Eu...Eu...". É a criança egoísta, carente de atenção mas talvez verdadeiramente clamando por amor.
Todos nós, sejamos Carneiro ou não, temos este Arquétipo da Criança Interna dentro de nós. E, com frequência, de modo a satisfazê-lo, damos de barato a verdadeira satisfação em troca da gratificação de curto prazo que recebemos de nos darem atenção, reconhecimento ou algo que satisfaz o "eu". Talvez nos tornemos subservientes em relação a alguém porque isso nos faz sentir reconhecidos. Ou talvez nos vejamos atracados a um relacionamento que não é bom para nós só por causa do que podemos retirar dele.
Qualquer que seja a causa, é importante notar que esta criança interna não é "má", e NÃO a devemos julgar.
Por vezes, é apenas quando sentimos a dor de nos vendermos barato que percebemos o que queremos e começamos a dar valor a nós mesmos pelo que 
realmente somos. Deste modo, o reconhecimento sem julgamento da nosso Arquétipo de Criança Interna de Carneiro, pode de facto ajudar-nos a identificar os verdadeiros desejos da nossa alma.Consciência do Dia: resiste à necessidade de ser o centro das atenções. Procure proactivamente formas de transformar o seu Desejo de receber para si Mesmo num Desejo de receber para compartilhar. Use a sua criatividade em benefício de outros.
Muito importante, seja gentil consigo mesmo e com a sua criança interna. Você é um trabalho em construção e um filho de um Deus que o ama. A cura vem do reconhecimento positivo e da toma de responsabilidade pelo que precisamos de mudar, não de nos batermos a nós mesmos
.

Karen Berg

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Mês de Áries

Hoje vamos falar do mês de Nissan – Áries, que estamos para entrar no por do Sol de hoje.

O insight para este mês é: Deixe o ego ir.
Libertar a si mesmo das garras do ego te conecta com sua natureza divina.
Ser como D´us é a liberdade mais além das palavras.
Como já dissemos, na vida, freqüentemente, as coisas não acontecem do jeito planejado.
Não importa o que façamos, parece que a Lei de Murphy (Se algo puder dar errado dará errado) está em efeito.
Para remover este obstáculo, a Luz criou o mês de Áries, que está cheio com o poder essencial de ordem.

Áries é regido pelo planeta da guerra, Marte.
Guerra pode significar conflito entre nações ou hostilidade entre dois indivíduos.
As influências espirituais que aparecem neste mês lhe oferecem a força espiritual para triunfar sobre o conflito pessoal e efetuar uma reconciliação.
Um momento oportuno para construir pontes e fazer as pazes com pessoas com quem você está em conflito.
As letras hebraicas que nos conectam com os aspectos positivos do mês de Nissan são o He, que criou o signo de Áries e representa o Desejo de Receber, e o Dalet, que criou Marte e significa 'pobre'.
A combinação dessas duas letras é interpretada como querendo dizer que, durante o mês de Nissan devemos nos esforçar para diminuir nosso Desejo de Receber Somente para Si Mesmo.
Contemplando essas duas letras hebraicas podemos acessar a energia necessária para alcançar esse objetivo.
A palavra "Nissan" contém a palavra hebraica "ness", que significa "milagre".
Vamos ver o que isto significa para tomarmos vantagem da energia positiva que este mês tem a oferecer.
De acordo com o Aurélio, um milagre é:
"(...) um feito ou ocorrência tão extraordinário ou incomum que parece estar além da capacidade ou esforço humano..."
Davi matar Golias foi um milagre.
A abertura do Mar Vermelho foi um milagre.
Ambos pareciam impossíveis, além da capacidade humana.
Eram algo difícil de se fazer.
Se milagres fossem fáceis, não seriam milagres.
Mas a Cabala nos diz que milagres ocorrem a todo segundo, porque a Luz nos dá uma oportunidade de mudar nosso destino em todo instante do tempo.
Especificamente, o mês de Nissan permite que nos conectemos com uma energia milagrosa que nos ajuda a superar ou diminuir nosso Desejo de Receber Somente para Si Mesmo.
Mais uma vez, considere a história de Davi e Golias.
Davi não estava lutando por si mesmo, mas por todo o seu povo.
Estava colocando a si mesmo a serviço de um interesse não egoísta.
Essa era a parte difícil.
Esse era o milagre.
Ele já tinha superado o aspecto auto centrado de sua personalidade.
Tinha derrotado o gigante espiritual dentro de si próprio antes mesmo de começar a batalha física. Depois disto, derrubar Golias foi fácil.

Fonte: Kabbalah Centre

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Tomar Consciência do Domínio do Criador

Como podemos nos elevar a um nível espiritual no qual tenhamos erradicado por completo o interesse próprio e a preocupação por nós mesmos?
Como nosso desejo de nos dedicarmos, com devoção ao Criador, pode se tornar nossa única meta na vida, tanto que, sem alcançá-las sintamos como se estivéssemos mortos?

A elevação a esse nível ocorre gradualmente, e se processa na forma de retro-alimentação.
Quanto mais esforço fizermos em nossa busca de um caminho espiritual, tanto para estudar quanto para emular os objetos espirituais, mais convencidos estaremos de nossa absoluta inépcia para atingir essa meta por nós mesmos.

Quanto mais estudarmos os textos importantes para nosso desenvolvimento espiritual, mais confuso e desorganizado nos parecerá o material.
Quanto mais nos esforçarmos em melhor tratar nossos instrutores e semelhantes - se estivermos realmente avançando espiritualmente -, mais claro se tornará que todas as nossas ações são ditadas pelo egoísmo.
Tais resultados seguem o princípio: Force-o, até que diga "eu concordo".
Poderemos nos livrar do egoísmo apenas se captarmos que ele causa a morte,
ao impedir que percebamos a verdadeira vida eterna, plena de deleite.

