A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Verdadeira Transformação

Vamos examinar como é a verdadeira transformação.

Primeira situação: cem mil dólares em notas pequenas estão em cima de uma mesa num escritório. Um homem entra e vê o dinheiro. Depois de se certificar de que ninguém está olhando, embolsa o dinheiro e foge feito um ladrão.
Segunda situação: um homem entra e vê a mesma montanha de dinheiro. Fica muito nervoso por estar perto de tão grande soma, começa a tremer e sai correndo feito um coelho assustado.
Terceira situação: um homem entra e vê o dinheiro. Ele se certifica de que não tem ninguém olhando. Então embolsa o dinheiro e começa a correr. Depois para. Fica atormentado um instante e decide trazer de volta o dinheiro para a mesa.
Quarta situação: um homem entra e vê o dinheiro.
Pega as notas e bota dentro de uma pasta.
Tranca a pasta e entrega para o chefe dos seguranças.
Deixa um bilhete em cima da mesa, informando a quem tiver colocado uma grande soma de dinheiro num lugar indevido para entrar em contato, que ele encaminhará essa pessoa às autoridades para recuperar o dinheiro.
Qual comportamento você acha que se parece mais com o que você faria?
Pense no que aprendeu até agora.
Que situação revela mais Luz espiritual?
Em que situação, o homem é a causa e não o efeito?
Qual homem expressa mais Luz espiritual em sua própria vida?
A resposta pode surpreendê-lo.
Vamos analisar os atos de cada homem.

Primeira situação: neste caso, o homem é governado por seu Desejo de Receber instintivo e reativo, que lhe diz para pegar o dinheiro e fugir. Por causa de seu comportamento reativo, não recebe a Luz da realização em sua vida. Ele é o efeito, não a causa, e, portanto, terá o Pão da Vergonha.
Segunda situação: este homem está apenas reagindo a seu desejo instintivo de ficar assustado. Reagir a seu instinto natural não produz Luz.
O homem entra e sai do prédio sem mudar sua natureza.
Terceira situação: o homem inicialmente reage a seu desejo de roubar o dinheiro, mas então, naquele momento crucial, antes de tomar uma decisão, ele para.
Abate sua reação de forma proativa. Então, indo contra seu instinto inicial e transformando sua natureza nesse instante único, ele devolve o dinheiro.
Ele se torna a causa, o construtor de seu próprio destino — não o efeito de uma pasta cheia de dinheiro! Sua transformação, de deixar de ser reativo para passar a ser proativo, revela Luz espiritual.
Quarta situação: este homem apenas reage a seu desejo instintivo de fazer a coisa certa. Ele já estava num estado mental proativo em relação ao roubo do dinheiro. Não ocorre mudança de natureza. Ele permanece a mesma pessoa durante toda a situação. Tal comportamento não produz Luz adicional na vida dessa pessoa, de acordo com a Cabala.
No entanto, homem digno desta situação também tem oportunidade de revelar a Luz. Depois de devolver o dinheiro, precisa não reagir a seu ego, que lhe diz que ele é bom e virtuoso. Ele precisa resistir a seu Desejo de Receber, o que, neste caso, significa seu desejo de receber elogios por sua boa ação.
Ele precisa perceber que a grande oportunidade para ele reside não no ato físico de devolver o dinheiro, mas em manter sua boa ação em segredo e rejeitar o autoelogio.
Lembre-se de que nossos traços positivos não revelam a Luz.
A Luz que já tinha sido revelada anteriormente por transformar seu comportamento de reativo para proativo não vai embora.
Ela está enchendo o seu Receptor, e está segura. Mas nova Luz só é revelada quando identificamos, arrancamos e transformamos nossas características negativas.
É o grau de mudança em nossa natureza que determina a medida de nossa realização.

Por: Yehuda Berg

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