A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Entramos no mês de Sivan



Este é o mês do "movimento correto," de aprender como caminhar nas trilhas da Torá que recebemos novamente em Shavuot.
A Torá é nossa arma contra o mal; este mês é governado pela letra Zayin, que significa "arma."
Andar nos caminhos da Torá é sintetizado pela tribo deste mês, Zevulum, a tribo de navegadores que apoiou a tribo Yissachar em seu estudo de Torá.
Estes dois irmãos tinham carreiras diferentes mas trabalhavam juntos, simbolizados pelo signo astrológico de Gêmeos.
O conceito de gêmeos também evoca a imagem das duas tábuas no Monte Sinai, e a associação de D'us e o povo hebreu na Torá.
Sivan é o terceiro mês do ano hebraico (que é lunar), e representa a Coluna Central dos signos de ar.
O planeta que o controla é Mercúrio - Kochav em hebraico.
O valor numérico de Kochav = 26 (o Yud Hei Vav Hei do Tetragrama).
Mercúrio é o planeta da comunicação, o que significa que possui as qualificações de um cabo elétrico, uma linha telefônica, um professor, um conselheiro, um contador de histórias – basicamente tudo o que pode transferir qualquer informação do ponto ‘a’ ao ponto ‘b’.
A letra (Zayin) criou o signo de gêmeos e a letra (Resh) criou Mercúrio.
Juntas, essas duas letras formam a palavra Raz, cujo valor numérico é 207 – Luz (Or).
Raz também significa segredo (sod) em hebraico.
Muitos segredos foram revelados no cosmo durante o mês de Sivan.
Sivan é conhecido como o mês de “Matan Torá – a entrega da Torá”.
O sexto dia do mês, a festa de Shavuot, é o dia cósmico no qual terminamos a contagem do Omer , e culmina nos 49o. dia a partir do qual começamos a contar, que é o primeiro dia da Páscoa.
Quando a surpreendente luz da liberdade foi revelada na Páscoa Passover, esta luz nos foi dada sem qualquer esforço de nossa parte.
É por isto que “contamos o Omer”: para construir receptores, através da correção de nossas ações, que fazem com que a Luz se oculte.
Neste quinquagésimo dia após a Páscoa, atingimos o nível de Biná. Uma tremenda quantidade de luz é revelada neste dia, já que se trata do aniversário do recebimento da Torá pelo povo. Energia de Zeir Anpin – a infinita Luz de “bilá hamavet lanétzach – quando a morte é banida para sempre, e que resultou na imortalidade.
A mesma energia de imortalidade é revelada a cada ano em Shavuot.
O Ari diz que quem se mantiver acordado em Shavuot, envolvido com o estudo do Zohar, tem a promessa de total proteção e segurança até Rosh Hashanah.
 
Os geminianos são intelectuais que possuem o desejo de saber tudo, e uma curiosidade ilimitada para colecionar informação de todo tipo. Isto porque informação é poder, e quanto mais informação for coletada hoje, tanto mais fáceis serão as escolhas futuras..
Os geminianos precisam juntar informação para lhes permitir escolher o que é bom e o que é ruim, o que é certo e o que é errado.
Isto explica a tendência do geminiano de pular de um assunto para outro, e este é o motivo pelo qual obviamente eles têm muitas perguntas, dúvidas e incertezas.
O resultado final é sua relutância em entrar em qualquer tipo de compromisso.
A solução para este obstáculo pessoal é encontrar um professor, alguém que seja capaz de fornecer respostas satisfatórias para todas as perguntas. Isto permitirá aos geminianos concentrar-se em um caminho, um Deus, o que lhes dará uma maior chance de atingir o estado de certeza.
Não há melhor professor do que um geminiano com um grau firme de certeza. Como um signo de comunicação, Gêmeos pode ser um canal perfeito, que pode aprender, compreender e ensinar.
O ideal para um geminiano é ser um canal para o máximo de pessoas possível, especialmente para aqueles que estão perdidos em seu caminho, e ajudar os outros a alcançar seu próprio estado de certeza pessoal.
A dualidade de Gêmeos expressa-se em todas as áreas da vida.
Eles incorporam a habilidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo, assim como a dificuldade de se comprometer em relacionamentos.
Eles possuem problema de lealdade a um só partido político (como um servo de dois mestres), e eles tendem a mudar de humor, como o vento muda de força e direção.
Esse é o motivo pelo qual o geminiano pode ser uma pessoa diferente a cada dia.
 
