A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sempre Pode-se Fazer Algo, Sempre Pode-se Criar Uma Mudança

Todos nós temos enfrentado em algum momento uma situação em que nos sentimos com as mãos atadas.
Não importa o que fazemos ou dizemos, sabemos que não poderemos mudar o resultado.
“O médico me deu o diagnostico...”
“o advogado disse...”
“o psiquiatra predisse...”

Esta idéia de, “acabou e não há nada que eu possa fazer a respeito”, é a qual o Rav Berg tem protestado contra por toda a sua vida.
O que temos a aprender é que sempre há algo que podemos fazer.
Sempre.

Há uma bela história dos tempos antigos sobre o Rei Hizkiyah, Rei da Judéia durante os anos de 715-687 A.C.
Um dia, doente em sua cama, foi visitado pelo profeta Isaías, que disse:
“Deus me enviou para te dar uma mensagem. Prepara seus assuntos, que você vai morrer. Você não vai viver.”
Que mensagem!
Não foi suficiente dizer a ele que estava morrendo, como também tratou de enfatizar que não ia mais viver, (o que os Cabalistas explicam que foi um código sobre que não havia esperança para ele na vida depois dessa, tampouco) Atordoado, o Rei o pergunta:
“Por quê?”.
O profeta responde:
“Porque não se interessasse em ter filhos neste mundo.”
O Rei disse ao Profeta que a razão pela qual ele não havia tratado de procriar filhos era porque teve uma visão profética em que havia visto sua descendência causando grande destruição ao mundo.
“Nunca se dê por fato aquilo que vê!” contestou o Profeta,
“Inclusive quando se trata de uma visão divina. Não se preocupe pelas coisas que não acontecerão, o que você não tem controle. Deve fazer o que tem que fazer, o que é correto.”
O Rei viu o mérito da lição, e com esperança renovada perguntou se podia se casar com a filha do Profeta.
“Talvez com meus méritos e seus méritos combinados, os descendentes seriam justos.”
Sua proposta foi recusada, o Profeta informou a ele que o decreto havia sido firmado, e que nada se podia fazer a respeito.
Para ele, o Rei responde:
“Não quero escutar sua profecia! Saia de minha casa. Isto é o que tenho aprendido com meu bisavô, o Rei David: ainda que se tenha a espada no pescoço, não se deve perder a esperança, porque sempre se pode atrair misericórdia para mudar.” O Profeta vai embora, e Hizkiyah se eleva e transforma sua consciência e continua a rezar e suplica para que lhe concedam mais vida.

Esta é a nossa lição.
Em nenhum momento devemos aceitar um decreto, uma predição, um diagnostico, seja lá o que for.
No caso do Rei Hizkiyah, Deus mesmo disse que tudo estava acabado, e ele nega a aceitar.
E com essa consciência, ele transforma o decreto!
Se o Rei houvesse aceitado as notícias como algo definitivo, não haveria podido mudar o decreto e morreria.

Observe a diferença.
Não se trata de um entendimento.
Trata-se de uma consciência.
Se você entende o conceito, mas segue permitindo que seus pensamentos digam, “talvez acabou, talvez o médico, o advogado, o contador, o psiquiatra estão corretos”; então você não será capaz de mudar nada.
Você pode aplicar essa lição de uma maneira grande ou pequena.

Inclusive quando se trata de estudar Cabala, há momentos em que enfrentamos conceitos que parecem muito difíceis, impenetráveis.
Nestes casos, devemos aplicar essa consciência dizendo: “Devo empurrar a mim mesmo.”

Esta é uma consciência que queremos despertar.
Não é fácil de conseguir, mas é a chave para ter realmente o poder e a capacidade de mudar tudo.
Sempre há algo que podemos fazer para criar a mudança.

Por: Michael Berg

(repasse Marcelo Veneri)

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