A espiritualidade frequentemente sai pela janela no instante em que entramos em uma discussão, tropeçamos em uma crise ou caímos em depressão.



A escuridão toma conta tão rapidamente que esquecemos de tudo que aprendemos.



É por este motivo que é bom estudar diariamente, ler uma passagem da torah ou algum texto inspirador, decorar uma citação ou assistir uns minutos de uma palestra para nos lembrarmos do que é realmente importante.



Dê a sua mente algo para mastigar, para que ela não mastigue a si mesma.



Yehuda Berg


terça-feira, 6 de março de 2012

PURIM

A Tradição cabalista nos ensina que em determinados períodos, ao longo do ano, o ser humano tem a oportunidade de absorver uma enorme e profunda energia, que lhe permite adquirir um maior controle sobre seu destino. Na lua cheia de peixes nos conectamos com Purim, um momento extremamente importante no calendário cabalista. Sabemos que um nome nos revela muitas coisas e os cabalistas enfatizam o fato de Yom HaKipurim (Dia do perdão), o dia mais sagrado do ano, poder ser compreendido como “um dia como Purim”. Essa energia foi usada pela Rainha Esther e Mordechai, no reino da Pérsia, para anular o decreto de morte que Haman havia lançado sobre o povo judeu. Purim, como indicado no Rolo de Esther, vem da palavra pur, que significa sorte, em persa. Na história, Haman decide “tirar a sorte” para escolher a data em que aniquilaria os judeus. Esta atitude de sortear não foi um ato impensado e sem razão de ser. A palavra mazal, traduzida como sorte, também está relacionada à idéia de uma uma influência determinística. Para Cabalá, somos capazes de influenciar o destino vivendo continuamente num estado de consciência plena. No Zohar, a porção de Pinchas, nos ensina que o indivíduo que não está engajado com o trabalho espiritual, fica submetido ao que está predeterminado. O nome de Esther também é significativo, originando-se da mesma raiz da palavra “hester”, que quer dizer “escondido”. Outra peculiaridade da festa de Purim é que a Meguilá, texto que nos conta esta história, não menciona o Nome de D’us nem uma única vez. Todos os outros livros do Tanach (Torá + Profetas + Textos Sagrados) mencionam o Eterno muitas vezes. Assim como o nome de Esther, isto nos sugere um encobrimento da Luz. “A vida é um jogo de esconde-esconde. D’us Se esconde, nós procuramos.” (Rebe de Lubavitch) Haman, o primeiro ministro do rei Achashverosh da Pérsia, era descendente de Amalek. A palavra dúvida em hebraico tem o mesmo valor numérico de Amalek. Na Torá, D’us nos ordena vencer Amalek e tudo o que ele representa: a dúvida, o caos, a escuridão, a energia de mortificação (estagnação). Ele mesmo promete: “Escreve isto... pois extinguirei totalmente a memória de Amalek debaixo dos céus” (Êxodo 17:14). A energia de Purim nos ajuda a eliminar o Haman que existe em cada um de nós. Purim é considerado o dia mais feliz do calendário cabalista. É o momento em que agradecemos a D’us pelos milagres que está sempre realizando para nós, de uma forma sobrenatural, oculta, disfarçada, mas também nos acontecimentos simples do nosso dia a dia. Canalizando corretamente a energia espiritual através da alegria, nos conectamos com esta poderosa fenda espiritual.

Círculo Cabala de são Paulo

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