A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


sábado, 28 de maio de 2011

Porque Tudo Precisa Ser tão Difícil

Muitas vezes na vida nos questionamos por que tudo precisa ser tão difícil.
O livro de Karen Berg, "Deus Usa Batom" oferece uma resposta cabalística relacionada a um conceito chamado "pão da vergonha".
Pão da vergonha significa uma sensação desagradável que se sente ao receber alguma coisa boa, sem porém ter feito nada para merecer aquilo.
Embora seja agradável receber, algo fica faltando.
Por que é tão difícil, afinal?
Na realidade, não íamos gostar se não fosse assim.
Algo na natureza humana nos faz querer fazer por merecer aquilo que recebemos.
Gostamos de um desafio.
O golfe seria prazeroso se você fizesse um hole in one toda vez que desse uma tacada?
Onde estaria o prazer?
Em pouco tempo você enjoaria do jogo.
Costumo contar uma história sobre Bonnie, do infame casal-criminoso, Bonnie e Clyde.
Nesta história, Bonnie é morta naquele famoso tiroteio na era da depressão.
Ela vai para o céu e se encontra com um porteiro – um anjo, digamos.
Ele é exclusivamente dela, e está ali para prover todas as suas necessidades.
"O que você quer?" ele pergunta educadamente.
"Quero ir para o sul da França num iate particular", responde Bonnie. "E quero pessoas para me servir."
"Feito", diz o anjo.
Num piscar de olhos, Bonnie está navegando pelo Mediterrâneo, cercada de criados que atendem a cada capricho seu.
Mas ao final da primeira semana na Riviera ela está completamente entediada.
Ela chama seu anjo: "Estou cansada disto", reclama. "Preciso fazer alguma coisa excitante.
O que eu quero mesmo é assaltar bancos".
"Tudo bem", ele responde entusiasmado. "Qual banco? Em que cidade? A que horas?"
 Eles se sentam e planejam o assalto..
Bonnie chega à cidade na hora planejada.
Que choque.
As portas do banco estão escancaradamente abertas. Aliás, o cofre está bocejando para ela, pronto para expelir suas riquezas. Os caixas entregam o dinheiro a ela com um sorriso.
Não há nem um único guarda a postos para detê-la.
Ela pode caminhar para fora sem despentear nem um fio de cabelo.
Não há ansiedade, nem preocupação. Bonnie fica furiosa.
"Espere aí", reclama ao anjo. "Onde é que está a perseguição? Onde é que estão os policiais? Está fácil demais. Onde está o desafio?"
"Desculpe," ele diz, "mas aqui não há desafio".
"Mas então eu detesto este lugar". Bonnie exclama: "Não há ação. Nada aqui me satisfaz. Não quero ficar no céu. Mande-me para o inferno," ela exige.
"E onde você pensa que está?" pergunta o anjo.

Yehuda Berg

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