A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ame ou deixe de viver...


Ame ou Deixe de Viver.
Amar o que?
A vida?
A minha família?
Os meus dons?
Os meus amigos?
Sim.
Amar é muito importante, porque devemos criar apreciação por elas se não quisermos ter que perdê-las mais tarde para darmos valor.
Mas como estudantes de Cabala, aprendemos que o amor é muito mais além do que nossa mente racional - habitual - pode automaticamente processar.
O amor verdadeiro é somente o “amor incondicional”.
Nada que não seja amor incondicional deveria receber o nome de “amor”.
 
É muito fácil amar pessoas e coisas que nos fazem bem.
Eu amo facilmente meus pais, minha praia, meus amigos, meus professores de Cabala.
Mas ocorre um fenômeno com todos nós quando alguém faz algo que não gostamos e até odiamos: nós paramos de sentir amor por ela por alguns instantes e dependendo do ocorrido, podemos até sentir raiva e ódio por meses, e até anos por aquela pessoa.
É muito fácil amar alguém que se parece conosco ou se comporta do jeito que gostamos.
E por incrível que pareça, isso não é, nem de longe, amor incondicional.
Porque existem Condições para que amemos aquela pessoa.
Michael Berg ensina em seu livro, The Secrets of the Zohar, que o que fez Rabi Shimon Bar Yohai ter o mérito de ser o autor do Zohar, de canalizar todos os ensinamentos do Zohar não foi sua espiritualidade, seu grau de sabedoria ou outra coisa, mas sim, seu amor incondicional que sentia por cada um de seus alunos e pessoas.
Rabi Shimon chegou ao ponto de amar a “escuridão” deles, não se irritando com nenhum aspecto negativo deles.
E graças a esse dom de amar incondicionalmente todos e a qualquer um, ele mereceu ser o autor do livro / ferramenta de cabala mais poderoso – Zohar!
E para aqueles que acreditam que já sentem amor incondicional por alguém reflitam na seguinte parábola do Michael Berg:
 
“Um homem vai a um restaurante.
O garçom pergunta a ele o que ele gostaria.
Ele responde que ama peixe.
O peixe é cozido e então cortado.
O homem então prossegue e come o peixe.
Isso é amor?
É esta a maneira que tratamos algo que amamos?
Este homem não ama o peixe. Ele ama a si mesmo, ele ama saciar-se com o peixe.
Embora a história pareça meio tola, ela revela uma lição muito importante.
Todos nós usamos a palavra amor.
Nesta história torna-se claro que, mais freqüentemente do que imaginamos, quando usamos a palavra amor com respeito a outros , na realidade significa amor por nós mesmos.
Em outras palavras, nós amamos o que essa pessoa faz por nós, a maneira pela qual ela nos faz sentir.
No final das contas, nós realmente não amamos aos outros, mais exatamente amamos a nós mesmos.”
O mês de Câncer (Junho-Julho) existe para aumentarmos nossa “dose” de amor incondicional por outras pessoas.
E a partir do dia 19 de Julho até 09 de Agosto (17 de Tamuz a 9 de Av) estaremos vivendo os dias mais negativos do ano, conhecido na Cabala como, “As Três Semanas”.
E se não tivermos o desejo e o esforço de procurar amar melhor e mais puramente as pessoas, esses dias serão realmente perigosos.
 
Alguém me disse a seguinte frase:
“As pessoas deveriam ter mais cuidado quando dizem ‘eu te amo’”.
Frase poderosa não?
Mas queria deixar claro que nem ela e nem eu somos contra sair por ai dizendo, “eu amo você”.
Dizer essa frase é importante.
As pessoas precisam ouvir, e nós precisamos dizer!
Apenas achamos que essa frase antes de sair de nossas bocas devesse sair de nossos corações primeiro, e não vir de nossa mente racional.
O amor não tem lógica.
Nunca terá.
O único amor que tem lógica é o amor condicional, o “amor de ego”.
Por isso use somente o coração quando for amar.
 
Por: Shimon Ferreira

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