A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


domingo, 3 de julho de 2011

Alma Gêmea – Encontrando a Medida Certa


 
Esqueça os fogos de artifício.
Os melhores casamentos são feitos aqui na terra – através do auto conhecimento e de trabalho duro.
 
Quantas pessoas ainda estão na expectativa pelo/a seu/sua “príncipe/princesa encantado/a”?
Você ainda está esperando os “fogos de artifício” ou a sensação de “falta de ar”?
E o sentimento de “ouvir o sininho” ou “os olhos brilhando” – sinais de garantia de felicidade e alegria na vida de casado?
Você consideraria que você já encontrou e rejeitou a “pessoa certa” porque você não sabia que ela era a pessoa “predestinada” para você?
A tradição nos adverte exatamente sobre este erro!
 
Yossi é um ótimo rapaz com muito talento e energia.
Ele trabalha duro para crescer pessoal e profissionalmente.
Ele passou horas para decidir onde ele quer chegar e como fazer isto.
Após cerca de dez anos de muitas conquistas, ele se sentiu pronto para casar. Apesar da sua família ser da classe média-baixa, ele resolve que ele merece algo melhor do que isto. Com o passar dos anos, ele percebeu que ele tem talento para se aproximar dos socialites.
Tendo trabalhado tão duro para chegar onde ele chegou, ele sente que ele “pagou as suas dívidas para a sociedade” e que ele tem direito de algo melhor.
Em outras palavras, ele quer se casar com uma menina rica.
Ele conhece uma moça excelente em uma festa. Eles se dão muito bem.. Eles têm muitas coisas em comum: valores, aspirações na vida e expectativas no casamento semelhantes.
E para completar, eles têm química.
Apesar deles terem se encontrado sete vezes e os encontros terem sido emocionantes e significativos, ele ainda está apreensivo em relação a situação financeira da moça.
Após alguns encontros nos quais ele investigou mais sobre ela, ele descobriu que ela não é uma menina de posses. Sendo assim, ele colocou um ponto final em um relacionamento que parecia ser promissor.
Imagine se, no momento crítico da decisão, Deus diz a Yossi:
“Ela é a pessoa certa para você, ela é a sua metade.”
O que Yossi responderia?
“Mas ela não tem o dinheiro que eu procuro.”
Deus iria continuar a pressioná-lo:
 “Quem disse que você precisa de uma menina com dinheiro? A mulher dos seus sonhos é um grande erro! Você precisa exatamente da pessoa que Eu lhe mandei, nem mais, nem menos!”
 
O problema é que Yossi está procurando uma “alma gêmea celestial” com expectativas inadequadas.
Infelizmente, muitos de nós temos aspirações de relacionamentos que não são boas para nós.
Elas podem ser emocionantes, sedutoras e desejáveis em um nível superficial, mas não são saudáveis a longo prazo.
 
A chave para encontrar a sua “cara-metade” (e para identificar a pessoa que realmente tem a personalidade almejada) é saber fazer uma avaliação correta sobre si mesmo.
Se você acha que você é alguém que na verdade não é, você entrará em um relacionamento com um “falso eu”.
Se você conseguir colocar de lado os seus preconceitos e procurar o que é realmente bom para você, você verá que a “medida certa” para você pode não cair bem de forma alguma!
O homem ou mulher dos nossos sonhos pode parecer que combine conosco porque nós o/a desejamos.
Ou talvez nós nos sentimos atraídos a um relacionamento que permite que cada um continue a sua vida normal, sem que os nossos hábitos negativos atrapalhem as nossas vidas de casados.
No final das contas, acaba sendo um relacionamento de conveniência, e não de amor.
 
Para a maioria das pessoas que procuram a sua “cara-metade”, o parâmetro de “compatibilidade” é a química entre eles.
Como nós nos damos?
Nós nos sentimos bem juntos?
Nós sempre temos papo?
Se for tudo tranquilo, nós sempre estamos em harmonia e não há conflitos entre nós, esta deve ser a pessoa certa!
Mas, na verdade, o padrão deve ser totalmente diferente.
A tradição diz que mesmo se você “ganhar na loteria” e encontrar a sua “alma gêmea”, você pode esperar obstáculos no caminho.
Não importa com quem você sai, sempre haverão altos e baixos no desenvolvimento do relacionamento.
O conceito de “alma gêmea celestial” não significa que não haverá nenhum problema.
O casamento perfeito nunca acontecerá automaticamente e sem esforço, mas sim com um grande investimento de boa-vontade e energia.
Mesmo se vocês “ganharem na loteria” e encontrarem a “pessoa certa”, obstáculos no caminho lhes esperam.
A nossa preocupação primária deve ser: este relacionamento é bom para mim? Este relacionamento me ajuda a colocar na prática tudo o que eu tenho de bom da melhor forma possível?
Idealmente, o relacionamento precisa me dar forças para expressar e realizar tudo o que eu não conseguiria fazer sozinha.
 
O melhor relacionamento é conduzido de forma celestial e maravilhosa.
Ele é emocionante, ponderado, sadio, centrado no outro, honesto, profundo, significativo, prazeroso e nutrido pelos dois.
Este tipo de vida não vem fácil, mas é típica dos casais que, na prática, chegaram a ser uma “alma gêmea celestial.”
 
Algumas questões para refletir
1. Se você encontrasse a sua “alma gêmea celestial”, como você esperaria se sentir no final do primeiro encontro?
2. Pergunte a três casais felizes: vocês ouviram “sininhos” ou viram “fogos de artifício” quando vocês se encontraram pela primeira vez ou o amor entre vocês cresceu com o passar do tempo?
3. Observando os seus relacionamentos passados, você acha que saiu com alguém que poderia ter se casado, mas você escolheu não fazê-lo? Caso positivo, a sua decisão talvez foi porque você tinha altas expectativas? Estes pontos que incomodaram poderiam ser resolvidos juntos com o passar do tempo?
 
Por: Rabino David Clyman

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