Bem, vamos falar mais do mês de Sivan
Espero que gostem
 
O Mês de Sivan – Maio-Junho –Mês de Gêmeos
 
Sivan é o terceiro mês do calendário religioso e o nono do calendário civil.
A Torá descreve que no Rosh Chodesh (inicio) deste mês, em 2448 (para os cabalistas estamos no ano de 5771), os hebreus que haviam saído do Egito chegaram ao Sinai, vindo a receber a Torá seis dias depois.
Sivan é o terceiro dos doze meses do calendário judaico, o mês da Outorga da Torá ao povo hebreu.
Na seqüência da roda do ano estabelecida pela Torá, temos a libertação em Nissan (1), o refinamento em Iyar (2) e a revelação em Sivan (3), fechando o ciclo da primavera, um período de expansão em todas as áreas de nossas vidas, associado à energia de Keter - mesmo que você esteja vivenciando o fim do outono no hemisfério sul.
Sivan é um mês de progresso, de prosperidade, de se alcançar uma meta estabelecida no passado depois de um processo adequado de refinamento pessoal (a Contagem do Ômer) e a quebra de paradigmas (a leitura do livro de Bamidbar (Números)).
Obviamente devemos ter em mente que o fato destas bênçãos estarem disponíveis não significa que seremos automaticamente favorecidos.
É preciso ter o receptor aberto e devidamente sintonizado com esta vibração. Shavuót é o maior dos portais do calendário cabalistico, momento em que temos a oportunidade de adquirirmos a maturidade espiritual necessária para lidar com todas as questões que venham a surgir à nossa frente através do correto entendimento das leis que regem os céus e terra.
 
Letras do Mês de Sivan -  Zayin e Resh
As letras Zayin e Resh regem, respectivamente, o mazal de Teomim (Gêmeos) e o planeta Kochav (Mercúrio).
Invertidas, temos a palavra hebraica raz, que significa "segredo" ou "mistério".
Somadas, temos a guematria 207, a mesma que Or ("Luz").
Meditar nas letras do mês de Sivan é uma das práticas recomendadas para que os segredos do universo sejam revelados através da Luz da Cabalá.
Zayin é a sétima letra do alfabeto hebraico, e 7 é o número associado ao Shabat, o casamento da Shechiná (Malchut, o mundo físico) com Zeir Anphim (o mundo espiritual (formado pelas sefirot Chessed, Guevurah, Tiferet, Netzach, Hod e Yessod)).
Como toda oportunidade de revelação espiritual conta com a presença da contra inteligência à espreita, Zayin é também a espada (ou arma) com que nos defendemos da má inclinação.
Sivan é o terceiro mês do ano que está conectado ao terceiro dos atributos Divinos que é a misericórdia.
O número três está associado aos eventos ocorridos neste mês: a outorga de uma tripla Torá [Torá, Neviim e Ketuvim] a um povo triplo [Cohanim, Leviim e Israelim] no terceiro mês [Sivan] por três [Moshê, Aharon e Miriam]" – o número que mais destacadamente aparece em toda a Torá é o número sete, o valor da letra zayin.
A Torá foi outorgada no Shabat, o sétimo dia da semana.
Segundo Rabi Yosi, a Torá foi entregue no sétimo dia de Sivan.
Zivebulun, a tribo de Sivan, começa com a letra zayn..
Nossos Sábios identificam o zayin com a palavra zeh ("isso"), significando o excepcional nível de profecia de Moshê ("a vidraça transparente"), o doador da Torá (ele próprio nasceu e faleceu a sete de Adar [o 12º mês do ano; 12 = zeh]).
As porções da Torá em Sivan são do início do Livro de Bamidbar.
Na terceira porção – Behaalotecha – aparece uma seção de dois versículos ("E quando a Arca viajava…") que é separado do texto da Torá que o precede e que o segue (por dois nuns de cabeça para baixo).
Nossos Sábios nos ensinam que isso é para dividir a Torá em sete livros, ao invés da divisão normal de cinco.
Alude-se a este fenômeno no versículo:
"Ela entalhou seu pilar sete." Juntos, zayin (7) e hei (5), a divisão normal da Torá) formam zeh, o nível singular da profecia de Moshê.
O formato da letra zayin é um vav com uma coroa na cabeça.
Isso representa a coroa que toda alma hebréia recebeu (a qual, especificamente, consiste de dois níveis, duas coroas, como ensinado por Nossos Sábios) sobre a Outorga da Torá.
Os próprios Dez Mandamentos contêm 620 letras = keter, "coroa".
Resh é a letra associada à cabeça (rosh), que não só se refere ao começo de algo (rosh chodesh - "cabeça do mês") como a uma nova consciência na medida em que você reconhece que a realidade é muito maior do que nós mesmos e que devemos levar uma vida material a serviço de uma meta espiritual.
Resh é formada pelas letras Resh, Yud e Shin. Yud é uma das representação da energia divina.
Quando removida da composição, as letras Resh e Shin se transforma em "miséria", que se refere à incapacidade de alguém de se nutrir com a Luz Espiritual ou àquele que estuda e não aprende nada.
A meditação isolada na letra Resh promove a teshuvá, palavra traduzida como "arrependimento", mas equivale à transformação que promovemos quando retornamos a um determinado evento crítico do passado com a perfeita consciência do que deveríamos ter feito e o compromisso de não voltar a errar.
 
