A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Conselhos

É interessante notar que na maioria das vezes não procuramos conselhos naquelas áreas em que pensamos ser fortes ou conhecer bem.
Mas nas outras áreas, prontamente aceitamos conselhos.
Também há vezes em que temos ideias ou teorias sobre alguma coisa, e para provar nosso ponto, buscamos as pessoas que concordam conosco.
No entanto, isso não é buscar conselho de verdade, certo?
É mais como uma validação intencional.
Existe um ditado em aramaico no Zohar que diz: “Se uma pessoa tem uma preocupação em seu coração, deve falar sobre ela”.
Diz que se mantivermos aquela preocupação dentro de nós, só a enxergaremos do ponto de vista da nossa correção; mas se a externarmos, então poderemos aprender.
Quando temos alguma questão em nossa mente ou quando estamos preocupados, é porque nosso receptor (nossa capacidade) se encontra limitado.
O que quer que esteja dentro de nós, só conseguimos pensar sobre aquilo dentro da nossa perspectiva limitada.
Só conseguimos ver as coisas de uma única forma.
Não enxergamos o que tem que ser visto e que fica perdido.
Se uma minhoca está dentro de uma maçã, sua visão do mundo é de que ele é algo branco e úmido.
Mas se ela consegue sair, o que vê?
Existe todo um mundo lá fora com uma paisagem diferente.
É assim que vivemos.
Só enxergamos o que pensamos que somos – não o que realmente somos. Precisamos de outros pontos de vista para enxergar a verdade.
Desta forma, é importante falar sobre as nossas dúvidas ou sobre as coisas que passam pela nossa mente, mesmo quando não é fácil.
Se existe um problema difícil, é porque existe uma klipá (camada de negatividade) a ser quebrada.
Existe energia negativa que deve ser exposta.
Se não permitirmos que se exponha, então não conseguiremos enxergar o problema, e nem os outros conseguirão.
Agora, só resta uma pergunta:
De quem obter conselhos?
Temos que encontrar pessoas que tenham valores similares aos nossos, o que significa que temos que nos assegurar de que estejam se transformando espiritualmente, que sejam seres que compartilham.
Além disso, devemos buscar conselho de pessoas que tiveram sucesso nas áreas em que queremos mudar.
O Zohar nos ensina que existe um paradoxo quando pedimos conselho: às vezes, podemos escutar o que pensamos ser o melhor conselho, mas ele pode acabar se tornando o maior Satan em nossa vida.
Se antes não tivermos a confirmação de que a pessoa a quem estamos consultando está envolvida em compartilhar e comprometida com o trabalho espiritual, então não devemos escutar seu conselho – e mais ainda, nem mesmo PEDI-LO!
Escutar as pessoas erradas é a razão por que caímos no nosso destino ao invés de nos elevar acima dele.
Às vezes, nosso pensamento racional é limitado, mas nosso receptor não é! Coisas ilógicas, que parecem maiores do que nós, aparecerão para nos mostrar como nosso receptor é grande e como podemos lidar com aquilo. Busque o inesperado de fontes desconhecidas; não caia na limitação dos cinco sentidos.
Se você achar que já compreendeu tudo, com certeza não sabe nada.

Esta semana, mergulhe no momento mais assustador e saiba que você será capaz de lidar com ele.
Peça ajuda, mas faça perguntas verdadeiras, aquelas que são desconfortáveis de fazer e mais difíceis ainda de ouvir as respostas.
É aí que se esconde o verdadeiro potencial para o crescimento.

Por: Yehuda Berg

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