A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Humildade

Antes que os Dez Pronunciamentos (Dez Mandamentos) fossem apresentados a Moisés no Monte Sinai, diz-se que houve uma comoção no Paraíso. Cada uma das montanhas queria que os Dez Pronunciamentos fossem entregues sobre ela. A única montanha que ficou calada foi Sinai, porque era a menor e sabia que não tinha muito a oferecer. Mas, no final, o Criador escolheu Sinai porque sendo a menor e mais humilde, era a única capaz de lidar com toda a energia que seria revelada no seu cume.

Nos 72 Nomes de Deus, não encontramos a letra guimel, que é a primeira letra da palavra "ga'ava" que significa "orgulho" ou "ego" em hebraico. O motivo dessa letra ter sido deixada fora dos 72 Nomes é que não existe "ga'avah" no conceito do Criador. Humildade é o fator chave para sustentar nossa conexão com a Luz, enquanto que ego e orgulho prejudicam nossa capacidade de canalizar essa Energia.

Isso não significa que precisamos abrir mão de tudo, nos recusarmos a receber alguma coisa. O que significa é que entendemos que tudo o que temos e tudo o que somos nos foi concedido com um propósito. Somos mensageiros, sejam quais forem os dons que possuímos, como inteligência, dinheiro ou sabedoria.

Então, quando dizemos (e todo ser humano diz isso) "Mas eu fiz isso. Eu desenvolvi isso. Eu criei isso. Eu fiz isso acontecer.", precisamos nos lembrar de quem nos deu essas capacidades antes de mais nada. Somos mensageiros para canalizar a Luz do Criador e quanto mais deixarmos nosso "ga'avah" de fora, melhores mensageiros seremos.
 
Por: Karen Berg

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