O Mazal do Mês de Sivan - Teomim (Gêmeos)
Yaacov e Essav representam os gêmeos arquetípicos do mazal Teomim: o homem de tendas versus o homem de caça.
A Torá foi revelada em 6 de Sivan e no dia 17 de Tammuz houve o pecado do bezerro de ouro.
Ao lado de uma grande revelação espiritual há sempre a possibilidade de um deslize, igualmente grande, induzido pela contra inteligência.
Este é um mês de confronto entre a boa e a má inclinação porque, quanto mais intensa a luz, maior a sombra.
Por mais que as pessoas falem do Amor ao Eterno, nem todas alimentam na mesma medida do Temor, que é o que nos mantém distantes da iniqüidade.
Um mazal não determina quem você é ou o que você vai fazer, mas dá um indicativo do cenário em que travamos a nossa guerra diária entre duas luas novas.
É preciso estar alerta para evitar o comportamento reativo, a valorização da forma ao invés do conteúdo, a busca de resultados imediatos sem refinamento ou a ansiedade que não permite que as coisas amadureçam adequadamente.
Os gêmeos simbolizam também as duas "tábuas do pacto" idênticas, entregues a Moshê.
A Outorga da Torá a Israel é chamada de "casamento" (entre D’us e o povo hebreu).
No Shir Hashirim (5:2), o nível mais elevado de casamento é mencionado como noiva e noivo sendo gêmeos idênticos (tamati, que Nossos Sábios lêem teomati).
Os gêmeos arquétipos da Torá são os dois irmãos, Essav e Yaacov.
Estes gêmeos não somente não são idênticos, como são opostos.
Mesmo assim, pelo poder da Outorga da Torá no mês de Sivan, ambos os gêmeos são retificados e tornam-se capazes de se unirem.
Em todo ser, Yaacov representa a boa inclinação, ao passo que Essav representa a má inclinação.
Somos ordenados a amar a D’us "com todo nosso coração" – "com ambas as nossas inclinações".
Nas duas tábuas do pacto, a da direita se refere basicamente ao lado de Yaacov, ao passo que a tábua esquerda se dirige basicamente ao lado de Essav ("Não matarás; Não cometerás adultério; Não roubarás…").

