A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Shavuot – A Festa da Revelação


Caminhamos para uma das festas mais importantes do calendário Cabalista, Shavuot, a festa das semanas, ou também conhecida, como a festa da Colheita.
Shavuot encerra a contagem do Omer, ela é o nosso 50º Portal.
É aqui que nos abrimos para receber a Luz, a Torá (Pentateuco).
Na tradição Ela é a lembrança do recebimento das tábuas das leis e de todo conhecimento, que Moises recebeu e revelou no monte Sinai.
Esta é uma festa que marca o tempo, o tempo de nossa caminhada de 7x7 (semanas x dias) que se refere a um tempo espiritual, enquanto a colheita está se referindo a um tempo terreno.
Nossa caminhada nos trouxe até um momento de ascensão e recebimento de luz, mas para isso fomos depurados de nossas cascas através da contagem do Omer.
Agora, já prontos, podemos receber mais conhecimento e ter mais consciência das coisas de nossa vida.
Ela é conhecida como a Festa das semanas (pentecostes). Dia das primícias ou a festa da colheita.
Com ela vivemos – Zeman matan Torateinu – Época da entrega da Torá.
 
Possui a energia do mês de Sivan (3º mês), mês da energia e signo de gêmeos, representa o despertar da inteligência, o abrir os olhos e nos colocar em condições de partilhar as idéias.
Gêmeos também nos ensina a nos relacionar com o outro, neste caso, o outro é D’us.
É nesta festa que cada um ganha a sua identidade e um objetivo, com as leis, o povo recebe a identidade de povo escolhido e o objetivo de chegar na terra prometida.
Shavuot é uma porta que representa um casamento entre o céu e a terra, entre mundos diferentes.
O mês de Gêmeos nos coloca diante do espelho, do outro e das experiências de troca e da necessidade de aprender sobre a dualidade.
 
É interessante pensarmos: Por que necessitamos de leis?
As leis surgem para não haver um “curto circuito”, toda transformação gera uma energia de mudança de estado, uma Crise.
Segundo a Zohar sem estas leis a humanidade teria deixado de existir.
A Torá passa para o mundo sua essência, que é pura luz, Expressão máxima de D’us.
 
Os cabalistas explicam que existem duas fontes espirituais principais, que se chamam o “Sagrado bendito seja Ele (Kadosh Baruch Hu)”, e sua contraparte feminina, a Shechinah.
Elas se conectam ou separam dependendo de nossas ações espirituais.
Quando fazemos ações espirituais positivas elas se unem, e essa união atrai Luz dos mundos superiores, que flui então até nós.
Se fazemos ações negativas conseqüentemente elas se separam, e isso reduz a quantidade de Luz que recebemos.
Neste dia de Shavuot ocorre este casamento entre o Sagrado e a sua Shechinah, entre o Esposo e a Esposa.
 
Um dos mandamentos de Shavuot é entrar em contato com alimentos a base de laticínios.
Em Shavuot é costume estudar a Torá durante a noite, pois é uma forma de colocarmos luz na escuridão.
Conecte-se com os 10 mandamentos, sua leitura nos traz uma forma de organizar o universo, através destes códigos, leis.
Rabi Shimon diz no Zohar:
“Sente-se, amado, sente-se, e vamos preparar a noiva nesta noite, porque todos que se conectam com ela nesta noite estarão protegidos durante o ano inteiro, acima e baixo, e completarão este ano em paz.”
 
Fonte: Escola de Kabbalah

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