A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Oração Mais Perfeita do Mundo

Sobre como orar, qual o melhor rito e de que forma nossa boca deve colocar nossas palavras para o divino dentro de nós, nada melhor do que seguir o exemplo das sabedorias, dos iniciados e dos mestres, e responder contando uma parábola:

Conta-se que um rabino muito piedoso e afamado procurava aperfeiçoar sua forma de orar, e acreditava ter conseguido. Em sonhos, apareceu-lhe um anjo, e o rabino perguntou se a forma como orava era a mais perfeita para dirigir uma oração ao Criador. O anjo respondeu que sua oração era muito boa, mas que havia alguém cujas orações eram melhores.

Depois de acordar, o rabino resolveu aperfeiçoar sua forma de rezar. Colocou empenho nisso, procurando usar toda a sua “kavanah” no ritual da oração, na voz e na postura.

Algum tempo depois, o anjo tornou a aparecer em seu sonho, e ele perguntou novamente.
O mensageiro respondeu que havia ainda alguém cuja oração agradava mais ao Criador; e disse onde era a sinagoga na qual esse homem orava, revelando também o nome dessa pessoa.
Procurando melhorar sua forma de louvar o Criador, o rabino, assim que foi possível, viajou até a cidade mencionada e foi até a sinagoga, perguntando pela pessoa cujo nome recebera.
Porém, ninguém soube informar quem era.

No dia de Shabat, o rabino foi até a sinagoga, onde fez suas orações e continuou perguntando, até descobrir que de fato, havia um homem com aquele nome, e lhe indicaram um humilde pescador, nos fundos da sinagoga.

Depois das orações terminadas, o rabino foi até ele, apresentou-se e quis saber como ele orava. O pescador, de olhos baixos, respondeu:

- Ah, rabino, não sou uma pessoa estudada, nem tive a chance de aprender a ler. Então apenas sei as dez primeiras letras.

- Mas como você reza? – insistiu o rabino.

- Bem, rabino... Não aprendi as orações, então apenas fico repetindo as dez letras que sei, e peço ao Criador que as coloque na ordem que mais lhe seja agradável.

Só então o rabino, emocionado, entendeu o que o anjo lhe dissera.

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