Tribo do Mês de Sivan – Zivebulun (Zebulum)
Zebulun é comumente retratado como "o homem de negócios", que sustenta o estudo de Torá do seu irmão Isaachar.
Na Cabalá, somos ensinados que sempre há algo mais elevado numa "causa" que no seu "resultado".
Segundo este princípio, o Arizal explica que a origem da alma de Zebulun está em Keter, acima daquela da alma de Isaachar, em Chochmá.
O nível da Torá em si revelado a nós no Sinai é o nível de keter (coroa) da Torá, como indicado pelo fato de que os Dez Mandamentos possuem 620 letras = keter (correspondendo às 613 mitsvot da Torá escrita juntamente com as 7 mitsvot dos Sábios).
O próprio Zebulun é ordenado a estudar Torá.
Seu estudo da Torá está ao nível de Keter.
Sentido do Mês de Sivan - Caminhar (progresso, dinâmica)
Aqui, "caminhar" significa o sentido de contínuo progresso.
Cada lei da Torá é chamada uma halachá, da palavra "caminhar".
Nossos Sábios interpretam o versículo: "as caminhadas do mundo são para Ele" (Habakuk 6:4), que aquele que estuda halachá diariamente com certeza merecerá o Mundo Vindouro.
A Torá nos proporciona a força para caminhar adiante, deixar nosso local de origem a fim de encontrar e elevar as centelhas Divinas caídas presentes em toda a realidade.
E assim se afirma sobre Zebulun: Seja feliz, Zebulun, quando sair" (Devarim 33:18).
Enquanto os anjos, que não mereceram receber a Torá, são chamados “espectadores" (pois não possuem a dinâmica essencial da vida) as almas de Israel (que receberam a Torá) são chamadas "caminhantes entre os espectadores".
No que diz respeito à "força" da Torá em geral, é dito: "elas [as almas de Israel que estudam a Torá e cumprem Seus mandamentos] prosseguirão de força em força" (Tehilim 84:8).
Nossos Sábios interpretam que isso significa "os justos não têm descanso, nem neste mundo nem no Mundo Vindouro."
Na Chassidut é ensinado que no estado absoluto de tranqüilidade e repouso do Mundo Vindouro, a alma do justo vive simultaneamente o senso de progresso infinito " e "caminhar adiante" (o senso de tranqüilidade é o senso do mês de Kislêv [o terceiro mês a partir de Tishrei], o mês que complementa Sivan [o terceiro mês a partir de Nissan] no ciclo do ano.
Controlador do Mês de Sivan - Pé esquerdo
Quanto a qualquer par de "direito" e "esquerdo", o direito é relativamente espiritual, ao passo que o esquerdo é relativamente físico.
Nas palavras de Nossos Sábios:
"Ele estendeu Sua mão direita e criou os céus e estendeu Sua mão esquerda e criou a terra."
Como já vimos, a fala, o sentido de Nissan, é controlada pelo pé direito.
Caminhar, o sentido de Sivan, é controlado pelo pé esquerdo.
A fala assemelha-se ao caminhar, pois encontramos freqüentemente na Torah a expressão "língua caminhante".
Apesar disso, a fala é relativamente mais espiritual que o caminhar (embora ambos possuam uma dimensão interior espiritual: fala – o sentido de liderança; caminhar – o sentido do progresso).
Encontramos em Mishlê (10:9):
"Aquele que caminha com sinceridade caminhará com segurança."
Sinceridade (temimut) é a propriedade do pé esquerdo (a sefirá de Hod); segurança (bitachon) é a propriedade do pé direito (a sefira de Netzach; confiança dá à pessoa a capacidade de falar claramente sem "gaguejar" [que na boca corresponde a "tropeçar" para os pés]).
Assim, o versículo sugere que a pessoa deveria caminhar "esquerda, direita…," pois é o pé esquerdo que governa o ato geral de caminhar.
 
Fonte Academia de Cabala

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