A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cores na Alma


O mundo que D'us criou para nós é muito bonito.
Uma característica especial é a cor: o céu azul e mar azul escuro, colinas verdes e marrons, pôr-do-sol vermelho, arco-íris multicolorido e a miríade de outras cores que nos cercam a cada passo em nossas vidas.
Cores também têm um significado espiritual.
Uma indicação para esta idéia é a forma com que elas aparecem em nossa leitura da Torá, na descrição da construção do Santuário.
 
O Santuário, cuidadosamente construído por Moisés e o Povo de Israel depois de receberem a Torá no Monte Sinai, foi o protótipo de Templo. Como o Templo em Jerusalém, com o Santuário criou-se um espaço sagrado, com níveis crescentes de santidade: o Pátio externo; uma câmara fechada onde ficava a Menorah de ouro; a câmara interna, o Santo dos Santos, onde ficava a Arca dourada contendo os dois blocos de safira gravados com os Dez Mandamentos que Moisés tinha trazido de cima do Sinai.
As paredes do Santuário foram construídas de pranchas de madeira recobertas de ouro, fixadas em suas bases por pesados blocos de prata. Estas paredes eram quase totalmente cobertas por uma tenda feita de tecidos especialmente trançados.
Além disso, havia as vestimentas dos Kohanim..
A Torá nos fala sobre o que estes tecidos incluíam, em uma lista: lã azul, lã púrpura, lã vermelha, linho branco...
Cores!
O quê elas significam?
Os ensinamentos chassídicos explicam que o Santuário não é só uma edificação física, destinada a ser construída de uma forma mais permanente como o Templo em Jerusalém. O Santuário existe também dentro do coração de cada individuo.
Assim, D'us declara na Torá:
“Faça para Mim um Santuário, e Eu habitarei neles”.
O versículo não diz “Eu habitarei nele”, no Santuário.
Ele diz “Eu habitarei neles”, no coração de cada ser.
 
Quais são as cores do Santuário do coração?
Quais são as cores na alma?
Assim explica o assunto o Rabbi Yosef Yitzhak Schneersohn, o sexto Lubavitcher Rebbe:
 
Azul expressa nosso temor pela infinita grandeza do Divino.
Todos os imensos universos descritos pelos astrônomos não são nada comparados com D'us, que é o Infinito ilimitado, além do mundo.
Esta idéia introduz um sentimento de temor: Azul.
 
Já os cabalistas nos dizem que a mesma idéia pode provocar um sentimento diferente, uma sede apaixonada de nos conectarmos com D'us, além do mundo, além da própria vida, um amor ardente por D'us: Vermelho.
 
A combinação destes dois sentimentos, amor ardente e temor, leva a um sentimento de quão pequenos nós somos, uma consciência de quão lamentavelmente pouco estamos à altura da infinita grandeza de D'us. Desta perspectiva, nós olhamos para os nossos próprios seres com Misericórdia, como se fosse de uma altura remota: pobre pequeno ser, tão perdido em pensamentos somente sobre seu próprio ego...
Esta mistura de azul e vermelho produz o Violeta.
 
Existe ainda um outro tipo de amor por D'us. O amor ardente além do universo, mas amor que flui como água pura, consciente da proximidade íntima e carinhosa de D'us e do amor de D'us por nós.
Este caloroso sentimento de amor e de bondade amorosa é Branco.
 
Estas são as cores na alma, as emoções com as quais nos relacionamos com D'us, em nosso próprio Santuário interior: azul, vermelho, violeta, branco...
 
Fonte: Baseado em um discurso do Rabbi Yosef Yitzhak Schneersohn

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