A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Encarando Responsabilidades

Vamos encarar o fato de que todos nós já magoamos pessoas de formas que detestamos admitir.

E aqueles que têm consciência da lei universal de causa e efeito se preocupam com o dano espiritual causado.
Falemos deste assunto porque nunca é demais enfatizar o quanto é importante assumirmos responsabilidade por nossos atos.
Porque se nós não o fizermos, o universo o fará.
O Rei David escreveu:
“Carrego sempre meus pecados a minha frente.”
Com demasiada freqüência nós nos lembramos das coisas boas que fizemos e nos esquecemos das más.
A Luz, entretanto, faz o contrário, lembrando do que foi esquecido e esquecendo do que foi lembrado.
Quando atraímos atenção para nossas ações positivas, nos sentando confortavelmente e pensando:
“Uau, olhe para mim, olhe o que eu fiz, eu não sou incrível, onde está minha recompensa”, expulsamos a Luz de nossas ações de compartilhar e reduzimos a quantidade de Luz que nosso compartilhar pode revelar em nossas vidas – e nas vidas dos outros.
Mas se acessamos proativamente os momentos escuros de nosso passado e pensamos:
“Uau, foi bem errado isto, não acredito que fiz isto, imagine a dor que eu causei a esta pessoa”, trazemos bênçãos e retiramos o ferrão de nossas ações negativas.
O Rei David se lembrava e carregava seus pecados a sua frente para que a Luz não tivesse que fazê-lo.
Agora, não se preocupe, pode desfazer as malas porque não vamos sair numa viagem de culpa.
Mas vamos reunir coragem para encarar de frente a nossa negatividade.
E se você sofre de culpa (ainda estou para conhecer alguém que não sofra) eu lhe digo que este processo lhe libertará do peso terrível da culpa.
Como ensinamos nos nossos seminários introdutórios para novos alunos, fomos criados por um Criador benevolente que quer que sejamos felizes.
O único motivo para passarmos por momentos dolorosos é para aprendermos alguma coisa e corrigirmos algum aspecto da nossa alma, um processo que muitos de vocês conhecem como tikun [correção da alma].
Esta semana, quando se lembrar das coisas não-tão-lindas que fez, recomendo que confesse a um amigo ou professor.
Ter outra pessoa a sua frente lhe obrigará a fazer um exame de consciência.
E quando você encontrar algo que valha a pena observar, além de falar no que fez e sentir a dor da outra pessoa (o quanto você puder se permitir sentir empatia com o que possam ter sentido), pergunte a si mesmo – “qual a figura mais ampla? Por que fiz esta coisa específica, ou esta série de coisas? O que minha alma precisa aprender?”
Um exemplo rápido, uma das minhas alunas fez recentemente este exercício e se lembrou de uma vez no colégio em que ela destruiu um carro depois de uma noite bebendo e se drogando.
Ela estava desmaiada quando os bombeiros chegaram e por isto não chegou a passar pelo bafômetro.
A não ser por uma clavícula quebrada, ela saiu impune.
A confissão dela foi ter mentindo e nunca ter contado a ninguém que estava bêbada.
A pergunta dela para si mesma foi: “por que eu menti?”
A conclusão que ela chegou foi que não queria assumir responsabilidade.
E posso dizer que esta simples compreensão teve um efeito borboleta positivo em toda a vida dela, ajudando-a a eliminar bloqueios de relacionamentos e da carreira que existiam há anos.
Se você estiver causando negatividade e se escondendo dela, pode ter certeza que na raiz está um de seus principais aspectos de tikun.
Pois esta na hora, deixe brilhar a luz da verdade e exponha as raízes escuras.


Por: Yehuda Berg


(repasse Marcelo Veneri)

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