Quero compartilhar mais uma importante lição que podemos aprender com Rav Shimon bar Yochai, que foi responsável pela revelação do Zohar, sobre a importância da tolerância e unidade.
A pergunta que devemos fazer é: "Quem está mais perto do Criador?" Um homem que reza três vezes ao dia e faz tudo de acordo com as regras o tempo todo? Ou alguém que caiu tão longe, ele não achava que tinha um lugar para onde voltar? Alguém que poderia ter feito uma das piores coisas do mundo, e um dia se vira e diz: "Eu já tive o bastante, eu quero voltar."?
A diferença entre a luz e nós é que quando dizemos "Por favor, perdoe-nos", as portas estão abertas. Mas quando alguém nos magoa, muitas vezes as nossas portas permanecem fechadas.
Está escrito que Rav Shimon esteve na caverna durante doze anos, e após esse tempo, ele saiu com seu filho para estar entre as pessoas. A primeira coisa que notou foram as pessoas arando a terra, e ele não podia acreditar que eles poderiam gastar seu tempo fazendo coisas tão humildes quando poderiam estar estudando.
Com estes pensamentos em mente, ele levantou os olhos e sua energia era tão forte que queimou os campos apenas com seu olhar.
Uma voz veio do céu e disse: "Rav Shimon, você precisa voltar para a caverna para aprender." Então ele voltou por mais um ano.
Sim, Rav Shimon tinha um trabalho enorme em aprender este grande conhecimento que ele iria revelar ao mundo, o conhecimento tão grande que mesmo as pessoas quase dois mil anos depois que ele foi embora, aprendem com ele.
Mas ele ainda precisava aprender que, embora neste mundo as pessoas possam ser maiores ou menores do que somos, cada pessoa e coisa neste mundo tem dentro a Luz do Criador. Se ele está cultivando a terra, recolhendo o lixo, ou estudando a Torá, todo mundo tem um propósito e ninguém pode saber quem é realmente maior.
Mesmo Rav Brandwein, o professor de Rav Berg era um pedreiro. E muitas outras pessoas justas faziam trabalhos braçais. Mas isso não os tornou menos ligados à Luz.
Porque a capacidade de abaixar a cabeça com humildade, e não imaginar que sua auto-estima seja tão grande, que outras pessoas não contam, é o que importa. Todos nós estamos ligados de uma maneira ou de outra, e todos nós precisamos apreciar uns aos outros.
Karen Berg
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