A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


domingo, 12 de setembro de 2010

Limites da percepção humana

De acordo com os ensinamentos cabalísticos, assim como somos limitados em nossa capacidade de ver energias num nível físico, também somos limitados em nossa capacidade de ver a energia da plenitude.

Tudo que desejamos pode estar bem a nossa frente, e mesmo assim não conseguimos enxergar.
O motivo desta limitação são nossos cinco sentidos.
Nossos cinco sentidos nos impedem de ver a realidade toda.
Não conseguimos ver ondas de rádio, átomos e sinais de TV que ricocheteiam pelas paredes da nossa casa.
Nossos cinco sentidos funcionam como cortinas que filtram a maior parte da verdadeira realidade, nos deixando com uma figura muito limitada.
A própria medicina nos ensina que a humanidade utiliza somente 4% da capacidade cerebral total. Onde estão os 96% restantes?E como podemos tomar decisões e fazer escolhas na vida quando conseguimos vislumbrar somente uma porção microscópica da verdade?
O grande cabalista do século XX, Rav Yehuda Ashlag, revelou um segredo interessante relacionado aos nossos cinco sentidos.
Ele disse que um ser humano geralmente percebe as coisas ao contrário.
Por exemplo, imagine uma pessoa que viveu em total isolação desde que nasceu. Ele nunca viu uma criatura viva.
De repente, ele vê a sua frente um bezerro recém nascido e um bebê recém nascido.
Qual a percepção dele?
Bem, o bebê obviamente não sabe cuidar de si mesmo.
Não consegue andar nem se mover.
Não consegue se alimentar.
Não consegue perceber o ambiente que o rodeia.
Se aparecer um fogo, a criança não percebe nenhum perigo imediato. Essencialmente, o bebê está indefeso.
O bezerro, por outro lado, imediatamente percebe o ambiente ao seu redor.
Ele sabe fugir do fogo.
A pessoa que está observando esta situação terá que assumir que o bezerro é a criatura superior, mais avançada e bem mais inteligente.
Rav Ashlag nos diz que quanto mais uma criatura é avançada e evoluída no começo do seu processo de crescimento, menos desenvolvida ela será no final.
E a outra criatura que for menos desenvolvida no começo do seu processo se desenvolverá muito mais no final.
E a verdade é que com o tempo o bebê ultrapassa o bezerro.
Ao mesmo tempo, o bezerro evolui muito pouco.
Quantas vezes seus cinco sentidos lhe mostraram o contrário em oportunidades de negócios e em relacionamentos humanos?
Aquilo que parecia ser promissor e ter grande potencial no começo acabou sendo desastroso no final!
E vice versa.
Reflita a respeito desta analogia simples.
Procure o contrário e saiba que nada é como parece ser.


Por: Yehuda Berg

(repasse Marcelo Veneri)

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