Desenvolver ódio pelo egoísmo eventualmente nos conduzirá a nossa libertação dele.

O mais importante é nosso desejo de nos entregarmos por completo ao Criador, tomarmos consciência de Sua grandeza.
(Entregar-se ao Criador significa separar-se do "Eu".)

A essa altura, devemos decidir qual é a meta que mais vale a pena atingir:
a conquista dos valores transitórios ou dos eternos.
Nada do que criamos permanece para sempre; tudo é transitório.
Somente as estruturas espirituais, tais como os pensamentos, os atos e os sentimentos altruístas são eternos.

Portanto, ao nos esforçarmos em imitar o Criador em seus pensamentos, desejos e esforços, de fato estamos edificando a estrutura de nossa própria eternidade. Porém, dedicarmos-nos ao Criador somente é possível, quando tomamos consciência da Sua grandeza.

Em nosso mundo, é a mesma coisa: se consideramos que alguém é grandioso, sentimo-nos felizes por estar a serviço de tal pessoa.
Podemos, também sentir que quem recebe um presente nosso nos fez um favor aceitá-lo, e não o contrário.

Estes exemplos demonstram que a intenção de uma ação pode mudar a forma externa de um ato mecânico - dar ou receber - para o seu contrário.
Portanto, quanto mais digno de enaltecimento considerarmos o Criador, com maior disposição entregaremos a Ele todos os nossos pensamentos, desejos e esforços. Mas, ao fazê-lo, na realidade sentiremos que estamos recebendo d'Ele, em vez de dar.
Sentiremos que recebemos uma oportunidade para oferecer um serviço, uma oportunidade que é conferida apenas a poucos merecedores em cada geração.

Por: Michael Laitmann

terça-feira, 5 de abril de 2016

Somos totalmente dependentes do Criador

Alunos perguntaram a Rabi Shimon bar Yochai:
- Por que o Criador fez o maná cair do céu diariamente em vez de fazer com que ele chovesse somente uma vez por ano, dando sustento ao povo para um ano inteiro?
- Vou explicar com uma parábola - respondeu Rabi Shimon.

Um rei sustentava seu filho dando a ele uma pensão que o provia por um ano inteiro.
Por isso, o príncipe só vinha visitar o pai uma vez por ano, no dia que o dinheiro acabava.
O pai decidiu mudar de método.
Resolveu dar ao filho somente uma pequena quantia, que cobrisse os gastos de um dia.
Daí em diante, o filho passou a visitar o pai todos os dias.

De forma semelhante, o Criador forneceu comida aos israelitas para um dia só.
O pai da família ficava preocupado: "Pode ser que não caia maná amanhã e meus filhos sintam fome."
Consequentemente, os israelitas direcionavam constantemente seus pensamentos aos céus.
É importante ter essa consciência da maná, de que somos totalmente dependentes do Criador para nosso sustento e para tudo.
A Luz do Criador é a fonte da vida, e precisamos nos agarrar desesperadamente à Árvore da Vida.

Ensinamentos da Cabala por Shmuel Lemle

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Propósito real das nossas vidas


Quase todas as formas de espiritualidade defendem a ideia de que o propósito real das nossas vidas é reforçar nossa conexão com o Criador.
Por que, então, até mesmo aqueles de nós que acreditam que isso seja verdade, investem tanto tempo de suas vidas fazendo tudo, menos aquilo que vieram fazer neste mundo?

A resposta está na seguinte história:
Era uma vez um rei que estava muito doente.
Ele disse que quem conseguisse curá-lo seria agraciado com duas horas dentro do tesouro real, de onde poderia levar todo o ouro, diamantes e rubis que pudesse recolher.
Logo depois, um dos conselheiros do rei o curou e obteve acesso ao tesouro.
Após ser curado, o rei se preocupou em ceder tanta riqueza do seu tesouro.
Então, esquematizou um plano para distrair o conselheiro.
O rei sabia que esse conselheiro em particular tinha uma grande paixão por música, e assim contratou cem dos melhores músicos para tocarem as canções mais belas dentro do tesouro, enquanto ele juntasse sua fortuna durante as duas horas.

Toda vez que o conselheiro começava a recolher as joias, a música se tornava mais alta e o distraía.
Às vezes, um novo instrumento era adicionado e ele se via compelido a largar tudo e ir assistir, encantado.
Depois de algum tempo, ele se deu conta de que suas sacolas estavam vazias e que era melhor começar a recolher o tesouro.
Mas aí já era tarde demais.
Seu tempo havia se esgotado.

Somos como o conselheiro: nos distraímos.
Quando começamos a focar no verdadeiro propósito das nossas vidas, o Oponente, ou Lado Negativo, sempre desvia nossa atenção.
Uma boa forma de derrotar essa voz é não lhe dar espaço, para começo de conversa.
Quando ocupamos nossos pensamentos e nossa agenda com nosso trabalho espiritual, compartilhando, estando com os outros, nos conectando com a Luz – não há espaço para distrações!

Viver um caminho espiritual é difícil quando nossas conexões são intermitentes.
A Luz é consistente, e quando somos consistentes na nossa espiritualidade, atraímos a Luz para as nossas vidas de forma consistente também.

Haverá sempre uma razão para não estudar, não compartilhar, não se comprometer – porque essa é a forma do Oponente atuar!

Até um dia, em que é tarde demais para receber todos os tesouros que a Luz tem a intenção de nos dar.

Quando paramos de dar desculpas e realmente nos comprometemos com o caminho da mudança, começamos a viver o propósito da nossa vida.

Por: Yehuda Berg