A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


sábado, 21 de agosto de 2010

Compromisso

Geralmente achamos que comprometer-se é uma decisão.

Temos um momento de clareza e decidimos que vale a pena.
Para a maioria de nós, escolher um caminho espiritual é a decisão mais importante da nossa vida.
O que às vezes não enxergamos é que não é uma escolha.
É um compromisso.
E um compromisso é contínuo.
Ele precisa ser feito e refeito todos os dias.
Se você resolve correr uma maratona, não está simplesmente escolhendo aparecer no dia do evento.
Está escolhendo um caminho, e isso significa treinar todos os dias.
Se você perder uma semana de treino, pode ser que não consiga chegar à maratona.
Comprometer-se com um caminho espiritual significa que às vezes estaremos sozinhos. Podemos nos sentir uma ovelha negra.
Outras vezes, algumas pessoas podem querer que fracassemos.
Ou pelo menos quando tivermos sucesso, as inseguranças dessas pessoas serão despertadas e elas não ficarão felizes com o nosso sucesso.
E uma coisa é certa: Nós seremos testados.
Não na nossa decisão, mas no nosso compromisso.
Esta semana, eu li que quando Winston Churchill subiu ao poder na Grã-Bretanha, numa época em que seu país preparava-se para se render às forças alemãs, ele disse ao seu país que se resistissem e fossem bem-sucedidos, isso seria lembrado como o momento de glória deles, mas se não, eles se afundariam e afundariam o resto do mundo também de volta à idade das trevas.
Winston Churchill se recusou a afundar.
Mas o mais importante, ele explicou ao seu país qual seria o preço que eles iriam pagar.
E porque a Grã-Bretanha sabia qual seria o preço, valia a pena lutar.
Então, antes de tomarmos decisões e nos comprometermos, nós temos que saber qual será o preço.
E temos que estar dispostos a pagá-lo.
Quando você tiver que decidir a respeito de um compromisso, pense em como será.
Veja quais são os pagamentos em potencial e avalie se vale a pena.
Rav Shimon bar Yochai sabia que teria que ficar numa caverna durante 13 anos para poder revelar o Zohar ao mundo.
Os kabbalistas sabiam qual seria o preço que teriam de pagar para realizar seu trabalho neste mundo e eles foram adiante.
Quantos kabbalistas em potencial começaram o caminho e não terminaram?
Não puderam pagar?
Não puderam lutar contra as dúvidas?
Não puderem se comprometer?
Nem sempre você vai gostar do que faz, mas isso faz parte do pagamento para alcançar sua meta.
Até mesmo se estiver apenas começando este caminho, em qualquer que seja o nível, existe um nível correspondente de testes, de dúvidas, de resistência.
Então, esta semana, eu recomendo que anote toda a vez que ajudar alguém, para que, quando perder de vista o seu propósito neste caminho, você lembre que está aqui por algo maior.


Por: Yehuda Berg


(repasse Marcelo Veneri)

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